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Fernanda Barcellos – UNESA (Direito do Trabalho II – 2019.1 - Prof. Eliane Conde) 1 Direito do Trabalho II Completo – (2019.1) Material das aulas ministradas pela Prof.ª Eliane Conde. Consulta Bibliográfica: #Direito do Trabalho Esquematizado - Carla Tereza Martins Romar - 2018 🏆🥇 Estude como um vencedor! 💡 Você é capaz! 💪🏻 Você é forte! A reprodução, divulgação e compartilhamento total ou parcial deste material e seu conteúdo para fins acadêmicos é autorizado e incentivado. Se algum erro for encontrado, peço que seja reportado para o e-mail: fernanda.barcellos6@gmail.com Fernanda Barcellos – UNESA (Direito do Trabalho II – 2019.1 - Prof. Eliane Conde) 2 Direito do Trabalho II Aula 1 – 11FEV2019 Plano de Aula 1 🏖Férias ✓ Conceito ✓ Natureza Jurídica das férias ✓ Período aquisitivo ✓ Período concessivo ✓ Remuneração ✓ Prazo para o pagamento Lei 13.467/2017 Art. 129 e seguintes da CLT / Art. 7º, XVII da CRFB 🏖Férias Conceito 🗣Professora Eliane: “Consiste no período de descanso prolongado que todo empregado tem direito, desde que tenha trabalhado 12 meses para o mesmo empregador. Para efeitos legais as férias são consideradas como tempo de serviço - Art. 130 §2º da CLT.” § 2º - O período das férias será computado, para todos os efeitos, como tempo de serviço. ✍🏼Classificação das férias Férias simples – São aquelas cujo período aquisitivo já se completou, sendo que o período concessivo está em curso por ocasião da extinção do contrato de trabalho. Férias proporcionais – São aquelas cujo período aquisitivo ainda não se completou por ocasião da extinção do contrato de trabalho. Férias em vencidas – São aquelas cujos períodos aquisitivos e concessivos já se completaram, sem que o empregado tivesse gozado o respectivo descanso. Estas serão indenizadas em dobro. 📌Natureza Jurídica Tem natureza jurídica de interrupção do contrato de trabalho, pois o empregado não trabalha, mas o empregador continua com todas as suas obrigações, inclusive pagando de forma adiantada o salário das férias, conforme o Art. 145 da CLT c/c Súmula 450 do TST. O TST, através da Súmula 450, entende ser devida a dobra das férias quando o empregado goza as férias dentro do prazo, mas o empregador não respeita o prazo para o pagamento. Art. 145 - O pagamento da remuneração das férias e, se for o caso, o do abono referido no art. 143 serão efetuados até 2 (dois) dias antes do início do respectivo período. Súmula nº 450 do TST FÉRIAS. GOZO NA ÉPOCA PRÓPRIA. PAGAMENTO FORA DO PRAZO. DOBRA DEVIDA. ARTS. 137 E 145 DA CLT. (conversão da Orientação Jurisprudencial nº 386 da SBDI-1) – Res. 194/2014, DEJT divulgado em 21, 22 e 23.05.2014 É devido o pagamento em dobro da remuneração de férias, incluído o terço constitucional, com base no art. 137 da CLT, quando, ainda que gozadas na época própria, o empregador tenha descumprido o prazo previsto no art. 145 do mesmo diploma legal. Vólia Bonfim Cassar, sobre a Natureza Jurídica das férias: A natureza jurídica das férias é de direito para o empregado e obrigação para o patrão. Fernanda Barcellos – UNESA (Direito do Trabalho II – 2019.1 - Prof. Eliane Conde) 3 Corresponde ao direito ao descanso remunerado obrigatório, isto é, à interrupção do contrato de trabalho, pois o empregado tem o direito de não trabalhar durante 30 dias consecutivos, recebendo sua média remuneratória, como se trabalhando estivesse. Entretanto, tem o empregado o dever de não trabalhar para outro empregador durante este período, salvo se já estiver obrigado a tanto, por outro contrato de trabalho. Período Aquisitivo – Art. 130 da CLT Art. 130 - Após cada período de 12 (doze) meses de vigência do contrato de trabalho, o empregado terá direito a férias, na seguinte proporção: O direito a férias é adquirido após 12 meses da vigência do contrato. A cada 12 meses o empregado adquire o direito a férias. Importante ressaltar que se computa o período de vigência do contrato e não o período de efetivo serviço. A contagem não é feita por ano civil (janeiro a dezembro), e sim por aniversário da data da admissão. ⏳Duração das férias – Art. 130, I – IV da CLT 🗣Professora Eliane: “O legislador fixou de forma objetiva o critério da assiduidade do empregado no emprego. A duração das férias é de 30 dias, podendo ser menor em razão do número de faltas injustificadas durante o período aquisitivo, conforme trata o artigo supracitado e seus incisos. Analise através da tabela abaixo:” Trabalho em regime de tempo parcial – Art. 58-A da CLT Art. 58-A - Considera-se trabalho em regime de tempo parcial aquele cuja duração não exceda a trinta horas semanais, sem a possibilidade de horas suplementares semanais, ou, ainda, aquele cuja duração não a vinte e seis horas semanais, com a possibilidade de acréscimo de até seis horas suplementares semanais. § 7º - As férias do regime de tempo parcial são regidas pelo disposto no art. 130 desta Consolidação. 🗣Professora Eliane: “Os empregados que trabalham em regime de tempo parcial também têm direito a férias de 30 dias corridos e também em razão do número de faltas, pode haver diminuição na mesma proporção que trata o Art. 130, I – IV da CLT.” Período Concessivo – Art. 134 da CLT Art. 134 - As férias serão concedidas por ato do empregador, em um só período, nos 12 (doze) meses subsequentes à data em que o empregado tiver adquirido o direito. Faltas injustificadas em 12 meses Dias de férias + ATÉ 5 FALTAS 30 DIAS 1/3 CF DE 06 ATÉ 14 FALTAS 24 DIAS 1/3 CF DE 15 ATÉ 23 FALTAS 18 DIAS 1/3 CF DE 24 ATÉ 32 FALTAS 12 DIAS 1/3 CF ACIMA DE 32 FALTAS 0 DIAS NÃO RECEBE 1/3 CF 10/03/2017 10/03/2018 ADMISSÃO PERÍODO DE AQUISIÇÃO – Art. 130 da CLT Fernanda Barcellos – UNESA (Direito do Trabalho II – 2019.1 - Prof. Eliane Conde) 4 🗣Professora Eliane: “Conforme §1º do Art. 134 da CLT, com a concordância do empregado, as férias poderão ser divididas em até 3 períodos, um deles de no mínimo 14 dias e os outros dois de no mínimo 5 dias, sendo proibido o início das férias no período de até 2 dias que antecede feriado e RSR.” § 1º - Desde que haja concordância do empregado, as férias poderão ser usufruídas em até três períodos, sendo que um deles não poderá ser inferior a quatorze dias corridos e os demais não poderão ser inferiores a cinco dias corridos, cada um. § 2º - (Revogado pela Lei nº 13.467, de 2017). § 3º - É vedado o início das férias no período de dois dias que antecede feriado ou dia de repouso semanal remunerado. Férias em dobro – Art. 137 da CLT c/c Súmula 81 do TST Se o empregador não respeitar o período concessivo, o empregado terá direito a receber o pagamento das férias em dobro, ou os dias de férias gozados após o período legal, na forma do Art. 137 da CLT c/c Súmula 81do TST. Art. 137 - Sempre que as férias forem concedidas após o prazo de que trata o art. 134, o empregador pagará em dobro a respectiva remuneração. Súmula nº 81 do TST FÉRIAS (mantida) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003 Os dias de férias gozados após o período legal de concessão deverão ser remunerados em dobro. ✅Hipóteses que o empregado não perde o direito as férias – Art. 131 e 132 da CLT Art. 131 - Não será considerada falta ao serviço, para os efeitos do artigo anterior, a ausência do empregado: I - nos casos referidos no art. 473; Art. 473 - O empregado poderá deixar de comparecer ao serviço sem prejuízo do salário: I - até 2 (dois) dias consecutivos, em caso de falecimentodo cônjuge, ascendente, descendente, irmão ou pessoa que, declarada em sua carteira de trabalho e previdência social, viva sob sua dependência econômica; II - até 3 (três) dias consecutivos, em virtude de casamento; III - por um dia, em caso de nascimento de filho no decorrer da primeira semana; IV - por um dia, em cada 12 (doze) meses de trabalho, em caso de doação voluntária de sangue devidamente comprovada; V - até 2 (dois) dias consecutivos ou não, para o fim de se alistar eleitor, nos termos da lei respectiva. VI - no período de tempo em que tiver de cumprir as exigências do Serviço Militar referidas na letra "c" do art. 65 da Lei nº4.375, de 17 de agosto de 1964 (Lei do Serviço Militar). VII - nos dias em que estiver comprovadamente realizando provas de exame vestibular para ingresso em estabelecimento de ensino superior. Períodos Mínimo de: 1º 14 dias 2º 5 dias 3º 5 dias 10/03/2017 10/03/2018 ADMISSÃO PERÍODO DE AQUISIÇÃO – Art. 130 da CLT PERÍODO DE CONCESSÃO – Art. 134 da CLT 10/03/2019 LESÃO – Art. 137 da CLT – FÉRIAS EM DOBRO Fernanda Barcellos – UNESA (Direito do Trabalho II – 2019.1 - Prof. Eliane Conde) 5 VIII - pelo tempo que se fizer necessário, quando tiver que comparecer a juízo. IX - pelo tempo que se fizer necessário, quando, na qualidade de representante de entidade sindical, estiver participando de reunião oficial de organismo internacional do qual o Brasil seja membro. X - até 2 (dois) dias para acompanhar consultas médicas e exames complementares durante o período de gravidez de sua esposa ou companheira; XI - por 1 (um) dia por ano para acompanhar filho de até 6 (seis) anos em consulta médica. XII - até 3 (três) dias, em cada 12 (doze) meses de trabalho, em caso de realização de exames preventivos de câncer devidamente comprovada. 