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Prof.ª Grazielle Tigre O sistema de divisória com placas de gesso acartonado baseia-se na montagem de perfis de aço galvanizado que são fechados com placas de gesso acartonado. Além de servir como divisórias, este sistema também é utilizado para forros. No Brasil, apesar das placas de gesso acartonado serem comercializadas há mais de 20 anos, somente agora as construtoras começam a empregar com mais intensidade, tanto em ambientes comerciais como em residenciais. Em alguns países o sistema já é de uso corrente, como Estados Unidos, Canadá e França. Resistência mecânica (À abrasão; À cargas provenientes de peças suspensas; À impactos de corpo duro e corpo mole e a cargas verticais Isolação sonora Isolação térmica Resistência ao fogo Resistência à umidade Resistência a agentes químicos De um modo geral, as divisórias de gesso acartonado apresentam as seguintes características: Le ve za • Normalmente possui peso inferior à alvenaria de blocos cerâmicos, o que implica num alívio das cargas geradas na estrutura. Su p e rf íc ie p la n a e d im e n sã o p ad ro n iz ad a • Facilita o recebimento da camada de acabamento final, pois não necessita de camada de regularização M o n ta ge m à s e co • Na instalação dos componentes não ocorre a utilização de material úmido. Uma vez que essa etapa envolve atividades de montagem simples, a mão-de-obra não necessita grande especialização D e sm o n ta b ili d ad e • Possibilidade de ser desmontada 1. Chapas de Gesso acartonado São chapas fabricadas industrialmente mediante um processo de laminação contínua de uma mistura de gesso, água e aditivos entre duas lâminas de cartão. As chapas de gesso devem ser produzidas de acordo com as seguintes normas ABNT: NBR 14715; NBR 14716 e NBR 14717 1. Chapas de Gesso acartonado Dentre as tipologias das placas comumente utilizadas têm-se: • Standard (ST): utilizada em áreas secas, sem necessidades específicas; • Resistente à Umidade (RU): utilizadas em áreas sujeitas à umidade de forma intermitente e por tempo limitado; • Resistente ao Fogo (RF): utilizadas em áreas com pouca presença de umidade e com exigências especiais em relação ao fogo. 2. Perfis metálicos São fabricados industrialmente mediante um processo de conformação contínua a frio, por sequência de rolos a partir de chapas de aço revestidas com zinco (galvanização). O aço é um material constituído basicamente por ferro e carbono A galvanização atua como uma camada que separa o AÇO do contato direto com o meio ambiente. É constituída por uma camada de ZINCO que oxida-se no lugar do AÇO, já que o ZINCO é um metal mais ativo que o FERRO do ponto de vista eletroquímico. Maior proteção das peças! 3. Fixação (parafusos e buchas) Fixação dos componentes dos sistemas Drywall: • Fixação dos perfis metálicos entre si (metal/metal) • Fixação das chapas de gesso sobre os perfis metálicos (chapa/metal). 4. Massa para juntas e massa para colagem • As massas para juntas são utilizadas no: – tratamento das juntas entre as chapas de gesso – tratamento dos encontros entre as chapas e o suporte (alvenaria ou estrutura de concreto) – tratamento das cabeças dos parafusos. • Essas massas são utilizadas juntamente com fitas apropriadas A utilização das massas e fitas de rejunte assegura o acabamento sem trincas! 4. Massa para juntas e massa para colagem As massas para colagem são produtos específicos para fixação das chapas de gesso diretamente sobre o suporte (alvenaria ou estrutura de concreto) e para pequenos reparos nas chapas. 4. Massa para juntas e massa para colagem 5. Fita São componentes utilizados para o acabamento e para melhorar o desempenho do sistema drywall. 6. Acessórios Normalmente são utilizadas para a sustentação mecânica dos sistemas. 7. Lã mineral • São materiais constituídos de lã de vidro ou lã de rocha, a serem instalados: – entre as chapas de gesso – nos forros sobre as chapas de gesso 8. Ferramentas Para a montagem do sistema em gesso acartonado, são necessárias ferramentas apropriadas: 1 – locação da parede – Realizar com trena, prumo ou laser a correta localização das guias e dos pontos de referência dos vãos de portas, que devem ser devidamente pré-definidos no projeto. 2, 3 - Marcação da posição das guias – Utiliza-se um cordão para marcação da posição das guias. 4 - Corte das guias - tesoura para corte de perfis metálicos. 5 - Colocação da fita de absorção de vibrações nas guias - A fita de isolamento é imprescindível para assegurar um melhor desempenho acústico das paredes. 6 - Fixação das guias no piso - A fixação deverá ser feita no máximo a cada 1m sendo que nas aberturas de vãos de portas deve ser feita uma em cada extremidade. (O piso deve estar nivelado e acabado) 7-Colocação dos montantes perimetrais - Observar as mesmas recomendações para fixação das guias: espaçamento entre fixações, colocação da fita de isolamento, etc. 8 - Fixação das guias na laje superior - Observar o correto alinhamento da guia superior (laje) com a guia inferior (piso). 9 - Colocação dos montantes nas guias 10,11 - Fixação dos montantes nas guias junto ao piso e à laje superior - As guias de aberturas (portas) devem ter um comprimento de aprox. 20 cm a mais. Este comprimento adicional deve ser dobrado, remontando sobre o montante. 