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1 INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE MATO GROSSO CAMPUS AVANÇADO LUCAS DO RIO VERDE CURSO TÉCNICO EM BIOTECNOLOGIA EDUARDA MORLIN MARIA PINHO GOMES WIVYAN LIMA DE OLIVEIRA HISTÓRIA E CULTURA DOS POVOS INDÍGENAS NO BRASIL LUCAS DO RIO VERDE 2019 2 EDUARDA MORLIN MARIA PINHO GOMES WIVYAN LIMA DE OLIVEIRA HISTÓRIA E CULTURA DOS POVOS INDÍGENAS NO BRASIL Trabalho apresentado na disciplina de Geografia, da Professora Mestre Wiliana Mendes dos Santos. LUCAS DO RIO VERDE 2019 3 SUMÁRIO INTRODUÇÃO ........................................................................................................................ 4 1 AS SOCIEDADES INDÍGENAS ......................................................................................... 5 2 O BRASIL ANTES DE CABRAL ....................................................................................... 8 3 MOSAÍCO DE POVOS E CONHECIMENTOS ............................................................. 13 CONCLUSÃO ......................................................................................................................... 17 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................................. 18 4 INTRODUÇÃO Cada povo possui sua cultura, seus costumes, sua religião e sua história, entretanto tudo isso pode ser considerado estranho ou anormal para outros povos. O preconceito surge de várias formas, tais como: ser herdado de pais ou avós, um preconceito que muitas vezes é até antiquado sendo baseado em crenças de gerações passadas que devido à incompreensão de costumes ou culturas de outros povos criaram esse preconceito. Portanto é necessário ter um novo olhar em relação a outros povos e buscar compreender seu modo de viver, deixando para traz os antigos preconceitos. Esse trabalho teve como objetivo o estudo sobre as sociedades indígenas, aprofundar os conhecimentos sobre suas culturas, modo de viver, território, forma de pensar e como estão atualmente, sendo ameaçados de perda de terra e sofrendo de preconceitos. 5 1 AS SOCIEDADES INDÍGENAS 1.1 Um novo olhar e antigos preconceitos Atraso e progresso São estimados cerca de 230 povos indígenas que atualmente vivem no território Brasileiro. São povos que possuem diferentes culturas, costumes e até idiomas, embora existam traços comuns entre a grande maioria. O fato de que temos tendência a julgar o outro baseado num ponto de vista nosso fez com que a história dos povos indígena começasse a ser reconhecido somente a partir do momento em que estes tiveram contato com os não índios. Esse reconhecimento deixa a ideia de que antes deste contato, os povos indígenas eram uma sociedade “estática”. Devido a essa ideia, os povos e civilizações permaneceram numa certa hierarquia baseado em suas diferenças, aonde os povos indígenas com seus costumes considerados atrasados permaneciam inferiores a aqueles que eram civilizados e se autoconsideravam avançados. Entretanto as noções de avançado e atrasado não são relativas já que não existe um critério definitivo no qual se basear para medir o progresso de uma sociedade. 1.2 Sociedade sem rei A divisão do poder Para a sociedade indígena também existem regras e líderes, porém esses conceitos são compreendidos de um modo diferente e apesar das diversas maneiras de abordar a questão de autoridade e poder entre os povos indígenas é possível destacar alguns pontos em comum. De modo geral o papel do chefe costuma ser o papel de um conselheiro ou um coordenador, ou seja, ao invés de dar ordens o chefe costuma aconselhar. Nas aldeias, para que algo da vontade do chefe aconteça é necessária que tenha a aceitação de pelo menos a maioria da comunidade. 6 Regras e punições Nas tribos indígenas não existem tribunais, leis escritas ou cadeias, o fator que impede que os membros da tribo desrespeitem alguma norma é o medo da reprovação da comunidade. Essa reprovação feita pela comunidade é baseada na gravidade da falta cometida, pode ir de um castigo leve até ao ostracismo, quando todos na aldeia deixam de ter qualquer relação com o membro e este passa a ser ignorado ou uma execução em casos muitos graves. 