🤰🏻II - durante o licenciamento compulsório da empregada por motivo de maternidade ou aborto, observados os requisitos para percepção do salário-maternidade custeado pela Previdência Social; Licença maternidade – Art. 392 da CLT e Art. 7º, XVIII da CRFB Art. 392 - A empregada gestante tem direito à licença-maternidade de120 (cento e vinte) dias, sem prejuízo do emprego e do salário. XVIII - licença à gestante, sem prejuízo do emprego e do salário, com a duração de cento e vinte dias; Aborto não criminoso – Art. 395 da CLT Art. 395 - Em caso de aborto não criminoso, comprovado por atestado médico oficial, a mulher terá um repouso remunerado de 2 (duas) semanas, ficando-lhe assegurado o direito de retornar à função que ocupava antes de seu afastamento. III - por motivo de acidente do trabalho ou enfermidade atestada pelo Instituto Nacional do Seguro Social - INSS, excetuada a hipótese do inciso IV do art. 133; Se a licença for inferior a 6 meses – segue a contagem da proporcionalidade; Se a licença for superior a 6 meses – zera a proporcionalidade. Súmula nº 46 do TST ACIDENTE DE TRABALHO (mantida) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003 As faltas ou ausências decorrentes de acidente do trabalho não são consideradas para os efeitos de duração de férias e cálculo da gratificação natalina. IV - justificada pela empresa, entendendo-se como tal a que não tiver determinado o desconto do correspondente salário; V - durante a suspensão preventiva para responder a inquérito administrativo ou de prisão preventiva, quando for impronunciado ou absolvido; e VI - nos dias em que não tenha havido serviço, salvo na hipótese ⛔Hipóteses que o empregado perde o direito as férias – Art. 133 da CLT Art. 133 - Não terá direito a férias o empregado que, no curso do período aquisitivo: a) Caso de um funcionário demitido, a empresa não pagou suas verbas rescisórias e o recontratou depois de 60 dias do último dia de trabalho. I - deixar o emprego e não for readmitido dentro de 60 (sessenta) dias subsequentes à sua saída; b) Funcionário que tira licença remunerada por mais de 30 dias; II - permanecer em gozo de licença, com percepção de salários, por mais de 30 (trinta) dias; III - deixar de trabalhar, com percepção do salário, por mais de 30 (trinta) dias, em virtude de paralisação parcial ou total dos serviços da empresa; e 🗣Professora Eliane: “Paralisação dos serviços da empresa por mais de 30 dias. A paralização deve ser comunicada pela empresa ao MT e ao sindicato dos trabalhadores, com antecedência mínima de 15 dias, e avisos devem ser fixados nos respectivos locais de trabalho - §3º do Art. 133 da CLT.” Fernanda Barcellos – UNESA (Direito do Trabalho II – 2019.1 - Prof. Eliane Conde) 6 IV - tiver percebido da Previdência Social prestações de acidente de trabalho ou de auxílio- doença por mais de 6 (seis) meses, embora descontínuos. Auxílio doença por mais de 6 meses, embora descontínuos no mesmo período aquisitivo; Participação das férias – Art. 135 da CLT Art. 135 - A concessão das férias será participada, por escrito, ao empregado, com antecedência de, no mínimo, 30 (trinta) dias. Dessa participação o interessado dará recibo. É necessário que o empregador informe por escrito a data do início das férias com a antecedência mínima de 30 dias. Época da concessão das férias – Art. 136 da CLT Art. 136 - A época da concessão das férias será a que melhor consulte os interesses do empregador. O melhor interesse é o do empregador. Membros da mesma família tem direito a gozarem as férias juntos, desde que não cause prejuízo. Férias coletivas – Art. 139 e 140 da CLT 🗣Professora Eliane: “É quando a empresa ou determinado setor da empresa cessa o funcionamento por um determinado período. Trata-se de situação excepcional. As férias coletivas podem ser usufruídas em dois períodos, desde que nenhum deles seja inferior a 10 dias, para empregados com menos de 12 meses, gozarão a proporcionalidade, iniciando assim novo período aquisitivo, conforme os Artigos 139 e 140 da CLT.” Art. 139 - Poderão ser concedidas férias coletivas a todos os empregados de uma empresa ou de determinados estabelecimentos ou setores da empresa. § 1º - As férias poderão ser gozadas em 2 (dois) períodos anuais desde que nenhum deles seja inferior a 10 (dez) dias corridos. Art. 140 - Os empregados contratados há menos de 12 (doze) meses gozarão, na oportunidade, férias proporcionais, iniciando-se, então, novo período aquisitivo. Abono Pecuniário – Art. 143 da CLT O funcionário deve requerer até 15 dias antes do término do período aquisitivo. Art. 143 - É facultado ao empregado converter 1/3 (um terço) do período de férias a que tiver direito em abono pecuniário, no valor da remuneração que lhe seria devida nos dias correspondentes. Os dias que serão convertidos, devem respeitar a proporcionalidade dos dias que o empregado tem direito a férias, conforme a tabela abaixo: A natureza do abono é indenizatória, não tem natureza salarial, ou seja, não integra salário – Art. 144 da CLT. Art. 144 - O abono de férias de que trata o artigo anterior, bem como o concedido em virtude de cláusula do contrato de trabalho, do regulamento da empresa, de convenção ou acordo coletivo, desde que não excedente de vinte dias do salário, não integrarão a remuneração do empregado para os efeitos da legislação do trabalho. 💰Remuneração das férias – Art. 142 da CLT A remuneração das férias equivale à remuneração normal do empregado, ou seja, o mesmo valor que o empregado receberia caso trabalhasse no respectivo período, acrescida Dias de férias Número de dias a serem convertidos 30 dias 10 dias 24 dias 8 dias 18 dias 6 dias 12 dias 4 dias Fernanda Barcellos – UNESA (Direito do Trabalho II – 2019.1- Prof. Eliane Conde) 7 Aula 2 – 18FEV2019 Continuação: Plano de Aula 1 🏖Férias Prescrição do direito de reclamar as férias – Art. 149 da CLT SEÇÃO VI DO INÍCIO DA PRESCRIÇÃO Art. 149 - A prescrição do direito de reclamar a concessão das férias ou o pagamento da respectiva remuneração é contada do término do prazo mencionado no art. 134 ou, se for o caso, da cessação do contrato de trabalho. SEÇÃO II DA CONCESSÃO E DA ÉPOCA DAS FÉRIAS Art. 134 - As férias serão concedidas por ato do empregador, em um só período, nos 12 (doze) meses subsequentes à data em que o empregado tiver adquirido o direito. § 1º - Desde que haja concordância do empregado, as férias poderão ser usufruídas em até três períodos, sendo que um deles não poderá ser inferior a quatorze dias corridos e os demais não poderão ser inferiores a cinco dias corridos, cada um. § 2º - (Revogado pela Lei nº 13.467, de 2017). § 3º - É vedado o início das férias no período de dois dias que antecede feriado ou dia de repouso semanal remunerado. O prazo prescricional para reclamar a não concessão das férias inicia do término do período concessivo (Art. 134 da CLT) ou do término do contrato de trabalho, observando o previsto no Art. 149 da CLT e Art. 7º, XXIX da CRFB que trata do prazo prescricional, isto é, do término do contrato o empregado tem 2 anos para ajuizar a ação e da data do ajuizamento retroage 5 anos. Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social: XXIX - ação, quanto aos créditos resultantes das relações de trabalho, com prazo prescricional de cinco anos para os trabalhadores urbanos e rurais, até o limite de dois anos após a extinção do contrato de trabalho; Efeitos na terminação do contrato de trabalho – Art. 146 e 147 da CLT Art. 146 - Na cessação do contrato de trabalho, qualquer que seja a sua causa, será devida ao empregado a remuneração simples ou em dobro, conforme o caso, correspondente ao período de férias cujo direito tenha adquirido Art. 147 - O empregado que for despedido sem justa causa, ou cujo contrato de trabalho se extinguir em prazo predeterminado, antes de completar 12 (doze) meses de serviço, terá direito à remuneração relativa ao período incompleto de férias, de conformidade com o disposto no artigo anterior. + de 1 ano Dispensa IMOTIVADA Férias proporcional Férias em dobro Férias simples 1/3 CRFB – Súmulas 261 e 171 do TST Dispensa JUSTA CAUSA Perde a proporciona lidade das férias. Férias em dobro Férias simples Fernanda Barcellos – UNESA (Direito do Trabalho II – 2019.1 - Prof. Eliane Conde) 8 📚📝Correção – Caso Concreto Semana 1 Ana Lúcia ingressou na empresa Brasil Serviços Ltda. em 15.04.2009 na função de auxiliar de serviços gerais. As férias do período 2009/2010 foram usufruídas de 01.03.2011 a 30.03.2011. Ocorre que o empregador só efetuou o pagamento destas férias quando do seu retorno ao trabalho em 31.03.2011. Além disso, Ana Lúcia recebeu a título de férias o mesmo valor do salário recebido no mês anterior, sem qualquer acréscimo. Ana Lúcia procurou o escritório de advocacia para saber se foi regular a atitude da empresa e se tem direito a algum valor a título de férias. Qual a orientação você daria para Ana Lúcia? Justifique. R: O empregador não efetuou corretamente o pagamento das férias, já e o Art. 145 da CLT determina que o pagamento deve ser efetuado até 2 dias antes do início das férias e conforme o Art. 7º, XVII da CRFB, deve ter o acréscimo de 1/3 no pagamento, pois o TST, conforme a Súmula 450, entende que deve ser pago em dobro quando o empregador não respeita o prazo para o pagamento. Questão Objetiva 1-Jorge, Luiz e Pedro trabalham na mesma empresa. Na época designada para o gozo das férias, eles foram informados pelo empregador que Jorge não teria direito às férias porque havia faltado, injustificadamente, 34 dias ao longo do período aquisitivo; que Luiz teria que fracionar as férias em três períodos de 10 dias e que Pedro deveria converter 2/3 das férias em abono pecuniário, podendo gozar de apenas1/3 destas, em razão da necessidade de serviço do setor de ambos. Diante disso, assinale a afirmativa correta. 