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Fundamentos de Tecnologia da Informação Sistemas Integrados de Gestão Material Teórico Responsável pelo Conteúdo: Prof. Ms. Artur Ubaldo Marques Junior Revisão Textual: Profa. Esp. Márcia Ota 5 • Sistemas Integrados de Gestão • Fundamentos Inovação • Fundamentos de Infraestrutura de TI A unidade V de nossa disciplina de Fundamentos de Tecnologia da Informação trabalhará com conceitos fundamentais referentes aos Sistemas Integrados de TI, temas introdutórios sobre Inovação e como utilizá-la em TI. Por fim, discutiremos de forma inicial Infraestrutura de TI. Assim, sugiro que você dedique um tempo para a leitura não só do material teórico, mas também do complementar, pois o tema é vasto e complexo, impossível de se abordar num único módulo. O uso de Sistema de informação de gestão ou Sistema de informações gerenciais é importantíssimo para as empresas trabalharem de forma otimizada seus processos fabris ou de prestação de serviços. Esses sistemas organizacionalmente ajudam os processos de negócio, tomadas de decisão operações, e estratégias competitivas. É fator decisivo para a empresa, portanto, deve ser bem estudado. Desse modo, gostaria de convidá-lo a expandir seu conhecimento sobre o tema Inovação, pois ele não é apenas uma moda passageira, trata-se de um item de importância extrema às empresas que buscam sobreviver e se destacar, gerando valor diferenciado para o mercado. · Olá alunos, vamos iniciar nossa quinta unidade da disciplina de Fundamentos de Tecnologia da Informação. Com isso, falaremos de forma inicial sobre os sistemas integrados de gestão, proporcionando uma breve introdução sobre inovação aplicada à tecnologia da informação e fundamentos de infraestrutura em TI. · Além disso, é importante trabalharmos sobre os sistemas integrados de gestão empresariais, principalmente as sofisticadas soluções pertencentes à implementação de ERPs. Assim, veremos suas características e aspectos mais importantes. Esse tema tem tomado cada vez mais tempo dos recursos de TI e, na atualidade, é uma questão desafiadora que demanda inovação e uma infraestrutura para poder manter tudo em funcionamento com alta disponibilidade, pois é questão de estratégia e sobrevivência empresarial. Sistemas Integrados de Gestão • Tendências contemporâneas da plataforma de hardware • Plataforma de Software e Tecnologias Emergentes 6 Unidade: Sistemas Integrados de Gestão Contextualização Tudo isso é suportado pela infraestrutura de tecnologia da informação, sem ela nada é possível. A infraestrutura de TI permeia e alicerça todos os processos de negócio. Então, lembre-se que dados, informação e conhecimento são ativos da empresa e, nos dias de hoje, o lugar em que eles residem, além da cabeça dos colaboradores é nos recursos que a infraestrutura de TI provém. Peço especial atenção a estes conceitos, sua releitura pode ser necessária de forma que você fixe bem este conteúdo. Como disse anteriormente, o tema é vasto, por isso, é fundamental uma pesquisa pelo Google sobre temas afins e pesquisas complementares em artigos, além dos propostos pela leitura complementar. Segundo Calle e Da Silva (2008), na sociedade do conhecimento, o elemento diferenciador na atividade produtiva é o próprio conhecimento, sendo que as matérias-primas passam a ter uma conotação secundária. Nessa sociedade, produziram-se também outras grandes mudanças nos âmbitos social, econômico e produtivo. Entre elas, a mudança no modo de comunicação, derivada do surgimento da internet e das tecnologias de digitalização de documentos. A comunicação passa a ser processada de “muitos para muitos”, facilitando a disseminação de informações e a socialização do conhecimento. Fortes investimentos em pesquisa e desenvolvimento feitos pelas organizações e promovidos geralmente pelos governos dos países desenvolvidos, e o intercâmbio de fluxos de informação entre países além de bens e capitais, entre outros, são fatores preponderantes nessa nova sociedade. Todos esses fatores dão suporte e facilita a criação de conhecimento, o bem mais apreciado nesta época. A inovação é vista como uma vantagem competitiva pelas organizações e, consequentemente, investimentos em pesquisa e desenvolvimento de produtos