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Giovanna de Freitas Ferreira – Medicina UFR T5 Comissão de Controle de Infecção Hospitalar O QUE É CCIH — É um órgão que estabelece um conjunto de ações e normas para reduzir a incidência e gravidade de infecções hospitalares — O controle das infecções teve início em 1935 com o uso da sulfanilamina e a seguir com a penicilina — Com o tempo, o número de bactérias resistentes a antimicrobianos aumentou e se viu a necessidade de se criar algum órgão que tente controlar as infecções hospitalares, para: ➔ Diminuir o tempo de permanência do paciente no hospital ➔ Diminuir custos ao hospital ➔ Diminuir o número de bactérias resistentes ➔ Dar maior segurança aos pacientes e servidores ➔ Oferecer treinamento e capacitação para funcionários sobre prevenção e controle de IH ➔ Diminuição da mortalidade e morbidade — Por isso, a CCIH foi criada por lei a partir de 1998 com a Portaria nº 2.616 do Ministério da Saúde — Essa portaria também criou junto a PCHI – que é o Programa de Controle de Infecções Hospitalares, que é um conjunto de ações de prevenção e controle das IH — A CCIH cria o PCIH e segue o que foi determinado nele FONTES E CAUSAS DA IH — As infecções hospitalares – IH – são os processos infecciosos adquiridos no hospital — As principais fontes são: ➔ Ambiente - fômites ➔ Pessoas – transmissão direta de mãos contaminadas ➔ Equipamentos – como tubos de ventilação mecânica que podem criar biofilme ➔ Materiais – podem não estar esterilizados adequadamente ➔ Uso indiscriminado de antibióticos – resistência e grande disseminação das bactérias — Esse processo é facilitado pelo sistema imunológico frágil de quem está internado CONSTITUIÇÃO DE UMA CCIH COMPOSIÇÃO DE PESSOAL ➔ Profissionais da área da saúdem, com nível superior, escolhidos pela direção do hospital e que vão atuar como consultores e executores ➔ Os CONSULTORES decidiram quais as ações e normas de prevenção e controle a serem propostas podem ser da área: médica, enfermagem, farmacologia, microbiologia, administração ➔ Os EXECUTORES representarão o SERVIÇO DE CONTROLE DE INFECÇÕES RELACIONADAS À ASSISTÊNCIA À SAÚDE e, portanto, serão encarregados da execução as ações e normas e regras que a CCIH propôs Um dos executores deve ser um enfermeiro, por ter mais contato com o paciente já que realiza o cuidado direto Deverá ter 2 executores para cada 200 leitos no hospital Se no hospital haver >10 pacientes críticos, deverá se ter mais um executor e a sua carga de horas trabalhadas será aumentada ➔ Paciente crítico é aquele que: Está na UTI É berçário de alto risco Pacientes com grandes queimaduras Submetidos a transplantes de órgãos Oncológicos Com AIDS ➔ O diretor da CCIH é indicado pela coordenação do hospital ESTRUTURA FÍSICA ➔ Depende do tamanho e das condições do hospital ➔ Do número e da gravidade de ocorrências de infecções — Deve ter no mínimo ➔ Sala de reuniões ➔ Secretaria e arquivo ➔ Laboratório de bacteriologia epidemiológica FUNCIONAMENTO — A CCIH está subordinada a administração do hospital — O número de funcionários depende do: ➔ Tipo de hospital ➔ Número de leitos ➔ Taxa de ocupação ➔ Taxa de infecção — Em hospitais pequenos, uma pessoa pode ser a responsável — Em médio e grande porte, há um conjunto de profissionais de diferentes áreas: ➔ - Administrador do hospital ➔ - Enfermeiro ➔ - Médico clínico e/ou cirurgião ➔ - Bacteriologista ➔ - Sanitarista ou Epidemiologista ➔ - Secretária. — A CCIH é dividida em setores: ➔ SETOR NORMATIVO: estuda e aprova os recursos a serem usados para o controle das infecções e cria regras a serem seguidas ➔ SETOR INFORMATIVO: notifica os casos ou suspeitas de infecção e as transgressões nas normas da CCIH ➔ SETOR EXECUTIVO: executa e fiscaliza as normais da CCIH ➔ SETOR LABORATORIAL: executa testes para confirmação