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PERIODONTO - RESUMO TEÓRICO

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Curso de Odontologia - UNIFACISA 
Disciplina: Histologia e Embriologia Oral e Maxilo-Facial – Carga horária: 40h 
Professor(a): Teresa Mª de Jesus Moreira Colaço 
Semestre: 2019.1 – Período: 3º 
 
PERIODONTO DE INSERÇÃO E DE PROTEÇÃO – RESUMO TÓRICO 
 
PERIODONTO DE INSERÇÃO: constituem uma unidade estrutural e funcional entre o 
dente e o álveolo, formado pelo cemento dentário, ligamento periodontal e osso 
alveolar. 
PERIODONTO DE PROTEÇÃO (GENGIVA): Também chamado de periodonto marginal, 
recobre a crista do processo alveolar, estabelecendo a continuidade do epitélio da 
mucosa oral com o colo do dente, através do epitélio juncional. 
1. CEMENTO DENTÁRIO 
CONCEITO: tecido mineralizado que recobre a dentina radicular, com espessura variável 
segundo a região considerada. Desenvolve-se a partir do folículo dentário. Principal 
função: inserção das fibras do ligamento periodontal na raiz do dente. Composto por 
células e matriz, sendo 60% de minerais e 40% de material orgânico (colágeno tipo I, e 
água). Tecido avascular e passível de processos de reabsorção e neoformação. 
TIPOS DE CEMENTO 
a) Cemento intermediário: camada de natureza transitória, que precede o início da 
formação da cementogênese, situado entre a dentina radicular e o cemento 
propriamente dito. Pode estar envolvida na adesão do cemento à dentina. Não existe 
no dente formado. 
b) Cemento acelular de fibras extrínsecas: encontrado no terço cervical dos dentes. 
Apresenta matriz bastante fibrosa, produzida pelos fibroblastos do ligamento 
periodontal. Aspecto homogêneo, vítreo, quase transparente, (em preparações por 
desgaste). Pode se observar linhas incrementais durante sua formação. 
c) Cemento celular de fibras mistas: encontrado a partir do terço médio da raiz e nas 
áreas de furcação dos dentes multirradiculares; apresenta maior espessura que o tipo 
acelular. Apresenta lacunas contendo cementócitos e numerosos canalículos contendo 
os prolongamentos dessas células; sua matriz orgânica contém fibrilas colágenas 
produzidas pelos fibroblastos e cementoblastos. 
d) Cemento celular de fibras intrínsecas: Produzido só em casos de reparação, após 
reabsorção cementária ou em compensação dos desgastes oclusais funcionais. Sua 
matriz orgânica contém fibrilas colágenas produzidas exclusivamente pelos 
cementoblastos. Não é formado durante o desenvolvimento do dente. 
CÉLULAS DO CEMENTO DENTÁRIO 
a) Cementoblastos: apresentam forma arredondada ou ovalada, citoplasma basófilo, 
retículo endoplasmático rugoso abundante e complexo de Golgi muito desenvolvido e 
numerosas vesículas de secreção. Localizados justapostos ao cementóide. Sintetizam a 
matriz orgânica de natureza intrínseca do cemento. 
b) Cementócitos: representam os cementoblastos aprisionados na matriz do cemento 
durante sua formação. Células com pouca atividade metabólica, apresentando poucas 
organelas no seu citoplasma. Apresentam numerosos prolongamentos que estabelecem 
comunicação com os das células vizinhas através de canalículos. 
c) Células clásticas: estão presentes nos processos de reabsorção do cemento, quando 
ocorrem estímulos excessivos (movimentação ortodôntica). Raramente observadas na 
superfície do cemento. 
TIPOS DE LIMITES OU DE JUNÇÃO AMELOCEMENTÁRIO: borda a borda (30%); o 
cemento recobre o esmalte (60%) e, cemento e esmalte não se encontram (10%). 
CONSIDERAÇÕES CLÍNICAS: Capacidade de reparação (hipercementose) em 
decorrência à inflamação periapical ou trauma oclusal; maior resistência à reabsorção 
comparado ao osso. 
 