📌 B – Apenas no caso de Jorge o empregador está correto. Plano de Aula 2 💰Indenização por tempo de serviço 1943 - 1966 1966 1988 1990 🗣Professora Eliane: “De 1943 até 1966 a indenização face a dispensa imotivada estava prevista no Art. 478 da CLT, correspondendo a um mês de serviço ou fração igual ou superior a 6 meses. Ex.: Remuneração de 2 mil – Dispensa com 2 anos, 8 meses e 10 dias = 6 mil referentes a 1 salário por ano trabalhado 3 anos de indenização.” 🗣Professora Eliane: “Com a publicação da Lei 5.107/66 (FGTS), passamos a ter dois sistemas de indenização, e quando o empregado era admitido optava pelo FGTS e ao ser dispensado, sacava os depósitos com acréscimo de 10%, na hipótese da não opção, havendo a dispensa antes de completar 10 anos de trabalho para o mesmo empregador recebia a indenização do Art. 478 da CLT. Na hipótese da não opção e tendo o empregado 10 ou mais anos de casa adquiria a estabilidade definitiva (decenal) prevista nos Art. 492 a 498 da CLT.” 🗣Professora Eliane: “Com a promulgação da Constituição de 1988 a indenização prevista no Art. 478 da CLT foi revogada mantendo-se o direito adquirido daqueles que eram estáveis, pois, o Art. 7º, III da CRFB trata que é direito do trabalhador o FGTS e, com base no inciso I do Art. 7º da CRFB a Lei Complementar deverá prever indenização face a dispensa arbitrária ou imotivada que inicialmente foi regulamentada no Art. 10, I da ADCT aumentando para 40% a indenização, face a dispensa imotivada, que está previsto no Art. 18, parágrafo 1º, da Lei 8.036/90, atual Lei do FGTS.” Comunicado de DESLIGAMENTO + DE 1 ANO Férias proporcionais Férias simples/ dobro/ proporcional - DE 1 ANO Fernanda Barcellos – UNESA (Direito do Trabalho II – 2019.1 - Prof. Eliane Conde) 9 De 1943 até 1966 – Art. 478 da CLT (REVOGADO) Art. 478 - A indenização devida pela rescisão de contrato por prazo indeterminado será de 1 (um) mês de remuneração por ano de serviço efetivo, ou por ano e fração igual ou superior a 6 (seis) meses. 1966 – Lei 5.107/66 – Lei do FGTS (REVOGADA) 1988 – Art. 7º, I e III da CLT – Promulgada a CRFB Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social: I - relação de emprego protegida contra despedida arbitrária ou sem justa causa, nos termos de lei complementar, que preverá indenização compensatória, dentre outros direitos; III - fundo de garantia do tempo de serviço; Indenização face a dispensa imotivada passa a ser de 40% - Art. 10, I da ADCT Art. 10. Até que seja promulgada a lei complementar a que se refere o art. 7º, I, da Constituição: I - fica limitada a proteção nele referida ao aumento, para quatro vezes, da porcentagem prevista no art. 6º, "caput" e § 1º, da Lei nº 5.107, de 13 de setembro de 1966; 1990 – Art. 18 da Lei 8.036/90 – Lei do FGTS Art. 18. Ocorrendo rescisão do contrato de trabalho, por parte do empregador, ficará este obrigado a depositar na conta vinculada do trabalhador no FGTS os valores relativos aos depósitos referentes ao mês da rescisão e ao imediatamente anterior, que ainda não houver sido recolhido, sem prejuízo das cominações legais. Aposentadoria espontânea – OJ 361 da SBDI - 1 do TST Protege o aposentado que permanece trabalhandona empresa. A multa do FGTS deve ser paga de acordo com o valor do montante da conta do FGTS. 361. APOSENTADORIA ESPONTÂNEA. UNICIDADE DO CONTRATO DE TRABALHO. MULTA DE 40% DO FGTS SOBRE TODO O PERÍODO (DJ 20, 21 e 23.05.2008) A aposentadoria espontânea não é causa de extinção do contrato de trabalho se o empregado permanece prestando serviços ao empregador após a jubilação. Assim, por ocasião da sua dispensa imotivada, o empregado tem direito à multa de 40% do FGTS sobre a totalidade dos depósitos efetuados no curso do pacto laboral. 🌍🌎🌏Trabalhadores que são contratados para serviços no Exterior – Lei 7.064/1982 - Prevalece sempre o que for mais favorável para o trabalhador; Transferência para estrangeiro - Art. 3º, p.u. da Lei 7.064/1982 Art. 3º - A empresa responsável pelo contrato de trabalho do empregado transferido assegurar-lhe-á, independentemente da observância da legislação do local da execução dos serviços: Parágrafo único. Respeitadas as disposições especiais desta Lei, aplicar-se-á a legislação brasileira sobre Previdência Social, Fundo de Garantia por Tempo de Serviço - FGTS e Programa de Integração Social - PIS/PASEP. - Manutenção dos depósitos do FGTS - Contagem do tempo de serviço para o INSS O empregado transferido para trabalhar no estrangeiro, conforme o parágrafo único do Art. 3º da Lei 7.064/1982, a empresa é obrigada a continuar depositando o FGTS e o período lá trabalhado é contado para os efeitos da aposentadoria. FGTS – conta que a empresa deve abrir na contratação do funcionário. Depósito mensal, 8% da remuneração do empregado, deve ser feito até o dia 7 de cada mês. Fernanda Barcellos – UNESA (Direito do Trabalho II – 2019.1 - Prof. Eliane Conde) 10 🗣Professora Eliane: “O FGTS é uma conta vinculada aberta em nome do empregado quando da sua admissão, sendo realizados depósitos mensais até o dia 7 de cada mês a razão de 8% da remuneração do empregado, conforme o Art. 15 da Lei 8.036/1990, sendo a Caixa Econômica Federal a agente operadora, centralizando assim todas as contas vinculadas (Art. 7º da Lei (8.036/90).” Art. 15. Para os fins previstos nesta lei, todos os empregadores ficam obrigados a depositar, até o dia 7 (sete) de cada mês, em conta bancária vinculada, a importância correspondente a 8 (oito) por cento da remuneração paga ou devida, no mês anterior, a cada trabalhador, incluídas na remuneração as parcelas de que tratam os arts. 457 e 458 da CLT e a gratificação de Natal a que se refere a Lei nº 4.090, de 13 de julho de 1962, com as modificações da Lei nº 4.749, de 12 de agosto de 1965. (Vide Lei nº 13.189, de 2015) Vigência Opção com caráter retroativo – Art. 14, §2º da Lei 8.036/90 🗣Professora Eliane: “O empregado não optante do FGTS do período anterior a CRFB/88 poderia transacionar a indenização do Art. 478 da CLT, desde que o empregador depositasse na conta do FGTS no mínimo 60% da indenização devida, nos termos do Art. 14, parágrafo 2º da Lei 8.036/90, caso contrário teria direito a duas indenizações, uma calculada na forma do Art. 478 da CLT até a CRFB/88 e a partir dali até a sua dispensa imotivada os depósitos do FGTS com a multa de 40%.” Art. 14. Fica ressalvado o direito adquirido dos trabalhadores que, à data da promulgação da Constituição Federal de 1988, já tinham o direito à estabilidade no emprego nos termos do Capítulo V do Título IV da CLT. §2º O tempo de serviço anterior à atual Constituição poderá ser transacionado entre empregador e empregado, respeitado o limite mínimo de 60 (sessenta) por cento da indenização prevista. Aula 3 - 25FEV2019 Plano de Aula 3 🎯Estabilidade e Garantia de emprego Conceito: é o direito que o empregado tem de não ser despedido senão nas hipóteses autorizadas pela lei. Decenal – Art. 492 da CLT O empregado adquiria após dez anos de serviço na mesma empresa. 🗣Professora Eliane: “A estabilidade decenal prevista no Art. 492 da CLT, conhecida como definitiva, era adquirida quando o empregado antes da CRFB/88, não era optante do FGTS e, após completar 10 anos de trabalho para o mesmo empregador só poderia ser dispensado se cometesse falta grave, devidamente apurada, através de ações de inquérito (A.I.), conforme Art. 853 da CLT. Durante o prazo do processo, o contrato fica suspenso e sendo comprovada a falta grave, o empregado era dispensado sem direito a indenização e, na hipótese da não comprovação, o juiz determinava a reintegração ou pagamento de indenização em dobro, na forma do Art. 496. 497 e 478 da CLT.” CAPÍTULO VII DA ESTABILIDADE Art. 492 - O empregado que contar mais de 10 (dez) anos de serviço na mesma empresa não poderá ser despedido senão por motivo de falta grave ou circunstância de força maior, devidamente comprovadas. Art. 496 - Quando a reintegração do empregado estável for desaconselhável, dado o grau de incompatibilidade resultante do dissídio, especialmente quando for o empregador pessoa física, o tribunal do trabalho poderá converter aquela obrigação em indenização devida nos termos do artigo seguinte. ESTABILIDADE DEFINITIVA Serv. Público – Art. 41 da CRFB Decenal – Art. 492 da CLT Fernanda Barcellos – UNESA (Direito do Trabalho II – 2019.1 - Prof. Eliane Conde) 11 Art. 497 - Extinguindo-se a empresa, sem a ocorrência de motivo de força maior, ao empregado estável despedido é garantida a indenização por rescisão do contrato por prazo indeterminado, paga em dobro. Art. 478 - A indenização devida pela rescisão de contrato por prazo indeterminado será de 1 (um) mês de remuneração por ano de serviço efetivo, ou por ano e fração igual ou superior a 6 (seis) meses. Súmula nº 396 do TST, Item II II - Não há nulidade por julgamento “extra petita” da decisão que deferir salário quando o pedido for de reintegração, dados os termos do art. 496 da CLT. (ex-OJ nº 106 da SBDI- 1 - inserida em 20.11.1997) Ação de inquérito – Art. 853 da CLT Ação para comprovação da má conduta e possível desligamento para empregado com estabilidade decenal. SEÇÃO III DO INQUÉRITO PARA APURAÇÃO DE FALTA GRAVE Art. 853 - Para a instauração do inquérito para apuração de falta grave contra empregado garantido com estabilidade, o empregador apresentará reclamação por escrito à Junta ou Juízo de Direito, dentro de 30 (trinta) dias, contados da data da suspensão do empregado. 