são realizados, para se criar conhecimento, o principal insumo do processo de inovação. A inovação sustenta-se em elementos como criatividade, mas também necessita de uma base de conhecimento prévio principalmente tácito, e da pesquisa científica, que vai atuar como um catalisador para ampliar os horizontes e quebrar paradigmas estabelecidos. Esses elementos são críticos para o sucesso do processo inovador. A qualidade de uma inovação depende da qualidade das ideias que estão na origem da inovação. A inovação pode ser desenvolvida quando: • Envolve criação de valor antes que criação de novos produtos. A inovação só é importante quando cria valor para os clientes, e, portanto para a empresa, sendo que a criação de “novos produtos” não basta por si só. • Tem muitas formas, sendo que pode ocorrer nos produtos, nos processos, na experiência do cliente, entre outras. 7 Os avanços tecnológicos, cada vez mais frequentes e contínuos na sociedade do conhecimento, favorecem a troca de informações e socialização do conhecimento, possibilitando uma maior geração de inovações e desenvolvimento econômico nos países com um adequado nível de acesso à tecnologia e à ciência. Assim, torna-se imprescindível a ação do estado como agente ativo visando dois objetivos. • A democratização da informação, colocando as tecnológicas ao serviço das comunidades, fomentando a inclusão, e em geral, criando oportunidades de desenvolvimento homogêneas na população. • O estado deve fomentar a pesquisa tecnológica, entendida como processo criador de conhecimento, o qual constitui o fator estratégico de desenvolvimento e poder na atualidade. Os países e em geral, as organizações melhor sucedidas, são aquelas que inovam. Tanto no âmbito social quanto no âmbito econômico, as inovações são criadas a partir das interações sociais, quando o conhecimento apropriado pelos agentes individuais interage num domínio de conhecimento específico, seja organizacional ou social. Vamos participar do estudo de nossa unidade para percebermos a importância da inovação nos processos e tecnologias que envolvem tecnologia da informação tanto em sistemas quanto em sua infraestrutura. 8 Unidade: Sistemas Integrados de Gestão Sistemas Integrados de Gestão Conforme Borges et al. (2005,5), SIG - Sistemas Integrados de Gestão são conjuntos de sistemas que atendem a várias áreas administrativas e funcionais de uma empresa/organização ao mesmo tempo em que integram essas áreas entre si. Os Sistemas Integrados de Gestão, também conhecidos pela sigla ERP (Enterprise Resource Planning) em inglês, evoluíram dos sistemas de MRP e MRP II da década de 60 e 70. Inicialmente, com ênfase na parte fabril e de manufatura, hoje em dia os ERP’s podem ser aplicados em qualquer tipo de empresa: indústria, serviços, comércio, ONG’s e até governamentais. Nos sistemas ERP, as funções que atendem a uma área também colhem dados e informações que serão úteis a outras áreas. Por exemplo, a parte do sistema que atende a área de compras atende os requisitos de cadastro de fornecedores, relaciona os fornecedores com os materiais/produtos que eles fornecem, registra as operações de cotação e seleção do fornecedor vencedor da compra ao mesmo tempo em que colhe informações que serão utilizadas pelo módulo de estoques, pelo módulo financeiro (contas a pagar) e até com a contabilidade (contabilidade de custos, despesas, estoques, etc). Os sistemas ERP, hoje em dia, estão bem mais acessíveis e as pequenas e médias empresas já podem adotar essa tecnologia. Há10 anos, os sistemas ERP ainda não tinham a maturidade que têm hoje e as necessidades de ajustes e adaptação às realidades das empresas usuárias era tão grande que tais necessidades resultavam num custo muito alto, inviabilizando o ERP para pequenas empresas. Hoje, com a tecnologia avançada de construção de software, com a parametrização e possibilidade de adequação do sistema as peculiaridades da empresa sem a necessidade de reprogramar o sistema, os ERPs ficaram mais baratos. Veríssimo (2007) explica que, a gestão precisa estar alinhada a vários princípios, com boas práticas, ética, sustentabilidade, transparência, confiabilidade, rapidez, eficiência, responsabilidade socioambiental econômica e tributária e — o mais importante