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Aula 7B Metais de Transicão

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METAIS DE TRANSIÇÃO E SEUS ÍONS 
 
 Página 1 
 
 
Os elementos de transição ou metais de transição são definidos como sendo 
elementos que formam ao menos um íon que tenha um orbital d incompleto. 
 
O preenchimento dos níveis eletrônicos 3d, 4d e 5d forma três séries de 
elementos que, em conjunto, constituem os elementos do bloco d. São 
conhecidos como elementos de transição externa, ou somente elementos de 
transição, porque suas propriedades são geralmente intermediárias entre os 
elementos metálicos dos blocos s e os elementos não-metálicos dos blocos p. 
 
Nos blocos s e p, os elétrons vão sendo adicionados ao nível eletrônico mais 
externo do átomo. Já no bloco d, os elétrons vão sendo adicionados ao 
penúltimo nível, expandindo-se de 8 até 18 elétrons. 
 
Uma característica marcante dos elementos do bloco d é apresentar um 
subnível d apenas parcialmente preenchido, com exceção do Pd, Cu, Ag, Au, 
Zn, Cd e Hg, que apresentam um subnível d completo com 10 elétrons. Isso, 
no entanto, confere aos compostos desses elementos diferenças em relação 
aos outros. 
 
Os elementos da série lantanoides e actinoides, aqueles que apresentam ao 
menos um orbital f incompleto, também são considerados elementos de 
transição. 
 
Desses elementos, aqueles que se encontram no bloco d são chamados de 
elementos de transição externa ou, mais freqüentemente, elementos de 
transição; e os do bloco f, de elementos de transição interna. 
 
Portanto, os elementos de transição são os do bloco d e os do bloco f, e estão 
situados na tabela periódica entre os elementos do bloco s e os elementos do 
bloco p, porém com algumas exceções. 
 
METAIS DE TRANSIÇÃO E SEUS ÍONS 
 
 Página 2 
 
Os elementos de transição interna, os lantanoides, são os que vão desde o 
número atômico 57 até o 71, e os actinídeos são os elementos que vão desde 
o número atômico 89 até o 103. 
 
As propriedades químicas de um elemento dependem, em grande parte, de 
como estão situados os seus elétrons nos níveis de energia mais externos, ou 
seja, a camada de valência. Por isso, os elementos de transição apresentam 
certa semelhança entre si, ainda que se diferenciem dos lantanídeos e 
actinídeos. 
 
 
1 - PROPRIEDADES GERAIS DOS METAIS DE TRANSIÇÃO 
 
1.1 - Propriedades físicas 
 
Os elementos de transição exibem propriedades físicas tipicamente metálicas: 
alta refletividade, brilho metálico prateado ou dourado e elevada condutividade 
térmica e elétrica. 
 
Embora a dureza e os pontos de fusão dos metais de transição variem 
amplamente, esses elementos geralmente possuem tendência a serem mais 
duros e a se fundir a temperaturas mais altas do que os metais alcalinos e 
alcalinoterrosos. 
 
A força e a estabilidade de seus retículos cristalinos sugerem que a ligação 
metálica nos sólidos seja complementada por considerável ligação covalente, 
possível devido à presença de orbitais d parcialmente preenchidos de átomos 
metálicos adjacentes. 
 
As densidades altas são resultantes de elevadas massas atômicas, volumes 
atômicos pequenos e de um empacotamento compacto na formação do retículo 
cristalino. 
 
 
METAIS DE TRANSIÇÃO E SEUS ÍONS 
 
 Página 3 
 
1.2 - Propriedades químicas 
 
A localização dos metais de transição na tabela periódica deve-se ao 
preenchimento dos subníveis d. Entretanto, quando esses metais são 
oxidados, perdem seus elétrons s mais externos antes de perder os elétrons do 
subnível d. 
 
