Buscar

Anatomia dos Tecidos Periodontais

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 24 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 24 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 24 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Anatomia dos Tecidos Periodontais 
o O periodonto (peri: em torno de; odonto: dente), compreende os seguintes tecidos: 
 
(1) Gengiva (G) 
(2) Ligamento Periodontal (PL); 
(3) Cemento Radicular (RC); 
(4) Osso Alveolar (AP). 
 
 
- O osso alveolar é constituído por dois componentes: o osso alveolar propriamente dito 
(ABP) e o processo alveolar; 
- O osso alveolar propriamente dito (ABP), também chamado de “osso fasciculado”, é 
contínuo com o processo alveolar e forma a delgada lâmina óssea que reveste o alvéolo 
dentário; 
- A principal função do periodonto é inserir o dente no tecido ósseo dos maxilares e manter 
a integridade da superfície da mucosa mastigatória da cavidade oral; 
 
 
O periodonto, também chamado de “aparelho de inserção” ou 
“tecidos de suporte dos dentes”, forma uma unidade de 
desenvolvimento, biológica e funcional, que sofre determinadas 
alterações com a idade e, além disso, está sujeita a alterações 
morfológicas relacionadas a modificações funcionais e no meio 
bucal. 
- O desenvolvimento dos tecidos periodontais ocorre durante o crescimento e a formação dos 
dentes; 
 
- Após a formação da lâmina dental, inicia-se uma série de processos 
(estágio de botão, estágio de capuz, estágio de campânula e o 
desenvolvimento de raiz) que resultam na formação de um dente e seus 
tecidos periodontais, incluindo o osso alveolar propriamente dito. 
 
 
 
 Gengiva 
Anatomia Macroscópica 
A mucosa oral (membrana mucosa) é contínua com a pele dos lábios e a mucosa do palato 
mole e da faringe. 
A mucosa oral compreende: 
- mucosa mastigatória: inclui a gengiva e o revestimento do palato duro; 
- mucosa especializada: recobre o dorso da língua; 
- parte restante, chamada mucosa de revestimento. 
Durante o estágio de capuz, células ectomesenquimais 
condensam-se em relação ao epitélio oral (o órgão 
dental [DO]), formando a: 
- Papila dentária [DP]: dá origem à dentina e à 
polpa; e o 
- Folículo dentário [DF]: origina os tecidos 
periodontais de suporte (o cemento, o ligamento 
periodontal e o ABP). 
 Órgão dental: é o órgão formador do esmalte. 
 
 
- A gengiva é a parte da mucosa mastigatória que cobre o processo alveolar e circunda a 
porção cervical dos dentes; 
- A gengiva consiste em uma camada epitelial e um tecido conjuntivo subjacente, chamado 
de lâmina própria; 
- A gengiva assume sua forma e textura definidas em associação com a erupção dos dentes. 
- Na direção coronal, a gengiva de 
cor rósea termina na margem 
gengival livre, que possui um 
contorno recortado; 
- No sentido apical, a gengiva é contínua com 
a mucosa alveolar (mucosa de revestimento) 
que é frouxa e de cor vermelha mais escura, 
da qual em geral é separada por uma linha 
limitante facilmente reconhecida, chamada de 
junção mucogengival ou de linha 
mucogengival. 
- Não há uma linha mucogengival no 
palato, uma vez que o palato duro e o 
processo alveolar do maxilar são revestidos 
pelo mesmo tipo de mucosa mastigatória. 
Três partes da gengiva podem ser 
identificadas: 
1. Gengiva livre (GF); 
2. Gengiva interdental; 
3. Gengiva inserida (AG) 
- A gengiva livre é de cor rósea, tem 
a superfície opaca e consistente 
firme. Compreende o tecido gengival 
das partes vestibular e lingual ou 
palatina dos dentes, além da 
gengiva interdental ou papilas 
interdentais. 
 
 
o Pelos lados vestibular e lingual dos dentes, a gengiva livre estende-se a partir da margem 
gengival em direção apical até a ranhura gengival livre, que se acha posicionada em 
um nível correspondente à junção cemento-esmalte (CEJ). 
o A gengiva inserida é demarcada pela junção mucogengival (MGJ) na direção apical. 
 - A margem gengival livre é frequentemente 
arredondada de tal forma que uma pequena 
invaginação ou sulco é formado entre o dente 
e a gengiva. 
- Quando uma sonda periodontal é inserida 
nessa invaginação e forçada apicalmente na 
direção junção cemento-esmalte, o tecido 
gengival é separado do dente, e uma “bolsa 
gengival” ou “sulco gengival” fica aberto 
artificialmente. 
 
