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Texto de apoio de Quim. Inorg. II Elaborado por: dr. José Arão. Docente da cadeira UP – Beira 2007 1 Sem algum conhecimento de si próprio, o seu conhecimento de outras coisas é imperfeito, pois conhecer uma coisa sem conhecer quem a conhece é meio conhecimento, ao passo que conhecer quem a conhece é conhecer-se a si mesmo. Collingwood, um filósofo inglês. Seja bendito o nome de Deus para todo o sempre, porque são dele a sabedoria e a força… (Daniel 2:20) danielnissara01@gmail.com Texto de apoio de Quim. Inorg. II Elaborado por: dr. José Arão. Docente da cadeira UP – Beira 2007 2 1.0 OS ELEMENTOS DO IB SUBGRUPO ...................................................................... 8 1.1 Características Gerais................................................................................................ 8 1.2 O COBRE ................................................................................................................... 10 1.2.1 Ocorrência na natureza ........................................................................................ 10 1.2.2 Obtenção .............................................................................................................. 10 1.2.4 Propriedades quimicas : ....................................................................................... 11 1.3 A PRATA.................................................................................................................... 13 1.3.1 Historial................................................................................................................ 13 1.3.2 Ocorrência na natureza ........................................................................................ 13 1.3.3 Obtenção .............................................................................................................. 14 1.3.3.1 Equações de obtenção laboratorial.................................................................... 15 1.3.3.2 Equações de obtenção industrial ....................................................................... 16 1.3.4 Propriedades físicas ............................................................................................. 16 1.3.4 Propriedades químicas ......................................................................................... 17 1.3.4.2 Interacção com água, bases e ácidos ................................................................. 19 1.3.5 Os compostos de prata em estados de valência superiores .................................. 19 1.3.6 Aplicações ............................................................................................................ 19 1.4 O OURO ..................................................................................................................... 20 1.4.1 Historial................................................................................................................ 20 1.4.2 Ocorrência na natureza ........................................................................................ 20 1.4.3 Obtenção .............................................................................................................. 21 1.4.4 Propriedade Física ................................................................................................ 22 1.4.5 Propriedade Química ........................................................................................... 22 1.4.6 Compostos de ouro .............................................................................................. 22 O tricloreto de ouro ( AuCl3 ) e o ácido cloroáurico ( HAuCl4 ) são dois dos compostos mais comuns de ouro. ................................................................................................... 22 Apesar de ser um metal nobre ( devido a baixa reatividade ) forma diversos compostos. Geralmente, nestes compostos, apresenta estados de oxidação +1 e +3. ...................... 23 Os complexos de ouro apresentam baixos índices de coordenação e apresentam tendência a linearilidade: L-Au-L.Forma o óxido de ouro (III), Au2O3, halogenetos e complexos com estados de oxidação +1 e +3. ........................................................................................ 23 Existem, ainda, alguns complexos raros de ouro com estados de oxidação +2 e +5. ... 23 Também forma cúmulos de ouro ( compostos cluster), com ligações químicas entre os átomos de ouro. Alguns deles são denominados ouro líquido...................................... 23 1.4.7 Aplicação ............................................................................................................. 23 1.4.8 Papel biológico..................................................................................................... 24 1.4.8.1 Precauções......................................................................................................... 24 2.0 IIB SUBGRUPO OU SUBGRUPO DE Zn ............................................................... 25 2.1 Caracteristicas gerais ............................................................................................. 25 2.2 O ZINCO .................................................................................................................... 26 2.2.1 Ocorrência na Natureza ........................................................................................ 26 2.2.2 Obtenção .............................................................................................................. 26 2.2.3 Propriedades Físicas............................................................................................. 26 Texto de apoio de Quim. Inorg. II Elaborado por: dr. José Arão. Docente da cadeira UP – Beira 2007 3 2.2.4 Propriedades Químicas. ....................................................................................... 27 2.2.4.1 Interage com bases e ácidos: ............................................................................. 27 2.2.5 Combinações do Zn ............................................................................................. 28 2.2.5.1 Óxidos e Hidróxidos ......................................................................................... 28 2.2.5.2 Hidrólise dos Sais ............................................................................................. 28 2.2.6 Aplicação ............................................................................................................. 29 2.3 CÁDMIO (Cd ) ........................................................................................................... 29 2.3.1 Historial................................................................................................................ 29 2.3.2 Ocorrência na natureza ........................................................................................ 30 2.3.3 Obtenção do cádmio ............................................................................................ 30 2.3.4 Propriedades físicas do cádmio ............................................................................ 30 2.3.5 Propriedades químicas do cádmio ....................................................................... 31 2.3.6 COMPOSTOS DE CÁDMIO .............................................................................. 31 2.3.6.1 Óxido de cádmio (CdO ) .................................................................................. 31 2.3.6.2 Hidróxido de cádmio Cd(OH)2 ......................................................................... 32 2.3.6.3 O sulfureto de cádmio ....................................................................................... 32 2.3.7 APLICAÇÕES ..................................................................................................... 32 2.4 O MERCÚRIO............................................................................................................33 2.4.1 Abundância .............................................................................................................. 