Muitos íons dos metais de transição contêm subníveis s parcialmente 
ocupados. A existência desses elétrons d é parcialmente responsável por 
várias características dos metais de transição, por exemplo: 
 
 geralmente exibem mais de um estado de oxidação estável; 
 muitas de suas substâncias são coloridas; 
 metais de transição e suas substâncias exibem propriedades magnéticas 
interessantes e importantes. 
 
 
De forma geral, os estados de oxidação máximos são encontrados apenas 
quando os metais estão combinados com os elementos mais eletronegativos, 
como por exemplo o oxigênio, o flúor e o cloro. 
 
A maior parte dos metais de transição não reage facilmente com gases 
comuns, ou líquidos, a temperatura ambiente. Em muitos casos essa 
reatividade aparentemente baixa é resultante da formação de uma fina camada 
protetora constituída de um produto de reação. Por exemplo, muitos desses 
metais, quando expostos ao ar, formam uma camada protetora de óxido ou 
nitreto, a qual não somente impede reação posterior com o ar, como também 
retarda reações com outras substâncias. 
 
Portanto, nota-se que um aspecto importante dos metais de transição é a 
existência de diversos estados de oxidação de seus elementos. Isso porque 
ocorre a promoção de elétrons de subníveis s ou p para um subnível d. Nos 
elementos do bloco d, o penúltimo nível eletrônico se expande. Assim, eles 
METAIS DE TRANSIÇÃO E SEUS ÍONS 
 
 Página 4 
 
apresentam muitas propriedades físicas e químicas comuns. Por exemplo, 
todos os elementos de transição são metais. Portanto, são bons condutores de 
eletricidade e de calor, apresentam brilho metálico, são duros, fortes e dúcteis. 
Formam também ligas com outros metais. 
 
 
2 – FORMAÇÃO DE ÍONS COMPLEXOS 
 
Em grande extensão, a química dos metais de transição é dominada pela 
tendência à formação de íons complexos, tanto em solução como no estado 
sólido, onde muitos desses apresentam cores fortes. 
 
Os elementos de transição apresentam uma grande tendência a formar 
compostos de coordenação com bases de Lewis, isto é, com grupos capazes 
de doar um par eletrônico. Esses grupos, que chamamos de ligantes, podem 
ser moléculas ou íons. 
 
Essa capacidade excepcional dos elementos do bloco d para formarem 
complexos está relacionada com o fato de formarem íons pequenos com carga 
elevada, contendo orbitais vazios de baixa energia, capazes de receber pares 
de elétrons dos grupos ligantes. 
 
 
3 - ALGUNS METAIS DE TRANSIÇÃO 
 
3.1 - Grupo 3 
 
ESCÂNDIO 
Elemento de transição do grupo das terras-raras, o escândio é um metal 
branco-prateado, relativamente mole. O metal propriamente dito só foi 
preparado em 1938, pela eletrólise de uma mistura eutética de cloretos de 
potássio, lítio e escândio, isto é, uma mistura desses três componentes e que 
possui o mais baixo ponto de fusão possível. O escândio natural é composto de 
um único isótopo. 
METAIS DE TRANSIÇÃO E SEUS ÍONS 
 
 Página 5 
 
 
 
Figura 1: Escândio 
 
A abundância cósmica do escândio é relativamente alta. Apesar de ser o 23° 
elemento mais abundante no Sol, ele é o 50° elemento mais abundante na 
crosta terrestre. 
 
O escândio é encontrado em maior ou menor proporção em todas as jazidas de 
terras-raras, na Escandinávia, no Brasil, na Índia etc., e em muitos minérios de 
estanho e tungstênio. Entretanto, muito pouco escândio é encontrado nos 
minérios de terras-raras. 
 
O escândio aparece quase sempre como subproduto da fissão nuclear, a maior 
parte do escândio produzido comercialmente o é como subproduto do 
processamento de urânio. Nesses casos, o teor de Sc pode chegar a 5 ppm 
nas soluções contendo urânio, de onde é obtido. 
 