2. LIGAMENTO PERIODONTAL 
CONCEITO: tecido de natureza conjuntiva, não mineralizado, interposto entre o 
cemento e o osso alveolar, estabelecendo assim, a articulação entre o dente e seu 
respectivo alvéolo. Originado do folículo dental ou saco dentário. Principais funções: 
suporte – sensorial – nutritiva – manutenção. 
ESTRUTURA: CÉLULAS E MATRIZ 
CÉLULAS: 
a) Fibroblastos: apresentam forma alongada, fusiforme, com núcleo ovóide e vários 
processos citoplasmáticos irregulares. Possuem retículo endoplasmático granular e 
complexo de Golgi muito desenvolvido e, numerosos grânulos de secreção. Apresentam 
também vacúolos citoplasmáticos de natureza lisossômica. Função: estão envolvidos na 
formação e destruição das fibras colágenas, sendo assim responsáveis pelo turnover do 
colágeno. 
b) Células indiferenciadas: apresentam-se pequenas e fusiformes, com aspecto similar 
aos fibroblastos inativos, localizadas principalmente em volta dos vasos sanguíneos. 
Tipo celular que permite a diferenciação, quando necessário, de novas células de 
natureza conjuntiva como fibroblastos (ligamento) e, também, cementoblastos e 
osteoblastos. 
c) Restos epiteliais de Malassez: grupos de células, remanescentes da fragmentação da 
bainha epitelial radicular de Hertwig, localizadas na região do ligamento periodontal 
próximo ao cemento. Agrupam-se em pequenos cordões, unidas por desmossomas, 
envolvidos por uma lâmina basal contínua. Apresentam núcleo esférico e poucas 
organelas no citoplasma. Permanecem durante toda a vida do indivíduo, podendo ser 
ativadas em processos inflamatórios do ligamento periodontal (cistos periodontais). 
MATRIZ EXTRACELULAR: 
a) Parte não fibrilar – formada pela substância fundamental amorfa, proteoglicanas, 
glicosaminoglicanas, glicoproteínas, alguns lipídios, outras macromoléculas e, grande 
quantidade de água. 
b) Parte fibrilar – constituída por fibrilas colágenas (tipo I) presentes na matriz de 
maneira isolada ou agrupadas, em feixes. 
FIBRAS PRINCIPAIS DO LIGAMENTO PERIODONTAL: - feixes colágenos que representam 
os componentes mais característicos do ligamento periodontal que se inserem do 
cemento ao osso alveolar atravessando o ligamento. Constituem cinco grupos 
principais, segundo a orientação e a região da raiz na qual se encontram inseridas. 
a) Grupo de fibras da crista alveolar: feixes de fibras que se inserem no cemento, logo 
após o limite amelocementário, dirigem-se obliquamente em sentido apical e inserem-
se na crista do processo alveolar. Função: resistem às forças verticais e intrusivas. 
b) Grupo de fibras horizontais: localizado na continuação do grupo anterior, em sentido 
apical. Após sua inserção no cemento, os feixes dirigem-se para o osso alveolar, 
formando ângulo reto com a superfície radicular. Função: resistem às forças horizontais 
e laterais. 
c) Grupo de fibras oblíquas: representam o maior número de feixes de fibras, cobrem 
aproximadamente dois terços do comprimento da raiz. Apresentam uma inclinação em 
sentido inverso ao do grupo da crista, seja: sua inserção cementária é mais apical que 
sua inserção óssea. Função: resistem às forças verticais e intrusivas. 
d) Grupo de fibras apicais: constituído por feixes que se inserem no cemento que 
recobre o ápice do dente e, dirigem-se no sentido radial e divergentemente para o osso 
alveolar. Função: resistem às forças verticais e extrusivas. 
e) Grupo de fibras interradiculares: encontradas apenas na região de furcação dos 
dentes com duas ou mais raízes. Os feixes deste grupo dirigem-se no sentido radial e 
convergentemente a partir do cemento para a crista óssea do septo interradicular. 
Função: resistem às forças verticais e laterais. 
FIBRAS SECUNDÁRIAS DO LIGAMENTO: constituem fibras e fibrilas localizadas entre os 
feixes de fibras principais; não formam feixes grossos e não apresentam uma orientação 
regular como as fibras principais; são encontradas geralmente envolvendo vasos e 
nervos. 
 