- Assim, na gengiva normal ou 
clinicamente sadia na verdade não 
há “bolsa gengival” ou “sulco 
gengival”, pois a gengiva está em 
contato íntimo com a superfície do 
esmalte. 
 - Após a completa erupção dentária, a margem gengival livre fica localizada na superfície do 
esmalte cerca de 1,5 a 2 mm coronariamente à junção cemento-esmalte; 
- A forma da gengiva interdentária (a papila interdental) é determinada pelas relações de contato 
entre os dentes, pela largura da superfície proximal destes e pelo contato da junção cemento-
esmalte; 
- Nas regiões anteriores da dentição, a papila interdentária tem forma piramidal, enquanto, 
nas regiões de molares, as papilas são mais achatadas no sentido vestibulolingual. 
 
 
- Devido a presença das papilas interdentais, a margem gengival livre segue um contorno 
recortado, mais ou menos acentuado em toda dentição; 
- Nas regiões de pré-molares e molares, os dentes possuem superfícies de contato proximais em 
vez de pontos de contato; 
- Como a papila interdentária tem sua forma de acordo com o contorno das superfícies 
interdentárias de contato, uma concavidade – área ou região de col – é formada nas regiões de 
pré-molares e molares em que o dente situado distalmente foi removido. 
- As papilas interdentárias nessas áreas em geral possuem uma porção vestibular (VP) e uma 
porção lingaual ou palatina (LP) separadas pela área do col. A área do col, é recoberta por 
um epitélio delgado não-ceratinizado (setas). 
 Esse epitélio apresenta muitas características em 
comum com o epitélio juncional. 
 - A gengiva inserida é delimitada, na direção da coroa, pela ranhura dengival (GG- sulco 
gengival livre) ou, quando tal ranhura está ausente, por um plano horizontal que passa pelo 
nível da junção cemento-esmalte; 
- Em exames clínicos, observou-se que a ranhura gengival está presente apenas em cerca de 30 
a 40% dos adultos; 
- O ponto mais apical da vieira gengival marginal é chamado de zênite gengival; 
 
 
- A ranhura gengival livre em geral é mais 
pronunciada na face vestibular dos dentes. 
Ocorre com maior frequência nas regiões de 
incisivos e pré-molares inferiores e, com 
menor frequência, nas regiões de molares 
inferiores e pré-molares superiores. 
 
 
 
- A gengiva inserida estende-se em direção apical até a junção mucogengival, onde se torna 
contínua com a mucosa alveolar (AM) (de revestimento). Com textura firme e cor rósea, 
apresenta com frequência pequenas depressões na superfície; 
- As depressões, chamadas “pontilhando”, dão o aspecto de casca de laranja. Esse tipo de 
mucosa está firmemente inserida no osso alveolar e cemento subjacentes por meio de fibras do 
tecido conjuntivo e, portanto, é comparativamente imóvel em relação aos tecidos subjacentes 
 
 
 
- A largura da gengiva inserida é outro importante parâmetro clínico. É a distância entre a 
junção mucogengival e a projeção na face externa do sulco gengival ou na bolsa periodontal; 
- A gengiva é significativamente é mais larga nas pessoas entre 40-50 anos de idade do que 
naquelas entre 20-30 anos. Essa observação mostra que a largura da gengiva tende a aumentar 
com o avançar da idade. 
 
 
 
 
 
- Esquema de uma seção histológica descrevendo a 
composição da gengiva e a área de contato entre a 
gengiva e o esmalte (E). 
 
- A gengiva livre compreende todas as estruturas epiteliais e do tecido 
conjuntivo (CT) localizadas coronariamente a uma linha horizontal 
que passa no nível da junção cemento-esmalte (CEJ). 
 
