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CENTRO UNIVERSITÁRIO SOCIESC– UNISOCIESC CAMPUS BOA VISTA Principais manifestações Patológicas nos Revestimentos Argamassados JOINVILLE/2019 A argamassa de revestimento tem a função de regularizar superfícies. Usado como acabamento final ou como base para receber outras soluções, o material que pode ser industrializado ou preparado no canteiro, é composto por água, areia, cal, cimento e aditivos. Assim como praticamente todos os elementos empregados na construção civil, a mistura está sujeita às manifestações patológicas que surgem por diferentes motivos. As principais são as fissuras, os descolamentos e os desplacamentos, que ocorrem, especialmente, em revestimentos externos. Também é comum esse tipo de argamassa sofrer com manchas causadas pela umidade ou, ainda, com a presença de colônias de microrganismos. Fissuras As fissuras podem indicar procedimentos equivocados na etapa de aplicação da solução. É possível citar excesso de água na mistura, não realização do processo de cura, espessuras elevadas dos revestimentos, entre outras. Foto da manifestação: Justificativa Técnica da provável origem: A patologia surge, ainda, devido à perda de água da argamassa. O fenômeno é causado pela dosagem inadequada ou qualidade inferior dos materiais presentes na mistura. Contribuem para a perda de água falhas na determinação do tipo e teor de aglomerantes, erros na porcentagem de finos e a má distribuição granulométrica da areia. Condições climáticas na execução e características da base também influenciam. Proposta Técnica de Recuperação: A correção envolverá o uso de juntas ou telas no revestimento se não forem fissuras estruturais, solução especifica com base de cada projeto, para pequenas fissuras a solução é retocar o reboco usando argamassa ou massa acrílica, mas a fissura podem reaparecer. Outra alternativa é passar tinta elastomática pura na região e depois aplicar duas ou três demão do mesmo produto, diluído conforme indicação do fabricante. Outra solução para pequenas trincas, formar, sobre ela, um “V”, com uma ferramenta chamada abre-trinca, ultrapassando 10 cm em cada extremidade, limpar a superfície e aplicar fundo preparador de paredes. Preencher a fenda com sela-trinca ou argamassa e colocar uma tela de poliéster, acertar com massa e usar tinta elastomérica. Materiais de recuperação: Suvinil Suviflex diluído com cerca de 10% de água. Procedimentos e trabalhos: Abra a trinca Utilizando uma espátula em formato “V”, conhecida também como “abre trincas”, abra a fissura em toda a sua extensão, removendo também a pintura nas faixas laterais. Remova o pó Para evitar a formação de bolas na pintura, limpe a superfície para eliminar todo o pó com um pincel ou uma escova secos e depois com um pano úmido. Preencha a trinca Com a espátula, aplique a massa dentro da trinca, alternando o sentido de aplicação para preencher todo espaço, preservando as faixas laterais. Retire o excesso para evitar irregularidades. Espere secar, conforme o tempo indicado na embalagem. Aplique a tela Aplique a tela centralizando-a sobre a trinca. Quando o sentido da trinca mudar, corte a tela para acompanhar. Cubra a tela Com a desempenadeira, cubra a tela em toda sua extensão com a massa de tratamento e aguarde a secagem (de 12 a 24 horas, dependendo da orientação na embalagem do produto). Repare a superfície Após secagem total, faça o acabamento com massa corrida (para áreas internas não molháveis) ou massa acrílica (para áreas molháveis). Espere secar. Lixe Para obter uma superfície ainda mais lisa, lixe a área com uma lixa fina ou média, escolha de acordo com o tamanho da trinca consertada. Finalize Para melhor acabamento, retire todo o pó com um pincel seco e, depois, com um pano úmido. Realize a pintura com um rolo e a tinta desejada. Procedimentos e trabalhos: Espátula simples, Espátula em forma de V, luva, mascara, desempenadeira, Suvinil fundo preparador, selatrincas , Suvinil suviflex. Deslocamento e desplacamento Estão diretamente ligados à falta de aderência do revestimento à base. Influenciam para ocorrência da situação as características da superfície, o tipo de argamassa empregado, o processo de execução e as condições climáticas. Foto da manifestação: Justificativa Técnica da provável origem:Como causas mais frequentes do aparecimento de descolamentos pontuais, chamados de vesículas, estão a hidratação retardada da cal e a presença de impurezas nos agregados, como matéria orgânica, torrões de argila e concreções ferruginosas, comenta a docente. Proposta Técnica de Recuperação: É indicada a realização de procedimentos de preparo da base, como tratamentos das superfícies de concreto e uso da camada de preparação (chapisco). Além