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VASCULARIZAÇÃO DA FACE Prof. Cácio Lopes Mendes SISTEMA ARTERIAL DA FACE ARTÉRIAS Vasos calibrosos que distribuem o sangue bombeado pelo coração; São pulsáteis; Suas paredes aguentam grandes pressões; Fluxo de sangue Artérias Arteríolas Capilares ARTÉRIA CARÓTIDA COMUM Divide-se em direita e esquerda; A a. carótida comum direita origina-se do tronco braquicefálico; A a. carótida comum esquerda é um ramo direto da a.aorta; Ambas ascendem no pescoço juntamente com a v. jugular interna e o n. vago (X par); Ao nível da borda superior da cartilagem tireóide dividir-se nas a. carótida interna e externa. VISCERORRECEPTORES São dois: o seio carotídeo e o corpo carotídeo; O seio carotídeo é uma leve dilatação da parte proximal da a. carótida interna, ou da a. carótida comum, próximo à divisão, sendo uma área reguladora da PA, cujas informações são levadas ao SNC através do n. glossofaríngeo (IX par); O seio carotídeo é uma leve dilatação da parte proximal da a. carótida i n t e r n a , o u d a a . c a r ó t i d a c o m u m r e s p o n s á v e l p e l a regulação da PA, cujas i n f o r m a ç õ e s s ã o l e v a d a s a o S N C a t r a v é s d o n . glossofaríngeo (IX par). VISCERORRECEPTORES VISCERORRECEPTORES O corpo carotídeo é uma massa ovoide pequena, l o c a l i z a d a n a l u z d a bifurcação da a. carótida c o m u m . É u m quimiorreceptor que reagem às alterações de teor de CO2 e O2 desencadeando um reflexo que aumenta a frequência cardíaca e o ritmo respiratório. Essas informações são levadas ao S N C a t r a v é s d o n . glossofaríngeo (IX par). ARTÉRIA CARÓTIDA INTERNA Segue superiormente para entrar no canal carotídeo do osso temporal; Coloca-se lateralmente à a. carótida externa, enquanto a v. jugular interna e o n. vago ficam lateralmente É cruzada pelo n. hipoglosso e pela a. occipital, e passa profundamente aos músculos estilo-hióideo e ventre posterior do m. digástrico; Não emite ramos no pescoço, sendo exclusiva para a irrigação do encéfalo e parte da órbita. ARTÉRIA CARÓTIDA EXTERNA Tem trajeto ascendente até a região do colo da mandíbula, onde dividi-se em dois ramos: a.a. maxilar e temporal superficial, ocorrendo no interior da glândula parótida; No trígono carotídeo, a a. carótida externa é coberta pelo m. esternocleidomastóideo e cruzada lateralmente pelo n. hipoglosso e pelas v.v. lingual e facial; Superiormente, passa profundamente ao ventre posterior do m. digástrico e ao m. estilo-hióideo; Finalmente penetra na glândula parótida, onde é cruzada superficialmente pelo n. facial (VII par) e seus ramos. ARTÉRIA CARÓTIDA EXTERNA - RAMOS Anteriores: a. tireóide superior; a. lingual; a. facial. Medial: a. faríngea ascendente. Posteriores: a. Occipital; a. Auricular Posterior. Terminais: a. Maxilar; a. Temporal Superficial. RAMOS ANTERIORES RAMO MEDIAL RAMOS POSTERIORES RAMOS TERMINAIS ARTÉRIA LINGUAL Origina-se num plano acima ou ao nível do osso hióideo; Pode originar-se, com a a. facial, num tronco línguo-facial, ou, às vezes, os três primeiros ramos da a. carótida externa podem ter origem comum, num tronco tíreo-línguo-facial; Após sua origem, passa profundamente ao m. hioglosso para aprofundar-se na língua. ARTÉRIA LINGUAL - RAMOS Ramos Supra-hióideos - irrigam os músculos supma-hióideos do trígono submentual; a. sublingual - irriga o soalho da cavidade oral e glândula sublingual; Ramos dorsais da língua - irrigam os músculos e a mucosa do dorso da língua; a. profunda da língua (a. ranina) - irriga a musculatura intrínseca da língua. ARTÉRIA LINGUAL - RAMOS ARTÉRIA FACIAL Principal suprimento arterial da face; Relativamente superficial; Rico suprimento sanguíneo, acarretando melhor cicatrização; Se divide em parte cervical e parte facial; Dá vários ramos na face, que se anastomoses com os contralaterais. ARTÉRIA FACIAL ORIGEM: carót ida externa, no pescoço, contornando a mandíbula; TRAJETO: ascendente, passa profundamente à