33 2.4.2 Obtenção .............................................................................................................. 34 2.4.3 Propriedades físicas ............................................................................................. 34 2.4.4 Propriedades químicas ......................................................................................... 34 2.4.5 Hidrólise dos Sais ................................................................................................ 37 2.4.6 Propriedades Oxidantes ....................................................................................... 37 2.4.7 Aplicação: ............................................................................................................ 38 3.0 ELEMENTOS DO IIIB SUBGRUPO. ....................................................................... 39 3.1 O ESCÂNDIO ............................................................................................................ 39 3.1.1 Ocorrência na natureza ........................................................................................ 39 3.1.2 Obtenção do Escândio.......................................................................................... 39 3.1.3 Propriedades físicas ............................................................................................. 40 3.1.4 Propriedades químicas ......................................................................................... 40 3.1.5 Compostos de Escândio ....................................................................................... 41 3.1.6 Complexos ........................................................................................................... 43 3.1.7 Aplicações ............................................................................................................ 43 3.2 O ITRIO ...................................................................................................................... 43 3.2.1 HISTÓRIA ........................................................................................................... 43 3.2.4 OBTENÇÃO ........................................................................................................ 44 3.2.4 PROPRIEDADES FISICAS ................................................................................ 44 3.2.5 PROPRIEDADES QUIMICAS ........................................................................... 44 3.2.6 COMPOSTOS...................................................................................................... 45 3.2.7 APLICACÕES ..................................................................................................... 45 3.2.8 PRECAUÇÕES.................................................................................................... 46 3.3 O LANTÂNIO ............................................................................................................ 46 3.3.1 História ................................................................................................................. 46 3.3.2 Ocorrência ............................................................................................................ 47 3.3.3 Obtenção .............................................................................................................. 47 Texto de apoio de Quim. Inorg. II Elaborado por: dr. José Arão. Docente da cadeira UP – Beira 2007 4 3.3.4 Propriedades Físicas............................................................................................. 48 3.3.5 Propriedades quimicas ......................................................................................... 48 3.3.6 APLICAÇÕES ..................................................................................................... 49 3.4 LANTANÍDEOS ........................................................................................................ 50 3.4.1 HISTORIAL ........................................................................................................ 50 3.4.2 OCORRÊNCIA.................................................................................................... 51 3.4.3 CARACTERÍSTICAS GERAIS .......................................................................... 52 3.4.4 OBTENÇÃO ........................................................................................................ 55 3.4.5 PROPRIEDADES QUÍMICAS ........................................................................... 57 3.4.6 PROPRIEDADES FÍSICAS ................................................................................ 58 3.4.7 APLICAÇÃO ....................................................................................................... 59 3.4.8 COMPOSTOS DE LANTANÍDEOS .................................................................. 60 3.4.9 Aplicações ............................................................................................................ 61 3.5 O ACTINIO ................................................................................................................ 62 3.5.1 Historial................................................................................................................ 62 3.5.2 Caracteristicas gerais ........................................................................................... 62 3.5.3 Ocorrência: ........................................................................................................... 62 3.5.4Obtenção ............................................................................................................... 62 3.5.5 Propriedades fisicas ............................................................................................. 63 3.5.6 Propriedades quimicas ......................................................................................... 63 Aplicações ..................................................................................................................... 65 3.6 ACTÍNIDEOS............................................................................................................. 65 3.6.1 Características gerais ........................................................................................... 65 3.6.1.1 Estados de valência ............................................................................................... 66 3.6.1.2 Contração actinídea ............................................................................................... 67 3.6.1.3 Paramagnetismo .................................................................................................... 67 3.6.1.4 Coloração .............................................................................................................. 67 3.6.2 Ocorrência ............................................................................................................ 67 3.6.3 Obtenção de alguns actínideos ............................................................................. 68 3.6.4 Propriedades Físicas............................................................................................. 68 3.6.5 Propriedades quimicas ......................................................................................... 69 3.6.6 Aplicações ........................................................................................................... 71 4.0 ELEMENTOS DO IVB SUBGRUPO ........................................................................ 71 4.1 O TITÂNIO ................................................................................................................ 72 4.1.1 Historial................................................................................................................ 72 4.1.2 Ocorrência na Natureza ........................................................................................72 4.1.3 Obtenção .............................................................................................................. 