👮Servidor Público – Art. 41 da CRFB Outra modalidade definitiva de estabilidade. Art. 41. São estáveis após três anos de efetivo exercício os servidores nomeados para cargo de provimento efetivo em virtude de concurso público. 🤰🏻Gestante Garantia provisória da Gestante Art. 10, II, b do ADCT Art. 10. Até que seja promulgada a lei complementar a que se refere o art. 7º, I, da Constituição: II - fica vedada a dispensa arbitrária ou sem justa causa: b) da empregada gestante, desde a confirmação da gravidez até cinco meses após o parto. A garantia conforme o Art. 10, b do ADCT vai desde a confirmação da gravidez até 5 meses após o parto e, conforme a Súmula 244, se a concepção tiver ocorrido antes da dispensa, a mulher tem direito de ser reintegrada ou indenizada, mas passado o prazo da garantia de emprego o direito é somente de indenização - Súmula 244, II do TST. A garantia de emprego foi estendida nas hipóteses dos contratos por prazo determinado, elastecendo o prazo até o término da garantia de emprego. Súmula 244, I, II e III do TST c/c OJ 399 da SBD-I e TST SÚMULA N.º 244 - GESTANTE.ESTABILIDADE PROVISÓRIA I - O desconhecimento do estado gravídico pelo empregador não afasta o direito ao pagamento da indenização decorrente da estabilidade (art. 10, II, "b" do ADCT). II. A garantiade emprego à gestante só autoriza a reintegração se esta se der durante o período de estabilidade. Do contrário, a garantia restringe-se aos salários e demais direitos correspondentes ao período de estabilidade. III. A empregada gestante tem direito à estabilidade provisória prevista no art. 10, inciso GARANTIA DE EMPREGO TEMPORÁRIA 👷Dirigente Sindical 🤕Acidentado 🤰🏻Gestante Fernanda Barcellos – UNESA (Direito do Trabalho II – 2019.1 - Prof. Eliane Conde) 12 II, alínea “b”, do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias, mesmo na hipótese de admissão mediante contrato por tempo determinado. Orientação Jurisprudencial 399/TST-SDI-I - 02/03/2010. Estabilidade provisória. Gestante. Seguridade social. Acidente de trabalho. CIPA. Cipeiro. Membro do CIPA. Sindicato. Dirigente sindical. Ação trabalhista ajuizada após o término do período de garantia de emprego. Abuso de direito no exercício do direito de ação. Não configuração. Indenização devida. CF/88, art. 7º, XXIV e XXIV. ADCT da CF/88, art. 10, II, «a» e «b». Lei 8.212/1991, art. 118. CLT, art. 543, § 5º. Licença Maternidade Art. 391 e 391-A da CLT Art. 391 - Não constitui justo motivo para a rescisão do contrato de trabalho da mulher o fato de haver contraído matrimônio ou de encontrar-se em estado de gravidez. Art. 391-A - A confirmação do estado de gravidez advindo no curso do contrato de trabalho, ainda que durante o prazo do aviso prévio trabalhado ou indenizado, garante à empregada gestante a estabilidade provisória prevista na alínea “b” do inciso II do art. 10 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias. Art. 7º, XVII da CRFB XVIII - licença à gestante, sem prejuízo do emprego e do salário, com a duração de cento e vinte dias; Art. 392-A, B e C da CLT Art. 392-A - À empregada que adotar ou obtiver guarda judicial para fins de adoção de criança ou adolescente será concedida licença maternidade nos termos do art. 392 desta Lei. Art. 392-B - Em caso de morte da genitora, é assegurado ao cônjuge ou companheiro empregado o gozo de licença por todo o período da licença-maternidade ou pelo tempo restante a que teria direito a mãe, exceto no caso de falecimento do filho ou de seu abandono. Art. 392-C - Aplica-se, no que couber, o disposto no art. 392-A e 392-B ao empregado que adotar ou obtiver guarda judicial para fins de adoção 🗣Professora Eliane: “A licença maternidade, conforme o Art. 7º, XVIII da CRFB é de 120 dias e nos termos do Art. 392- A, B e C foi estendida a mulher que adotar ou obtiver a guarda judicial de criança ou adolescente e no caso de falecimento da genitora a licença maternidade passa para o cônjuge ou companheiro, se empregado. A licença maternidade também foi concedida ao homem que adotar, nos mesmos termos do Art. 392 da CLT. A garantia provisória de emprego prevista no Art. 10, II, b foi estendida à mulher ou ao homem que adotar. Conforme Art. 391-A, p.u. da CLT” Parágrafo único - O disposto no caput deste artigo aplica-se ao empregado adotante ao qual tenha sido concedida guarda provisória para fins de adoção. 🤕Empregado que sofre acidente do trabalho – Art. 118 da Lei 8.213/91 Art. 118. O segurado que sofreu acidente do trabalho tem garantida, pelo prazo mínimo de doze meses, a manutenção do seu contrato de trabalho na empresa, após a cessação do auxílio-doença acidentário, independentemente de percepção de auxílio-acidente. A garantia provisória de emprego é de 12 meses, contados da data da alta médica. São requisitos para a garantia, o empregado: 1. Ter sofrido acidente do trabalho; 🤕 2. Ficar afastado do emprego por mais de 15 dias; ⏳ REQUISITOS CUMULATIVOS. 3. Ter recebido o auxílio-doença acidentário. 💰 Fernanda Barcellos – UNESA (Direito do Trabalho II – 2019.1 - Prof. Eliane Conde) 13 A garantia de emprego foi estendida àqueles que tenham contrato por prazo determinado conforme Súmula 378, II e III do TST. Súmula nº 378 do TST ESTABILIDADE PROVISÓRIA. ACIDENTE DO TRABALHO. ART. 118 DA LEI Nº 8.213/1991. (inserido item III) - Res. 185/2012, DEJT divulgado em 25, 26 e 27.09.2012 I - É constitucional o artigo 118 da Lei nº 8.213/1991 que assegura o direito à estabilidade provisória por período de 12 meses após a cessação do auxílio-doença ao empregado acidentado. (ex-OJ nº 105 da SBDI-1 - inserida em 01.10.1997) II - São pressupostos para a concessão da estabilidade o afastamento superior a 15 dias e a conseqüente percepção do auxílio-doença acidentário, salvo se constatada, após a despedida, doença profissional que guarde relação de causalidade com a execução do contrato de emprego. (primeira parte - ex-OJ nº 230 da SBDI-1 - inserida em 20.06.2001) III – O empregado submetido a contrato de trabalho por tempo determinado goza da garantia provisória de emprego decorrente de acidente de trabalho prevista no art. 118 da Lei nº 8.213/91. 🗣Professora Eliane: “O empregador fica obrigado a depositar o FGTS do empregado que sofreu acidente de trabalho, durante todo o período do afastamento, conforme a Lei 8.036/90, Art. 15, §5º.” § 5º O depósito de que trata o caput deste artigo é obrigatório nos casos de afastamento para prestação do serviço militar obrigatório e licença por acidente do trabalho. Dirigente Sindical – Art. 543, §3º da CLT Art. 543 - O empregado eleito para cargo de administração sindical ou representação profissional, inclusive junto a órgão de deliberação coletiva, não poderá ser impedido do exercício de suas funções, nem transferido para lugar ou mister que lhe dificulte ou torne impossível o desempenho das suas atribuições sindicais. § 3º - Fica vedada a dispensa do empregado sindicalizado ou associado, a partir do momento do registro de sua candidatura a cargo de direção ou representação de entidade sindical ou de associação profissional, até 1 (um) ano após o final do seu mandato, caso seja eleito inclusive como suplente, salvo se cometer falta grave devidamente apurada nos termos desta Consolidação. VIII - é vedada a dispensa do empregado sindicalizado a partir do registro da candidatura a cargo de direção ou representação sindical e, se eleito, ainda que suplente, até um ano após o final do mandato, salvo se cometer falta grave nos termos da lei. 🗣Professora Eliane: “A garantia provisória é desde o registro da candidatura, inclusive como suplente até um ano após o término do mandato, salvo se cometer falta grave, devendo a mesma ser apurada através da A.I., conforme o Art. 543, §3º da CLT e Art. 8º, VIII da CRFB.” Aula 4 – 11MAR2019 Plano de Aula 4 👷Dirigente Sindical e Representante dos empregados Dirigente Sindical – Art. 543, §3º da CLT Art. 543 - O empregado eleito para cargo de administração sindical ou representação profissional, inclusive junto a órgão de deliberação coletiva, não poderá ser impedido do exercício de suas funções, nem transferido para lugar ou mister que lhe dificulte ou torne impossível o desempenho das suas atribuições sindicais. § 3º - Fica vedada a dispensa do empregado sindicalizado ou associado, a partir do momento do registro de sua candidatura ao cargo de direção ou representação de entidade sindical ou de associação profissional, até 1 (um) ano após o final do seu mandato, caso seja eleito inclusive como suplente, salvo se cometer falta grave devidamente apurada nos termos desta Consolidação. Quem é o dirigente sindical? Empregado eleito que representa a categoria no sindicato. Fernanda Barcellos – UNESA (Direito do Trabalho II – 2019.1 - Prof. Eliane Conde) 14 Se for transferido perde a estabilidade? Se o empregado por transferido para outra localidade que não é atendida pelo mesmo Sindicato, ele perde a candidatura,logo também a estabilidade. O sindicato deve comunicar o empregador que o empregado está concorrendo a eleição e caso seja eleito, em 24 horas deve ser feito o comunicado formalmente a empresa. Súmulas 369 do TST TST - Súmula 369 DIRIGENTE SINDICAL. ESTABILIDADE PROVISÓRIA (conversão das Orientações