12 - Preparação da abertura de porta - Na parte superior da porta deve ser colocada uma guia com aproximadamente 20 cm a mais de cada lado, que será dobrada, remontada e fixada sobre os montantes laterais. 13 - Colocação de perfil auxiliar para abertura de portas - Nas aberturas de portas, deve ser feito um reforço, utilizando-se montantes duplos. OBS: Caso seja necessária a utilização de montantes duplos, estes podem ser em forma de caixão ou em H. 14 - Fixação das chapas na estrutura - As chapas serão fixadas na estrutura por meio dos parafusos específicos. 15 -Colocação das instalações elétricas e Hidráulicas - Após ser efetuado o chapeamento de um dos lados da parede, podem ser realizadas as instalações elétricas, hidráulicas, de telefonia. 16 - Instalação de lã mineral - As lãs minerais devem ser colocadas no interior das paredes sempre com o uso de luvas e máscara. 17 - Marcação das chapas de gesso - Marcar com lápis de carpinteiro, na frente da chapa, o local que a chapa deve ser cortada. 18 - Corte da chapa - Depois de marcada, com uma régua ou um perfil, passar o estilete pressionando. 19 - Dobra da chapa - Apoiar a chapa em uma superfície plana e com leve torção no sentido contrário ao do corte, quebrar a chapa. 20 - Finalização do corte - Virar a chapa no sentido contrário ao do corte e, com o estilete, cortar o cartão do verso da chapa. 21 e 22 - Fechamento da parede - Após todas as instalações efetuadas, fechar a parede. As juntas verticais entre as chapas devem ser feitas sempre sobre os montantes. Em caso de juntas horizontais, estas devem ser desencontradas. 23, 24 e 25 - Instalação de caixa de luz. – Com auxílio de uma serra- copo, furar a chapa de gesso no local em que será instalada a caixa de luz. Ajustar o furo com um serrote de ponta para o formato exato da caixa de luz e instalá-la. 26 - Tratamento de juntas - Aplicar com uma desempenadeira uma primeira camada de massa ao longoda junta. 27 - Colocação da fita - Colocar a fita sobre o eixo da junta. Com o auxílio de uma espátula pressionar firmemente a fita sobre a primeira camada de massa. 28 - Finalização do tratamento de juntas - Aplicar as demais camadas de massa com o auxílio de uma desempenadeira, deixando um acabamento uniforme. A fixação de cargas é feitas com BUCHAS com o auxílio de suporte metálico e de plástico: COM AUXÍLIO DE SUPORTE METÁLICO Fixar o suporte de carga nos montantes na altura determinada em projeto. Perfurar as chapas de gesso e o suporte com uma broca apropriada ao diâmetro da bucha. COM AUXÍLIO DE SUPORTE DE PLÁSTICO Perfurar a chapa de gesso com furador manual ou uma parafusadeira. Inserir a bucha no furo, certificando-se que a mesma atravesse por completo a chapa de gesso. Após o posicionamento da bucha, quebrar as hastes deixando a bucha pronta para utilização. Introduza o parafuso na bucha e aparafuse, fixando a carga convenientemente. 1. Lixamento das juntas - eliminando rebarbas ou saliências; 2. Aplicação da massa corrida ou PVA; 3. Lixamento - Após a secagem completa, lixar toda a superfície da parede onde foi aplicada a massa corrida; 4. Pintura • Paredes em drywall instalados em áreas sujeita a umidade (banheiros, cozinhas e áreas de serviço) exigem impermeabilização para evitar que o eventual contato com água empoçada danifique as chapas de gesso. • Chapas RU (Resistentes à Umidade) – embora resistam à umidade e a respingos, não são impermeáveis e, por isso, devem ter o devido tratamento. • O rodapé das áreas úmidas deve receber tratamento, o qual deve ser iniciado no piso e subindo pela parede em até pelo menos 20 cm de altura. Feita a impermeabilização, a divisória pode receber qualquer tipo de acabamento, como cerâmica, pastilhas, mármore, granito, pintura à base de resina epóxi, etc. Não há qualquer risco em utilizar o sistema drywall em áreas úmidas, desde que se tomem os cuidados essenciais de impermeabilização. Resistência mecânica • As paredes de gesso acartonado são adaptáveis a qualquer tipo de estrutura: madeira, concreto ou aço e podem atender a qualquer pé direito. Aceitam a fixação de qualquer tipo de objeto. Isolamento Térmico • O espaço interno das paredes de gesso acartonado permite a colocação de lã mineral reforçando a isolamento térmico. Isolamento acústico • O desempenho acústico atende as mais exigentes especificações, podendo ser melhorado, acrescentando- se mais placas ou lã mineral no seu interior. Resistência a fogo • Graças à característica das placas de gesso acartonado as paredes neste material têm excelente desempenho quanto a resistência ao fogo podendo ser melhorado com as placas específicas (resistentes ao fogo). GESSO ACARTONADO PROJETO • Posicionamento das guias e montantes • Elevação das divisórias com a localização das • Instalações hidráulicas e elétricas • Detalhes executivos como junção de divisórias • Detalhe de impermeabilização de ambientes molháveis Grande agilidade para montagem e execução; Acessos facilitados para eventuais reparos nas redes elétricas e hidrosanitárias); Flexibilidade, no caso de mudanças de layout Confere maior leveza à estrutura Bom desempenho térmico Bom desempenho acústico Limitação de uso em relação às condições ambientais; O custo para pequenas obras é maior, se comparado ao da alvenaria convencional; Requer uma mão de obra mais qualificada; Cuidados especiais no transporte das placas;
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