1.3 Mundo do trabalho Terra, um bem coletivo. Os indígenas consideram a terra como propriedade coletiva, pois a consideram especial, já que é nela que estão suas vivências e experiências, entretanto a plantação pode ser individual e o produto pode caber ao consumo de um indivíduo ou para este distribuir para a família. Sendo assim, o consumo do trabalho pode ser individual, porem o acesso à terra, a caça e a pesca são coletivos tornando a sociedade ausente de desigualdades sociais. Quando essa terra que é de suma importância é tomada da comunidade indígena, esta sofre privação econômica, cultural, religiosa, social e ecológica. A divisão que comumente existe entre o trabalho e o lazer dificilmente existe na sociedade indígena e também a separação de tempo para trabalho e descanso, geralmente cada um de acordo com suas necessidades, decide seu tempo de descanso. O arco e o cesto Na hora de atribuir as tarefas aos membros, estas lhe são definidas baseadas numa divisão sexual. Ao homem geralmente são cabidas às tarefas de confeccionar armas para caça, caçar, limpar a plantação, enquanto para as mulheres cabe cuidar da horta, cozinhar, buscar agua e produtos. Também existem aquelas tarefas que podem ser feitas por homens e por mulheres, como a pesca ou a confecção de utensílios domésticos. Desta divisão de tarefas surge a chamada “oposição entre o arco e o cesto”. Para alguns povos a mulher é proibida de tocar num arco, pois acreditam que esse ato atrairia uma maldição sobre o dono do arco. 7 1.4 Religião, rituais e visões de mundo Narrativas e origens Nas aldeias os pajés são responsáveis por tudo àquilo que se diz respeito ao “sobrenatural” no mundo dos indígenas e tudo relacionados a seres mitológicos ou mortos. Podendo também pode ser o curandeiro da tribo. Suas crenças religiosas associam-se com mitos, aonde os animais podem ter interação com humanos, pessoas se transformam em animais ou vice-versa. As importâncias dessas narrativas mitológicas vão além da religião, elas também falam da relação do ser humano com a natureza. Ritos de passagem São muitos os ritos de iniciação entre os povos indígenas, e podem variar de acordo com o sexo, tradição ou cultura da sociedade. Estes rituais marcam o ingresso de um adolescente na vida adulta. Esse ritual de iniciação é o período no qual a sociedade vai se esforçar para que os jovens aprendam as qualidades, capacidades e valores considerados importantes, fazendo isso geralmente num isolamento temporário destes jovens e por fim realizando interferências em seus corpos, como pinturas, enfeites ou perfurações. 8 2 O BRASIL ANTES DE CABRAL 2.1 A Arquitetura No Rastro da História Uma Ferramenta Valiosa A aproximadamente a uns cinco milanos atrás aconteceu um evento muito fascinante para os arqueólogos, sobre uma rocha eles perceberam que possivelmente poderia ter passado povos da idade média por aquelas terras. Eles constataram que por aquele povo estar muito cansado eles decidiram se abrigar próximo a pedra, e acender uma fogueira sobre ela. Depois de muitos séculos, um cientista achou fascinante e decidiu examinar aquele lugar, decidiu então transforma aquele local em um sitio arqueológico. Pode parecer para nós, que isso não tenha significância nenhuma, mais para os arqueólogos pode estar carregado de grandes informações. Todos os elementos sejam eles, sobras de alimentos, sinais de uma possível fogueira, fragmentos de uma cerâmica, pontas de lança- são examinados detalhadamente, por menores que eles sejam, podem carregar informações valiosas. O trabalho de um arqueólogo não é nada fácil, pois ele tenta descobrir coisas de uma civilização que já não existe mais, seja uma coisa grande ou pequena, ele sempre irá analisar, e buscar mais sobre os povos de um determinado século. A arqueologia tem se mostrado uma ferramenta muito valiosa e bastante prestativa, principalmente para estudar as sociedades de séculos e séculos atrás, como por exemplo, os índios que povoaram o território brasileiro. As atuais pesquisas de arqueólogos nós deixa claro o que alguns livros de história não mostram, já que muitos deles começam a conta sua historias depois do século 1500, já com a chegada dos europeus. Muitos de nós temos uma ideia errada sobre o período pré-histórico, muitas