Jurisprudenciais nºs 34, 35, 86, 145 e 266 da SBDI-1) - Res. 129/2005, DJ 20, 22 e 25.04.2005 I - É indispensável a comunicação, pela entidade sindical, ao empregador, na forma do § 5º do art. 543 da CLT. (ex-OJ nº 34 da SBDI-1 - inserida em 29.04.1994) Se a comunicação for feita dentro do prazo estipulado, o empregado garante a estabilidade. II - O art. 522 da CLT, que limita a sete o número de dirigentes sindicais, foi recepcionado pela Constituição Federal de 1988. (ex-OJ nº 266 da SBDI-1 - inserida em 27.09.2002) Limitação da estabilidade de máximo 7 dirigentes e 7 suplentes. Total de 14 representantes. III- O empregado de categoria diferenciada eleito dirigente sindical só goza de estabilidade se exercer na empresa atividade pertinente à categoria profissional do sindicato para o qual foi eleito dirigente. (ex-OJ nº 145 da SBDI-1 - inserida em 27.11.1998) Categoria diferenciada – são 3 categorias: ✓ Categoria profissional ✓ Econômica ✓ Patronal Ex.: Um advogado de formação que trabalha no banco, ele representará os bancários, de acordo com a atividade que ele exerce. No caso deste mesmo advogado que se elege para o sindicato dos advogados ele não tem o direito da garantia no banco. IV - Havendo extinção da atividade empresarial no âmbito da base territorial do sindicato, não há razão para subsistir a estabilidade. (ex-OJ nº 86 da SBDI-1 - inserida em 28.04.1997) Fechamento da empesa – cessa a estabilidade. O funcionário recebe apenas as verbas rescisórias. V - O registro da candidatura do empregado a cargo de dirigente sindical durante o período de aviso prévio, ainda que indenizado, não lhe assegura a estabilidade, visto que inaplicável a regra do § 3º do art. 543 da Consolidação das Leis do Trabalho. (ex-OJ nº 35 da SBDI-1 - inserida em 14.03.1994) Dentro do aviso prévio, o empregado não pode se candidatar, pois mesmo que seja eleito, o contrato terminará ao final do aviso prévio. Súmula 379 do TST Súmula nº 379 do TST DIRIGENTE SINDICAL. DESPEDIDA. FALTA GRAVE. INQUÉRITO JUDICIAL. NECESSIDADE (conversão da Orientação Jurisprudencial nº 114 da SBDI-1) - Res. 129/2005, DJ 20, 22 e 25.04.2005 O dirigente sindical somente poderá ser dispensado por falta grave mediante a apuração em inquérito judicial, inteligência dos arts. 494 e 543, §3º, da CLT. (ex-OJ nº 114 da SBDI- 1 - inserida em 20.11.1997) Reforço ao §3º do Art. 543, necessidade de Ação de Inquérito para que seja feita a demissão do empregado, para fins de comprovação. 🗣Professora Eliane: “De acordo com o entendimento do TST, a Súmula 369 a comunicação do registro da candidatura do empregado deve ser feita ao empregador, por qualquer meio, durante a vigência do contrato de trabalho. Após a CRFB/88 conforme o Art. 8º, foi recepcionado o Art. 522 da CLT, ficando assim, limitada a garantia de emprego a 7 dirigentes e 7 suplentes. Se o empregado registrar a sua candidatura no curso do aviso prévio não tem direito a garanta de emprego do Art. 543, Parágrafo 3º da CLT. A dispensa do dirigente sindical só tem validade se for apurada a falta Fernanda Barcellos – UNESA (Direito do Trabalho II – 2019.1 - Prof. Eliane Conde) 15 grave através da Ação de Inquérito, prevista no Art. 853 da CLT conforme a parte final do parágrafo 3º e Súmula 379 do TST.” Representante dos empregados na CIPA – Art. 10, II, a do ADCT II - fica vedada a dispensa arbitrária ou sem justa causa: a) do empregado eleito para cargo de direção de comissões internas de prevenção de acidentes, desde o registro de sua candidatura até um ano após o final de seu mandato; CIPA - Comissão Interna de Prevenção de Acidentes ✓ Obrigatório a empresas com mais de 20 empregados. ✓ A escolha dos representantes é realizada através de eleição. Comprovando que o empregado realizou falta grave, uma possível ação do empregado contra a empresa, no caso de sua demissão, será julgada improcedente. A CIPA elege através de eleição os representantes dos empregados e o empregador escolhe os que representarão a empresa. O representante do empregador não tem estabilidade, pois ele é escolhido. Mas existe um julgado de um funcionário que conseguiu comprovar que foi coagido a aceitar, e ao ser dispensada conseguiu a reintegração. Súmula 339, I, II do TST Súmula nº 339 do TST CIPA. SUPLENTE. GARANTIA DE EMPREGO. CF/1988 (incorporadas as Orientações Jurisprudenciais nºs 25 e 329 da SBDI-1) - Res. 129/2005, DJ 20, 22 e 25.04.2005 I - O suplente da CIPA goza da garantia de emprego prevista no art. 10, II, "a", do ADCT a partir da promulgação da Constituição Federal de 1988. (ex-Súmula nº 339 - Res. 39/1994, DJ 22.12.1994 - e ex-OJ nº 25 da SBDI-1 - inserida em 29.03.1996) 👉🏻I - Garantia de emprego ao suplente assim como o representante da CIPA. II - A estabilidade provisória do cipeiro não constitui vantagem pessoal, mas garantia para as atividades dos membros da CIPA, que somente tem razão de ser quando em atividade a empresa. Extinto o estabelecimento, não se verifica a despedida arbitrária, sendo impossível a reintegração e indevida a indenização do período estabilitário. (ex-OJ nº 329 da SBDI-1 - DJ 09.12.2003) 👉🏻II – Não é vantagem pessoal. Art. 164 e 165, p.u da CLT Art. 164 - Cada CIPA será composta de representantes da empresa e dos empregados, de acordo com os critérios que vierem a ser adotados na regulamentação de que trata o parágrafo único do artigo anterior. Art. 165 - Os titulares da representação dos empregados nas CIPA (s) não poderão sofrer despedida arbitrária, entendendo-se como tal a que não se fundar em motivo disciplinar, técnico, econômico ou financeiro. Parágrafo único - Ocorrendo a despedida, caberá ao empregador, em caso de reclamação à Justiça do Trabalho, comprovar a existência de qualquer dos motivos mencionados neste artigo, sob pena de ser condenado a reintegrar o empregado. A comissão é composta por presidente, vice-presidente e outros cargos dependendo do número de funcionários da empresa. O presidente é o representante da empresa e vice-presidente é o representante dos empregados com maior número de votos. No caso de dispensa, cabe ao empregador comprovar que foi injusta nos termos no Art. 165 da CLT. Falta grave – qualquer dos motivos do Art. 482 da CLT. 🗣Professora Eliane: “Prevista no Art. 10, II, a do ADCT que vai desde o registro da candidatura, até 12 meses após término do mandato. Sendo estendida a garantia ao membro suplente, conforme a Súmula 339 – I do TST, e na forma do item II da Súmula 339 havendo o fechamento da empresa o empregado perde o restante do prazo da garantia de emprego, já que não é considerada uma vantagem pessoal. Fernanda Barcellos – UNESA (Direito do Trabalho II – 2019.1 - Prof. Eliane Conde) 16 O mandato é de 1 ano permitida uma reeleição. Conforme o p.u. do Art. 165 da CLT, nesta hipótese o empregador, caso o empregado cometa uma falta grave não precisa ajuizar Ação de Inquérito, devendo assim a ação ser ajuizada pelo empregado requerendo a sua reintegração ou indenização e cabendo ao empregador comprovar que a dispensa ocorreu por um motivo disciplinar, técnico ou econômico (financeiro).” Representante dos empregados nas empresas com mais de 200 empregados – Art. 11 da CRFB c/c Art. 510-D, § 3º da CLT (adicionado pela Lei 13.467/2017) Art. 11. Cada Assembleia Legislativa, com poderes constituintes, elaborará a Constituição do Estado, no prazo de um ano, contado da promulgação da ConstituiçãoFederal, obedecidos os princípios desta. Art. 510-D - O mandato dos membros da comissão de representantes dos empregados será de um ano. § 3º - Desde o registro da candidatura até um ano após o fim do mandato, o membro da comissão de representantes dos empregados não poderá sofrer despedida arbitrária, entendendo-se como tal a que não se fundar em motivo disciplinar, técnico, econômico ou financeiro. O empregado que é representante dos empregados, possui garantia de estabilidade, porém não pode ser reeleito. Tendo que esperar mais duas eleições para se eleger novamente. A diferença do Cipeiro e do Representante Sindical é que ele não pode se reeleger. No caso de demissão não é necessário Ação de Inquérito. Neste caso não é obrigatório que haja um representante em cada filial, mas sim uma comissão por estado, como determina o Art. 510-A, § 2º da CLT. Art. 510-A - Nas empresas com mais de duzentos empregados, é assegurada a eleição de uma comissão para representá-los, com a finalidade de promover-lhes o entendimento direto com os empregadores. § 2º - No caso de a empresa possuir empregados em vários Estados da Federação e no Distrito Federal, será assegurada a eleição de uma comissão de representantes dos empregados por Estado ou no Distrito Federal, na mesma forma estabelecida no § 1º deste artigo. 🗣Professora Eliane: “A garantia de emprego, conforme o Art. 510-D, §3º da CLT, é idêntica a do representante da CIPA, mas, não cabe reeleição, pois o representante não poderá ser candidato nos dois períodos subsequentes ao término do seu mandato que é de 1 ano.” Empregado portador de doença grave – Súmula 443 do TST Súmula nº 443 do TST DISPENSA DISCRIMINATÓRIA. PRESUNÇÃO. EMPREGADO PORTADOR DE DOENÇA GRAVE. ESTIGMA OU PRECONCEITO. DIREITO À REINTEGRAÇÃO - Res. 185/2012, DEJT divulgado em 25, 26 e 27.09.2012 Presume-se discriminatória a despedida de empregado portador do vírus HIV ou de outra doença grave que suscite estigma ou preconceito. Inválido o ato, o empregado tem direito à reintegração no emprego. O empregado pode optar pela reintegração ou ser indenizado conforma a lei: Lei 9.029/1995 – Trata de proibição de discriminação por motivo de cor, estado gravídico para mulheres, doença, etc. para efeitos admissional e exigências de trabalho.... - Proíbe a exigência de atestados de gravidez e esterilização, e outras práticas discriminatórias, para efeitos admissionais ou de permanência da relação jurídica de trabalho, e dá outras providências. 