Figura 1 – Desenho mostrando a distribuição dos grupos de fibras principais do 
ligamento periodontal visualizados em corte longitudinal do dente no sentido 
mesiodistal 
3. OSSOALVEOLAR 
CONCEITO: parte da maxila e da mandíbula, que junto com o ligamento periodontal e o 
cemento, constitui o sistema de ancoragem do dente no alvéolo. 
TERMINOLOGIA: 
a) Osso basal: representa o corpo da mandíbula e da maxila cuja formação independe 
da odontogênese. 
b) Processo Alveolar: porção óssea que envolve completamente o germe (cripta óssea). 
Sua formação ocorre na fase de campânula. 
c)Osso Alveolar: tecido ósseo que surge nas paredes laterais da cripta óssea (periodonto 
de inserção). Surge na fase de raiz. 
CARACTERÍSTICAS DO OSSO ALVEOLAR: espessura variável entre 0,1 e 0,4mm, 
apresentando maior espessura nas paredes distais dos alvéolos dos premolares e 
molares. Nas radiografias apresenta imagem mais radiopaca que o osso adjacente 
(“Lâmina dura”). Apresenta inúmeras perfurações (“Lâmina cribiforme”). Contém 
osteócitos alojados em lacunas com prolongamentos nos canalículos que percorrem a 
matriz mineralizada e, osteoblastos situados na superfície óssea próximo ao ligamento 
periodontal. Apresenta osteoclastos nas superfícies ósseas onde está havendo 
reabsorção óssea. Apresenta um aspecto fasciculado - inúmeros feixes de fibras 
colágenas inseridas, extrínsecas e intrínsecas. 
CONSIDERAÇÕES CLÍNICAS: a grande plasticidade do tecido ósseo do complexo 
processo alveolar/osso alveolar permite a movimentação ortodôntica e, a colocação de 
implantes biocompatíveis; reabsorção do osso e do processo alveolar é uma 
característica das regiões edêntulas do arco dentário. 
 
4. PERIODONTO DE PROTEÇÃO (GENGIVA) 
CONCEITO: banda ou colar que rodeia o colo do dente na altura do limite 
amelocementário, cuja face voltada para o dente é constituída por dois segmentos – o 
epitélio juncional e o sulco gengival. Recobre a crista do processo alveolar e estabelece 
a continuidade do epitélio da mucosa oral com o colo do dente através do epitélio 
juncional. 
ESTRUTURA/CARACTERÍSTICAS HISTOLÓGICAS 
a) Epitélio Juncional: forma um colar ao redor do dente completamente erupcionado, 
estabelecendo um mecanismo de adesão entre suas células e a superfície dentária – 
aderência epitelial. Constituído por 2 a 3 camadas de células em sua extremidade apical 
e, em direção coronária apresenta 20 a 30 camadas. 1. Estrato basal - camada única de 
células cúbicas, situada ao lado da lâmina própria; 2. Estrato suprabasal - camada de 
células achatadas com seu longo eixo paralelo à superfície dentária e escasso número 
de desmossomos (alta permeabilidade); 3. Lâmina basal externa - situada na interface 
estrato basal e lâmina própria; 4. Lâmina basal interna - situada na interface estrato 
suprabasal e superfície dentária. 
b) Aderência epitelial: camada de células achatadas, adjacentes ao dente, responsáveis 
pelo mecanismo de adesão do epitélio juncional com o dente e os materiais 
restauradores. Estabelece hemidesmossomos na superfície voltada para lâmina basal 
interna. Capaz de se reconstituir rapidamente. Cutícula dentária: camada não 
mineralizada, que adere ao dente ao irromper na cavidade oral, (proteínas séricas). 
c) Sulco gengival: estreita fenda situada entre a gengiva livre e o dente, preenchida pelo 
fluído crevicular. Revestido por um epitélio estratificado pavimentoso, não 
queratinizado, em quase toda sua extensão (levemente paraqueratinizado próximo à 
borda livre da gengiva). Apresenta pequenas papilas conjuntivas na interface entre o 
epitélio do sulco e a lâmina própria subjacente. 
Papila Interdentária e Col: Porção da gengiva marginal situada nas regiões de contato 
entre dentes adjacentes. Apresenta-se consideravelmente delgada, constituindo o COL 
(em forma de sela). O epitélio do COL representa, portanto, os epitélios juncionais 
relacionados aos dois dentes adjacentes. 
Lâmina própria: camada de tecido conjuntivo com os mesmos tipos celulares e 
constituintes da matriz extracelular presentes na mucosa gengival, profusamente 
vascularizada e inervada; apresenta grossos feixes de fibras colágenas denominados 
Fibras Principais Gengivais, que constituem o ligamento gengival. 
GRUPOS DE FIBRAS PRINCIPAIS GENGIVAIS segundo sua localização e orientação: 
a) Grupo de Fibras Dentogengivais: inserem-se na porção mais cervical do cemento e 
dirigem-se para a lâmina própria da gengiva, abrindo-se como um leque. 
b) Grupo de Fibras Dentoperiostais: inserem-se no cemento cervical e seguem um curto 
trajeto horizontal até alcançar a crista alveolar, para então curvar-se no sentido apical e 
inserir-se no processo alveolar. 
c) Grupo de Fibras Alveologengivais: constituído pelos feixes que após sua inserção na 
crista alveolar dirigem-se coronalmente para a lâmina própria da gengiva livre. 
d) Grupo de Fibras Circulares: feixes que localizam-se na lâmina própria da gengiva livre, 
seguindo a trajetória em torno do dente. 
e) Grupo de Fibras Interpapilares: localizam-se apenas na região mais coronal da lâmina 
própria das papilas interdentárias, dirigindo-se de vestibular para palatina/lingual, 
atravessando o COL. 
f) Grupo de Fibras Transeptais: Se inserem no cemento da raiz de um dente e seguem 
em direção horizontal, atravessando no sentido mesiodistal, a papila interdentária, se 
inserindo no cemento da raiz do dente vizinho. 
 