vezes quando pensamos nesses povos, como eles viviam e como conseguiram sobreviver, pensamos neles como se fossem uma sociedade parada no tempo. Ciência Multidisciplinar Você já se fez as seguintes perguntas?: De quem os índios vieram?, Como foi a sua transformação, com respeito as suas culturas e modo de viver? Essas e muitas outras perguntas, arqueólogos pretendem responder nos mais de 8mil sítios arqueológicos, que existem 9 espalhados em todo o Brasil. Esses sítios arqueológicos já foram classificados pelo Instituto do Património Histórico e Artístico Nacional. Muitas vezes o arqueólogo para remover uma certa informação ele tem que ter um certo conhecimento geral, como por exemplo, imagina uma determinada pedra na natureza, exposta a sol, chuva e outros fenómenos da nativos, exposta milhares e milhares de anos, isso exige um conhecimento muito aprofundado de geologia e ecologia, tudo isso para saber que a pedra estava sofrendo de sedimentação e fossilização. Mais não para por ai, para aplicar as informações obtidas ao conhecimento do passado, dos povos indígenas por exemplo, tem que trabalhar também com antropologia e etno-história. A hipótese mais bem aceita nos dias de hoje, alega que os primeiros seres humanos chegaram a América vindos da Ásia, passando na Sibéria para o Alasca, através do estreito de Bering. Tudo isso teria ocorrido quando o nível do mar abaixou, formando uma faixa de terra continua. Supostamente então os indígenas decidiram de uma população asiática. Teriam ido então, da América do Norte para América do Sul pelo istmo do Panamá. Dá América do Sul teriam se espalhado para as outras regiões, mais para esclarecer como isso pode ter ocorrido existe inúmeras hipóteses. Alguns sustenta á ideia de que, do litoral da Colômbia e Venezuela, eles teriam passado pela bacia Amazónica. Outros afirmam que se distribuíram ao longo do litoral, descendo pela costa do oceano Pacífico até a Patagônia ou do Caribe até o Atlântico Sul. 2.2 A Presença Indígena no Cotidiano Teoria Sobre a Ocupação Há vários anos, arqueólogos e cientistas vêm debatendo para definir quando e como o Homo Sapiens, chegou ás Américas e, como se espalhou por todo o continente. Esse assunto é muito controverso e seus pontos continuam em aberto. E isso é muito comum, pois cada ano novas descobertas são feitas, essas descobertas podem simplesmente cogitar que pesquisas feitas anteriormente estão erradas, por isso é tão difícil terminar um estudo arqueológico. Sem falar que estamos em uma era digital e muita tecnologia, onde em cada momento esses recursos são aprimorados. Vamos ver as hipóteses e as principais teorias em debate feitas por pesquisadores e arqueólogos. Entre as pesquisas, constataram que existem dois tipos de tradições nas regiões Sudeste e Sul, os Umbu e os Humaitá. O povo Umbu espalhou-se pelos estados Sul do país em aproximadamente 5 mil anos atrás. Eles se localizarão em áreas de maiores altitudes, como eles não controlavam a técnica da cerâmica, subsistiu essa 10 técnica por pedras lascadas, para fazerem seus instrumentos de arma. Já os povos Humaitá habitavam em áreas de baixas latitudes, como eles também não conheciam a cerâmica eles usavam equipamentos menos rudimentares. Lagoa Santa localizada em Minas Gerais, foi o cenário da formação arqueológica no Brasil, foi lá que o dinamarquês Peter Lund achou em 1834, os primeiros traços de um ser pré-histórico. Foi nesse mesmo local que em 1970 através de uma escavação achou-se um crânio que foi batizado pelo nome de Luzia, esse foi o mais antigo material ósseo já encontrado nas Américas. 