🗣Professora Eliane: “A dispensa discriminatória devidamente comprovada, conforme a Súmula 443 do TST determina a reintegração do empregado e sendo inviável a reintegração o empregado tem direito a indenização, na forma do Art. 4º, I e II da Lei 9.029/95. Desta forma, o empregado poderá optar pela reintegração e recebimento de todos os salários do período do afastamento ou receber em dobro a sua remuneração do período do afastamento.” Fernanda Barcellos – UNESA (Direito do Trabalho II – 2019.1 - Prof. Eliane Conde) 17 Art. 4o O rompimento da relação de trabalho por ato discriminatório, nos moldes desta Lei, além do direito à reparação pelo dano moral, faculta ao empregado optar entre: I - a reintegração com ressarcimento integral de todo o período de afastamento, mediante pagamento das remunerações devidas, corrigidas monetariamente e acrescidas de juros legais; (Redação dada pela Lei nº 13.146, de 2015) (Vigência) II - a percepção, em dobro, da remuneração do período de afastamento, corrigida monetariamente e acrescida dos juros legais. Súmula 666 do TST Súmula 666 A contribuição confederativa de que trata o art. 8º, IV, da Constituição, só é exigível dos filiados ao sindicato respectivo. Representante dos empregados no Conselho Curador do FGTS – Lei 8.036/90, Art. 3º, §9º. Art. 3o O FGTS será regido por normas e diretrizes estabelecidas por um Conselho Curador, composto por representação de trabalhadores, empregadores e órgãos e entidades governamentais, na forma estabelecida pelo Poder Executivo. § 9º Aos membros do Conselho Curador, enquanto representantes dos trabalhadores, efetivos e suplentes, é assegurada a estabilidade no emprego, da nomeação até um ano após o término do mandato de representação, somente podendo ser demitidos por motivo de falta grave, regularmente comprovada através de processo sindical. Representante dos empregados no Conselho Nacional da Previdência Social – Lei 8.213/91 3º, § 7º. Art. 3º Fica instituído o Conselho Nacional de Previdência Social–CNPS, órgão superior de deliberação colegiada, que terá como membros: § 7º Aos membros do CNPS, enquanto representantes dos trabalhadores em atividade, titulares e suplentes, é assegurada a estabilidade no emprego, da nomeação até um ano após o término do mandato de representação, somente podendo ser demitidos por motivo de falta grave, regularmente comprovada através de processo judicial. Possuem garantia de emprego, mas não é desde o registro, pois são indicados pelas Centrais Sindicais para eleição, a garantia conta a partir da nomeação até um ano após. Para dispensar o empregado é necessário Ação de Inquérito. 🗣Professora Eliane: “A garantia de emprego, para os membros efetivos e suplentes ocorre a partir da nomeação até um ano após o término do mandato, havendo o cometimento de falta grave esta deverá ser devidamente apurada, através da Ação de Inquérito do Art. 853 da CLT.” Representante da comissão de conciliação prévia – Art. 625-B, §1º da CLT Art. 625-B - A Comissão instituída no âmbito da empresa será composta de, no mínimo, dois e, no máximo, dez membros, e observará as seguintes normas: § 1º - É vedada a dispensa dos representantes dos empregados membros da Comissão de Conciliação Prévia, titulares e suplentes, até um ano após o final do mandato, salvo se cometerem falta grave, nos termos da lei. As empresas e sindicatos podem criar uma comissão com representantes de empregadores e empregados. Antes de ajuizar uma ação, o empregado passava pela CCP na tentativa de uma solução através de acordo, o que implicava na propositura de uma ação posterior. No mínimo 2 e no máximo 10 membros. Metade é eleita pelos empregados e a outra metade indicada pelo empregador. O mandato do representante e seu suplente é de 1 ano, podendo tentar reeleição. Garantia inicia com a nomeação e vai até um ano após o término da candidatura. 🗣Professora Eliane: “Conforme o §1º do Art. 625-B da CLT os representantes e suplentes os empregados possuem garantia de emprego, a partir da sua eleição e posse até 1 ano após o término do mandato, salvo se cometer falta grave, conforme o Art. 482 da CLT, sendo desnecessária a Ação de Inquérito.” Garantia de emprego na hipótese de aposentadoria voluntária – Precedente Normativo nº 85 da SBDC (Sessão Brasileira de Dissídio Coletivo) Nº 85 GARANTIA DE EMPREGO. APOSENTADORIA VOLUNTÁRIA (positivo) Defere-se a garantia de emprego, durante os 12 meses que antecedem a data em que o M es m o c o n ce it o Fernanda Barcellos – UNESA (Direito do Trabalho II – 2019.1 - Prof. Eliane Conde) 18 empregado adquire direito à aposentadoria voluntária, desde que trabalhe na empresa há pelo menos 5 anos. Adquirido o direito, extingue-se a garantia. 🗣Professora Eliane: “O TST tem entendimento que os empregados que trabalham na empresa pelo menos 5 anos não podem ser dispensados durante 12 meses que antecedem a aposentadoria.” Aula 5 – 25MAR2019 📚📝Correção – Caso Concreto Semana 2 Lúcia trabalha na sede de uma estatal brasileira que fica em Brasília. Seu contrato vigora há 12 anos e, em razão de sua capacidade e experiência, Lúcia foi designada para trabalhar na nova filial do empregador que está sendo instaladana cidade do México, o que foi imediatamente aceito. Em relação à situação retratada e ao FGTS, é preciso recolher o FGTS de Lúcia, assim como para todos os empregados transferidos para o exterior? R: Sim, é preciso recolher o FGTS de Lúcia durante todo o período em que a empregada prestar serviços no exterior, conforme a Lei 7.064/82, Art. 3, p.u. Questão Objetiva 1- (FCC-2016) - Em relação ao Fundo de Garantia do Tempo de Serviço, com base na Lei n°8.036/90, é correto afirmar: 📌(E) É hipótese de movimentação pelo trabalhador de sua conta vinculada, no curso do contrato de trabalho, quando algum dependente seu for portador do vírus HIV. (Art. 20, XIII que trata as hipóteses de movimentação do FGTS.) 📚📝Correção – Caso Concreto Semana 3 Maria foi contratada em 17/05/2010 pela Indústria Automobilística Vitória S/A. Em 25/03/2016 sofreu acidente de trabalho ficando incapacitada para o trabalho até 01/04/2016, quando obteve alta médica e retornou ao serviço. Em 03/06/2016 foi dispensada sem justa causa. Maria entende ser detentora da estabilidade acidentária, razão pela qual ajuizou ação trabalhista postulando sua reintegração no emprego. Diante do caso apresentado, responda se as seguintes indagações: A) Quais os requisitos necessários para a concessão da estabilidade acidentária? Justifique indicando o prazo da garantia de emprego. R: Os requisitos são: 1 – empregado ter sofrido acidente de trabalho; 2 – tendo ficado afastado mais que 15 dias; 3 – ter recebido o auxílio doença acidentário, conforme a Súmula 378, II do TST. A garantia do emprego é de 12 meses a contar da data da alta médica, na forma da Súmula supracitada. B) No caso apresentado, Maria terá êxito na ação trabalhista? Justifique. R: Não pois ela ficou afastada apenas 7 dias. Questão Objetiva 1 - Mônica celebrou contrato de trabalho com Construtora Aurora Ltda. Em 19/10/2014. Em 12/04/2016 foi dispensada imotivadamente, com aviso prévio indenizado, sem receber qualquer valor rescisório ou indenizatório. No dia 19/04/2016 obteve os resultados dos exames que confirmaram sua gravidez de 2 (dois) meses. Em face dessa situação hipotética, assinale a opção correta. 📌(D) Na hipótese de ajuizamento de ação trabalhista no último dia do prazo prescricional, Mônica terá direito apenas aos salários e demais direitos correspondentes ao período de estabilidade garantido à gestante. (Súmula 244, II do TST e OJ 399 da SBDI – 1 do TST) 📚📝Correção – Caso Concreto Semana 4 1- Cristóvão Buarque, advogado, exerce a função de professor de Direito na Universidade Campo Belo desde sua admissão em 01/02/2010. Em 10/05/2015 foi eleito dirigente sindical do Sindicato dos Advogados, com mandato de 3 (três) anos. Ao longo do contrato de trabalho Cristóvão vem descumprido reiteradamente as ordens estabelecidas pela Universidade em seu regulamento interno, o que gerou a aplicação de várias advertências e suspensões, provocando diversos transtornos para o trabalho. Fernanda Barcellos – UNESA (Direito do Trabalho II – 2019.1 - Prof. Eliane Conde) 19 Diante do caso relatado, responda justificadamente: A) A Universidade Campo Belo poderá dispensar Cristóvão Buarque sem justa causa? Justifique. R: Sim, pois o empregado não possui garantia de emprego, visto que pertence a categoria diferenciada, já que foi eleito dirigente sindical do sindicato dos advogados e na universidade exerce a função de professor. Súmula 369. III do TST. B) Na hipótese de rompimento do contrato de trabalho por justa causa, em que modalidade seria enquadrada a conduta faltosa? Justifique indicando o fundamento legal. R: Art. 482, h da CLT Questão Objetiva 1 - (OAB/FGV) Tício, gerente de operações da empresa Metalúrgica Comercial, foi eleito dirigente sindical do Sindicato dos Metalúrgicos. Seis meses depois, juntamente com Mévio, empregado representante da CIPA (Comissão Interna para Prevenção de Acidentes) da empresa por parte dos empregados, arquitetaram um plano para descobrir determinado segredo industrial do seu empregador e repassá-lo ao concorrente mediante pagamento de numerário considerável. Contudo, o plano foi descoberto antes da venda, e a empresa, agora, pretende dispensar ambos por falta grave. Você foi contratado como consultor jurídico para indicar a forma de fazê-lo. O que deve ser feito? 