glândula submandibular e quando passa no 1/3 médio da mandíbula torna-se espiralada. OBS: lesões na face, desde que não sejam contaminadas, podem ser suturadas mesmo entre 48-72 h. As suturas devem ser mais superficiais e os pontos podem ser próximos, facilitando a estética da cicatrização. Quanto mais cedo retiradas as suturas (aproximadamente 5-7 dias), melhor. ARTÉRIA FACIAL - PARTE CERVICAL Ascende no t r í gono ca ro t í deo , passando profundamente à glândula submandibular; É coberta, na sua origem, pelo m. platisma e pela lâmina de revestimento da fáscia cervical; Sobe profundamente ao m. digástrico e ao m. estiolo- hióideo para alcançar o dorso da glândula submandibular, passando profundamente a esta, então se volta em direção inferior, entre a glândula e o m. pterigoideo medial; Contorna a borda inferior da mandíbula anteriormente ao m. masséter. RAMOS DA PARTE CERVICAL DA ARTÉRIA FACIAL a. palatina ascendente - irriga o palato mole e parte da faringe; Ramo tonsilar - irriga a tonsila palatina; Ramos glandulares - irrigam a glândula submandibular; a. submentual (mental) - corre em direção anterior abaixo do músculo milo-hióideo e irriga os músculos adjacentes e as glândulas submandibular e sublingual. ARTÉRIA FACIAL - RAMOS OBS: os ramos labiais são “dados" ao nível do ângulo da boca; OBS 2: lesão na artéria facial é fácil de controlar o sangramento porque tem muita anastomose. Pode-se fazer hemostasia por compressão por ser superficial; OBS 3: a artéria encontra-se mais anterior que a veia. ARTÉRIA TEMPORAL Passa entre a cabeça da mandíbula e o processo mastóideo; Termina lateralmente na cabeça, na região temporal, dando um ramo frontal e um parietal; Os ramos terminais se anastomoses com os contralaterais. ARTÉRIA MAXILAR É o ramo terminal mais calibroso e importante da a. carótida externa; Apresenta seu trajeto nas fossas infratemporal e pterigopalatina; Seus ramos se destinam à dura-máter craniana, às estruturas profundas da face, ao palato, parte da cavidade nasal, à mandíbula, às maxilas, aos dentes, aos músculos da mastigação e à ATM; Inicia-se logo abaixo da cabeça da mandíbula, no interior da glândula parótida; Passa profundamente ao ramo da mandíbula e penetra na fossa infratemporal, tendo um trajeto para frente e ligeiramente para cima em direção a fossa pterigopalatina; Divide-se em três partes: mandibular, pterigóidea e pterigopalatina. ARTÉRIA MAXILAR - PARTE MANDIBULAR É a parte da a. maxilar que passa entre a cabeça da mandíbula e o ligamento esfenomandibular; Acompanha a borda inferior do m. pterigoideo lateral; Irriga a membrana do tímpano, parte da ATM, a dura- máter do crânio, a mandíbula, o m. milo-hióideo e os dentes inferiores; Deve-se ter em mente que este segmento pode ser seccionado quando se retira a cabeça da mandíbula para acessar a fossa infratemporal, uma vez que situa- se atrás da cabeça da mandíbula. RAMOS DA PARTE MANDIBULAR DA ARTÉRIA MAXILAR a. auricular profunda e a. timpânica anterior - irrigam parte da ATM e a membrana do tímpano; a. meníngea média - tem trajeto ascendente entre o ligamento esfenomandibular e o m. pterigoideo lateral, repousando sobre o m. tensor do véu palatino. Penetra no crânio pelo forame espinhoso para irrigar grande parte da dura-máter; Ramo meníngeo acessório - pode estar presente e alcança a fossa média do crânio através do forame oval; RAMOS DA PARTE MANDIBULARDA ARTÉRIA MAXILAR a. alveolar inferior - dirige-se para baixo e lateralmente no espaço pterigomandibular, e é acompanhada pelo nervo correspondente, à sua frente, e ambos penetram no forame mandibular. Antes de penetrar no forame mandibular, a a. alveolar inferior emite: Ramo milo-hióideo - segue no sulco milo-hióideo para irrigar o músculo de mesmo nome; RAMOS DA PARTE MANDIBULAR DA ARTÉRIA MAXILAR Penetrando no forame mandibular, a a. alveolar inferior percorre todo o canal mandibular, emitindo os seguintes ramos: Ramos pulpares, Ramos ósseos e Ramos gengivais; Ao