73 4.1.4 Propriedades Físicas............................................................................................. 73 4.1.5 Propriedades Físicas............................................................................................. 73 4.1.6 Propriedades Químicas. ....................................................................................... 74 4.1.7 Alguns compostos (Óxidos e Hidróxidos) ........................................................... 76 4.1.8 Aplicação ............................................................................................................. 76 4.2 O ZIRCÓRNIO ........................................................................................................... 77 4.2.1 Ocorrência ............................................................................................................ 77 4.2.2 Obtenção no laboratório ....................................................................................... 77 4.2.3 Propriedades Físicas............................................................................................. 77 Texto de apoio de Quim. Inorg. II Elaborado por: dr. José Arão. Docente da cadeira UP – Beira 2007 5 4.2.4 Propriedades Químicas. ....................................................................................... 77 4.2.5 Aplicação ............................................................................................................. 78 5.1 O VANÁDIO .............................................................................................................. 79 5.1.1 Historial................................................................................................................ 79 5.1.2 Abundância na Natureza ...................................................................................... 80 5.1.3 Obtenção .............................................................................................................. 80 5.1.4 Propriedades físicas ............................................................................................. 82 5.1.5 Propriedades Químicas. ....................................................................................... 82 5.1.6 Compostos de vanádio ......................................................................................... 83 5.1.7 Ácido vanádico .................................................................................................... 86 5.1.8 SAIS DE VANÁDIO ........................................................................................... 86 5.1.9 VANADATOS ..................................................................................................... 87 5.2 O NIÓBIO ................................................................................................................... 88 5.2.2 Obtenção ( ver obtenção do vanádio) .................................................................. 88 5.2.3 Propriedades Físicas............................................................................................. 88 5.2.4 Propriedades quimicas ......................................................................................... 88 5.2.4.1 Interacção com Ácidos .......................................................................................... 88 5.2.5 Compostos de nióbio............................................................................................ 89 5.2.6 Aplicação ............................................................................................................. 89 5.3 O TÂNTALO .............................................................................................................. 90 5.3.1 Historial................................................................................................................ 90 5.3.2 Ocorrência ............................................................................................................ 90 5.3.3 Obtenção .............................................................................................................. 90 5.3.4 Propriedades Físicas............................................................................................. 91 5.3.5 Propriedades Químicas. ....................................................................................... 91 5.3.6 COMPOSTOS DE TÂNTALO ........................................................................... 92 5.3.7 Aplicação ............................................................................................................. 94 6.1 O CRÓMIO ................................................................................................................. 95 6.1.1 Breve historial do cromio..................................................................................... 96 6.1.2 Ocorrência na natureza ........................................................................................ 97 6.1.3 Obtenção .............................................................................................................. 97 6.1.4 Propriedades Físicas............................................................................................. 97 6.1.5 Propriedades Químicas ........................................................................................ 98 6.1.6 Àcido Crômico e dicrómico ................................................................................. 99 6.1.7 Dicromatos ou policromatos .............................................................................. 101 6.1..8 COMPOSTOS DE CRÓMIO ........................................................................... 103 6.1.8.5 Aplicação ........................................................................................................ 111 6.2 O MOLIBIDÉNIO (Mo) ........................................................................................... 112 6.2.1 Abundãncia na Natureza .................................................................................... 112 6.2.2 Obtenção ............................................................................................................ 112 6.2.3 Propriedades físicas ........................................................................................... 113 6.2.4. Propriedades Químicas ..................................................................................... 113 6.2.5 Compostos de Molibdénio ................................................................................. 113 6.2.6 APLICAÇÕES ................................................................................................... 117 6.3 VOLFRÂMIO (TUNGSTÊNIO) .............................................................................. 117 6.3.1 Historial.............................................................................................................. 117 Texto de apoio de Quim. Inorg. II Elaborado por: dr. José Arão. Docente da cadeira UP – Beira 2007 6 6.3.2 Ocorrência .......................................................................................................... 117 6.3.3 Obtenção ............................................................................................................ 118 6.3.4 Propriedades Físicas........................................................................................... 119 6.3.5 Propriedades Química ........................................................................................ 119 6.3.6 COMPOSTOS DE VOLFRÂMIO .................................................................... 120 O hexafluoreto de tungstênio pode ser obtido pela acção do cloro sobre o tungstênio aquecido ao rubro fraco em ausência de Oxigênio. É muito rectivo, fumega ao ar e ataca praticamente todos os metais, salvo o ouro e platina........................................................................... 