do diagnóstico ou para controle geral FUNÇÕES — As funções da CCIH são para controlar as infecções e para isso ela: — Elabora, controla e atualiza normas e rotinas referentes a: ELABORAÇÃO DE NORMAS E ROTINAS — Elaborar regimento interno para a CCIH que contém as regras que devem ser seguidas pelo hospital e por todos que trabalham nele — Elas estão relacionadas: ➔ Aos funcionários ➔ À organização ➔ Ao orçamento ➔ Relacionamento com a comissão ➔ Aos procedimentos de limpeza Giovanna de Freitas Ferreira – Medicina UFR T5 LIMPEZA E DESINFECÇÃO DE AMBIENTES: — Determina o tipo de produto a usar como desinfetante e antisséptico ➔ Hoje sabe-se que muitos desinfetantes e produtos de limpeza de hospital são escolhidos em função do preço e não da sua função antimicrobicida Cabe a CCIH: • Escolher os produtos de assepsia adequados • Controlar a aquisição dos produtos • Testá-los periodicamente para garantir sua eficiência • Elaborar regras de rotina quanto ao seu uso — Quanto a ordem de limpeza, da prioridade a áreas críticas do hospital, como centro cirúrgico, obstetrícia, berçário, UTI ... — Oferece programa treinamentos e atualização sobre limpeza para os funcionários CONTROLE DE PESSOAL — O contato humano, com pacientes, visitantes, funcionários, é a maior fonte de contaminação — A CCIH determina algumas regras a serem seguidas para lidar com essas pessoas: — PACIENTE ➔ Controle dos casos suspeitos e confirmados ➔ Orientação ao paciente sobre sua condição ➔ Realização de exames de controle e monitoramento pela vigilância epidemiológica — VISITANTES ➔ Controle de horários de visitas, número de pessoas a entrar, idade ➔ Orientação sobre a condição do paciente — FUNCIONÁRIOS ➔ Educação em saúde sobre assepsia, limpeza, cuidado com o paciente com IH ➔ Realização de exames periódicos para garantir saúde ➔ Supervisão das atividades para avaliar a assepsia, higiene, limpeza, esterilização, uso de EPIs, manipulação de medicamentos, descarte de materiais contaminantes, ... ➔ Supervisão do transporte e limpeza das roupas de cama e do paciente, da limpeza de pratos e talheres na copa ➔ Lavagem e preparo dos alimentos FÁRMACOS — Definir, em cooperação com a Comissão de Farmácia e Terapêutica, política de utilização de antimicrobianos, germicidas e materiais médico-hospitalares para a instituição — Os antimicrobianos têm um protocolo para serem receitados — Há formulários a serem preenchidos para a dispensação deles pela farmácia INVESTIGAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA — A vigilância epidemiológica vai investigar as ocorrências e causas das IH — A CCIH deverá escolher o método de investigação epidemiológica mais viável de acordo com as características do hospital e deve se levar em conta: ➔ Magnitude ➔ Gravidade ➔ Potencial redução dos custos com internações — Geralmente usa métodos PROSPECTIVOS, RETROSPECTIVOS e TRANSVERSAIS, por serem mais rápidos e práticos de se fazer e determinam a INCIDENCIA E PREVALÊNCIA — Nisso eles podem avaliar diversos aspectos, como por exemplo: ➔ Avaliar o historio médico de um paciente com IH ➔ Avaliar as taxas de infecção de uma UTI ➔ Avaliar o comportamento epidemiológico das bactérias no hospital ➔ E diversas outras coisas — Para as pesquisas é necessário obter dados e taxas, como: ➔ TAXA DE INFECÇÃO HOSPITALAR que é calculada como: (nº IH e um período determinado) dividido pelas saídas (óbitos, curas e transferências) ou entradas no hospital no mesmo período ➔ TAXA DE INFECÇÃO HOSPITALAR POR PROCEDIMENTO Ex: tx infec. Após cateterismo, tx. Infec. Após procedimento cirúrgico, tx de pneumonia após uso de ventilação mecânica, ... ➔ DISTRIBUIÇÃOPERCENTUAL DAS INFECÇÕES HOSPITALARES Por exemplo, qual a frequência de infecção por S. aureus ➔ TAXA DE PACIENTES COM INFECÇÃO HOSPITALAR (nº de pacientes com IH) dividido (entradas ou saídas) ➔ TAXAS DE MORBIDADE E MORTALIDADE ➔ TAXAS DE INFECÇÕES CIRÚRGICAS — INDICADORES DE ANTIMICROBIANOS ➔ COEFICIENTE DE SENSIBILIDADE AOS ANTIMICROBIANOS (nº cepas sensíveis) dividido (total de cepas) ➔ TAXA DE USO DE ANTIMICROBIANOS: (total de paciente em uso) dividido (total de pacientes no período) ➔ FREQUÊNCIA COM QUE CADA ANTIMICROBIANO É EMPREGADO: (uso do antimicrobiano X) dividido (total do uso de todos os antimicrobianos) — A investigação epidemiológica possibilita maior conhecimento sobre as infecções do hospital e oferece respaldo para a tomada de decisões da CCIH — Deve-se sempre investigar casos de surto no hospital ÁREAS CRÍTICAS DO HOSPITAL — A CCIH deve se preocupar com todas as áreas do hospital, contudo algumas requerem mais atenção, como: ➔ Berçário ➔ Centro cirúrgico ➔ Centro obstétrico ➔ UTI e CTI ➔ Lugar de guardar materiais e fazer esterilização ➔ Pediatria ➔ Isolamento ➔ Cozinha e lavanderia ADMINISTRAÇÃO DO HOSPITAL + CCIH — A DIRETORIA DO HOSPITAL DEVE participar da CCIH no sentido de oferecer ferramentas que facilitem seu trabalho, como: — Criar oficialmente uma CCIH no hospital ➔ Nomear as pessoas que faram parte Giovanna de Freitas Ferreira – Medicina UFR T5 ➔ Propiciar infraestrutura adequada Sala de reuniões Laboratório para análises clinicas ➔ Oferecer autonomia para a criação e respeitar o regimento interno criado pela CCIH ➔ Fornecer educação continuada a todo o pessoal do hospital ➔ Permitir a compra de antissépticos e desinfetantes que atendam as necessidades do hospital e aos critérios da CCIH ➔ Tornar COMPULSÓRIA A NOTIFICAÇÃO DE INFECÇÕES à CCIH ENFERMAGEM + CCIH — A enfermagem é a que mais tem contato com o paciente — A todo momento tem um enfermeiro manipulando o paciente ou algo próximo a ele — Por isso a enfermagem tem papel fundamental na CCIH: ➔ Cooperar para o cumprimento das normas estabelecidas ➔ Supervisionar outros funcionários quanto ao cumprimento das normas ➔ Programar a realização de cursos de atualização para os funcionários sobre prevenção e controle de IH ➔ Conscientizar o paciente e os visitantes sobre os perigos das infecções hospitalares COORDENAÇÕES ESTADUAIS E DISTRITAL DE CONTROLE DE INFECÇÃO HOSPITALAR — Devem estabelecer diretrizes de ação estadual e distrital para a CCIH — Coordenar avaliar e acompanhar as ações de prevenção e controle das CCIH do estado e município Critérios para identificação de infecções hospitalares — O diagnostico deverá se basear nas: ➔ Evidências clínicas, resultados de exames de laboratório e outros exames de imagem e microbiológicos — Se o paciente adentrar o hospital com uma infecção comunitária, ser tratado para ela e ainda sim apresentar sintomas, deve ser considerado IH — Se em um paciente com uma doença X for identificado um patógeno diferente daquele que causa a doença X, pode-se considerar IH — Em cirurgias, o risco de infecção é maior, por isso: ➔ Infecções pós-cirúrgicas devem ser analisadas para identificar contaminação da ferida ➔ A observação deverá ser feita pelo próprio cirurgião e então pode-se classificar em: — CIRURGIAS LIMPAS: aquelas realizadas em tecidos estáveis, com alto potencial de regeneração, e com ausência de processo inflamatório — CIRURGIAS POTENCIALMENTE CONTAMINADAS: são aquelas feitas em tecidos colonizados por MO, como cirurgias intestinais devido ao contato com a microbiota ➔ Nesse caso a descontaminação é difícil ou impossível ➔ Não há evidência de processo inflamatório — CIRURGIAS CONTAMINADAS: são aquelas realizadas em tecidos recentemente traumatizados, colonizados por microbiota ➔ Impossíveis ou difíceis de descontaminar, pode ter ocorrido falha na cirurgia ➔ Pode haver presença de processo inflamatório — CIRURGIAS INFECTADAS: são aquelas cirurgias feitas em tecido evidentemente infectado ou necrosado RELATÓRIOS