2.3 As Culturas Indígenas e os Sítios Arqueológicos Grutas e Sambaquis A principal fonte para os arqueólogos do conhecimento para o entendimento dos primeiros habitantes da terra brasileira são os Sambaquis. Os Sambaquis estão dispersos por todo o litoral, também na Amazônia, eles são reservatórios feitos pelo homem, formado basicamente de conchas acumuladas com ossos e outros materiais orgânicos e calcários. Com o passar dos anos o local sofreu de intemperismo fazendo com que os objetos de fossilizassem. Era bem comum que os mortos fossem enterrados nos Sambaquis. Arqueólogos encontraram nos Sambaquis, objetos e enfeites que foram enterrados junto com os mortos, como conchas, pontas de ossos e laminas de machado. Ao analisarmos os mecanismos empregados, tanto na técnica da pintura feitas em cavernas, como na fabricação de cerâmicas e vários outros artefatos, e se levarmos em conta aonde esses artefatos foram encontrados, os pesquisadores tentam fazer uma afinidade entre os artefatos, classificando-os assim em “tradições”. No Norte do Brasil tem uma ampla diversificação e numerosas pinturas deixadas pelos seres pré-históricos. Um bom exemplo disso são as inscrições localizadas nas áreas arqueológicas em São Raimundo Nonato, no Parque Nacional Da Serra da Capivara. Analisando as inscrições das rochas e grutas, os pesquisadores ponderam perceber que aviam características comuns, poderiam também constatar que aviam mais figuras de homens e animais, do que figuras de objetos. Outras características que poderiam perceber de acordo com Niéde Guidon, são as pinturas feitas caracterizando elementos do dia a dia. 11 Os Caceados Da Amazônia Estão sendo estudadas na Amazónia, as tradições cerâmicas, feito pelos povos indígenas, recentes pesquisas feitas pelos arqueólogos está revelando aos poucos o que até agora nós não sabíamos, a trajetória da evolução dos indígenas. Esse estudo nos mostra que os povos nômades eram destinados mais para a caça, já para os povos que se fixavam em uma determinada terra, tinham uma visão para a caça e também para a agricultura. Para comandar cada povo era necessário um líder, esses líderes forma batizados pelos nossos historiadores como cacicados da Amazônia. Diferenças Significativas Os estudiosos Europeus afirmavam, que o interesse pelos povos das áreas de floresta tropicais, acabou rompido pelos desejos gerados pelos povos pré-colombianos. Enquanto osprimeiros povos teriam uma sociedade mais igualitária e de administração mais simples, o segundo povo teriam condições mais altamente centralizados e uma administração política mais complexa. Atualmente pesquisadores tentam procurar uma possível comunicação entre os povos andinos e os indígenas da floresta. Mais até hoje os pesquisadores não encontraram o motivo de uma evolução diferenciada entre os dois grupos. Alguns pesquisadores tentam explicar essa diferença através do meio ambiente, eles alegam que baixa produtividade do solo amazónico tenha impedido que os povos se fixassem naquele local. Mais essa afirmação já foi questionada, por outros pesquisadores, que afirmam foram encontrados vestígios de cerâmica na ilha de Marajó, como uma evidencia de que povos poderiam ter se estabelecido em ambientes tropicais. Pesquisas recentes apontam que explorações desenvolvidas por pesquisadores como a Anna Roosevelt, evidenciaram que na Amazónia se estabeleceram sociedades, mais complexas e mais ricas. Declaram que nas várzeas dos rios amazónicos, encontra-se assentamentos humanos e sistemas de terraplanagem 12 2.4 Os Vizinhos Da América Templos e Metalurgia Os povos nativos que já habitavam o Brasil, na vinda dos Europeus não estavam sozinhos na América. Muitos pesquisadores constatam que estes povos viviam em terras do continente americano. As famosas civilizações pré-colombianas se ocuparam em regiões da América Central e dos Ardes. Os estudiosos são desafiados, a comparar os povos que se estabeleciam na região que hoje é o território Brasileiro, com os povos de antigamente. Ao oposto dos maias, astecas e dos incas, os povos que viviam em regiões tropicais, não desenvolveram habilidades o suficiente para compreender os procedimentos de metalurgia, e na confecção de utensílios de metal, também como domesticar animais. Foram os incas que deixaram indícios de uma sociedade aglomerada, e arquiteturas em pedras que sobreviveram por milhares de séculos. Os maias eram povos que habitavam na América Central, eram povos bem desenvolvidos, e tinham um amplo conhecimento de arquitetura, esculturas e cerâmicas. Os incas por outro lado conseguiram fortalecer o seu império, e faze-lo crescer em extinção, eram povos tão sábios, que a base de suas fortalezas e templos, era construída em imensos blocos de pedras. São povos que tinham seus conhecimentos bem apurados, sabiam fabricar artefatos em metal. Para se comunicar entre si não se utilizava uma escrita padram, eles usavam um procedimento de cordas com nós. 13 3 MOSAICO DE POVOS E CONHECIMENTOS No Brasil existem inúmeros povos indígenas, onde eles exercem um estilo de vida e uma cultura diferente de nós não-indígenas, os mesmos costumam fazer ritos, arte e festas. Mas tudo isso vem diminuindo cada vez mais, como por exemplo as línguas faladas por eles que só vem reduzindo. 