do ponto de vista do mercado de tecnologia e gestão de TI — Governança Corporativa. Para se enquadrar em padrões de gestão que garantam a aprovação de um IPO, é necessário estar ajustado às práticas de Governança Corporativa, através de modelos internacionais com a Lei Sarbanes-Oxley (SOX) e práticas como ITIL e CobiT. Na maioria das vezes, as empresas precisam mapear processos e gerenciar projetos de melhoria para ajustar operações ao nível exigido para a aprovação. O Sarbanes- Oxley Act (SOA) e os futuros requerimentos dos padrões internacionais de contabilidade (IAS) exigem das companhias um enfoque mais rigoroso em relação ao controle interno nos processos de auditoria. Sem uma gestão apoiada em uma ferramenta de gestão integrada de sistemas e um sistema de trabalho / produção (processo) muito bem alinhada e enxuta, as empresas raramente conseguem enquadrar-se nos padrões mínimos de exigência. Mendes e Escrivão filho (2002, 278) dizem que ao adotar um ERP, o objetivo básico não é colocar o software em produção, mas melhorar os processos de negócios usando tecnologia da informação. Mais do que uma mudança de tecnologia, a adoção desses sistemas implica um processo de mudança organizacional. BORGES et al. (2005, 5) 9 Enterprise Resourcing Planing deve integrar o sistema fluido de informações que cruzam toda a empresa através dos processos obedecendo à lógica, os ativos organizacionais e a cultura empresarial em vigor. Tabela 1 – ERPs caracterização Fonte: Mendes e Escrivão filho (2002) Informação Portanto, podemos observar perante à tabela apresentada que devemos antes de adotar um ERP realizarmos uma análise profunda dos processos empresariais pois com certeza precisa- rão sofrer atualizações, alterações e em alguns casos recriar conforme os desejos da direção da empresa e estratégias. 10 Unidade: Sistemas Integrados de Gestão Assim sendo, é necessária a conferência da existência das funcionalidades desejadas, pois em alguns casos deverão sofrer adaptações para atender a empresa. Por vezes, isso pode impactar no incremento do custo da implantação, além do quê, sempre haverá a necessidade da capacitação dos usuários e do pessoal de TI que deverá prestar o suporte de primeiro nível. Tabela 2 – Características importantes para o êxito na implementação de um Enterprise Resourcing Planning. Fonte: Mendes e Escrivão filho (2002) Conforme o blog da Universidade Federal do Rio de Janeiro, Inove (2009) apud Veras (2009), a inovação é a introdução de algo novo em qualquer atividade humana. É vetor de desenvolvimento humano e melhoria da qualidade de vida. Em uma empresa, inovar significa A inovação pode ser de dois tipos, produto ou processos e faz parte da chamada inovação tecnológica, nosso foco de estudo. Fundamentos Inovação 11 Produto: Inove (2009) apud Veras (2009) descreve como sendo a introdução de um novo bem ou serviço no mercado. A mudança substancial de um bem ou serviço já existente também é considerado Inovação de Produto. Para que um bem ou um serviço seja reconhecido como inovador, é necessário que o mercado o acolha e passe a utilizá-lo. Portanto, é o volume de compras pelo mercado que define se um produto é inovador ou não. O simples lançamento de um produto novo, mesmo que tenha patente concedida, não significa que a empresa inovou. Processos: Inove (2009) apud Veras (2009) define com sendo a introdução de um novo método de produção ou de distribuição, ou significativamente melhorados. A inovação de processos pode viabilizar a fabricação e distribuição de produtos novos, a redução de custos de produção e logística e melhoria na qualidade de produtos já existentes. Veras (2009) escreve que outros tipos de inovação dizem respeito à atuação da empresa em busca de perenização e sobrevivência no mercado em que atua, Marketing: Para Inove (2009) apud Veras (2009) é a implementação de um novo método de marketing na empresa. Esse novo plano mercadológico deve alterar significativamente a concepção do produto, identidade visual (embalagem etc.) e forma de comercialização (promoção, precificação etc.). Organizacional: Inove (2009) apud Veras (2009) descrevem com sendo a implementação de métodos organizacionais não utilizados anteriormente pela empresa a fim de reduzir custos