O epitélio que recobre a gengiva livre pode ser diferenciado da 
seguinte forma: 
 
 
- Epitélio oral (OE): fica voltado para a cavidade oral; 
- Epitélio oral do sulco (OSE): fica voltado para o dente, sem entrar em contato com a superfície 
do dente; 
- Epitélio juncional (JE): promove o contato da gengiva com o dente. 
- O limiteentre o epitélio oral (OE) e o tecido conjuntivo subjacente (CT) segue um curso 
ondulado. 
- As partes do tecido conjuntivo que se protejam no epitélio são chamadas de papilas do tecido 
conjuntivo (CTP), sendo separadas entre si pelas cristas epiteliais. 
- Na gengiva normal, que não está inflamada, as cristas epiteliais e as papilas do tecido 
conjuntivo estão ausentes no limite entre o epitélio juncional e o tecido conjuntivo subjacente. 
- A presença de cristas epiteliais é um aspecto morfológico característico do epitélio oral e do 
epitélio do sulco, enquanto no epitélio juncional essas estruturas estão ausentes. 
 
 
Foto Anterior: 
- Em 40% dos adultos, a gengiva inserida apresenta um aspecto pontilhado na superfície. 
- Modelo da superfície externa do epitélio oral da gengiva inserida. A superfície exibe as 
depressões diminutas (1-3) que, quando presentes, conferem à gengiva sua aparência pontilhada 
característica. 
- Subsuperfície (isto é, a superfície do epitélio voltada para o tecido conjuntivo). Essa 
subsuperfície do epitélio é caracterizada pela presença de cristas epiteliais que confluem em vário 
locais (1-3). 
- As depressões (1-3) vistas na superfície externa do epitélio correspondem aos locais de fusão 
(1-3) entre as cristas. Assim, as depressões na superfície da gengiva são formadas nas áreas de 
fusão entre as várias cristas epiteliais. 
 
 
- O epitélio oral é um epitélio pavimentoso estratificado ceratinizado, que, tomando-se por base 
o grau de diferenciação das células produtoras de ceratina. 
Pode ser dividido nas seguintes camadas celulares: 
 
 
1) Camada basal 
2) Camada espinhosa 
3) Camada granulosa 
4) Camada ceratinizada 
- Além das células produtoras de ceratina, que correspondem a cerca de 90% da população 
celular total, observa-se que o epitélio oral contém, ainda, os seguintes tipos de células: 
- Melanócitos; 
- Céls d Langerhans; 
- Céls de Merkel; 
- Céls inflamatórias. 
* Esses tipos de céls em geral são estrelados e têm prolongamento citoplasmáticos de tamanho 
e aspecto variados. 
* Também são chamadas de “céls claras”, pois, nos cortes histológicos, as zonas em torno de 
seus núcleos apresentam-se mais claras que as céls circunvizinhas produtoras de ceratina. 
 
- As céls da camada basal são cilíndricas ou cúbicas e estão em contato 
com a membrana basal, que separa o epitélio do tecido conjuntivo; 
- As céls basais têm a capacidade de se dividir (sofrem divisão celular 
mitótica; 
- As céls marcadas por setas na fotomicrografia estão em processo de 
divisão. 
 
 
 
- É na camada basal que o epitélio é renovado; 
- Por essa razão, essa camada também é chamada de estrato germinativo e pode ser considerada 
o compartimento de céls progenitoras do epitélio. 
 
- Quando duas células-filhas (D) são formadas por divisão celular, uma célula basal adjacente 
“mais velha” (OB) é impelida para a camada espinhosa e começa a atravessar o epitélio como 
um ceratinócito; 
- Em um dado momento, o número de células que se dividem na camada basal se iguala ao 
número de células descamadas na superfície; 
- Assim, sob condições normais, existe um completo equilíbrio entre a renovação celular e a 
perda de células. É isso que mantém a espessura do epitélio constante. 
A medida que a célula basal migra pelo epitélio, ela se 
torna achatada com seu longo eixo paralelo à superfície 
epitelial. 
O epitélio oral também contém melanócitos, 
responsáveis pela produção do pigmento 
melanina. 
 