E NOTIFICAÇÕES — A CCIH dever elaborar periodicamente um relatório com os indicadores epidemiológicos encontrados — Esse relatório é divulgado a todos do hospital — Contém informações sobre: ➔ Número de infecções ➔ Uso de antibióticos ➔ Morbidade e mortalidade no hospital, ... ➔ Alterações do comportamento epidemiológico das bactérias ➔ Entre outros — Esses relatórios devem ainda ser encaminhados para as coordenações Estadual/Distrital/Municipal para avaliar as ações e sua efetividade frente as infecções AÇÕES DA CCIH DE CONTROLE E PREVENÇÃO VIGILÂNCIA ATIVA DE CULTURAS MICROBIOLÓGICAS — Em que há coletas periódicas de material de pessoas com suspeita ou confirmação de IH para analisar se há infecção, se é resistente, ... ➔ Se há identificação precoce de IH, já se pode por em ação medidas de controle da disseminação para impedir que outros pacientes contraiam a doença ISOLAMENTO — Coloca-se o paciente em quarto separado e isso ajuda a: ➔ Conter a disseminação da doença ➔ Limitar o número de profissionais que tem acesso ao paciente, para impedir que mais pessoas atuem como carreadoras da doença pelo hospital LAVAGEM DE MÃOS — É a maneira mais eficaz de controlar IH — O uso da luva não dispensa a lavagem das mãos — A lavagem com antisséptico é recomendada em: ➔ Procedimentos invasivos ➔ Pacientes críticos ➔ Cuidado direto com feridas e dispositivos invasivos, como cateter USO CORRETO DE EPIS — O uso correto proporciona: ➔ Diminuição da transmissão da doença por meio das roupas, mãos, de objetos, ... Educação em saúde — Visa oferecer conhecimento para mudar práticas EDUCAÇÃO PERMANENTE EM SAÚDE — A educação permanente para profissionais de saúde visa aumentar a conscientização sobre as infecções hospitalares, sobre profilaxia e uso de antimicrobianos — Sobre antimicrobianos, ela vai ter: ➔ Protocolos e condutas definidas ➔ O objetivo e o efeito a ser alcançado ➔ O patógeno a ser tratado — Há práticas como: ➔ Capacitações presenciais e a distância ➔ Seminários e treinamentos para profissionais ➔ Disponibilização de materiais e guias de orientação sobre medidas de prevenção e controle Giovanna de Freitas Ferreira – Medicina UFR T5 EDUCAÇÃO POPULAR EM SAÚDE — Deve-se orientar o paciente quanto a função do antibiótico ➔ O qual serve especificamente para doenças causadas por bactérias e não para outras doenças ➔ Posologia e horário de tomada rigorosos ➔ Importância da adesão ao tratamento SISTEMA NACIONAL DE INFORMAÇÃO PARA O CONTROLE DE INFECÇÕE S EM SERVIÇOS DE SAÚDE (SINAIS) — Oferece, aos hospitais brasileiros e gestores de saúde ações de prevenção e controle das infecções — É gratuito para todos os hospitais — Permite a entrada de dados e emissão de relatórios conforme atividades já desenvolvidas pela CCIH — A análise dos relatórios permite acompanhamento da evolução das infecções e do impacto das medidas de controle adotadas Indicações quanto ao uso de Antimicrobianos — Desde a introdução da penicilina, já se sabe que os antibióticos podem induzir resistência bacteriana — 50% dos antimicrobianos são prescritos de maneira incorreta CAUSAS DA RESISTÊNCIA BACTERIANA — FALTA DE CONHECIMENTO ➔ Há muito desconhecimento por parte da população quanto ao uso de antibióticos, pois muitos acham que eles tratam todo tipo de doença e não apenas bactérias ➔ Os médicos da atenção primaria lidam com as infecções comunitárias e geralmente de menor patogenicidade.Muitas vezes se prescreve antibióticos muito potentes para tratar infecções comunitárias comuns que um antibiótico de baixo espectro já resolveria ➔ Médicos inexperientes, principalmente para pacientes internados, acabam decidindo muito mais facilmente pelo uso de antibióticos, fazendo um uso exagerado dos de amplo espectro e de combinação deles também ➔ Muitas vezes o médico prescreve tratamento com antibiótico