Ele pode ser obtido a partir das terras-raras pela precipitação do sulfato de 
potássio e escândio, que é muito pouco solúvel em água, ou pela extração do 
tiocianato de escândio com dietiléter. 
 
A baixa densidade do metal e seu alto ponto de fusão sugerem que o mesmo 
pode ser útil no preparo de ligas para a fabricação de peças metálicas leves, 
isto é, de baixa densidade. Como pode ser visualisado nafigura 2. 
 
Quando irradiado por uma fonte de nêutrons, o escândio passa a emitir uma 
radiação com 85 dias de meia-vida, abrindo a possibilidade do seu uso em 
radioterapia. 
 
METAIS DE TRANSIÇÃO E SEUS ÍONS 
 
 Página 6 
 
 
Figura 2: Uso do escândio em ligas metálicas de baixa densidade 
 
Quando o iodeto de escândio é adicionado ao mercúrio das lâmpadas de vapor 
de mercúrio, pode-se conseguir uma fonte de luz de alta eficiência e que 
assemelha-se à luz solar. 
 
Um importante uso que pode vir a surgir será o emprego de Sc em células de 
combustível, ainda em desenvolvimento. Outro uso interessante do escândio 
que está surgindo é na fabricação de lâmpadas de arco contendo uma mistura 
de iodetos de escândio; tal lâmpada emite radiação também na região do 
ultravioleta (UV) que pode ser empregada para a cura de certas misturas 
especiais. 
 
 
3.2 - Grupo 4 
 
TITÂNIO 
A configuração eletrônica do titânio é [Ar]3d24s2. O Ti está presente em 
meteoritos, em espectros de estrelas e no Sol. É o nono elemento em 
abundância na crosta terrestre. Está quase sempre presente em rochas ígneas. 
Ocorre em minerais como rutilo, ilmenita, titanita (esfeno), anastásio, perovskita 
etc., e em muitos outros minérios. 
 
O titânio é um metal branco prateado que resiste bem à corrosão, quando está 
puro, ele é lustroso e de brilho metálico. É excepcionalmente duro, tem alta 
resistência mecânica, baixa densidade - 4,5 g.cm-3 - e um grande número de 
aplicações em motores de avião a jato, foguetes, aeronaves, veículos espaciais 
METAIS DE TRANSIÇÃO E SEUS ÍONS 
 
 Página 7 
 
e em próteses usadas em Medicina. É também utilizado onde uma elevada 
resistência à corrosão é necessária. 
 
O Ti é o único elemento que queima em nitrogênio. Quando exposto ao ar, 
forma uma camada autoprotetora de óxido e nitreto. O titânio forma 
substâncias em estados de oxidação Ti2+, Ti3+ e Ti4+. O óxido de titânio (IV), 
TiO2, comumente chamado de dióxido de titânio, é um sólido branco utilizado 
como pigmento em tintas, plásticos e outros materiais. 
 
O titânio pode ser obtido comercialmente pela redução do TiCl4 pelo magnésio 
metálico, conhecido como processo Kroll, que ainda é um método muito 
empregado hoje em dia. Um metal mais puro pode ser obtido pela 
decomposição térmica do seu iodeto. 
 
Seus compostos são encontrados em cinzas de carvão, em plantas e no corpo 
humano. Não há indícios de que o titânio seja tóxico ao ser humano; assim, por 
ser biocompatível, ele e suas ligas são usados em próteses diversas. 
 
A ilmenita, do qual é obtida a maior parte do titânio, é um minério preto 
composto de óxidos de ferro e titâno, FeTiO3. O rutilo é um óxido de titânio, 
TiO2, e dos três óxidos de titânio (rutilo, anatásio e brookita), ele é o mais 
abundante. 
 
Seus cristais são marrom-avermelhados ou vermelhos e são comercializados 
como pedras semipreciosas. O quartzo pode conter rutilo, formando lindos 
cristais de quartzo rutilados usados como jóias. 
 