administrativos e de suprimentos. A Inovação Organizacional é de caráter administrativo, de gestão de pessoas e de gestão da organização. Os 4 tipos acima possuem também: Novidade - Inove (2009) apud Veras (2009) escreve que no caso das Inovações Tecnológicas, é preciso um produto ou processo novo, ou pelo menos, substancialmente, modificados se existente anteriormente. Ganho - Qualquer tipo de inovação conforme Inove (2009) apud Veras (2009), deve, forçosamente, trazer ganhos para a empresa, como aumento de vendas, rentabilidade, redução de custos, aumento do portfólio de produtos, diversificação de mercado e mais competitividade. Inovação para o mercado ou para a empresa – Para Inove (2009) apud Veras (2009) é possível inovar para o mercado e/ou para a empresa. O produto é novo para o mercado quando é uma absoluta novidade, ou seja, o primeiro para os consumidores. Quanto ao impacto da inovação, podemos situá-lo em dois parâmetros: 12 Unidade: Sistemas Integrados de Gestão Inovação Incremental: Reflete pequenas melhorias contínuas em produtos ou em linhas de produtos. Geralmente, representam pequenos avanços nos benefícios percebidos pelo consumidor e não modifica de forma expressiva a forma como o produto é consumido ou o modelo de negócio. Exemplo: evolução do CD comum para CD duplo, com capacidade de armazenar o dobro de faixas musicais. Inovação Radical: Representa uma mudança drástica na maneira que o produto ou serviço é consumido. Geralmente, traz um novo paradigma ao segmento de mercado, que modifica o modelo de negócios vigente. Exemplo: evolução do CD de música para os arquivos digitais em MP3. Atualmente, inovações radicais são produzidas por software de forma geral, utilizando. Segundo Giget (1997), a inovação não pode ser considerada o resultado de um processo linear, que inicia com a pesquisa básica, passa pela pesquisa aplicada e termina com o desenvolvimento de um novo produto ou processo que é ofertado ao mercado. Figura 1: O diamante da Inovação Fonte: Veras (2009) apud GIGET (1997), M. Technology, innovation and strategy. International Journal of Technology Management 13 Para a tecnologia da informação de uma organização, a gestão da infraestrutura trata da gestão dos componentes essenciais para sua operação, tais como políticas, processos, equipamentos, dados, recursos humanos, e os contatos externos para a sua eficácia global. Gestão de infraestrutura é dividida em categorias de gerenciamento de: • sistemas; • rede; e • armazenamento. Com isso, produtos de gerenciamento de infraestrutura estão disponíveis a partir de um número de fornecedores como, por exemplo, a HP-Hewlett-Packard, DELL, IBM, Microsoft e Oracle. Entre outros fins, a gestão de infraestrutura visa: • Reduzira duplicação de esforços. • Garantir a adesão aos padrões. • Melhorar o fluxo de informações em todo um sistema de informação. • Promover a adaptabilidade necessária para um ambiente mutável. • Garantir a interoperabilidade entre as entidades organizacionais e as entidades externas. • Manter eficaz a mudança de gestão de políticas e práticas. Apesar de todas as atividades comerciais dependerem da infraestrutura, planejamento e projetos para garantir a sua gestão efetiva, é normalmente desvalorizada ou posta em um segundo plano, em detrimento da organização. A Infraestrutura de TI fornece a fundação para servir os clientes, trabalhando com fornecedores e gerenciamento de processos de negócios. Ele define as capacidades da empresa hoje e no futuro próximo. Figura 2: Conexão entre a empresa, os recursos de ti, infraestrutura e business. Fonte: http://intranet.ibat.ie/ Fundamentos de Infraestrutura de TI 14 Unidade: Sistemas Integrados de Gestão Os serviços que uma empresa é capaz de fornecer aos seus clientes, fornecedores e funcionários é uma função direta de sua infraestrutura de TI. Idealmente, essa infraestrutura deve suportar os negócios da empresa e estratégia de sistemas de informação. Novas tecnologias da informação têm um forte impacto sobre negócios e estratégias de TI, bem como os serviços que podem ser prestados aos clientes. Infraestrutura pode ser vista como a tecnologia ou como grupos de serviços. Podemos entender como serviços, “aquilo” prestado pelo hardware e software, plataformas de