nivel do forame mental, se divide em a. mentual e a. incisiva; a. mentual - emerge pelo canal e forame mentual e irriga a pele e a mucosa do lábio inferior, onde anastomosa-se com os ramos da a. facial (a. labial inferior); a. incisiva - considerada como continuidade da a. alveolar inferior, destina-se a irrigar os dentes caninos e incisivos, tecido ósseo e mucosa gengival adjacente. Anastomosa-se com a contralateral na linha mediana. ARTÉRIA MAXILAR - PARTE PTERIGÓIDEA É a porção que continua para frente sob o m. temporal; Apresenta relação variável com o m. pterigoideo lateral; Localiza-se ora superficial, ora profundamente ao feixe inferior do músculo; Se superficialmente, fica entre os m.m. temporal e pterigoideo lateral, se profundamente, entre o m. pterigoideo lateral e os ramos do n. mandibular; Essa parte da a. maxilar irriga os músculos da mastigação e a bochecha RAMOS DA PARTE PTERIGOIDEA DA ARTÉRIA MAXILAR a.a. temporais profundas anterior e posterior - alcançam o m. temporal pela sua face profunda; a.a. pterigóideas - irrigam os m.m. pterigóideos lateral e medial, podendo haver mais de um ramo para cada músculo; a. massetérica - tem trajeto para a lateral, atravessa a incisura da mandíbula, alcançando a face profunda do m. masséter, o qual irriga; a. bucal - dirige-se anteriormente para baixo e lateral, inicialmente sobre a superfície lateral do m. pterigoideo lateral. Alcança então a face lateral do m. bucinador, o qual irriga. Anastomosa-se com os ramos da a. facial. ARTÉRIA MAXILAR - PARTE PTERIGOPALATINA É a última parte da a. maxilar, e destina-se à irrigação dos dentes superiores, do palato, de parte da órbita, cavidade nasal, seios parafusais e nasofarínge. RAMOS DA PARTE PTERIGOPALATINA DA ARTÉRIA MAXILAR a. alveolar superior posterior - dirige-se para baixo sobre a tuberosidade da maxila, onde penetra através das foraminas alveolares, e emite os seguintes ramos: Ramos pulpares - penetram no forame apical das raízes dos dentes molares e pré-molares superiores; Ramos ósseos - para os alvéolos, tecido ósseo da maxila e periodonto; Ramos gengivais - para o processo alveolar e a gengiva vestibular; Ramos para o seio maxilar; RAMOS DA PARTE PTERIGOPALATINA DA ARTÉRIA MAXILAR a. infra-orbital - origina-se na fossa pterigopalatina e, através da fissura orbital inferior, penetra na órbita. Corre ao longo do sulco e canal infra-orbital, acompanhando o nervo de mesmo nome. Emerge na face pelo forame infra-orbital, onde termina; Seus ramos destinam-se à irrigação da órbita, dentes anteriores, tecido ósseo da maxila, tecido mole e gengiva vestibular adjacentes, pálpebra inferior, asa do nariz e lábio superior. Seus principais ramos são: Ramo orbital - destina-se à irrigação da glândula lacrimal, músculos inferiores do olho, pálpebra inferior e periósteo da órbita; RAMOS DA PARTE PTERIGOPALATINA DA ARTÉRIA MAXILAR Ramos alveolares superiores anteriores e médios - percorrem canalículos ósseos de mesmo nome e destinam-se a irrigar as raízes (ramos pulpares), alvéolo e periodonto (ramos ósseos) e gengiva vestibular (ramos gengivais) da região dos caninos e incisivos superiores. Existem ainda ramos para a porção anterior e soalho do seio maxilar; Ramos terminais - pálpebra inferior, nasais laterais, labiais superiores; RAMOS DA PARTE PTERIGOPALATINA DA ARTÉRIA MAXILAR a. palatina descendente - tem trajeto descendente pelo canal palatino maior, onde dá origem às artérias palatinas maior e menor; a. palatina maior - surge na cavidade oral pelo forame de mesmo nome e dirige-se anteriormente, entre o palato e o processo alveolar, sob a mucosa palatina. Irriga a mucosa, gengiva, glândulas e tecido ósseo do palato. Anteriormente, anastomosa-se com a a. nasopalatina; a. palatina menor - surge na cavidade oral através do forame de mesmo nome e dirige-se posteriormente ao palato mole. Irriga a mucosa do palato mole (véu palatino) e as tonsilas palatinas. RAMOS DA PARTE PTERIGOPALATINA DA ARTÉRIA MAXILAR