3.1 A diversidade étnica Etnia é considerada um grupo social, onde pessoas compartilham cultura, historias e costumes. Os antropólogos relatam que o que levam a uma etnia, e que um determinado grupo seja considerado um povo e sua afinidade entre si é a língua. Pois muitas vezes as tribos tendem a ter uma semelhança na língua e acabam estabelecendo uma conexão. Áreas culturais seriam um dos motivos, muitas vezes os povos de tribos distintas acabam introduzindo hábitos e práticas de tribos vizinhas. A região Amazônica e o Centro Oeste são onde habitam grande parte dos indígenas existentes no Brasil. São mais de 200 povos e culturas divergentes. As línguas faladas por esses povos indígenas são relacionadas a dois grandes troncos linguísticos como Tupi e Jê, no planalto do Brasil acham-se povos referentes ao Jê, já no Parque Indígena do Xingu falam-se a do Suya. Os agregados ao Tupi podem se encontrar em maior parte do Brasil como do Norte até o Sul. Deles entra o tupi Guarani, onde os respectivos Guarani que tem o maior número de povos que falam. Entre aproximadamente outras 270 línguas existentes espelhadas pelo Brasil. Amazônia, Xingu e Nordeste Tribos como Karipuna, Galibi-marworno, Galibi podem ser encontrados no norte da Amazônia, como também os Palicur que são encontrados no Amapá. Existem povos que também se espalham por países vizinhos como a Venezuela que são os Yanomami ,a população yanomami era de 19.338 pessoas, repartidas em 228 comunidades. Povos como Tukano, sua cultura chegam a proibir casamentos entre falantes da mesma língua. No Parque Xingu estão reunidos povos que falam variados tipo de língua como Aruak ( Yawalapiti e os Uaurá), Karib (Kuicuro e Kalapalo) e do tronco Tupi ( Kamayurá, Aweti). Os mesmos organizam suas aldeias em círculo, habitam em casa de formatos iguais e adotam o mesmo tipo de corte de cabelo, tudo isso é comum entre algumas tribos. Os indígenas 14 do Nordeste lutam para reafirmar sua etnia. Existe uma grande diversidade, esses povos indígenas têm uma grande importância, simboliza uma grande riqueza. Os irmãos Vilas Boas e o Xingu Em 1943, os irmãos Villas Boas engajaram-se em Rohcador-Xingu uma expedição constutida por Gétulio Vargas para desbravar as desconhecidas terras do Brasil Central evitando ocupações estrangeiras, contatar e pacificar os índios eram o norte desta expedição, nela também contrataram com a assistência médica para resistir doenças. O Parque Nacional Xingu, foi lançada em 1952, mas só foi realizada em 1961. Para tornar em prática foi preciso enfrentar obstáculos, como epidemias, sarampo, etc... Hoje em dia o parque acomoda 17 etnias distintas, o parque também sofre decorrências de problemas que se dão além de seus limites, como o desmatamento, que vem secando muitas nascentes e atingindo muitos povos. 3.2 As línguas: Uma árvore e suas ramificações O Tupi é uma das línguas indígenas mais famosas, pois quando se trata de língua indígena vem logo na mente o tupi. Antigamente o povo Tupinambá teve como sua língua o ‘’tupi antigo’’ , os colonizadores ficaram atraídos pela sua cultura. Existem muitos tipos de línguas faladas pelos indígenas no Brasil, e as mesmas são classificadas em 4 grupos. Existem os troncos maiores que são o Tupi e o Macro-jê , daí foram se originando e crescendo dezenas de línguas e dialetos, hoje em dia é estudado essas línguas para descobrirem sobre os antepassados, para acharem como surgia essas línguas. A partir do Tupi que era falado pelos Tupinambá , foi criada pelo uma língua única para ser falado por todos que é chamada ‘‘língua geral’’ que servia para interlocução de outras tribos, e entre colonizadores e indígenas, os habitantes de São Paulo e os bandeirantes adotaram essa língua até o século XVIII. Frágil diversidade O marquês de Pombal que ditava de Lisboa