Figura 2 - Diagrama mostrando a distribuição de diferentes grupos de Fibras Principais 
Gengivais visualizadas em corte longitudinal de dente. 
 
 
Figura 3 - Diagrama mostrando a distribuição de diferentes grupos de Fibras Principais 
Gengivais visualizadas na região do COL, em corte de dente no sentido vestíbulo-
lingual. 
CONSIDERAÇÕES CLÍNICAS: 
A extensão do epitélio juncional = ± 1,5mm; e a profundidade do sulco gengival = ± 
0,5mm; a permeabilidade aumentada do EJ propicia a passagem de líquido tissular e de 
células inflamatórias da lâmina própria para o sulco gengival. O volume do fluído 
crevicular é aumentado durante o processo inflamatório. O sulco gengival contém 
frequentemente células. descamadas do epitélio juncional junto com células 
inflamatórias. A aderência epitelial é capaz de se reconstituir rapidamente na interface 
com o esmalte, cemento ou dentina, e, com materiais restauradores. 
 
 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
01. BERKOVITZ, B. K. B.; HOLLAND, G. R.; MOXHAM, B. J. Anatomia, embriologia e 
histologia bucal. Porto Alegre: Artmed, 2004. 378 p. ISBN 85-363-0256-9. 
611.01/.018:611.31 B512a 
02. AVERY, J. K. Fundamentos de Histologia e Embriologia Bucal: uma abordagem clínica. 
Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2001. 200 p. 
03. BALOGH, M. B.; FERHENBACH, J. M. Anatomia, Histologia e Embriologia dos Dentes 
e das Estruturas Orofaciais. São Paulo: Manole, 2008. 403 p. 
04. KATCHBURIAN, E.; ARANA, V. HISTOLOGIA E EMBRIOLOGIA ORAL: TEXTO, ATLAS, 
CORRELAÇÕES CLÍNICAS. RIO DE JANEIRO: GUANABARA KOOGAN, 1999. 381 P. 
05. NANCI, A.; TEN CATE, A. R. Histologia oral [de] Ten Cate: desenvolvimento, estrutura 
e função. 7. ed. Rio de Janeiro (RJ): Mosby Elsevier, 2008. 414p.

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