📌 (D) Ajuizamento de inquérito para apuração de falta grave em face de Tício, no prazo decadencial de 30 dias, caso tenha havido suspensão dele para apuração dos fatos; e simples dispensa por justa causa em relação a Mévio, independentemente de inquérito. (Art. 165, p.u. da CLT para Mévio e Art. 543, §3 da CLT c/c Súmula 379 do TST para Tício) Plano de Aula 5 ✍🏼 Aviso Prévio ✓ Art. 7º, XXI da CRFB Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social: XXI - aviso prévio proporcional ao tempo de serviço, sendo no mínimo de trinta dias, nos termos da lei; ✓ Art. 487 a 491 da CLT CAPÍTULO VI DO AVISO PRÉVIO Art. 487 - Não havendo prazo estipulado, a parte que, sem justo motivo, quiser rescindir o contrato deverá avisar a outra da sua resolução com a antecedência mínima de: I - oito dias, se o pagamento for efetuado por semana ou tempo inferior; II - trinta dias aos que perceberem por quinzena ou mês, ou que tenham mais de 12 (doze) meses de serviço na empresa. § 1º - A falta do aviso prévio por parte do empregador dá ao empregado o direito aos salários correspondentes ao prazo do aviso, garantida sempre a integração desse período no seu tempo de serviço. § 2º - A falta de aviso prévio por parte do empregado dá ao empregador o direito de descontar os salários correspondentes ao prazo respectivo. § 3º - Em se tratando de salário pago na base de tarefa, o cálculo, para os efeitos dos parágrafos anteriores, será feito de acordo com a média dos últimos 12 (doze) meses de serviço. § 4º - É devido o aviso prévio na despedida indireta. § 5º - O valor das horas extraordinárias habituais integra o aviso prévio indenizado. § 6º - O reajustamento salarial coletivo, determinado no curso do aviso prévio, beneficia o empregado pré-avisado da despedida, mesmo que tenha recebido antecipadamente os salários correspondentes ao período do aviso, que integra seu tempo de serviço para todos os efeitos legais. Art. 488 - O horário normal de trabalho do empregado, durante o prazo do aviso, e se a rescisão tiver sido promovida pelo empregador, será reduzido de 2 (duas) horas diárias, sem prejuízo do salário integral. Parágrafo único - É facultado ao empregado trabalhar sem a redução das 2 (duas) horas diárias previstas neste artigo, caso em que poderá faltar ao serviço, sem prejuízo do salário integral, por 1 (um) dia, na hipótese do inciso I, e por 7 (sete) dias corridos, na hipótese do inciso II do art. 487 desta Consolidação. Fernanda Barcellos – UNESA (Direito do Trabalho II – 2019.1 - Prof. Eliane Conde) 20 Art. 489 - Dado o aviso prévio, a rescisão torna-se efetiva depois de expirado o respectivo prazo, mas, se a parte notificante reconsiderar o ato, antes de seu termo, à outra parte é facultado aceitar ou não a reconsideração. Parágrafo único - Caso seja aceita a reconsideração ou continuando a prestação depois de expirado o prazo, o contrato continuará a vigorar, como se o aviso prévio não tivesse sido dado. Art. 490 - O empregador que, durante o prazo do aviso prévio dado ao empregado, praticar ato que justifique a rescisão imediata do contrato, sujeita-se ao pagamento da remuneração correspondente ao prazo do referido aviso, sem prejuízo da indenização que for devida. Art. 491 - O empregado que, durante o prazo do aviso prévio, cometer qualquer das faltas consideradas pela lei como justas para a rescisão, perde o direito ao restante do respectivo prazo.✓ Súmula 163 do TST Súmula nº 163 do TST AVISO PRÉVIO. CONTRATO DE EXPERIÊNCIA (mantida) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003 Cabe aviso prévio nas rescisões antecipadas dos contratos de experiência, na forma do art. 481 da CLT (ex-Prejulgado nº 42). 🗣 Professora Eliane: “Conceito: declaração unilateral onde uma das partes faz a outra a comunicação da extinção do contrato. Cabimento: Tendo cabimento nos contratos por prazo indeterminado e nos contratos a termo (por prazo determinado) que contenham a cláusula do direito de rescisão antecipada, nos termos dos artigos 487, 481 e Súmula 163 do TST. Finalidade: se a comunicação for por parte do empregador é fazer com que durante esse período o empregado consiga uma nova colocação, e se a comunicação for por parte do empregado é fazer com que durante esse período o empregador coloque outro empregado no seu lugar.” Quando o aviso prévio for trabalhado e dado pelo trabalhador, na forma do Art. 488 e p.u. da CLT, o empregado poderá optar pela redução de duas horas diárias, sem prejuízo da remuneração ou folgar 7 dias corridos. O TST, através da Súmula 230 entende que é ilegal substituir o período que se reduz da jornada pelo pagamento das horas correspondentes. Súmula nº 230 do TST AVISO PRÉVIO. SUBSTITUIÇÃO PELO PAGAMENTO DAS HORAS REDUZIDAS DA JORNADA DE TRABALHO (mantida) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003 É ilegal substituir o período que se reduz da jornada de trabalho, no aviso prévio, pelo pagamento das horas correspondentes. Duração: Mínimo de 30 dias. Contrato por tempo determinado Término antecipado por decisão do empregador – Art. 479 da CLT Art. 479 - Nos contratos que tenham termo estipulado, o empregador que, sem justa causa, despedir o empregado será obrigado a pagar-lhe, a título de indenização, e por metade, a remuneração a que teria direito até o termo do contrato. ⏳Tempo de contrato: 5 meses 📍Data do início: 01/01/2019 até 01/05/2019 💰Salário do empregado: R$4.000,00 🔚Término antecipado em 01/02/2019 Salário 💰 x ⏳tempo restante do contrato = R$4.000,00 x 4 = R$16.000,00 / 2 Fernanda Barcellos – UNESA (Direito do Trabalho II – 2019.1 - Prof. Eliane Conde) 21 = R$8.000,00 O empregador deve R$ 8.000,00 ao empregado a título de indenização, referente a metade do saldo de salários referente ao seu contrato. Término antecipado por decisão do empregado – Art. 480 da CLT Art. 480 - Havendo termo estipulado, o empregado não se poderá desligar do contrato, sem justa causa, sob pena de ser obrigado a indenizar o empregador dos prejuízos que desse fato lhe resultarem. ⏳Tempo de contrato: 12 meses 📌Data do início: 12/04/2019 até 01/01/2020 💰Salário do empregado: R$4.000,00 🔚Término antecipado em 01/12/2019. ⚠ Se no contrato constar cláusula que não onera o funcionário no caso de rompimento do contrato, o empregado fica isento do pagamento do aviso – Art. 481 da CLT. Art. 481 - Aos contratos por prazo determinado, que contiverem cláusula asseguratória do direito recíproco de rescisão antes de expirado o termo ajustado, aplicam-se, caso seja exercido tal direito por qualquer das partes, os princípios que regem a rescisão dos contratos por prazo indeterminado Reconsideração – Art. 489, p.u. da CLT É quando uma das partes de arrepende e quer continuar o contrato de trabalho. Tem que acontecer dentro do prazo do aviso prévio, de maneira tácita ou expressa. É facultado aceitar ou não a reconsideração. Professora Eliane: “A reconsideração pode ocorrer de forma tácita ou expressa, dentro do prazo do aviso prévio e com o consentimento da parte que foi pré avisada, Art. 489, p.u. da CLT.” Parágrafo único - Caso seja aceita a reconsideração ou continuando a prestação depois de expirado o prazo, o contrato continuará a vigorar, como se o aviso prévio não tivesse sido dado. 📑 “Termo de rescisão do contrato de trabalho” Aviso prévio indenizado ⬜ Aviso prévio trabalhado ⬜ 📌Data da demissão: 25 de março de 2019 📌Término do aviso: 26 de abril de 2019 (Data da baixa na CTPS) ⏳Conta o dia seguinte do último dia de trabalho + 1 dia. OJ 82 da SBDI – 1 do TST 82. AVISO PRÉVIO. BAIXA NA CTPS (inserida em 28.04.1997) A data de saída a ser anotada na CTPS deve corresponder à do término do prazo do aviso prévio, ainda que indenizado. 🗣 Professora Eliane “A data da baixa que deve constar na CTPS é a do último dia o aviso prévio, ainda que indenizado, nos termos da OJ 82 da SBDI – 1 do TST, já que a OJ 83 entende que o prazo prescricional só começa a contagem no final da data do aviso prévio, mesmo que indenizado.” Aviso prévio proporcional ao tempo de serviço – Lei 12.506/2011 e Art. 7º, XXI da CRFB 🗣 Professora Eliane: “A proporcionalidade do aviso prévio prevista na Lei 12.506/2011 somente será aplicada nas dispensas ocorridas após a publicação da lei, Súmula 441 do TST. Na data da comunicação da dispensa deve ser informado qual a modalidade do aviso. Fernanda Barcellos – UNESA (Direito do Trabalho II – 2019.1 - Prof. Eliane Conde) 22 Para as dispensas imotivadas, em relação aos empregados que tenham até 1 ano de trabalho o aviso prévio é de 30 dias, após 1 ano é acrescentado mais 3 dias por cada ano trabalhado, totalizando no máximo 90 dias.” Súmula nº 441 do TST AVISO PRÉVIO. PROPORCIONALIDADE - Res. 185/2012, DEJT divulgado em 25, 26 e 27.09.2012 O direito ao aviso prévio proporcional ao tempo de serviço somente é assegurado nas rescisões de contrato de trabalho ocorridas a partir da publicação da Lei nº 12.506, em 13 de outubro de 2011. Dispensa imotivada proporcional ao tempo do aviso prévio 📆Tempo de empresa: 5 anos, 6 meses e 15 dias Quantidade de anos x 3 5x3= 15 + 30= 45 dias de aviso prévio a ser recebido Aula 6 – 01ABR2019 Continuação: Plano de Aula 5 ✍🏼Aviso Prévio Falta grave cometida no curso do aviso prévio – Art. 490 e 491 da CLT O aviso prévio só termina no último dia do aviso, ele responde por todos os atos realizados durante este período, podendo haver a ruptura do aviso imediatamente em caso de falta grave. Tendo o funcionário que recorrer a justiça do trabalho caso discorde da ruptura do contrato. 