120 6.3.7 Aplicações: ......................................................................................................... 122 7.1 O MANGANÊS (Mn) ............................................................................................... 124 7.1.1 Historial.............................................................................................................. 124 7.1.2 Abundância na Natureza .................................................................................... 124 7.1.3 Obtenção ............................................................................................................ 124 7.1.4 Propriedades Físicas........................................................................................... 125 7.1.5 Propriedades quimicas ....................................................................................... 125 7.1.6 COMPOSTOS DE MANGANÊS ..................................................................... 126 7.1.6.3.1 OS MANGANATOS (IV) ........................................................................... 135 7.1.7 Aplicações .......................................................................................................... 139 7.2 O TECNÉCIO (Tc) .................................................................................................. 140 7.2.1 Ocorrência ......................................................................................................... 140 7.2.2 Obtenção ............................................................................................................ 140 7.2.3 Propriedades físicas ........................................................................................... 140 7.2.4 Propriedades químicas ....................................................................................... 141 7.2.5 Compostos de tecnécio ..................................................................................... 141 7.2.6 Aplicações do tecnécio ...................................................................................... 142 7.3 RÊNIO ...................................................................................................................... 142 7.3.1 Historial.............................................................................................................. 142 7.3.2 Ocorrência .......................................................................................................... 142 7.3.3 Obtenção ............................................................................................................ 142 7.3.4 Propriedades físicas ........................................................................................... 143 7.3.5 Propriedades químicas ....................................................................................... 143 7.3.6 COMPOSTOS DE RÊNIO ................................................................................ 144 7.3.7 Aplicações .......................................................................................................... 147 8.1 O FERRO .................................................................................................................. 149 8.1.1 Historial.............................................................................................................. 149 8.1.2 Ocorrência .......................................................................................................... 149 8.1.3 Obtenção ............................................................................................................ 149 8.1.4 Propriedades físicas .......................................................................................... 151 8.1.5 Propriedades quimicas ...................................................................................... 152 8.1.6 Compostos de Ferro .......................................................................................... 153 8.1.6.1 Compostos de Ferro II .................................................................................... 153 8.2.6.2 Compostos de Ferro III ................................................................................... 156 8.1.6.3 Compostos de Ferro Com Estado de Valência Pouco Comum...................... 159 8.1.6.4 Compostos de ferro (VI) ................................................................................. 160 8.1.7 Ligas de Ferro .................................................................................................... 160 8.1.8 Aplicação ........................................................................................................... 162 Texto de apoio de Quim. Inorg. II Elaborado por: dr. José Arão. Docente da cadeira UP – Beira 2007 7 8.2 O COBALTO ............................................................................................................ 163 8.2.1 Historial.............................................................................................................. 163 8.2.2 Ocorrência .......................................................................................................... 163 8.2.3 OBTENÇÃO ...................................................................................................... 163 8.2.4 Propriedades Físicas de Fe,Ni e Co. .................................................................. 164 8.2.5 Propriedades quimicas ....................................................................................... 164 8.2.6 COMPOSTOS DE COBALTO ......................................................................... 165 8.2.6.1 Compostos de Cobalto II ................................................................................ 165 COMPLEXOS DE COBALTO II .............................................................................. 166 8.2.6.2 Compostos de Cobalto III ............................................................................... 167 COMPLEXOS DE COBALTO III ............................................................................. 168 8.2.7 Aplicação ........................................................................................................... 168 8.3 O NÍQUEL ................................................................................................................ 169 8.3.1 Historial.............................................................................................................. 169 8.3.2 Ocorrência .......................................................................................................... 169 8.3.3 Obtenção ........................................................................................................... 169 8.3.4 Propriedades fisicas ........................................................................................... 170 8.3.5 Propriedades químicas ....................................................................................... 170 8.3.6 COMPOSTOS DE NÍQUEL ............................................................................. 171 COMPLEXOS DE NÍQUEL ...................................................................................... 173 8.3.7 Aplicação ........................................................................................................... 175 8.4 URÂNEO .................................................................................................................. 175 8.4.1 Historial.............................................................................................................. 175 8.4.2 Ocorrência na Natureza ...................................................................................... 176 8.4.3 Obtenção de Urâneo ........................................................................................... 177 8.3.4 Propriedades Físicas...........................................................................................178 8.3.5 Propriedades Químicas de Urâneo .................................................................... 