pois sofre pressão do paciente, pressão das indústrias farmacêuticas para prescrever IMPACTOS NEGATIVOS DA RESISTÊNCIA BACTERIANA — ECONOMIA — O impacto econômico dos países com a resistência bacteriana é muito grande, pois se gasta mais com: ➔ Maior tempo de internação do paciente ➔ Uso de medicamentos mais caros ➔ Maior número de procedimentos feitos no paciente — PACIENTE — Há prejuízos para o paciente como: ➔ a doença dele não será solucionada ➔ os custos do tratamento podem aumentar ao fazer uso de medicamentos mais eficientes e caros ➔ o paciente pode morrer pela infecção resistente — COMUNIDADE — Há prejuízos para a comunidade, pois: — Se uma pessoa na comunidade adquirir uma bactéria resistente ou não fazer antibioticoterapia adequadamente, ela poderá contaminar outras pessoas com essa cepa resistente, causando prejuízos para muitas pessoas — MEDIDAS PARA DIMINUIR A RESISTÊNCIA — REDUÇÃO DO NÚMERO DE PRESCRIÇÕES NO SENTIDO DE: — Ter certeza de que a infecção que se está tratando é causada por bactéria e não pode vírus ou outro MO — Tentar identificar a bactéria ou ter conhecimento epidemiológico sobre as bactérias mais prevalentes para escolher o antibiótico apropriado para ela e não um com espectro grande sem necessidade — Estudos comprovam que a resistência só diminui se: ➔ A pressão seletiva dos antibióticos sobre a genética das bactérias diminuir ➔ Se a prescrição for diminuir a longo prazo Tem um estudo que mostra que foi necessário uma restrição quase de 100% de um antibiótico para em 50% as cepas resistentes a ele. E no momento que se voltou a introduzir o antibiótico, resistentes. Isso mostra que ensinar sobre a prescrição de antibióticos é vital para que daqui uns anos se tenha uma menor quantidade de cepas resistentes Então se percebe que a diminuição da resistência é uma coisa muito difícil de alcançar e muito fácil de perder — REDUÇÃO DOS DIAS DE MEDICAÇÃO — É necessário estabelecer um prazo mínimo e eficaz para uso do medicamento — Dependendo do antibiótico e da doença, pode-se administrar antibióticos por 5 dias ou mais — Hoje sabe-se que em algumas doenças, apenas 2 a 3 dias de antibióticos já são suficientes — Ao reduzir o tempo de exposição da bactéria ao antibiótico, diminui-se a chance de resistência — USO HETEROGÊNIO DE ANTIBIOTICOS — Sabe se que alguns antibióticos induzem mais resistência que outros — Por isso, usar antibióticos diferentes em cada infecção pode ajudar a diminuir a resistência, diminuindo o uso monótono de um mesmo fármaco — DESENVOLVIMENTO DE VACINAS — Para que mais pessoas desenvolvam imunidade adquirida contra os MO e não necessite tanto de antimicrobianos — INVESTIGAÇÃO DAS CEPAS RESISTENTES nos hospitais e implementação de medidas de controle para elas da CCIH — DESENVOLVIMENTO DE PROTOCOLOS para as infecções mais prevalentes, para evitar o uso desnecessário de classes erradas de antibióticos — PROGRAMAS DE EDUCAÇÃO para médicos e para a população sobre o uso de antibióticos ➔ População: uso sem prescrição, adesão ao tratamento, para respeitar os horários e dias de tomar o antibiótico Maior fiscalização para a compra de antibióticos sem prescrição médica — Apenas o desenvolvimento de novos fármacos não será eficiente para reduzir a resistência, mas sim o uso racional • PORTARIA Nº 2616, DE 12 DE MAIO DE 1998 • CCIH – Revista brasileira de enfermagem – 1978 – lidvina horr • Uso indiscriminado de antibióticos e resistência microbiana – de Lenit Wannmacher – 2004 – publicado no site da anvisa • Ações que estimulam o uso racional de antimicrobianos - BOLETIM FARMACOTERAPÊUTICA – 2006 – feito pelo conselho federal de farmácia • Diretriz Nacional para Elaboração de Programa de Gerenciamento do Uso de Antimicrobianos em Serviços de Saúde – site da ANVISA - 2017
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