decidiu que todos os indígenas seriam 15 obrigados a falar português, pois a maioria dos colonos se falavam na língua geral, foi então fundada uma escola para crianças indígenas, e as que falassem Guarani levariam um tipo de castigo físico. Muitos povos deixam de falar suas línguas nativas, mas os mesmos lutam pela salvaguarda delas, e enfrentam grandes pressões. Muitas das vezes abandonam seu dialeto para falarem o dialeto da tribo vizinha, de uma tribo com uma população maior, como ocorreu com algumas tribos no Brasil. Cada língua falada tem cerca de 400 falantes cada, hoje em dia com as novas escolas indígenas têm o intuito de combater a prevenção de sua língua. 3.3 Culturas da floresta A cultura indígena hoje em dia contribui muito para químicos, não só para eles mas comotambém para biólogos e especialistas, como um canal para grandes descobertas como a mandioca, onde ela é usada para inúmeras coisas, isso tudo os índios possibilitaram. Os índios por extinto possui uma grande inteligência e são capazes de várias coisas, como extrair o sal de um planta aquática, descobrir propriedades de vegetais para facilitar suas caças, saber-se qual animal estará rondando anoite ou dia pela floresta, em qual local será encontrado. Todas essas descobertas são de muita valia, e passam de geração para geração. Patrimônio imaterial Os índios despertam interesse não só pelo fato de descobrirem coisas da natureza, mas como, por exemplo, como conseguem fazer uma canoa, erguer uma habitação, pintar um vaso, entre outras coisas. Também desperta curiosidade como pelo jeito que se dá nome ao filho, como trata a natureza e como a conhece. Existem tipos de índios que diferem as espécies de vegetais, pelo seu tamanho e pelas suas características, tipo de cor e até onde podem ser encontradas. O patrimônio imaterial é uma concepção que abrange as expressões culturais e as tradições que um grupo de indivíduos preserva em homenagem à sua ancestralidade, para as gerações futuras. Pode se expressar nas tradições orais, incluindo todas as suas culturas. 16 Cachoeira do Iauretê: Patrimônio imaterial A cachoeira de Iauretê é um patrimônio imaterial a ser preservada, a cachoeira tem uma grande importância para os indígenas e 14 povos habitam na região banhada por rios, são uma referência para aquele povo de seus mitos, origens e lendas. Existe uma narrativa que conta que aquele povo após escapar a perseguição chamada ‘’ gente onça’’, para enganar foi se transformando em animais, e cada um dele se tornou uma pedra desta cachoeira, e que hoje são colocados arapucas de pescas. 17 CONCLUSÃO Imagina como seriam as nossas vidas, se nós não tivéssemos nenhum tipo de conhecimento sobre pré-histórico, se não soubéssemos de nada que aconteceu milhares e milhares de anos atrás. Tudo o que sabemos são graças aos estudos feitos pelos pesquisadores arqueológicos, que fazem esse estudo para saber mais sobre os povos que já não existe mais. No Brasil há vários vestígios já encontrados, o mais famoso foi um crânio encontrado em 1970 pelo pesquisador Peter Lund, que batizou esse artefato com o nome de Luzia. Já foram encontradas também no Brasil pinturas, que expressava coisas do cotidiano. Os índios vivem muito próximos da natureza e é ela que fornece a eles a sua sobrevivência, eles praticam a agricultura, caça, pesca, coleta de frutas e ervas, constroem suas casas e seus meios de transporte. Os mesmos vivem em tribos e possuem seu próprio idioma, hoje em dia existem alguns grupos de índios no Rio Grande do Sul. Dedicam-se à agricultura de produtos como milho, feijão e mandioca. Trabalham também com artesanato, fabricando cestos, esteiras e outros artigos de palha. Existe um órgão do Governo encarregado de dar assistência aos índios em todo o Brasil. 18 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS AS SOCIEDADES indígenas. In: HISTÓRIA e cultura dos povos indígenas no Brasil. São Paulo: Barsa Planeta, 2009. O BRASIL antes de Cabral In: HISTÓRIA e cultura dos povos indígenas no Brasil. São Paulo: Barsa Planeta, 2009. MOSAICO de povos e conhecimento. In: HISTÓRIA e cultura dos povos indígenas no Brasil. São Paulo: Barsa Planeta, 2009. .
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