computação, telecomunicações, gerenciamento de instalações físicas, software de aplicação, gerenciamento de dados, gestão de TI, padrões de TI, TI educação, treinamento, pesquisa e desenvolvimento. A infraestrutura vista como uma perspectiva de plataforma de serviços destaca o valor para o negócio fornecido. Figura 3: Histórico evolucionário da Infraestrutura de TI Fonte: http://intranet.ibat.ie/ 15 Podemos perceber 5 estágios na evolução da infraestrutura. Na primeira figura, vemos um conceito típico da máquina eletrônica de contabilidade entre os anos 30 e 50 do século XX, que era a utilização de grandes máquinas pesadas com software residente no hardware para classificação, inclusão, e comunicação de dados. Na figura seguinte, vemos grandes máquinas, de propósito geral, conhecidas como mainframes e mais adiante microcomputadores iniciados no final da década de 50 do século passado vigente até os dias de hoje. Os mainframes foram os primeiros computadores poderosos que poderiam fornecer compartilhamento de tempo, multitarefa e memória virtual, e com poder suficiente para suportar milhares de terminais remotos. A era do mainframe foi um período de computação altamente centralizado controlado por programadores e operadores de sistemas. Minicomputadores poderosos e mais baratos começaram a mudar esse padrão, permitindo a computação descentralizada customizável para departamentos ou unidades de negócios. A terceira figura mostra um computador pessoal, cujo início remonta os anos 80 do século passado com o PC da IBM amplamente utilizado pelas empresas americanas. Foram criados para serem sistemas autônomos, somente na década de 90 é que puderam ser conectados em rede. A quarta figura refere-se à era cliente/servidor, em computação, computadores que usam dados do computador servidor são conhecidos como clientes e estão em rede. Esses servidores proveem aos clientes, com serviços e capacidades. O trabalho de processamento do computador é dividido entre estes dois tipos de máquinas. O cliente é o ponto de entrada do usuário, enquanto o servidor normalmente processa e armazena dados compartilhados, serve páginas da Web ou gerencia as atividades de rede. O termo servidor refere-se tanto à aplicação de software quanto ao computador físico no qual o software de rede é executado. O servidor pode ser um mainframe, mas servidores hoje, normalmente, são versões mais poderosas de computadores pessoais. Distribuir o trabalho, através de uma série de pequenas máquinas baratas, custa muito menos do que os minicomputadores ou mainframes. Por fim, a última figura mostra que em uma rede cliente/servidor com várias camadas, pedidos de clientes para o serviço são manipulados por diferentes níveis de servidores. A partir daí podemos imaginar uma variação dessa figura que seria o que chamamos de modelo empresa da internet que usa a tecnologia de rede para internet como o TCP/IP que permite as empresas vincular diferentes dispositivos e também as redes locais LANs. Ambientes computacionais integrados permitem reunir e distribuir muito mais rápido os dados. Há cinco características importantes de tecnologia da informação, hoje, que atuam como direcionadores à expansão e desenvolvimento de tecnologia. Estes incluem: Lei de Moore e Poder Microprocessamento feita em 65 do século passado diz que o poder de processamento dobra a cada dois anos. Isso foi possível porque em uma CPU construída nos dias de hoje, cabem muito mais transistores que as anteriores fora isso o custo baixou drasticamente, para se ter uma ideia, um processador Intel pode conter até 1 bilhão de transistores, e podem ser fabricados em grandes volumes com transistores que custam menos de 10-4 centavos a unidade. Isso é um pouco menor do que o custo de um caractere impresso num livro. 