a. do canal pterigóideo - é um pequeno ramo que pode originar-se de uma das palatinas. Dirige-se posteriormente pelo canal pterigóideo para irrigar parte da nasofarínge a da tuba auditiva; Ramo Faríngeo - distribui-se à mucosa da parte súpero-posterior da cavidade nasal (coanas) e da nasofarínge; a. esfenopalatina - é considerada o ramo terminal da a. maxilar, pois esta apenas muda de nome ao atravessar o forame esfenopalatino e penetrar na cavidade nasal. RAMOS DA PARTE PTERIGOPALATINA DA ARTÉRIA MAXILAR A a. maxilar denomina-se então esfenopalatina, e se divide imediatamente em: a.a. nasais posteriores laterais - irriga a parede lateral da cavidade nasal, mucosa do seio frontal, das células etmoidais e também do seio maxilar; a. septal posterior ou a. nasopalatina - irriga o septo nasal, sobretudo sua parte póstero-inferior. Em companhia do n. nasopalatino, penetra no canal incisivo, atingindo o setor anterior do palato, irrigando parte da mucosa deste, e se anastomosa com os ramos da a. palatina maior. SISTEMA VENOSO DA FACE VEIAS São mais delgadas, trazem o sangue venoso do corpo para o coração; Veias tributárias - desembocam em veias maiores. Podem ser superficiais e profundas; Veias satélites - acompanham uma artéria e possui mesmo nome Não pulsáteis; Parede mais fina; Fluxo de sangue Capilares Vênulas Veias DRENAGEM VENOSA 1. Seios venosos da dura-máter - drenam o sangue da cabeça; 2. Veias cerebrais e cerebelares; 3. Veias dipnóicas; 4. Veias emissárias; 5. Veias do couro cabeludo; 6. Veias superficiais e profundas da face. VEIA FACIAL Drenagem da face, da órbita e da fronte. Inicia-se na região do ângulo interno do olho, atravessa a face paralela e posterior à a. facial e termina no pescoço. Tributárias - a v. facial inicia-se próxima ao canto interno da órbita, pela união das veias supra-orbital (mais lateral) e supratroclear (mais medial), que fazem a drenagem da região frontal do couro cabeludo. A v. oftálmica superior também pode contribuir nesta formação, drenando sangue da órbita. A v. facial, nesta região denominada ângulo interno da órbita, é chamada de v. angular. VEIA FACIAL Drenagem - abaixo da borda inferior da mandíbula, a v. facial frequentemente se une com a divisão da v. retromandibular, formando a v. facial comum que desemboca na v. jugular interna VEIA RETROMANDIBULAR Principal rede de drenagem da região temporal, infratemporal e regiões profundas da face, incluindo as cavidades nasal e oral. Inicia-se atrás do colo da mandíbula no interior da glândula parótida, acompanha a a. carótida externa, e termina no pescoço. Tributárias - a v. retromandibular é formada pela união da v. temporal superficial, que drena sangue da região temporal, e de uma ou duas v.v. maxilares, que drenam sangue do plexo venoso pterigóideo. PLEXO VENOSO PTERIGÓIDEO É um entrelaçamento de veias disposto na fossa infratemporalque recebe tributárias de várias regiões profundas da cabeça. Localiza-se entre o m. temporal, lateralmente, e o m. pterigoideo lateral, mediamente, e pode estar também entre os músculos pterigoideo medial e lateral; Estas veias se unem e se entrelaçam em torno da a. maxilar formando, próximo à cabeça da mandíbula, geralmente duas veias maxilares as quais se unem à v. temporal superficial para formar a v. retromandibular. PLEXO VENOSO PTERIGÓIDEO v.v. esfenopalatinas - drenam a parte posterior da cavidade nasal e parte do palato; v.v. articulares - originadas da ATM; v. transversa da face - drena o sangue da parte posterior da bochecha e da glândula parótida; v.v. alveolares inferiores - originadas dos dentes inferiores e da mandíbula; v.v. alveolares superiores posteriores - originadas dos dentes superiores posteriores e da maxila; v.v. musculares - originadas dos músculos da mastigação VEIA RETROMANDIBULAR Drenagem - desce atrás da mandíbula acompanhada pela a.carótida externa, e próximo à sua drenagem geralmente apresenta uma divisão anterior e uma divisão posterior; A divisão