disso, é importante garantir que não existe nenhum tipo de contaminação na área a ser revestida. Materiais de recuperação: Indica-se o uso da AC I ou AC II para corpos cerâmicos mais porosos. Já em aplicações que abrangem panos muitos extensos, sujeitos a tráfego intenso de pessoas ou a cargas pesadas, pode- se utilizar a AC III.Utilizar a Votomassa da Votorantim. A Votomassa Cerâmica Interna AC I, uma solução de excelente trabalhabilidade e grande poder de aderência. É desenvolvida com cimento Portland, agregados de granulometria controlada e aditivos químicos. Supera os requisitos de classificação da ACI, de acordo com a NBR 14.081 / 2012. Procedimentos e trabalhos: Primeiramente devem ser sanadas outras patologias causadoras, como umidade, vazamentos, etc. Em seguida deve-se remover o revestimento cerâmico comprometido, e reassentá-lo, observando-se os seguintes procedimentos: Limpar bem a superfície, removendo-se sujeiras, pulverulências, eflorescências, substâncias gordurosas, bolor, etc. Verificar o estado do emboço onde será reassentada a cerâmica, fazendo-se o teste do bate- choco. Se forem identificadas áreas com som cavo, Remover o emboço nesses locais; se for em área de piso realizar o mesmo teste no contrapiso, com um bastão de madeira; Reexecutar o emboço, ou contrapiso, onde necessário. Nas áreas onde o emboço ou contrapiso estiver aderido, verificar o estado da sua superfície, friccionando-a com uma escova de fio de aço. Caso esteja ocorrendo desagregação, escovar e remover a camada desagregada até encontrar material firme e coeso; A regularização do emboço ou contrapiso nos locais onde sua superfície foi parcialmente removida deve ser feita com argamassa colante (a mesma usada para assentamento da cerâmica). A espessura dessa camada de regularização não deve exceder a 10 mm. Fazer o reassentamento das placas cerâmicas. Procedimentos e trabalhos: Argamassa, broxa, escova de aço, água sanitária, piso cerâmico, votomassa. Manchas e colônias de microorganismos Bolor é o fungo no estágio inicial que atinge diferentes superfícies, deixando uma camada de alto relevo de cor acinzentada, e que, limpando com um pano úmido ou escovando, fica fácil a remoção. Já o mofo é o fungo no estágio mais avançado, onde começa a deixar pontos pretos na área atingida, e a remoção já não é tão simples, é quando o problema fica sério e você precisa agir antes que esses fungos comprometa a saúde das pessoas. Fotoda manifestação: Justificativa Técnica da provável origem: Normalmente, as manchas de umidade resultam de uma soma de fatores. Entre as razões mais comuns dessa patologia estão infiltrações, problemas com a impermeabilização, qualidade baixa de esquadrias que permitem a entrada da chuva, além de vazamentos no sistema hidráulico. A presença frequente de umidade, somada à pouca incidência de sol, resulta no surgimento de colônias de microrganismos (mofo e bolor). Essa forma de vida indesejada, além de desconforto visual, pode ainda resultar em danos à saúde. Proposta Técnica de Recuperação: Eliminação da infiltração da umidade. Secagem do revestimento. Escovamento da superfície. Reparo do revestimento. Bolor quando pulverulento. Eliminação da infiltração da umidade. Lavagem com solução de hipoclorito Reparo do revestimento quando pulverulento. Se a mancha atingiu somente a camada da pintura, basta remover a pintura com uma espátula e lixa. Materiais de recuperação: água sanitária, escova de aço, produto para vedação, solução preparada (mistura de alvejante, água e bicarbonato de sódio). Procedimentos e trabalhos: Eliminar a fonte que ocasiona a umidade (cano furado, infiltrações, falhas na impermeabilização, etc.); Aplicar energicamente a escova de aço eliminando não só os microorganismos mas também parte do revestimento; Examinar o aspecto do revestimento. Se ele estiver afetado pela umidade prolongada, então o revestimento deve ser removido; Lavar abundantemente com água limpa aplicando-a com mangueira na forma de jatos; Deixar secar por pelo menos 48 horas. Manter o local bem ventilado, se for o caso, abrir janelas de portas e instalar ventiladores jogando o vento diretamente sobre a superfície lavada; Preparar a seguinte Solução: 160 gramas de Fosfato Trissódico; 60 gramas de detergente neutro; 180 ml de Hipoclorito de Sódio; 5 litros de água potável (não usar água mineral nem água torneiral pois contém flúor). Aplicar (Primeira Aplicação) a Solução abundantemente com uma brocha. Deve-se ajudar a solução a penetrar para dentro do revestimento e da alvenaria; Deixar secar por pelo menos 48 horas. Usar ventiladores, etc.; Repetir a operação (Segunda Aplicação); Deixar secar por pelo menos 48 horas. Usar ventiladores, etc.
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