 
Os melanócitos são observados nas pessoas que apresentam 
pigmentação acentuada da mucosa oral, bem como em 
indivíduos nos quais não são observados sinais clínicos de 
pigmentação. 
- Melanócito (MC) está presente na porção inferior da 
camada espinhosa; 
- Diferente dos ceratinócitos, essas células contêm grânulos 
de melanina (MG) e não apresentam tonofilametos nem 
hemidesmossomos. 
Epitélio Dentogengival 
o Os componentes teciduais da região dentogengival atingem suas características estruturais 
definitivas em associação com a erupção dos dentes. 
 
 
a) Quando o esmalte dentário alcança seu desenvolvimento completo, as células produtoras 
do esmalte (amareloblastos) sofrem uma redução em sua altura, produzem uma lâmina 
basal e formam, juntamente com com as demais células do epitélio externo do órgão do 
esmalte, chamado epitélio reduzido do esmalte (RE). 
 
 
- A lâmina basal (lâmina epitelial de inserção: EAL) fica 
em contato direto com o esmalte; 
- O epitélio reduzido do esmalte envolve a coroa do dente 
do momento em que o esmalte se torna adequadamente 
mineralizado até que comece a erupção dentária. 
 
 
 
 
b) À medida que o dente em erupção se aproxima do epitélio oral, as células da camada 
externa do epitélio reduzido do esmalte (RE), bem como as células da camada basal do 
epitélio oral (OE), apresentam aumento da atividade mitótica (setas) e começam a migrar 
para o tecido conjuntivo subjacente. 
 
 
- O epitélio que migra produz uma massa epitelial 
entre o epitélio oral e o epitélio reduzido do esmalte, 
de modo que o dente pode erupcionar sem que ocorra 
sangramento; 
- Os ameloblastos primitivos não se dividem. 
 
 
c) Quando o dente penetra na cavidade oral, grandes porções imediatamente apicais à área 
incisal do esmalte são, então, recobertas pelo epitélio juncional (JE), que contém apenas 
poucas camadas de células. 
 
 
d) Durante as fases terminais da erupção dentária, todas as células do epitélio reduzido do 
esmalte são transformadas no epitélio juncional. 
 
 
- Esse epitélio é contínuo com o epitélio oral e promove a 
inserção da gengiva no dente. 
 
 
- À esquerda está o esmalte (E); 
- À direita são observados o epitélio juncional (JE), o epitélio do sulco 
(OSE) e o epitélio oral (OE). 
 
- O epitélio do sulco reveste o sulco gengival, localizado entre o esmalte e a parte superior da 
gengiva livre; 
- O epitélio juncional difere morfologicamente do epitélio do sulco e do epitélio oral, enquanto 
estes dois últimos são estruturalmente muito semelhantes; 
- Embora possam ocorrer variações individuais, o epitélio juncional em geral é mais largo na 
parte correspondente à coroa (cerca de 15-20 camadas de células), tornando-se mais estreito (3-
4 células) em direção à junção-cemento-esmalte (CEJ); 
- Na região limite entre o epitélio juncional e o tecido conjuntivo subjacente não estão presentes 
as cristas epiteliais, exceto quando os tecidos estão inflamados. 
- O epitélio juncional apresenta uma superfície livre no fundo do sulco gengival (GS); 
- Assim como o epitélio do sulco e o epitélio oral, o epitélio juncional está sendo constantemente 
renovado por meio da divisão celular da camada basal; 
- As células migram até a base do sulco gengival, de onde descamam. 
 
 
Lâmina Própria 
o O tecido conjuntivo (lâmina própria) é o componente tecidual predominante da gengiva; 
o Os principais constituintes do tecido conjuntivo são as fibras colágenas (cerca de 60% do 
volume do tecido conjuntivo), os fibroblastos (cerca de 5%) e os vasos e nervos (cerca de 
35%), que estão envolvidos em uma substância fundamental amorfa (matriz). 
 