Ti é forte como o ferro, mas é 45% mais leve. Por outro lado, ele é 60% mais 
pesado do que o alumínio, mas é cerca de duas vezes mais forte, isto é, mais 
resistente à deformação mecânica. As ligas de titânio com alumínio, 
molibdênio, manganês, vanádio ou ferro, têm grande interesse industrial. Elas 
são muito usadas principalmente em aeronaves e mísseis, quando se deseja 
leveza e resistência às temperaturas extremas. 
 
METAIS DE TRANSIÇÃO E SEUS ÍONS 
 
 Página 8 
 
O uso de suas ligas em bijuterias, relógios, raquetes de tênis, laptops, 
bicicletas, óculos etc., está se tornando cada vez mais freqüente. Entre seus 
compostos, o de maior uso, cerca de 95% é o dióxido de titânio, TiO2, utilisado 
na fabricação de tintas, especialmente nas brancas, para edificações e também 
para uso artístico, não só pela sua estabilidade, mas principalmente pelo seu 
poder de cobertura. Também encontramos o dióxido de titânio em papéis, 
pastas de dente, plásticos etc. Por sua vez o TiCl4 tem sido usado para se 
escrever no céu com aviões e na fabricação de bombas de fumaça. 
 
 
3.3 - Grupo 5 
 
VANÁDIO 
A configuração eletrônica do vanádio é [Ar]3d34s2. O vanádio, um elemento d3, 
forma substâncias em estados de oxidação V2+, V3+, V4+ e V5+. Óxidos e 
haletos encontram-se representados na maior parte desses estados de 
oxidação. 
 
O vanádio é muito duro, tem grande resistência mecânica e à corrosão, além 
de ser mais denso que o titânio. O vanádio com boa pureza pode ser obtido 
pela redução do VCl2 com hidrogênio e pela redução do pentóxido de vanádio, 
V2O5, com o cálcio. O vanádio é muito usado em ligas de ferro, denominadas 
ligas ferrovanádio, às quais confere resistência e ductibilidade. 
 
O vanádio pode ser encontrado em vários minerais, carvão e petróleo. Ele é o 
22° mais abundante elemento na crosta terrestre. Entre os seus principais 
minérios estão a vanadita, a roscoelita e a carnotita - vanadato de uranila e 
potásssio hidratado, K2(UO2)2(VO4)2.nH2O, que é uma importante fonte de 
urânio. 
 
A maior parte do vanádio é empregada no preparo da liga ferrovanádio (com 
até 80% de vanádio), usada na produção de aço e outras ligas. Quando 
adicionado ao aço em porcentagens que variam de 0,1 a 5%, o vanádio tem 
METAIS DE TRANSIÇÃO E SEUS ÍONS 
 
 Página 9 
 
dois efeitos: refina os grãos da matriz de aço e combina-se com o carbono 
presente para formar carbetos. 
 
Desta forma o aço contendo vanádio é especialmente forte e duro e possui 
uma melhor resistência ao choque e alta resistência à corrosão. 
 
Aços contendo vanádio são também muito utilizados na fabricação de 
ferramentas de melhor qualidade por serem mais resistentes ao uso. 
 
Alguns compostos de vanádio são usados como importantes catalisadores, em 
processos de contato para fabricação de ácido sulfúrico, como catalisador de 
oxidação na síntese de anidridos maléico e ftálico, na produção de poliamidas 
como o nylon, e na oxidação de substâncias orgânicas como o etanol (álcool 
comum) a acetaldeído, açúcar a ácido oxálico e antraceno a antraquinona. 
 
Alguns seres vivos como os tunicados possuem sangue no qual o ferro da 
hemoglobina está substituído pelo vanádio. Curiosamente, no sangue desses 
seres vivos encontra-se também uma grande quantidade de nióbio, tântalo, 
titânio, crômio, manganês, molibdênio e tungstênio. Alguns compostos de 
vanádio são usados para colorir vidros, cerâmicas e usados como secantes de 
tintas. 
 