anterior une-se à v. facial, formando a v. facial comum que drena finalmente na v. jugular interna; A divisão posterior recebe a v. auricular posterior que drena sangue da região posterior à orelha para formar a v. jugular externa. VEIAS DO PESCOÇO As veias estão dispostas em veias superficiais e veias profundas; As veias superficiais são as veias jugulares anteriores e as veias jugulares externas; As veias profundas são as veias jugulares internas. VEIA JUGULAR ANTERIOR É uma veia mais inconstante e delgada, localizada anteriormente no pescoço. Tributárias - se origina pela confluência de veias localizadas na região submentual. Desce então na tela subcutânea entre a linha média e a borda anterior do m. esternocleidomastóide, e pode estar unida com a v. jugular anterior do lado oposto pelo Arco Venoso Jugular, localizado na região do espaço supra-esternal; Drenagem - inferiormente, ela perfura a fáscia cervical, passa sob o m. esternocleidomastóideo para terminar na v. jugular externa ou na v. subclávia. VEIA JUGULAR EXTERNA Localiza-se externamente ao m. esternocleidomastóide e cruza-o de anterior para posterior durante seu trajeto descendente no pescoço, coberta em parte pelo m. platisma. Ela drena também a região lateral da face; Tributárias - começa imediatamente atrás do ângulo da mandíbula, ocasionalmente dentro da glândula parótida, na região do ápice desta, pela união da v. auricular posterior com a divisão posterior da v. retromandibular; Drenagem - inferiormente, desemboca na v. subclávia ou, às vezes, na v. jugular interna. VEIA JUGULAR INTERNA É a maior veia da cabeça e do pescoço, localiza-se internamente ao m. esternocleidomastóideo. Drena o encéfalo, a região anterior da face e as estruturas profundas do pescoço; Tributárias - origina-se na base do crânio, a partir do forame jugular, onde é uma continuação do seio sigmóide. Tem então um trajeto descendente sob o m. esternocleidomastóideo, localizando-se na bainha carotídea, onde é acompanhada pelas a. carótida comum e interna, e pelo n. vago (X par); VEIA JUGULAR INTERNA Recebe outras tributárias, destacando-se a v. facial (ou facial comum), v. lingual, tireóides superior e média e, finalmente v. jugular externa; Inferiormente, próximo à junção das jugulares internas com as subclávias (regiões denominadas ângulos venosos), ocorre o retorno da drenagem linfática, através do dueto linfático direito e do ducto torácico (lado esquerdo); Drenagem - termina inferiormente atrás da extremidade medial da clavícula, unindo-se com a veia subclávia, para formar a veia braquiocefálica; as veias braquiocefálicas direita (mais curta) e esquerda (mais longa) se unem formando finalmente a veia cava superior, que desemboca no átrio direito do coração. DRENAGEM LINFÁTICA GENERALIDADES O sistema linfático absorve e drena o excesso de líquido tecidual (linfa) e das proteínas plasmáticas que extravasam da corrente sanguínea. Permite ainda a remoção de resíduos formados na decomposição celular e de infecções, funcionando como um sistema de defesa do corpo. Diariamente até 3 litros de líquido não são reabsorvidos pelos capilares sanguíneos. Os principais componentes do sistema linfático são os plexos linfáticos, os vasos linfáticos, os linfonodos e o tecido linfóide. PLEXOS LINFÁTICOS São redes de capilares linfáticos que começam como capilares fechados em uma das suas extremidades, localizadas nos espaços intercelulares. Como são formados por um endotélio muito fino, permitem a entrada para seu interior não apenas da linfa, mas também de grandes moléculas, bactérias, resíduos celulares e até mesmo células inteiras, como os linfócitos. VASOS LINFÁTICOS Os capilares linfáticos se unem para formar vasos linfáticos. Eles possuem paredes finas com válvulas linfáticas abundantes. Os vasos linfáticos superficiais anastomosam-se livremente, seguindo o trajeto das veias. Estes vasos drenam para os vasos linfáticos profundos, que, na cabeça e pescoço localizam-se