178 8.3.6 Compostos de Urânio ......................................................................................... 179 8.3.7 Aplicação de Urâneo .......................................................................................... 182 8.3.8 Precauções.......................................................................................................... 182 8.4 A PLATINA.......................................................................................................... 182 8.4.1 Historial.............................................................................................................. 182 8.4.2 Ocorrência .......................................................................................................... 183 8.4.3 Obtenção ............................................................................................................ 183 8.4.4 Propriedades físicas ........................................................................................... 183 8.4.5 Propriedades químicas ....................................................................................... 183 8.4.6 COMPOSTOS DE PLATINA ........................................................................... 184 8.4.7 Aplicação ........................................................................................................... 187 9.2 Composição de compostos complexos ................................................................ 189 9.3 Dissociação de compostos complexos .................................................................. 189 9.4 Tipos principais de Compostos Complexos ......................................................... 193 9.5 Nomenclatura dos compostos complexos ............................................................. 195 9.6 Equilíbrio nas Soluções de Compostos Complexos ............................................. 197 9.7 Isomeria dos compostos Complexos ..................................................................... 198 Texto de apoio de Quim. Inorg. II Elaborado por: dr. José Arão. Docente da cadeira UP – Beira 2007 8 1.0 OS ELEMENTOS DO IB SUBGRUPO 1.1 Características Gerais Os elementos deste grupo são metais moles muito dúcteis e maleáveis podendo ser reduzidos a lâminas finíssimas, excelentes condutores de electricidade nenhum outro grupo apresenta tão alta condutibilidade eléctrica sendo seguidos por zinco e cádmio do grupo IIB vizinho Os elementos deste grupo apresentam como os mentais alcalinos apenas um electrão na orbital diferem deles porem por possuírem 18 electrões no penúltimo nível Os mentais alcalinos são os mais reactivos enquanto que os metais moedas como são chamados quase não são reactivos Os metais deste grupo finalizam a série electrónica enquanto que os mentais alcalinos estão no topo da série.Como metais de transição tem a principal característica a sua habilidade de formar numerosos complexos .Acção catalítica e extensivo poder de numero de oxidação Habilidade de actuar como ácidos de Lewis reagindo com bases de Lewis formando numerosos complexos Possuem raios menores em relação aos metais do grupo A o que condiciona uma maior densidade, as temperaturas de fusão e os valores maiores de entalpia de atomização dos metais. Pois as forcas de atracção entre elas são maiores, o raio pequeno também implica os valores de energia de ionização mais altos do que os metais do grupo A.. Oxidam-se com dificuldade, ao contrário os seus iões reduzem-se facilmente, não se decompõe em água em quaisquer condições os seus hidróxidos são bases relativamente fracas, a camada de 18 electrões ao mesmo tempo estável nos outros elementos, a que ainda não é estabilizada completamente e é capaz de perder facilmente os electrões. Os elementos deste grupo são metais moles muito dúcteis e maleáveis podendo ser reduzidos a lâminas finíssimas, excelentes condutores de electricidade nenhum outro grupo apresenta tão alta condutibilidade eléctrica sendo seguidos por zinco e cádmio do grupo IIB vizinho Texto de apoio de Quim. Inorg. II Elaborado por: dr. José Arão. Docente da cadeira UP – Beira 2007 9 Os elementos deste grupo apresentam como os metais alcalinos apenas um electrão na orbital diferem deles porem por possuírem 18 electrões no penúltimo nível Os metais alcalinos são os mais reactivos enquanto que os metais moedas como são chamados quase não são reactivos Os metais deste grupo finalizam a série electrónica enquanto que os mentais alcalinos estão no topo da série Como metais de transição tem a principal característica a sua habilidade de formar numerosos complexos Acção catalítica e extensivo poder de numero de oxidação Habilidade de actuar como ácidos de Lewis reagindo com bases de Lewis formando numerosos complexos Possuem raios menores em relação aos metais do grupo A o que condiciona uma maior densidade, as temperaturas de fusão e os valores maiores de entalpia de atomização dos metais. Pois as forcas de atracção entre elas são maiores, o raio pequeno também implica os valores de energia de ionização mais altos do que os metais do grupo A Oxidam-se com dificuldade, ao contrário os seus iões reduzem-se facilmente, não se decompõe em água em quaisquer condições os seus hidróxidos são bases relativamente fracas, a camada de 18 electrões ao mesmo tempo estável nos outros elementos, a que ainda não é estabilizada completamente e é capaz de perder facilmente os electrões. Porem, como se vê da formula referida mais adiante, os seus átomos contem o subnivel (n-1) d não 9 electrões mas sim 10. Isso porque a estrutura (n-1)d 10 S 1 é mais estável que (n-1)d 9 S 2 . Porem, como se vê da formula referida, os seus átomos contem o subnivel (n-1) d não 9 electrões mas sim 10. Isso porque a estrutura (n-1)d 10 S 1 é mais estável que (n-1)d 9 S 2 . Cobre Cu 4s 1 ;3d 10 Prata Ag 5s 1 ;4d 10 Ouro Au 5s 1 ;4d 10 Texto de apoio de Quim. Inorg. II Elaborado por: dr. José Arão. Docente da cadeira UP – Beira 2007 10 1.2 O COBRE 1.2.1 Ocorrência na natureza No estado nativo encontra-se na natureza em forma de filões, mais usualmente em poucas quantidades. É encontrado comummente nos minérios de óxidos e sulfuretos sob forma de : - Calcopirita de cobre (CuFeS2); Calcozina (Cu2S); Cuprita ( Cu2O), minério de Tahl (Cu3SbS) , Borita (Cu3FeS) e malaquita (CuOH)2CO3. O teor de cobre na crusta terrestre é de 0.007% isto é 350 vezes mais do que prata.. Cerca de 250 milhões de toneladas de jazidas conhecidas. 1.2.2 Obtenção O método de obtenção vária com o minério e a região, isto é, apresenta um processo complicado. Geralmente ustula-se o minério e aquece-se o produto em forno de revérbero. Forma-se, geralmente, mistura de sulfuretos de cobre e ferro fundido, a que se dá o nome de mata e a partir do qual, num conversor semelhante ao de Bessemer, forma-se o cobre, através da reacção: Cu2S + 2Cu2O 6Cu + SO2 O metal é refinado por ustulação em forno de revérbero ou por electrólise. ٠ Obtém-se também por fusão ou calcinação do minério para produzir, primeiro o Cu2S e depois o metal cobre pela oxidação da mata ( Cu2S), conforme as equações de reacções em etapas: 2CuFeS2 + 4O2 Cu2S + 2 FeO + 3SO2 Cu2S + O2 2Cu + SO2 O cobre obtido é impuro e pode ser purificado por electrólise. Os minérios de carbonato de cobre podem ser reduzidos com carvão: CuCO3.Cu(OH)2 + C 2Cu + 2CO2 + H2O Texto de apoio de Quim. Inorg. II Elaborado por: dr. José Arão. Docente da cadeira UP – Beira 2007 11 ٠ Por calcinação da malaquita e nitratode cobre obtém-se óxido de cobre que por aquecimento, com substâncias orgânicas oxida-se o óxido de cobre transformando o carbono em dióxido de carbono, hidrogénio em água e cobre ―análise elementar de substâncias orgânicas‖. 