🖐🏻Nenhuma das partes pode cometer falta grave. Sendo o empregado ou empregador. 🤦♂Falta cometida pelo empregador – Art. 483 e Art. 490 da CLT Art. 490 - O empregador que, durante o prazo do aviso prévio dado ao empregado, praticar ato que justifique a rescisão imediata do contrato, sujeita-se ao pagamento da remuneração correspondente ao prazo do referido aviso, sem prejuízo da indenização que for devida. 🚫 Forem exigidos serviços superiores às suas forças, defesos por lei, contrários aos bons costumes, ou alheios ao contrato; 🚫 For tratado pelo empregador ou superiores hierárquicos com rigor excessivo; 🚫 Correr perigo manifesto de mal considerável; 🚫 Não cumprir o empregador as obrigações do contrato; 🚫 Praticar o empregador e seus prepostos, contra ele ou pessoas da família, ato lesivo da honra e boa fama; 🚫 O empregador ou seus prepostos ofenderem-no fisicamente, salvo em caso de legítima defesa, própria ou de outrem; 🚫 O empregador reduzir o seu trabalho, sendo este por peça ou tarefa, de forma a afetar sensivelmente a importância dos salários; 🤦♂Falta cometida pelo empregado – Art. 482 e Art. 491 da CLT Art. 491 - O empregado que, durante o prazo do aviso prévio, cometer qualquer das faltas consideradas pela lei como justas para a rescisão, perde o direito ao restante do respectivo prazo. 🚫 Ato de improbidade; 🚫 Incontinência de conduta ou mau procedimento; Fernanda Barcellos – UNESA (Direito do Trabalho II – 2019.1 - Prof.Eliane Conde) 23 🚫 Negociação habitual por conta própria ou alheia sem permissão do empregador, e quando constituir ato de concorrência à empresa para a qual trabalha o empregado, ou for prejudicial ao serviço; 🚫 Condenação criminal do empregado, passada em julgado, caso não tenha havido suspensão da execução da pena; 🚫 Desídia no desempenho das respectivas funções; 🚫 Embriaguez habitual ou em serviço; 🚫 Violação de segredo da empresa; 🚫 Ato de indisciplina ou de insubordinação; 🚫 Abandono de emprego; 🚫 Ato lesivo da honra ou da boa fama ou ofensas físicas praticadas contra o empregador e superiores hierárquicos, salvo em caso de legítima defesa, própria ou de outrem; 🚫 Prática constante de jogos de azar. 🚫 🆕 Perda da habilitação ou dos requisitos estabelecidos em lei para o exercício da profissão, em decorrência de conduta dolosa do empregado. 🗣Professora Eliane: “Durante o aviso prévio as partes continuam obrigadas a cumprir com as suas obrigações, assim não pode haver o cometimento de falta grave, sendo praticada falta grave pelo empregador, o empregado se desliga imediatamente e ajuíza a ação de rescisão indireta do contrato e provando a falta grave cometida pelo empregador recebe todas as verbas como se fosse uma dispensa imotivada, inclusive o restante dos dias do aviso prévio, Art. 490 da CLT c/c Art. 487 parágrafo 4º da CLT. Se a falta for metida pelo empregado será demitido por justa causa, perdendo o restante dos dias do aviso prévio bem como a indenização que teria direito, previsão do artigo 491 da CLT.” 📚📝Correção – Caso Concreto Semana 5 Maria, foi contratada pela empresa ABC Ltda, para trabalhar com contrato de experiência de 90 dias, ressalvando que o contrato continha cláusula assecuratória de direito recíproco de rescisão, a empregadora rescindiu o contrato antecipadamente, tendo completado apenas 60 dias de pacto. Diante do caso apresentado pergunta-se: A) É devido o aviso prévio a Maria? R: Sim. Já que no contrato estava prevista a cláusula do direito de rescisão antecipada, nos termos do Art. 481 da CLT e Súmula 163 do TST. B) Em caso afirmativo, quantos dias de aviso prévio a empresa ABC Ltda deve a Maria? R: O aviso prévio seria de 30 dias, Art. 7º, XXI da CRFB, Lei -.506/2011, Art. 1º. Questão Objetiva 1-Depois de concedido o aviso-prévio, o ato poderá ser reconsiderado se a: 📌c) outra parte concordar com a reconsideração. Plano de Aula 6 ⛔Terminação do contrato de trabalho Resilição do contrato de trabalho Ocorre de forma unilateral através de: ✳Dispensa imotivada – decisão do empregador; ✳Comunicação de desligamento – decisão do empregado “pedido de demissão”. Resolução do contrato de trabalho ✳Cometimento de falta grave por parte do empregado ou por parte do empregador. Rescisão do contrato de trabalho Fernanda Barcellos – UNESA (Direito do Trabalho II – 2019.1 - Prof. Eliane Conde) 24 Quando ocorre nulidade contratual pois algum dos requisitos obrigatórios não forem atendidos, conforme Art. 104 do CC: Art. 104. A validade do negócio jurídico requer: I - agente capaz; II - objeto lícito, possível, determinado ou determinável; III - forma prescrita ou não defesa em lei. 🙋I - Agente capaz 👧🏻 Maior de 14 anos – somente na condição de aprendiz. 👩🏻 Maior de 16 anos – salvo em atividade insalubre, perigoso ou trabalhador no horário noturno. Art. 7º, XXXIII da CRFB XXXIII - proibição de trabalho noturno, perigoso ou insalubre a menores de dezoito e de qualquer trabalho a menores de dezesseis anos, salvo na condição de aprendiz, a partir de quatorze anos; 🆗 II - Objeto lícito Se fere a função exercida pela pessoa. Devendo ser algo legal. 🆗 III - Forma – Art. 442 da CLT Art. 442 - Contrato individual de trabalho é o acordo tácito ou expresso, correspondente à relação de emprego. Parágrafo único - Qualquer que seja o ramo de atividade da sociedade cooperativa, não existe vínculo empregatício entre ela e seus associados, nem entre estes e os tomadores de serviços daquela. Distrato Terminação por acordo entre as partes. 🆕 Vinda da Lei 13.467/2017 Terminação por acordo entre as partes – Art. 484-A da CLT Art. 484-A - O contrato de trabalho poderá ser extinto por acordo entre empregado e empregador, caso em que serão devidas as seguintes verbas trabalhistas: ✅ Direitos: 👍🏻 Metade do aviso prévio; ➕ 👍🏻 Metade da multa rescisória – 20% dos depósitos do FGTS; ➕ 👍🏻 Movimenta a conta do FGTS e saca até 80% dos depósitos 🆙 Demais verbas: 👍🏻 Saldo de salário ➕ 👍🏻 Férias + 1/3 CRFB ➕ 👍🏻 13º salário 🔴 😞 Não tem direito as parcelas do seguro desemprego! Por decisão do empregador Dispensa imotivada – Art. 7º, I da CRFB e Art. 18, §1º da Lei 8.036/90 Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social: I - relação de emprego protegida contra despedida arbitrária ou sem justa causa, nos termos de lei complementar, que preverá indenização compensatória, dentre outros direitos; 🤔O que são verbas? 💰Saldo de salário 💰Férias + 1/3 CRFB TODOS NA INTEGRALIDADE Fernanda Barcellos – UNESA (Direito do Trabalho II – 2019.1 - Prof. Eliane Conde) 25 💰13º salário 💰Aviso prévio – Trabalhado ou indenizado 💰FGTS + 40% 💰Parcelas do Seguro desemprego Plano de aula 7 ⛔Dispensa por justa causa, rescisão indireta e culpa recíproca Diante de uma dispensa por justa causa é importante observar alguns princípios: 💡Princípio da proporcionalidade 💚Falta leve ➡ punição leve ➡ advertência 📄 💛Falta grave ➡ punição grave ➡ suspenção 📄 Art. 474 da CLT Art. 474 - A suspensão do empregado por mais de 30 (trinta) dias consecutivos importa na rescisão injusta do contrato de trabalho. ❤Falta gravíssima ➡ punição gravíssima ➡ dispensa por justa causa 🔴 Art. 482 da CLT Art. 482 - Constituem justa causa para rescisão do contrato de trabalho pelo empregador: 💡Princípio da imediatidade Quando o empregado pratica uma falta deve ser imediatamente punida. 🗣Professora Eliane: “A penalidade deve ser aplicada imediatamente após o cometimento da falta ou tão logo o empregador tome conhecimento desta”. 💡Princípio da singularidade Para cada falta praticada, apenas uma penalidade. 💡Princípio da não discriminação Se dois ou mais empregados cometem a mesma falta grave, as punições devem ser iguais. 🚷Motivos da dispensa por justa causa – Art. 482 da CLT 🚫Ato de improbidade; desonestidade do funcionário Ex.: atestado falso, furto e etc. 🚫 Incontinência de conduta ou mau procedimento; moral sexual do empregado Ex.: transar no ambiente de trabalho. Mau procedimento é qualquer conduta que o empregador perceba prejuízo ao negócio. 🚫 Negociação habitual por conta própria ou alheia sem permissão do empregador, e quando constituir ato de concorrência à empresa para a qual trabalha o empregado, ou for prejudicial ao serviço; venda de produtos ou alimentos nas dependências da empresa. / Concorrência desleal – vende os mesmos produtos que seu empregador ou presta o mesmo serviço; 🚫 Condenação criminal do empregado, passada em julgado, caso não tenha havido suspensão da execução da pena; empregado que for preso, o contrato fica suspenso – as partes ficam desobrigados das obrigações fiscais. Só pode ser demitido por justa causa se houver trânsito em julgado; 🚫 Desídia no desempenho das respectivas funções; ocorrências de atrasos e faltas reiteradas no trabalho; 🚫 Embriaguez habitual ou em serviço; (bebe todos os dias, mas não no ambiente de trabalho) ou em serviço – basta uma única vez se beber durante o horário de trabalho;
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