 
Células 
Os diferentes tipos de células presentes no tecido conjuntivo são: 
1) Fibroblastos: é a célula predominante do tecido conjuntivo (65% da população celular total). 
- Está relacionado com a produção dos vários tipos de fibras encontrados no tecido conjuntivo e 
também participa na síntese da matriz do tecido conjuntivo. 
2) Mastócitos: é responsável pela produção de determinados componentes da matriz. 
- Essa célula também produz substâncias vasoativas que podem afetar a função do sistema 
microvascular e controlar o fluxo de sangue através do tecido. 
3) Macrófagos: desempenha várias funções de fagocitose e síntese no tecido. 
- É apresentado em aumento de microscopia eletrônica. 
4) Células inflamatórias: de vários tipos, comoos granulócitos neutrófilos, linfócitos e 
plasmócitos. 
- Além disso, o citoplasma também contém inúmeras mitocôndrias (M) e um complexo de Golgi 
bem desenvolvido. 
- O desenho ilustra um fibroblasto (F) alojado em uma 
rede de fibras do tecido conjuntivo (CF); 
- O espaço intermediário é preenchido com uma matriz 
(M) que constitui o “meio ambiente” para a célula. 
 
 
Fibras 
As fibras do tecido conjuntivo são produzidas pelos fibroblastos e podem ser divididas em: 
1) Fibras colágenas; 
2) Fibras reticulares; 
3) Fibras oxitalânicas; 
4) Fibras elásticas. 
* Fibras Colágenas: 
- Predominam no tecido conjuntivo gengival e constituem o mais importante dos componentes do 
periodonto; 
- A micrografia eletrônica mostra cortes transversais e longitudinais de fibras colágenas; 
- As fibras de colágeno possuem uma característica de bandamento cruzado. 
 
* Fibras Reticulares: 
- São numerosas no tecido adjacente à membrana basal (setas); 
- Também ocorrem em grande número no tecido conjuntivo frouxo que circunda os vasos 
sanguíneos; 
- Estão presentes nas interfaces: 
Epitélio-tecido conjuntivo; e 
Endotélio-tecido conjuntivo. 
 
 
 
* Fibras Oxitalânicas: 
- São escassas na gengiva, porém numerosas no ligamento periodontal; 
- São compostas de fibras delgadas e longas; 
- A fotomicrografia ilustra essas fibras (setas) no ligamento periodontal, onde têm um curso 
principalmente paralelo ao longo eixo do dente; 
- A função dessas fibras ainda é desconhecida; 
- O cemento é visto à direita, e o osso alveolar à esquerda. 
 
* Fibras Elásticas 
- No tecido conjuntivo da gengiva e do ligamento periodontal estão presentes apenas em 
associação com os vasos sanguíneos; 
- A lâmina própria e a submucosa da mucosa alveolar (de revestimento) contêm numerosas fibras 
elásticas (setas); 
 
 
 
 
 
- A gengiva (G), vista em posição coronária em relação à junção mucogengival (MGJ), não 
contém fibras elásticas, exceto em associação com os vasos sanguíneos. 
 
 
 
 
 
Tipos de Fibras Colágenas 
- Embora muitas das fibras colágenas na gengiva e 
no ligamento periodontal estejam distribuídas 
irregular ou aleatoriamente, a maioria delas tende a 
se dispor em grupos de feixes com orientação bem 
definida. 
De acordo com sua inserção e a trajetória que 
segue no tecido, os feixes orientados de fibras 
gengivais podem ser divididos nos seguintes grupos: 
 
 
 
1) Fibras circulares (CF): 
- São feixes de fibras dispostos na gengiva livre e que circundam o dente em forma de um 
anel. 
2) Fibras dentogengivais (DGF): 
- Estão embutidas no cemento da porção supra-alveolar da raiz, de onde se projetam a 
partir do cemento, em forma de leque, em direção ao tecido gengival livre das superfícies 
vestibular, lingual e interproximal. 
3) Fibras dentoperiósteas (DPF): 
- Estão inseridas na mesma porção do cemento que as fibras dentogengivais, porém fazem 
a trajetória em sentido apical sobre a crista óssea vestibular e lingual, para terminarem 
no tecido da gengiva inserida; 
- Na área limítrofe entre as gengivas livre e a inserida, o epitélio não é sustentado por 
feixes orientados de fibras colágenas; 
- Nessa área, com frequência está presente a ranhura gengival livre (GG) 
 