Sabe-se que, em excesso, os sais de vanádio podem ser tóxicos. As fontes 
naturais mais ricas em vanádio são os óleos vegetais, tais como os de soja, 
girassol e de oliva. Aparentemente o vanádio tem um papel importante no 
metabolismo da epinefrina, norepinefrina e dopamina. Por esta razão, suspeita-
se que os níveis de vanádio no organismo humano estão diretamente 
correlacionados às condições irregulares das funções cerebrais como nas 
psicoses. O vanádio é usado diretamente na indústria de aço como pentóxido. 
 
NIÓBIO 
O nióbio é um sólido metálico, macio, dúctil, de elevado ponto de fusão (um 
dos maiores do quadro periódico) que é resistente à corrosão devido à 
formação de uma película superficial de óxido, chamada de camada de 
METAIS DE TRANSIÇÃO E SEUS ÍONS 
 
 Página 10 
 
passivação. Quando combinado, exibe vários estados de oxidação, sendo o +5 
o mais comum. À temperatura ambiente, o metal não reage com hidrogênio, ar, 
água ou ácidos, exceto o fluorídrico e sua mistura com o ácido nítrico. 
 
Sob aquecimento, reage com a maioria dos elementos não metálicos, gerando 
produtos que frequentementesão intersticiais e não estequiométricos. Nessas 
condições, também é resistente ao ataque de bases fundidas, mas não a 
ácidos minerais (Greenwood, 2003). O metal prateado tem a característica de 
adquirir coloração azulada quando exposto ao ar durante um longo período, e 
por possuir apenas um isótopo estável, sua massa atômica foi determinado 
com grande precisão. Na tabela periódica, localiza-se no 5° período, grupo 5, 
bloco d. 
 
As propriedades físico-químicas do nióbio são semelhantes as do tântalo. 
Devido a isso, eles tendem a ocorrer juntos na natureza e separá-los é muito 
difícil. Um dos métodos de separação consiste em usar metil-isobutil-cetona em 
meio ácido (hidrometalurgia) (Ayanda, 2011). Esse procedimento permite isolar 
o pentóxido de nióbio (Nb2O5) que pode ser reduzido pelo alumínio 
(aluminotermia), gerando nióbio e óxido de alumínio. 
O elemento, que é pouco abundante na crosta terrestre, não é encontrado na 
forma elementar, mas em minerais, principalmente na piroclorita e columbita, 
sendo a primeira sua principal fonte comercial. 
 
Atualmente, as aplicações comerciais do nióbio se devem principalmente às 
suas características peculiares, pois é o metal refratário de menor densidade (d 
= 8,57 g cm
-3
). Além disso, é dúctil, maleável e em pequenas quantidades 
melhora consideravelmente algumas propriedades mecânicas do aço. Assim, 
seu principal emprego é na obtenção de ligas, especialmente aquelas 
envolvendo aços de alta resistência que são amplamente utilizados na indústria 
automobilística e naval (plataformas marítimas) e na construção civil (pontes, 
oleodutos, viadutos e edifícios). Na indústria aeroespacial, o nióbio é 
amplamente utilizado na produção de superligas que operam a altas 
METAIS DE TRANSIÇÃO E SEUS ÍONS 
 
 Página 11 
 
temperaturas, e que estão presentes na composição de motores a jato de alto 
desempenho para fins comerciais e militares. 
 
Uma terceira demanda para o metal seria na obtenção de ligas 
supercondutoras (Ferreira, 1996). Essas ligas (principalmente a de NbTi) são 
utilizadas em aparelhos de RMN (ressonância magnética nuclear), que são 
equipamentos importantes nas áreas química e médica (CBMM, 2012). 
 