16 Unidade: Sistemas Integrados de Gestão A utilização no futuro da nanotecnologia que usa átomos e moléculas para criar chips de computador milhares de vezes menores do que as tecnologias atuais permitem. Os nanotubos, que são minúsculos tubos cerca de dez mil vezes mais finos que um cabelo humano, consistem em folhas enroladas de hexágonos de carbono. Foram descobertos na década de 90 do século passado por pesquisadores da NEC, têm: • os usos potenciais como fios minúsculos ou em dispositivos eletrônicos;e • o potencial de servirem como condutores muito poderosos de corrente elétrica. O postulado do armazenamento digital em massa é um tipo de “lei” que demonstra que enquanto a quantidade de informação digital produzida no mundo dobra a cada ano, o custo de armazenamento de informação digital está caindo a uma taxa exponencial. Para termos uma ideia, entre os anos de 80 e 90 do século XX, as capacidades dos discos rígidos para PCs cresceu a uma taxa de 25% de crescimento a cada ano, porém, depois dos anos 90, o crescimento acelerou para mais de 65% a cada ano. Outro fato está associado ao fator custo de armazenamento de dados que vem declinando exponencialmente desde os anos 50 do século XX. Desde o primeiro dispositivo de armazenamento magnético, foi utilizado em 55, o custo de armazenamento de um kilobyte de dados caiu de forma exponencial, dobrando a quantidade de armazenamento digital para cada unidade monetária gasta a cada 15 meses em média. Lei Metcalf e Economia de Rede, na década de 70 esta lei, descrevia que o valor de uma rede crescia exponencialmente conforme ocorria o aumento na adesão à rede. A demanda por tecnologia da informação tem sido impulsionada pelo valor social e de negócios das redes digitais, que rapidamente multiplicaram o número de ligações reais e potenciais entre os membros da rede. Outro fator complementar a lei Metcalf diz respeito aos custos em declínio tanto das comunicações quanto da internet. Uma das razões para o crescimento da população da Internet é o rápido declínio na ligação à Internet e os custos de comunicação em geral. O custo por kilobit de acesso à Internet caíram e modems a cabo agora entregam um kilobit de comunicação por um preço de menos de 2 centavos. Por fim, o fator, normas e efeitos de rede, que são padrões de tecnologia, especificações que estabelecem a compatibilidade dos produtos e a capacidade de se comunicar em uma rede, proporcionar poderosas economias de escala. Algumasdas normas, arquiteturas e empresas importantes que moldaram a infraestrutura de TI incluem ASCII, UNIX, o TCP/IP, Ethernet, Apple, IBM, Microsoft, Intel, o computador pessoal, e a WWW. 17 Embora o custo da computação tenha caído, as despesas de infraestrutura de TI têm crescido devido ao aumento do custo de serviços de computação, softwares, e do aumento da intensidade e sofisticação da computação. Plataformas de telecomunicações e computação têm convergido: no nível do cliente, com a fusão de PDAs e telefones celulares, e no nível do servidor e de rede, com a ascensão da telefonia via Internet. Computação em Grid utiliza os recursos ociosos computacionais separados, os computadores geograficamente distantes para criar um único supercomputador virtual. Nesse processo, um computador servidor quebra de dados e aplicações em pedaços discretos que são divididos entre as máquinas do grid. A computação em grid ofereceu redução de custos, aumentaram a velocidade computacional e agilidade. Computação sob demanda ou computação utilitária, refere-se a empresas que podem atender o pico de demanda de outras pelo poder computacional que possuem e grandes centros de processamento de dados. Isso permite as outras, que usam este serviço, a reduzirem seus investimentos em infraestrutura de TI, investindo apenas em poder de computação, tanto quanto necessário, em média, e pagando por energia adicional. Este acordo oferece às empresas agilidade muito maior e flexibilidade na sua infraestrutura. Computação autonômica é um esforço da indústria para desenvolver sistemas que podem configurar, otimizar, reparar e proteger-se contra invasores e vírus. Software de proteção com atualizações de vírus automáticas é um exemplo de computação autonômica. Computação de Borda é um multi-tier, esquema de balanceamento de carga para aplicações baseadas na Web, em que partes do conteúdo do site e de processamento são executadas por servidores menores e mais econômicos. Em uma computação de borda, o cliente solicita o fornecimento de conteúdo como apresentações estáticas, códigos reutilizáveis, enquanto componentes de lógica de banco de dados e de negócios são entregues pelos servidores localizados na empresa. Empresas implantando centenas ou milhares de