4CuO + CH4 4Cu + CO2 + 2H2O ٠ Redução do óxido por carbono: Cu2O + C 2Cu + CO ٠ Interacção de seus sais com sucatas: O sulfato de cobre contido na água obtida na lavagem de cinzas de pirite por ácido sulfúrico com cloreto cúprico em contacto com sucatas de ferro: CuSO4 + Fe Cu + FeSO4 3CuCl2 + Fe 3Cu + Fe Cl3 1.2.3 Propriedades físicas: É um metal fluxo, brilhante, dúctil, tenaz de cor- de- rosa; resiste contra a ruptura a ruptura; Seus pontos de fusão e ebulição são a 1083 ْ c e 2595 ْ c, respectivamente, tem densidade igual a 8.95. Conduz calor e corrente eléctrica. 1.2.4 Propriedades químicas: Reacção com oxigénio: -No ar seco o cobre não se altera, visto que a película de óxidos serve duma protecção contra a oxidação posterior , mas ao se elevar a temperatura a 200 ْ c à 375 ْ c , haverá uma mistura de óxido cúprico e óxido cuproso formando a película preta: 2Cu + O2 2CuO 4Cu + O2 2Cu2O - Na presença de ar húmido e do CO2 , a superfície de cobre, cobre-se pela camada verdeada do carbonato de hidroxocobre – (CuOH)2CO3 ; Texto de apoio de Quim. Inorg. II Elaborado por: dr. José Arão. Docente da cadeira UP – Beira 2007 12 - Interacção com halogéneos O cobre é um metal pouco activo, porém reage com halogéneos a temperatura ambiente, formando haletos (CuF2, CuCl2, CuBr2, CuI2): Cu + F2 CuF2 Cu + Cl2 CuCl2 etc. - Interacção com enxofre Ao ser aquecido, o cobre, reage com enxofre: 2Cu + S Cu2S ( mate) - Interacção com ácidos O cobre é dificilmente atacado pelos ácidos, sendo atacado pelos oxidantes como os ácidos nítrico e sulfúrico concentrados. Os ácidos clorídrico e sulfúrico diluído só atacam o cobre na presença do ar onde dissolve-se formando sais respectivos: Cu + 2H2SO4(c) CuSO4 + SO2 +2H2O Cu + 4HNO3(c) Cu(NO3)2 + 2NO2 + 2H2O Cu + 8HNO3(d) 3Cu(NO3)2 + 2NO + 4H2O 2Cu + 4HCl + O2 2CuCl2 + 2H2O Cu + 2CH3COOH + O2 Cu(CH3COO)2. H2O Reage com ácidos de Lewis formando complexos, ex:(Cu(NH3)4) 2+ 1.2.5 Aplicações Nas construções: os seus sais servem para produzir tintas de variadas cores ( verde, azul, pardas, violetas e negras). Pela sua dureza e fácil trabalho é usado para cobertura de tectos. 1.2.5.1 Na indústria: Devido à sua condutibilidade térmica e eléctrica, maleabilidade, boa qualidade de fundição, grande resistência à ruptura e estabilidade química aplica-se largamente 40% para fios e cabos eléctricos, caldeiras, aparelhos de destilação, na matérias electrónicos para geleiras, fabrico de fibras artificiais, etc. 1.2.5.2 Na agricultura: pertencendo ao grupo denominado micro-elementos ( Cu, Fe, Mn, Mo, B,Zn e Co) : Texto de apoio de Quim. Inorg. II Elaborado por: dr. José Arão. Docente da cadeira UP – Beira 2007 13 - Aumenta a actividade das enzimas, que favorecem a síntese de açúcar, amido, proteínas, ácidos nucléicos, vitaminas e fermento; - Juntamente com micro-organismos são introduzidos no solo e o adubo que contém cobre contribui para o crescimento da planta, em solos pouco férteis aumentam a estabilidade contra a seca, frio e algumas doenças; - o seu complexo dissolve a celulose. 1.2.6 Ligas de cobre: A partir do (1) latão ( 70-85% cobre e 15-30% zinco) e (2) bronze ( 75-95% cobre e 5-25% estanho) fabrica-se ferramentas, tubos e acessórios industriais, torneiras , etc.(3) Constantan (60 % de cobre e 40% de Níquel), usado no fabrico de resistências eléctricas; (4) Monel ( 30% cobre e 70% Níquel), no fabrico de peças de elevada resistência à corrosão usados nas indústrias químicas, e mais. NB: A loiça de cobre deve ser estanhada, isto é, coberta de dentro pela camada de estanho para prevenir a possibilidade de formação de sais de cobre que são venenosos. 1.3 A PRATA 1.3.1 Historial A prata é conhecida desde épocas remotas. Seu uso é citado no génesis e a sua purificação, no crisol nos livros de Salomão. Os egípcios já a conheciam 4000 anos de a.C. Há no museu do Louvre um vaso de prata de caldeia do ano 2850 a.C. Os hititas desenvolveram a sua metodologia e, na Espanha já era explorado em épocas bem remotas. 1.3.2 Ocorrência na natureza A prata é abundante na natureza essencialmente menor do que o cobre. Ele aparece quase sempre como minério junto ao ouro, cobre, níquel, cobalto e zinco. Alguns lugares exemplo Canadá aparece na forma nativa. Constitui parte da crusta terrestre com 2.10 -5 %. Seus principais minérios são: argentita (Ag2S) (o mais comum), pirargirita ou prata-rubi (Ag3SbS3) e estefanita (Ag5SbS4). Texto de apoio de Quim. Inorg. II Elaborado por: dr. José Arão. Docente da cadeira UP – Beira 2007 14 A prata é encontrada ainda abundantemente, no estado de sulfureto misturado com galena (sulfureto de chumbo). Todas galenas contêm prata (0.01 a 0.05%). Algumas galenas são consideradas ricas em prata, quando ultrapassam 0.5% (raramente passando de 1%). São chamados galenas argentíferas constituem a principal fonte da extracção da prata. 1.3.3 Obtenção A prata pode ser extraída dos seus minérios por via seca e por via húmida. Para extracção da prata por via húmida recorre-se ao processo de cianuração. Neste método, o mineiro finamente moído é introduzida em cubas, onde se procede a sua lavagem por uma solução a 0.4% de cianeto de sódio (NaCN) fazendo-se ou não borbulhar ar segundo a prata que se encontra no estado livre ou no estado sulfureto de prata. Em qualquer dos casos, a prata passa à solução, sob a forma de cianeto duplo de sódio e prata [NaAg(CN)2]: AgCl + 2NaCN Na[Ag(CN)2] + NaCl Ag2S + 4 NaCN 2Na[Ag(CN)2] + Na2S Pondo em contacto as soluções assim obtida com zinco a prata precipita em quanto que o zinco dissolve: 2Na[Ag(CN)2] + Zn Zn [Na2(CN)4] + 2Ag Para a extracção da prata nos mineiros em que ela se apresenta no estado livre pode usar se o processo de Amalgamação. Neste processo os mineiros são tratado com mercúrio, que dissolve a prata, formando uma liga de mercúrio e prata designada por Amálgama de prata. Esta amálgama por ser líquido separe-se facilmente da ganga. Se destila esta amálgama recolhe-se o mercúrio no colector e na retorta fica prata. As pequenas percentagens de prata contidas nos mineiros de chumbo podem ser extraída pelo processo de Parkes e Pattinson. O processo de Parkes consiste em introduzir uma pequena quantidade de zinco cera de 1% no chumbo em fusão. O zinco líquido é insolúvel no Texto de apoio de Quim. Inorg. II Elaborado por: dr. José Arão. Docente da cadeira UP – Beira 2007 15 chumbo líquido, e por ser menos denso flutua sobre ele. Como a solubilidade de prata é muito maior no zinco líquido do que no chumbo líquido, agita-se a massa líquida a prata passa para o zinco. Por arrefecimento este solidifica sendo assim fácil destaca-lo da massa de chumbo. Destilando a liga prata-zinco, fica na retorta de destilação a prata, que tem um ponto de ebulição superior. O processo de Pattinson em deixar esfriar lentamente o chumbo contendo a prata e remover o chumbo puro a medida que ele solidifica. O sistema prata- chumbo possui um cutetico com 2.5% que fundem a 304ºC, ao passo que o P.F. do chumbo puro é 326ºC. Na prática, não é difícil obter,finalmente, um chumbo com mais de 2% de prata. O material é, então, fundido em forno de copelação. A prata bruta obtida pelos processos descritos contem quase sempre, ouro e, geralmente também cobre ela é refinada electroliticamente. Placas de pratas brutas são suspensas como ânodo em solução muito diluída de nitrato de prata. Com a electrólise, a Ag, Pb e Cu passam para a solução; porem, enquanto a concentração do chumbo e do cobre não for muito grande em comparação com a prata somente a prata deposita-se sobre o cátodo. O ouro se presente, sedimenta como barra anódico. A prata refinada tem uma pureza de 99.95% ou mais. 1.3.3.1 Equações de obtenção laboratorial Reacção do óxido de prata (I) com a água: Ag2O(s) + H2O 2Ag(s) + 2OH - Reacção do oxido de prata (II) com zinco: AgO + Zn Ag + ZnO Reacção do óxido de prata (I) com zinco e água: Ag2O(s) + Zn + H2O 2Ag + Zn(OH)2 Reacção do nitrato de prata com água num meio ácido: 2AgNO3 + H2O + H3PO3 2Ag + 2HNO3 + H3PO4 Reacção entre o hidróxido de potássio com a hidrazina e o nitrato de prata: Texto de apoio de Quim. Inorg. II Elaborado por: dr. José Arão. Docente da cadeira UP – Beira 2007 16 2KOH + N2H4 + AgNO3 Ag + N2 + KNO3 + 3H2O Reacção entre hidróxido de potássio com nitrato de prata e peróxido de hidrogénio: KOH + AgNO3 + H2O2 Ag + O2 + KNO3 + H2O Reacção entre zinco e cianeto de prata: Zn + Ag(CN)-2 Ag ↓ + [Zn(CN)4] 2- 1.3.3.2 Equações de obtenção industrial Decomposição térmica do óxido de prata (I): 2Ag2O(s) 4Ag + O2 Decomposição térmica do nitrato de prata: 2AgNO3 2Ag + 2NO2↑ + O2↑ Reacção do fluoreto de prata com o hidrogénio a altas pressões: 2AgF + H2 2Ag + 2HF 1.3.4 Propriedades físicas A prata é um metal branco, brilhante, maleável e bom condutor de calor e da electricidade, a sua densidade é 10.54 g/l funde a 900ºC e entra em ebulição 1980ºC. Ela apresenta uma dureza intermediária entre o cobre e o ouro depois do ouro o mais dúctil dos mentais. Cristaliza com rede cúbica de face centrada. Ela forma uma rede contínua de cristais cúbica com ouro e paládio; é que os três metais possuem a mesma estrutura e, alem disso, as dimensões das células unitárias diferem muito pouco (Ag, a = 4.077 Aº; Au, a = 4.070 Aº; Pd, a = 3.88 Aº). A miscibilidade com cobre, no estado sólido, é muito limitada; o cobre tem a mesma estrutura reticular, mas a constante da célula é bastante menor (a = 3.61 Aº). No estado líquido, a prata é completamente miscivel com cobre e numerosos metais. A miscibildade da prata com cromo, manganés e níquel, nos estados sólidos e líquidos, é muito Texto de apoio de Quim. Inorg. II Elaborado por: dr. José Arão. Docente da cadeira UP – Beira 2007 17 limitado. A prata não é miscível com ferro e cobalto. A Prata forma amálgamas com mercúrio. 1.3.4 Propriedades químicas A Prata é inalterável ao ar mais é prontamente atacado pelo ácido sulfídrico presente na atmosfera H2S + 2 Ag Ag2S + H2 Reage com sulfureto de hidrogénio e oxigénio: 4Ag + 2H2S + O2 2Ag2S + 2H2O O ácido clorídrico e sulfúricos diluídos não atacam a prata. O ácido sulfúrico concentrado e quente reage com prata libertando anidrido sulfuroso tal como acontece com o cobre 2H2SO4 (c) + 2Ag Ag2SO4 + SO2 + 2H2 O ácido azótico HNO3 ataca a prata semelhantemente ao que acontece ao cobre formando-se nitrato de prata e óxido nítrico podendo este em contacto com oxigénio do ar dar peroxi do de azoto (NO2) 4HNO3 + 3Ag 3AgNO3 + 2H2O + 2NO2 Os sais de prata caracterizam-se por darem cloreto e um precipitado branco de cloreto de prata, solúvel na amónia e no tiosulfato de sódio (Na2S2O3). AgNO3 + NaCl AgCl + NaNO3 Os sais de prata enegrece pela acção da luz este enegrecimento são devido a libertação da prata metálica, que por estar muito dividida se apresenta com cor negra 2AgBr Br2 + 2Ag Esta acção da luz sobre os sais de prata consiste a base dos processos fotográficos. Ao rubro, a prata reage com HCl com evolução de hidrogénio 2Ag + 2HCl 2AgCl + H2 Texto de apoio de Quim. Inorg. II Elaborado por: dr. José Arão. Docente da cadeira UP – Beira 2007 18 Reage com ácido nítrico libertando dióxido de azoto e formando água e nitrato de prata: Ag + 2HNO3 AgNO3 + NO2↑ + H2O Reage com o ácido clorídrico dando origem ao cloreto de prata e libertando hidrogénio: 2Ag + 2HCl 2AgCl + H2↑ Reage com o nitreto de enxofre: S4N4 + 4Ag S2N2 + 2Ag2S + N2 . Reage com água, oxigénio e ião cianeto: 4Ag + 8CN– + 2H2O + O2 [Ag(CN) 2] - Reage com o ião permanganato: Ag + MnO4 - MnO2- + Ag+ Reage com o ião permanganato e água: Ag + MnO4 - +H2O MnO2 + 3Ag + + 4H2O Reage com ácido sulfúrico formando dióxido de enxofre, água e sulfato de prata: 2Ag + 2H2SO4(c) SO2 + 2H2O + Ag2SO4 1.3.4.1 Interacção com O2, S, P e Halogéneos De acordo com seu carácter nobre, a prata em forma compacta não se une directamente com o oxigénio. É certo que a prata fundida dissolve quantidades consideráveis de oxigénio, a maior parte do oxigénio é expulsa com a solidificação do metal. A prata tem grande afinidade pelo enxofre. O sulfeto de hidrogénio enegrece a prata com formação de sulfeto de prata. Os halogéneos se combinam com a prata, em certa extensão, mesmo a temperatura ordinária. O potencial padrão do sistema Ag = Ag + + ë é E ° = – 0.7991 volts. Texto de apoio de Quim. Inorg. II Elaborado por: dr. José Arão. Docente da cadeira UP – Beira 2007 19 Os haletos de prata formam complexos com compostos de fósforo por exemplo a fosfina. Por exemplo, (PbPMe2)2.AgI. 1.3.4.2 Interacção com água, bases e ácidos De acordo com o E ° = – 0.7991 da prata, ela não é atacada por soluções aquosas de ácidos não oxidantes em ausência do ar. Em contacto com água contendo ar dissolvido, a prata dissolve em proporção diminuta segundo a equação: 2Ag + H2O +½O2 2Ag + + 2OH- 1.3.5 Os compostos de prata em estados de valência superiores São conhecidos alguns compostos de prata, em que esta se apresenta nos estados de valência +2 e +3. Comportam-se como poderosos agentes oxidantes, instáveis em solução aquosa com respeito à sua redução pela água. Exemplo de prata (II) AgF2 ; exemplo de prata (III) Ag2O3 1.3.6 Aplicações É usada como brometo em fotografia e radiografia, cerca 30% de toda prata é consumido nos filmes. É empregada também em explosivos (fulmina to de prata) –AgCNO, na cunhagem de moedas(90% de prata e 10% de cobre) na protecção de objectos adorno e cutelaria, por electroposição da prata a partir de cianeto de prata em joalharia na fabricação de jóias, em ligas odontológicas, em contactos eléctrico pela alta condutibilidade eléctrica como Iodeto é usada para bombardear nuvens. O seu sal mais importante é o cloreto de prata é usada no laboratório como reagente analítica, como germicida em medicina. A ingestão prolongada de nitrato de prata provoca o argirismo, que se manifesta por manchas azuladas na pele. O nitrito de prata é aplicado em química orgânica, na preparação de ésteres do ácido nitroso, de nitro derivados alifáticos e de nitro derivados aromáticos.O oxido de prata tem emprego na medicina como caustico e anticéptico e também na preparação de catalizadores industrias. O permanganato de prata é um oxidante energético e misturado com Texto de apoio de Quim. Inorg. II Elaborado por: dr. José Arão. Docente da cadeira UP – Beira 2007 20 cal viva e cloreto de cálcio é usado em mascaras contra óxido de carbono. O cianeto de prata é muito usado na galvanoplastia. A prata quando pura é demasiado mole e portanto para grande maioria dos seus fins, emprega-se em liga com outros metais. As proporções de desses metais são dadas pelas finalidades da liga. 1.4 O OURO 1.4.1 Historial Como cobre e prata o ouro já era conhecido no Egipto e na Babilônia.Nos túmulos dos faraós foram encontrados punhais de silex com cabo de ouro. Mesmo a bíblia faz referência a ele, que, na construção do templo de Jerusalém, foi aplicado em abundância em objectos sagrado. Alquimia: Símbolo do ouro O ouro é usado como símbolo de pureza, valor, realeza, etc. O principal objectivo dos alquimistas era produzir ouro a partir de outras substâncias, como o chumbo. Muitas competições premiam o vencedor da competição com medalha de ouro, o segundo colocado com medalha de prata , e o terceiro colocado com medalha de cobre ( os três pertencentes ao mesmo grupo ( 11 ) da tabela periódica dos elementos ). 