 
 
 
 
4) Fibras transeptais (TF): 
- Estendem-se entre o cemento supra-alveolar de dentes vizinhos; 
- As fibras transeptais seguem um trajeto retilíneo sobre o septo interdentário e estão 
inseridas no cemento de dentes adjacentes. 
Matriz 
- A matriz do tecido conjuntivo é produzida principalmente pelos fibroblastos, embora alguns de 
seus componentes sejam elaborados pelos mastócitos e outros sejam derivados do sangue; 
- A matriz é o meio no qual as células do tecido conjuntivo se acham embutidas e é essencial 
para a manutenção da função normal do tecido conjuntivo; 
- O transporte de água, eletrólitos, nutrientes, metabólitos etc. em direção às células do tecido 
conjuntivo e o seu retorno ocorrem dentro da matriz; 
- Os principais componentes da matriz do tecido conjuntivo são macromoléculas de carboidratos 
e proteínas 
Ligamento Periodontal 
- É o tecido conjuntivo frouxo, ricamente vascularizado e celular, que circunda as raízes dos 
dentes e une o cemento radicular à lâmina dura ou ao osso alveolar propriamente dito. 
Em direção coronária, o ligamento periodontal é contínuo com a 
lâmina própria da gengiva e está separado da gengiva pelos feixes 
de fibras colágenas que conectam a crista do osso alveolar com a 
raiz (as fibras da crista alveolar). 
 
 
Radiografia de uma região molar pré-molar inferior. Na radiografia, dois tipos de osso 
alveolar podem ser distinguidos: 
1. A parte do osso alveolar que cobre o alvéolo, denotado 
“lamina dura” (LD). 
 
2. A porção do processo alveolar que, na radiografia, 
apresenta aspecto trabeculado (osso esponjoso) 
- Esquema de como o LP está situado entre o osso 
alveolar propriamente dito (ABP) e o cemento radicular 
(RC). 
- O dente é unido ao osso por feixes de fibras colágenas 
que podem ser divididos nos seguintes grupos principais, 
de acordo com sua disposição: 
1. Fibras de crista alveolar (ACF); 
2. Fibras horizontais (HF); 
3. Fibras oblíquas (OF); 
4. Fibras apicais (APF). 
- O corte mostra como as principais fibras do ligamento periodontal (PLD) se estendem 
continuamente desde o cemento radicular até o osso alveolar propriamente dito (ABP); 
 
- As principais fibras incorporadas no cemento (fibras de Sharpey) têm um diâmetro menor, mas 
são mais numerosas do que aquelas incorporadas no próprio osso alveolar. 
 
 
 
 
- As fibras de Sharpey (SF) podem ser vistas penetrando não apenas no cemento (C), mas 
também em toda a extensão do osso alveolar propriamente dito (ABP); 
- O ligamento periodontal também contém uma pequena quantidade de fibras elásticas associadas 
com vasos sanguíneos; 
- As células do ligamento periodontal são: fibroblastos, osteoblastos, cementoblastos, 
osteoclastos, bem como células epiteliais e fibras nervosas; 
- Os fibroblastos estão alinhados ao longo das fibras principais, enquanto os cementoblastos 
revestem a superfície do cemento e os osteoblastos revestem a superfície óssea. 
- Presença de aglomerados de células epiteliais (ER) no 
ligamento periodontal (PDL); 
- Essas células, chamadas de restos de Mallassez, representam 
remanescentes da bainha epitelial de Hertwig. 
 
 
 
Cemento Radicular 
O cemento é um tecido mineralizado especializado que reveste as superfícies radiculares e, 
ocasionalmente, pequenas porções das coroas dos dentes. 
- Possui muitas características em comum como o tecido ósseo. Todavia, o cemento não contém 
vasos sanguíneos e linfáticos, não tem inervação, não sofre remodelação e reabsorção fisiológicas, 
porém se caracteriza pela formação contínua ao longo da vida. 
 