servidores, muitas descobriram que estão gastando mais em eletricidade para alimentar e resfriar seus sistemas do que quando adquiriram o hardware. O consumo de energia pode ser reduzido através da virtualização de processadores multicore. Tendências contemporâneas da plataforma de hardware Virtualização é o processo de apresentação de um conjunto de recursos de computação (como poder de computação ou armazenamento de dados), para que possam ser acessados de forma que não se restrinjam a configuração física ou localização geográfica. Virtualização de servidores permite às empresas executarem mais de um sistema operacional ao mesmo tempo em uma única máquina. A maioria dos servidores é executada em apenas 10% a 15% da capacidade, e virtualização pode aumentar as taxas de utilização de utilização do servidor para 70% por cento ou mais. 18 Unidade: Sistemas Integrados de Gestão Um processador de vários núcleos é um circuito integrado que contém dois ou mais processadores. Essa tecnologia permite que os motores de processamento de dois ou mais processadores com as necessidades de energia e dissipação de calor reduzido para realizar tarefas mais rapidamente do que um chip de recursos simples, com um núcleo de processamento. Há cinco grandes temas da evolução contemporânea plataforma de software: • Software de código aberto é um software produzido por uma comunidade de centenas de milhares de programadores ao redor do mundo, e está disponível gratuitamente para ser modificado por usuários, com o mínimo de restrições. A premissa de que software livre é superior à de software comercial baseia-se na capacidade de milhares de programadores modificando e melhorando o software a uma taxa muito mais rápida. Em troca de seu trabalho, os programadores receber prestígio e acesso a uma rede de outros programadores, e adicionais pagos em consultoria e oportunidades de trabalho. O processo de melhoria de software de código aberto é monitorado e auto-organizado por comunidades de programação profissionais. Milhares de programas de código aberto, que vão desde sistemas operacionais até suítes de escritório, estão disponíveis a partir de centenas de sites. Linux, um sistema operacional relacionado com Unix, é um dos mais bem conhecidos softwares de código aberto, e é o S.O. mais rápido do mundo para cliente e servidor. • A ascensão do software de código aberto, particularmente o Linux e as aplicações que ele suporta, tem implicações profundas para plataformas de software corporativos como a redução de custos, confiabilidade e resiliência, e de integração. Por causa de sua confiabilidade, baixo custo e recursos de integração, o Linux tem o potencial de quebrar o monopólio da Microsoft nos computadores desktop. • Java, uma linguagem de programação orientada a objetos, tornou-se o ambiente de programação principal para a Web, e seu uso migrou para telefones celulares, carros, tocadores de música e muito mais. Para cada um dos ambientes de computação em que o Java é utilizado, a Sun criou uma máquina virtual Java que interpreta o código Java de programação para essa máquina. Desta maneira, o código é escrito uma vez e pode ser usado em qualquer máquina para a qual não existe uma máquina virtual Java. Um PC Macintosh, um IBM PC com o Windows, um servidor Sun executando Unix, e até mesmo um telefone celular inteligente ou assistente pessoal digital pode compartilhar o mesmo aplicativo Java, que é normalmente usado para criar programas da Web pequenos chamados applets, mas também é uma linguagem robusta projetada para lidar com textos, dados, gráficos, som e vídeo. Java permite que os usuários de PC manipulem dados em sistemas de rede usando navegadores da Web, reduzindo a necessidade de escrever software especializado. Plataforma de Software e Tecnologias Emergentes 19 • Um navegador da Web é uma ferramenta de software fácil de usar, com uma interface gráfica de usuário para exibir páginas da Web e para acessar a web e outros recursos da Internet. • Software para integração empresarial é uma das prioridades mais urgentes hoje que precisam integrar o software legado existente com a mais recente tecnologia. Substituição dos sistemas isolados que não podem se comunicar com o software da empresa é uma solução, no entanto, muitas empresas não podem simplesmente descartar aplicativos de mainframe legados essenciais. Alguma integração pode ser alcançada por middleware, software que cria uma interface ou uma ponte entre dois sistemas diferentes. 