Por fim, o pentóxido de nióbio (Nb2O5) é utilizado na obtenção de cerâmicas 
eletrônicas, lentes óticas, sensores de pH e em filtros especiais para receptores 
de TV, dentre outras aplicações (Zurer, 2003). Como perspectiva futura, filmes 
finos de Nb2O5 têm sido produzidos considerando a sua aplicação em materiais 
eletrocrômicos como janelas inteligentes e espelhos retrovisores (Albuquerque, 
1998). Por sua vez, o metal em pó é utilizado na produção de capacitores para 
circuitos elétricos. O nióbio não possui qualquer função biológica conhecida, 
apesar de o corpo humano apresentar quantidades mensuráveis 
(aproximadamente 1,5 mg) (Greenwood, 2003). 
 
 
3.4 - Grupo 6 
 
CROMO 
A configuração eletrônica do cromo é [Ar]3d54s1. O cromo é um metal branco-
prateado, resistente à corrosão, muito duro e um tanto frágil quando puro. É 
usado para formar o aço e na galvanização do ferro e outros metais. O cromo 
pode reduzir a água e se oxidar durante o processo. A reação é lenta, contudo 
a permanência do brilho nos pára-choques cromados de carros é conseqüência 
da formação de uma camada lisa e invisível de óxido, dificilmente 
decomponível. O cromo, um elemento d5, forma substâncias em estados de 
oxidação +1 a +6, porém os mais comuns são os estados +3 e +6. 
 
O anidrido do ácido crômico é o óxido de cromo (VI), CrO3, comumente 
chamado de trióxido de cromo. É um poderoso agente oxidante e é ingrediente 
de uma receita para solução de limpeza química tradicionalmente utilizada na 
METAIS DE TRANSIÇÃO E SEUS ÍONS 
 
 Página 12 
 
vidraria de laboratório. Atualmente, essa solução tem sido menos empregada 
devido à dificuldade de se remover cromo residual das superfícies do vidro 
após a limpeza e à possibilidade de o cromo (VI) apresentar propriedades 
carcinogênicas (o dicromato de sódio, Na2Cr2O7, também é utilizado com tal 
propósito). 
 
 
3.5 - Grupo 7 
 
MANGANÊS 
A configuração eletrônica do manganês é [Ar]3d54s2. O manganês é um metal 
branco, brilhante, consideravelmente mais reativo do que o titânio, o vanádio 
ou o cromo. É usado principalmente como constituinte de ligas de aço. 
O manganês apresenta o número máximo de oxidação +7, mas também são 
importantes os estados de oxidação +2 e +4. 
 
A substância mais importante do manganês no estado +4 é o óxido de 
manganês (IV), MnO2, comumente chamado de dióxido de manganês, de cor 
marrom, que aparece na natureza como o mineral pirolusita. 
 
O MnO2 é um bom agente oxidante e tem sido utilizado em laboratórios na 
preparação de cloro a partir do HCl. 
 
A espécie mais representativa do estado de oxidação +6 é o íon manganato, 
(MnO4)
2–, em que se considera a espécie íon permanganato, (MnO4)
– como 
sendo a mais importante, tendo como fonte principal o sal permanganato de 
potássio (KMnO4). O íon (MnO4)
– é um forte agente oxidante de grandes 
aplicações laboratoriais e industriais, e é comumente utilizado em titulações 
redox. 
 
 
3.6 - Grupo 8 
 
FERRO 
METAIS DE TRANSIÇÃO E SEUS ÍONS 
 
 Página 13 
 
A configuração eletrônica do ferro é [Ar]3d64s2. O ferro é o metal mais usado, 
comparado a qualquer outro metal. Sendo muito abundante e de fácil obtenção 
a partir de seus minerais, o ferro se tornou indispensável para a manufatura, 
variando de peças de automóveis a cordas de guitarra. Ocorre naturalmente 
em vários minerais, hematita (Fe2O3), limonita (Fe2O3.H2O), magnetita (Fe3O4), 
siderita (FeCO3) e pirita (FeS2). 
 
A redução do minério de ferro, conhecida como siderurgia, é feita em alto-
forno, uma construção imensa semelhante a uma torre cilíndrica colocada em 
pé. O produto proveniente do alto-forno é denominado ferro-gusa, que contém 
impurezas e após sua purificação parcial fornece o ferro fundido. 
 