- Como outros tecidos mineralizados, contém 
fibras colágenas embutidas em uma matriz 
orgânica. 
- Sua porção mineral, que é principalmente 
hidroxiapatita, é aproximadamente 65% de 
seu peso; um pouco mais que no osso (60%); 
- O cemento desempenha diferentes funções. 
Ele insere as fibras do ligamento periodontal 
na raiz e contribui para o processo de reparo 
após danos à superfície radicular. 
 
 As fibras de Sharpey constituem o sistema de fibras extrínsecas do cemento radicular e 
são produzidas pelos fibroblastos no ligamento periodontal; 
 
 O sistema de fibras intrínsecas é produzido pelos cementoblastos e compostos por fibras 
orientadas mais ou menos paralelamente ao longo eixo do dente. 
 
 
- O cemento desempenha diferentes funções. Ele insere as fibras do ligamento periodontal na 
raiz e contribui para o processo de reparo após danos à superfície radicular. 
Diferentes formas de cemento: 
1) Cemento Acelular de Fibras Extrínsecas (AEFC): é encontrado nas porções coronária 
e média da raiz e contém principalmente feixes de fibras de Sharpey.Este tipo de 
cemento é uma parte importante dos tecidos de inserção e conecta o dente ao osso 
alveolar propriamente dito. 
2) Cemento Celular Estratificado Misto (CMSC): está presente no terço apical das 
raízes e nas áreas de furca. 
- Ele contém tanto fibras extrínsecas quanto intrínsecas, assim como cementócitos. 
3) Cemento Celular de Fibras Intrínsecas (CIFC): é encontrado principalmente nas 
lacunas de reabsorção e contém fibras intrínsecas e cementócitos. 
 
 Cemento acelular (AC) mostrando linhas 
incrementais paralelas ao longo eixo do dente. 
Essas linhas representam o crescimento 
aposicional do cemento. 
 Observe as linhas finas e leves que correm para 
o cemento perpendicular à superfície; estes 
representam as fibras de Sharpey do ligamento 
periodontal (PL). 
 
 Cemento celular (CC) mostrando cementócitos situados dentro das lacunas. 
 O cemento celular é mais espesso que o cemento acelular. A evidência de linhas 
incrementais também existe, mas são menos distintas do que no cemento acelular. 
 As células adjacentes à superfície do cemento no espaço do ligamento periodontal (PL) 
são cementoblastos. 
 
 
Osso Alveolar 
o O processo alveolar é definido como as partes da maxila e da mandíbula que formam e 
suportam as cavidades dos dentes. O processo alveolar se estende desde o osso basal das 
mandíbulas e se desenvolve em conjunto com o desenvolvimento e erupção do dentes. 
- Em conjunto com o cemento radicular e o ligamento periodontal, o osso alveolar constitui o 
aparelho de inserção dos dentes, cuja função principal é distribuir e absorver as forças geradas, 
por exemplo, pela mastigação e por outros contatos dentários. 
- Corte transversal feito através do processo alveolar da maxila no nível da porção média das 
raízes dentárias. 
 
- Observe que o osso que cobre as superfícies das raízes é consideravelmente mais espesso no 
lado palatino do que no vestibular; 
- Anatomicamente, as paredes das cavidades (osso alveolar propriamente dito; setas), bem como 
as paredes externas do processo alveolar, são constituídas por osso cortical compacto; 
- A área entre os alvéolos e as paredes do osso compacto é ocupada por osso esponjoso; 
- Assim, o osso esponjoso ocupa a maior parte dos septos interdentários, mas apenas uma porção 
relativamente pequena das lâminas ósseas vestibular e palatina; 
- O osso esponjoso contém trabéculas ósseas, cuja arquitetura e tamanho são parcialmente 
determinados geneticamente e, em parte, resultado das forças às quais os dentes são expostos 
durante a função. 
- No aspecto vestibular das mandíbulas, a cobertura óssea das raízes é ocasionalmente muito fina ou 
totalmente ausente. Uma área sem cobertura óssea na porção marginal da raiz é denominada deiscência 
(D); 
- Se algum osso está presente na porção mais coronal do osso vestibular, mas o defeito está localizado 
mais apicalmente, é denotado fenestração (F).

Outros materiais