20 Unidade: Sistemas Integrados de Gestão Material Complementar Explore Recomendo a leitura deste texto do governo sobre a inovação no Brasil, disponível em: http://inventta.net/wp-content/uploads/2010/07/Onde-Esta-a-Inovacao-no-Brasil-2007.pdf Explore Selecionei um podcast interessante para você, trata-se de como inovar de forma mais eficaz e potencializar esforços. O primeiro passo é ter as diretrizes claras e que contem com o endosso da alta gestão para, em seguida, sistematizar um processo contínuo de inovação. Em entrevista Bruno Moreira, diretor-executivo da Inventta, faz uma análise objetiva sobre o tema. Acesse o link: http://www.hsm.com.br/audios/gestao-do-processo-de-inovacao Explore Também indico esse material interessantíssimo intitulado: Da Pedra Lascada aos Nanomateriais, disponível no link: http://goo.gl/F48D0 Em meio ao desafio da sobrevivência, grandes empresas de todo o mundo se veem confrontadas com sua capacidade para inovar. É preciso queelas saibam equilibrar processos incrementais, para melhoria de soluções e tecnologias já utilizadas pela organização, e a inovação disruptiva, que origina novos paradigmas. Esse é a nova onda em Inovação Tecnológica, vamos ler em: http://goo.gl/nI3mA 21 Explore Embora as PMEs sejam definidas pela indústria de TI como um setor comedido e cauteloso no que se refere aos investimentos em tecnologia, a crise financeira global gerou um cenário em que essas companhias começam a enxergar oportunidades apoiadas na TI para a manutenção do negócio e o uso de soluções que reduzam os custos. Historicamente, os processos de informatização das pequenas e médias empresas foram caracterizados por promover a automação de maneira incremental, caracterizados por investimentos em uma única área, inicialmente, expandindo para outras em segundo momento. Isso implicava ficar, na maioria das vezes, com inúmeros sistemas incompatíveis entre si. Quer um desafio? Acesse esse link e faça esse curso introdutório grátis patrocinado pela INTEL “Infraestrutura de TI para PMEs”. TI aplicada às PMEs Acesse em: http://www.nextgenerationcenter.com/detalle-curso/Infraestrutura_de_TI_para_PMEs.aspx Nove em cada dez empresas brasileiras são pequenas ou médias. A proporção vale para os países da América Latina. Responsáveis pela maioria dos empregos na região, as PMEs precisam tanto da Tecnologia da Informação quanto as grandes corporações. O que muda é o tamanho do orçamen- to e a capacidade das soluções. Veja como identificar as demandas de TI de uma pequena empresa e as melhores soluções. Aproveite para ampliar ainda mais seus conhecimentos, acesse o link em: http://www.nextgenerationcenter.com/detalle-curso/TI_aplicada_%C3%A0s_PMEs.aspx?PageID=1 22 Unidade: Sistemas Integrados de Gestão Referências BORGES, Tiago Nascimento; PARISI, Cláudio, GIL, Antonio de Loureiro. O Controller como gestor da Tecnologia da Informação - realidade ou ficção? Rev. Adm. Contemp. v.9, n.4. Curitiba. Oct./Dec. 2005. Disponível em: http://redalyc.uaemex.mx/pdf/840/84090407.pdf. Acessado em: 6 jul. 2012. CALLE, G. A. D. DA SILVA, E. L. 2008, Inovação no contexto da sociedade do conhecimento, Revista TEXTOS de la CiberSociedad, 8. Temática Variada. Disponivel em http://www.cibersociedad.net MENDES & ESCRIVÃO FILHO. Sistemas Integrados de Gestão ERP em Pequenas Empresas: Um Confronto Entre O Referencial Teórico e a Prática Empresarial. Revista Gestão e Produção, v.9, n.3, p.277-296, dez. 2002. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/gp/v9n3/14570.pdf Acessado em 06/07/2012 INOVE. O que é Inovação? Universidade Federal do Rio de Janeiro. 2009. Disponível em: http://conhecimentorenovavel.com.br/i9/index.php/2009/06/o-que-e-inovacao/289 Acessado em: 06/08/2012. VERAS, Clarice. O que é inovação? 2009. Disponível em: http://clariceveras.wordpress. com/2009/03/11/o-que-e-inovacao. Acessado em: 08 jul. 2012. 23 Anotações www.cruzeirodosulvirtual.com.br Campus Liberdade Rua Galvão Bueno, 868 CEP 01506-000 São Paulo SP Brasil Tel: (55 11) 3385-3000 Blank Page