sobretudo em torno da veia jugular interna. LINFONODOS São pequenas massas de tecido linfático situadas ao longo do trajeto dos vasos linfáticos nos quais a linfa é filtrada em seu trajeto até o sistema venoso. TECIDO LINFÓIDE São os locais que produzem os linfócitos (paredes do trato digestório, baço, timo e linfonodos), e o tecido mielóide (medula óssea vermelha). DRENAGEM LINFÁTICA SUPERFICIAL DRENAGEM LINFÁTICA SUPERFICIAL A linfa da cabeça drena inicialmente para um grupo de linfonodos superficiais que formam em conjunto o colar linfático pericervical, na junção entre a cabeça e o pescoço. Des tacam - se os l i n f onodos subme ta i s , submandibulares, pré e pós-auriculares e os occipitais. Esses linfonodos por sua vez drenam para os linfonodos cervicais profundos direta ou indiretamente, passando por um ou mais grupos de linfonodos. LINFONODOS SUBMENTUAIS Recebem a linfa da parte medial do lábio inferior, do mento, dos dentes anteriores inferiores e da região anterior do soalho da boca. Localizam-se ao longo da borda inferior da mandíbula. Após passar por estes linfonodos a linfa dirige-se posteriormente para alcançar os linfonodos submandibulares. LINFONODOS SUBMANDIBULARES A linfa da bochecha, nariz, seios paranasais, lábio superior, regiões laterais do lábio inferior, glândulas submandibulares e sublinguais, maxila, região posterior da mandíbula e do soalho da boca é coletada em pequenos linfonodos ao longo da veia facial, que drenam para os linfonodos submandibulares. Os vasos linfáticos dos dentes e das gengivas superiores e inferiores também seguem para estes linfonodos. Após passar por eles, a linfa se dirige para os linfonodos jugulares superiores (profundos). LINFONODOS PRÉ- AURICULARES (PAROTÍDEOS) A linfa da pele da região temporal, parte lateral da face e pálpebras, parte posterior da bochecha, orelha externa e glândula parótida é drenada para os linfonodos pré- auriculares (parotídeos superficiais). Estes localizam-se em torno da glândula parótida. DRENAGEM LINFÁTICA PROFUNDA DRENAGEM LINFÁTICA PROFUNDA A drenagem linfática da cabeça e pescoço é feita para os linfonodos cervicais profundos, podendo ou não passar pela cadeia de linfonodos cervicais superficiais. Os linfonodos cervicais profundos incluem vários grupos, dispostos ao longo da veia jugular interna. LINFONODOS CERVICAIS PROFUNDOS SUPERIORES Recebem a linfa dos linfonodos do sistema superficial (submentuais,submandibulares, etc), e drenam ainda estruturas da cavidade oral, orofaringe, nasofaringe e a região supraglótica da laringe; Destaca-se um linfonodo volumoso denominado linfonodo jugulodigástrico, que recebe os vasos linfáticos do 1/3 posterior da língua, tonsila palatina e orofaringe. Este é facilmente palpável nas faringites e amigdalites, e situa-se no ponto onde a borda anterior do esternocleidomastóideo cruza o m. digástrico. RETORNO DA LINFA À CIRCULAÇÃO VENOSA Os vasos linfáticos do pescoço vão confluindo cada vez mais, na medida em que vão passando pelos linfonodos jugulares profundos, formando de cada lado do pescoço um tronco jugular. Assim este coleta a linfa da cabeça e do pescoço e acompanha a v. jugular interna, dirigindo-se inferiormente. Próximo à junção da v. jugular interna com a v. subclávia, cada tronco jugular drena para um dueto coletor, ou para o dueto torácico ou para o dueto linfático direito. DUCTO TORÁCICO Recebe a linfa do lado esquerdo da cabeça e do pescoço (tronco jugular esquerdo), do tórax (tronco broncomediastinal), do membro super ior esquerdo ( t ronco subclávio) e do restante do corpo abaixo das costelas. Ele drena geralmente perto da união das veias jugular interna e subclávia esquerdas. DUCTO LINFÁTICO DIREITO Drena a linfa do lado direito da cabeça e do pescoço (tronco jugular direito) e do membro superior direito (tronco subclávio). Ele é pequeno, e também drena próximo a veia jugular interna e subclávia direitas.
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