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CASO 10 PRATICA SIMULADA

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Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz da Comarca de Campinas
N° do Processo: 1234
JULIANA FLORES, já qualificada, por seu advogado, com endereço profissional na Rua xxxx, n° x Bairro: xxxxxx Cep xxxxx Rio de Janeiro RJ, onde deverá ser intimado para dar andamento aos atos processuais, nos autos da AÇÃO DE ANULAÇÃO DE NEGÓCIO JURÍDICO, pelo procedimento comum, movida por SUZANA MARQUES, vem a este juízo, apresentar:
CONTESTAÇÃO
PELOS FATOS E FUNDAMENTOS QUE PASSA A EXPOR:
DAS PRELIMINARES
DA ILEGITIMIDADE PASSIVA
Trata se de ação proposta em face da pessoa errada, pois a suposta doação foi feita pela parte autora em nome do Orfanato Semente do Amanhã e não da Senhora Juliana. Sendo certo que a parte ré desta ação é parte ilegítima . Desta forma requer a parte ré a extinção do processo em epígrafe, para a resolução do mérito, conforme o artigo 485, VI.
DA COISA JULGADA
Possui a parte autora ação de n° xxxxxx proposta em 10 de Abril de 2015, em face da parte ré tramitada na Comarca de Campinas versando sobre este mesmo assunto, não cabendo mais a apreciação do mérito por ter coisa julgada. Restando assim a extinção do processo sem resolução do mérito, conforme o artigo 485, V, CPC.
DA PREJUDICIAL DO MÉRITO
A doação realizada pela parte autora foi feita em 18 de Março de 2012 e a mesma propôs Ação em 20 de Janeiro de 2017, 05 (cinco) anos após a realização do negócio. Estando assim ultrapassado o limite em anos definido pelo Código Civil Brasileiro para anulação de Negócio Jurídico. Operando neste caso o instituto da Decadência disposto no artigo 178,I, restando assim a resolução do Mérito, conforme o Artigo 487 II do CPC.
DO MÉRITO
Não se caracteriza como coação o temor reverencial de perder seu trabalho, pois havendo outros funcionários, de religiões diversas, os mesmos não realizaram quaisquer doações e também não foram demitidos. 
A parte ré desde o ano de 2013 não possui mais vínculos com o Orfanato em questão. 
Fica claro não ter havido coação após pedido de demissão feito pela parte autora ao orfanato, por aceitar proposta de emprego um mês antes a doação, em razão de maior salário, ofertado pela concorrente, já possuindo assim a parte autora na data da celebração do negócio jurídico outro emprego
DO PEDIDO
Diante do exposto, o réu requer a esse Juízo:
O acolhimento da preliminar por Ilegitimidade Passiva e a extinção do processo, conforme o art 337 XI c/c 485 VI;
O acolhimento da preliminar coisa julgada, com a consequente extinção do processo, com fundamento no artigo 337, III c/c 485V;
A resolução do Mérito por ter havido a decadência, disposta no artigo 178, I c/c 487,II CPC
No mérito a improcedência do pedido autoral por não estar caracterizada como coação o medo infundado da parte, conforme art 153 CC.
A condenação da parte autora ao pagamento das despesas e honorários advocatícios.
DAS PROVAS
Requer a parte ré todas as provas admitidas em direito, no âmbito do artigo 369.
DO VALOR DA CAUSA
Ficando definido o valor da causa em R$ 50,000,00 (Cinquenta mil reais).
Pede deferimento
Rio de janeiro XX de Maio de 2019
Beatriz de Souza Messias Calais
OAB/RJ.

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