O ferro se enferruja quando exposto ao ar úmido ou em água saturada com ar. 
A ferrugem é constituída por óxido férrico hidratado de composição variável 
(Fe2O3.H2O), sendo o mecanismo de formação da ferrugem complexo. O ferro, 
um elemento d6, forma substâncias em geral com estados de oxidação +2 e 
+3. 
 
 
3.7 - Grupo 9 
 
COBALTO 
A configuração eletrônica do cobalto é [Ar]3d74s2. O cobalto é um metal duro, 
relativamente não-reativo, com brilho azul-prateado. É utilizado amplamente 
em ligas com ferro, níquel, alumínio e outros metais. O cobalto forma 
substâncias em estados de oxidação +2 e +3 analogamente às substâncias 
formadas pelo estado de oxidação apresentadas pelo átomo de ferro. 
 
 
3.8 - Grupo 10 
 
NÍQUEL 
A configuração eletrônica do níquel é [Ar]3d84s2. O níquel pertence à chamada 
tríade do ferro, ou seja, ferro, cobalto e níquel. As semelhanças químicas entre 
METAIS DE TRANSIÇÃO E SEUS ÍONS 
 
 Página 14 
 
esses elementos são muito acentuadas. O níquel é um metal razoavelmente 
duro, com brilho fraco e amarelado. O níquel é utilizado na galvanização tripla 
do cromo e como catalisador em certas reações de hidrogenação, tais como na 
fabricação de margarina a partir de gorduras líquidas. O níquel forma 
substâncias em estados de oxidação +2. 
 
 
3.9 - Grupo 11 
 
COBRE 
A configuração eletrônica do cobre é [Ar]3d104s1. Os elementos cobre, prata e 
ouro, que constituem um subgrupo de metais de transição, são conhecidos 
como metais de cunhagem. O cobre é um metal familiar. Seus minérios 
incluem sulfetos, como a chalcocita (Cu2S), e os óxidos, como a cuprita(Cu2O). 
 
Quando puro, o cobre é bastante maleável e dúctil, e é um excelente condutor 
de eletricidade, sendo superado neste aspecto somente pela prata. Seu uso 
mais extenso é na manufatura de fios elétricos, sendo também usado em tubos 
de água e em ligas com zinco (latões) e com estanho (bronzes). O cobre forma 
substâncias em estados de oxidação +1 e +2. 
 
PRATA 
A configuração eletrônica da prata é [Ar]4d105s1. A prata é encontrada 
naturalmente como elemento não combinado e em poucas substâncias, sendo 
rara, e na grande maioria é obtida como um subproduto de eletrorrefino do 
cobre. 
 
Quando pura, a prata é um metal mole, maleável, com os maiores valores de 
condutividade elétrica que se conhecem. O maior emprego da prata é na 
indústria fotográfica. 
 
A prata, um elemento d10, forma substâncias em estados de oxidação +1, +2 e 
+3. 
 
METAIS DE TRANSIÇÃO E SEUS ÍONS 
 
 Página 15 
 
3.10 - Grupo 12 
 
ZINCO 
A configuração eletrônica do zinco é [Ar]3d104s2. O zinco é um metal 
razoavelmente mole, cinza-prateado, com ponto de fusão moderado (419°C). É 
um tanto reativo e serve como um bom revestimento protetor para o ferro, 
porque o protege catodicamente, e também por formar em sua superfície uma 
camada autoprotetora de Zn2CO3(OH)2. 
 
O zinco é usado em várias ligas e em baterias, como por exemplo a pilha seca. 
Objetos com formatos elaborados, como grades de automóveis e enfeites, têm 
sido fabricados com zinco fundido e suas ligas. Atualmente, devido à baixa 
densidade e ao baixo custo, os plásticos estão substituindo largamente o uso 
do zinco em peças de automóveis e em outras aplicações. O zinco forma 
substâncias em estados de oxidação +2.

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