1.4.2 Ocorrência na natureza O ouro encontra-se na natureza geralmente no estado nativo (estado livre) aparece principalmente sob forma de ―pepitas‖ nas rochas ricas em quartzos e nas areias de certos rios, como resultado dos sedimentos dos produtos de desagregação das rochas auríferas. O ouro encontra-se também em quantidade pequena de sulfureto de ferro, chumbo e cobre. Os vestígios são descobertos na água do mar. O teor total do ouro na crosta terrestre é 5.10%(massa.).Os grandes jazigos de ouro existem na África de sul, nas Alasca, no Canada e na Austrália. Podemos encontrar o ouro em Moçambique nas províncias de Manica (distrito de Manica), Sofala (distrito de Gorongosa),Nampula em pequenas quantidades. http://pt.wikipedia.org/wiki/Alquimia http://pt.wikipedia.org/wiki/Chumbo http://pt.wikipedia.org/wiki/Prata http://pt.wikipedia.org/wiki/Cobre http://pt.wikipedia.org/wiki/Grupo_da_Tabela_Peri%C3%B3dica http://pt.wikipedia.org/wiki/Tabela_peri%C3%B3dica Texto de apoio de Quim. Inorg. II Elaborado por: dr. José Arão. Docente da cadeira UP – Beira 2007 21 1.4.3 Obtenção Tal como a prata, o ouro pode ser extraído das areias auríferas ou produto de moagem das rochas auríferas por Amalgamação. Para esse efeito os materiais auríferos são posto em contacto com mercúrio numa retorta, o mercúrio destila e o ouro fica na retorta. A amalgamação extrai cerca de 60% do ouro. O mais antigo processo de extracção de ouro é o da levigação, que consiste em agitar a areia auríferas com água de modo a provocar a sedimentação dos grãos de ouro mais pesados. Na mineração hidráulica, ainda usada, um forte jacto d'água força a entrada do material aurífero para dentro de grandes calhas e madeira providas, no fundo, com tabiques transversais, em que é retirado o ouro, enquanto a areia é arrastada com água. O ouro ainda pode ser extraído dos materiais auríferos por Cianuração (modo hidrometalúrgicos). Na cianuração o ouro dissolve-se no cianato de sódio(NaCN) na presença de Oxigénio, formando um cianeto duplo de ouro e sódio: 4NaCN + ½O2 + H2O + 2Au 2Na[Au (CN)2] + 2NaOH A partir da solução obtida o ouro é separado pelo Zinco o ouro precipita enquanto que o zinco dissolve: 2Na[Au (CN)2] + Zn Na2[Zn (CN)4] + 2Au O ouro precipitado é tratado pelo ácido sulfúrico diluído para separar dele o zinco, e depois é secado. A purificação posterior de ouro das impurezas principalmente da prata realiza-se pelo seu tratamento com ácido sulfúrico concentrado a quente ou pela electrólise. O primeiro processo e baseado na solubilidade da prata e na insolubilidade do ouro em ácido sulfúrico concentrado, e na refinação electrolítica, o ouro bruto como ânodo é suspensa em uma solução de ácido tetracloroaurico, HAuCl4. Texto de apoio de Quim. Inorg. II Elaborado por: dr. José Arão. Docente da cadeira UP – Beira 2007 22 1.4.4 Propriedade Física O ouro é um metal amarelo, cuja densidade é 19,3. É o mais dúctil e maleável de todos o metal, podendo reduzir-se a folha cuja espessura não passa um décimo milionésimo de milímetro. Tem pontos de fusão e de ebulição 1063°c e2966°c, respectivamente. A condutância eléctrica e térmica do ouro é muito elevadas cedendo neste sentido somente ao cobre e prata. O raio do atómico, iónico, a energia de ionização aumenta de cobre para o ouro. 1.4.5 Propriedade Química O ouro é um metal pouco activo. O ouro não é atacado por álcalis cáusticos em fusão. O metal dissolve-se, em solução aquosa de cloro: 2Au + 3Cl2 2AuCl3 É ainda mais facilmente atacado por água-régia uma mistura de ácido nítrico concentrados na proporção de 1:3, cuja acção se deve à formação de nitrosilo e cloro livre: HNO3 + 3HCl NOCl + Cl2 + 2H2O Ele não se altera ao ar, mesmo ao ser muito aquecido. Os ácidos não actuam separadamente sobre o ouro, mas ele dissolve-se na mistura dos ácidos clorídricos e nítrico na proporção de 3/1 (água régia) como mostra a seguinte reacção: Au + HNO3 + 3HCl AuCl3 + NO + 2H2O Dissolve-se também em soluções de cianeto alcalinos com acesso de ar: 4NaCN + ½O2 + H2O +2Au 2Na [Au (CN)2] + 2NaOH O ouro é trivalente nos sais áurico e monovalente nos sais aurosos. 1.4.6 Compostos de ouro O tricloreto de ouro ( AuCl3 ) e o ácido cloroáurico ( HAuCl4 ) são dois dos compostos mais comuns de ouro. Texto de apoio de Quim. Inorg. II Elaborado por: dr. José Arão. Docente da cadeira UP – Beira 2007 23 Apesar de ser um metal nobre ( devido a baixa reactividade ) forma diversos compostos. Geralmente, nestes compostos, apresenta estados de oxidação +1 e +3. Os complexos de ouro apresentam baixos índices de coordenação e apresentam tendência a linearidade: L-Au-L.Forma o óxido de ouro (III), Au2O3, halogenetos e complexos com estados de oxidação +1 e +3. Existem, ainda, alguns complexos raros de ouro com estados de oxidação +2 e +5. Também forma cúmulos de ouro ( compostos cluster), com ligações químicas entre os átomos de ouro. Alguns deles são denominados ouro líquido. 1.4.7 Aplicação O ouro é utilizado no fabrico de moedas, de jóias. Os objectos de adorno feitos em ouro contém sempre um pouco de cobre, que se destina a aumentar a sua tenacidade e a sua dureza. O ouro emprega-se ainda no dourado de certos objectos. Esta operação pode ser realizada recobrindo o objecto de lâminas muito finas ou depositando o ouro de uma solução de cianeto de ouro por via química ou por via electroquímica. Na medicina o ouro é usado em prótese dentária. Na economia para fins de venda. Lingotes de ouro. O ouro puro é demasiadamente mole para ser usado, geralmente é endurecido formando liga metálica com prata e cobre. O ouro e suas diversas ligas metálicas são muito empregados em joalharias, fabricação de moedas e como padrão monetário em muitos países. Devido a sua boa condutividade eléctrica, resistência a corrosão, e uma boa combinação de propriedades físicas e químicas , apresenta diversas aplicações industriais. O ouro exerce funções críticas em ordenadores, comunicações, naves espaciais, motores de reacção na aviação, e em diversos produtos. Sua alta condutividade eléctrica e resistência a oxidação tem permitido um amplo uso em eletrodeposição, ou seja, cobrir com uma camada de ouro por meio electrolítico as superfícies de conexões eléctricas, para assegurar uma conexãode baixa resistência http://pt.wikipedia.org/wiki/Estado_de_oxida%C3%A7%C3%A3o http://pt.wikipedia.org/wiki/Dureza http://pt.wikipedia.org/wiki/Liga_met%C3%A1lica http://pt.wikipedia.org/wiki/Liga_met%C3%A1lica http://pt.wikipedia.org/wiki/Prata http://pt.wikipedia.org/wiki/Cobre http://pt.wikipedia.org/wiki/J%C3%B3ia http://pt.wikipedia.org/wiki/Moeda http://pt.wikipedia.org/wiki/Condutividade_el%C3%A9trica http://pt.wikipedia.org/wiki/Corros%C3%A3o http://pt.wikipedia.org/wiki/Comunica%C3%A7%C3%A3o http://pt.wikipedia.org/wiki/Foguete http://pt.wikipedia.org/wiki/Oxida%C3%A7%C3%A3o http://pt.wikipedia.org/wiki/Galvaniza%C3%A7%C3%A3o Texto de apoio de Quim. Inorg. II Elaborado por: dr. José Arão. Docente da cadeira UP – Beira 2007 24 eléctrica e livre do ataque químico do meio. O mesmo processo pode ser utilizado para a douragem de peças, aumentando a sua beleza e valor. Como a prata, o ouro pode formar amálgamas com o mercúrio que, algumas vezes, é empregado em obturações dentárias. O ouro coloidal ( nanopartículas de ouro ) é uma solução intensamente colorida que está sendo pesquisada para fins médicos e biológicos. Esta forma coloidal também é empregada para criar pinturas douradas em cerâmicas. O ácido cloroaúrico é empregado em fotografias. O isótopo de ouro 198 Au, com meia-vida de 2,7 dias, é usado em alguns tratamentos de câncer e em outras enfermidades. É empregado para o recobrimento de materiais biológicos, permitindo a visualização através do microscópio electrónico de varredura (SEM ). Utilizado como cobertura protectora em muitos satélites porque é um bom reflector de luz radiação infravermelha. 1.4.8 Papel biológico O ouro não é um elemento químico essencial para nenhum ser vivo. Alguns tiolatos ( ou semelhantes ) de ouro ( I ) são empregados como anti inflamatórios no tratamento de artitres reumatóides e outras enfermidades reumáticas. Não é bem conhecido o funcionamento destes sais de ouro. O uso do ouro em medicina é conhecido como crisoterapia. A maioria destes compostos são pouco solúveis, portanto devem ser injectados. Alguns são mais solúveis e podem ser administrados via oral, sendo melhor tolerados. Este tratamento pode apresentar efeitos secundários, geralmente leves, porém é a primeira causa do abandono do tratamento pelos pacientes. 1.4.8.1 Precauções O corpo humano não absorve bem este metal, e seus compostos não são muito tóxicos. Entretanto, até 50% dos pacientes com artrose tratados com medicamentos que contém ouro tem sofrido danos hepáticos e renais. http://pt.wikipedia.org/wiki/Prata http://pt.wikipedia.org/wiki/Merc%C3%BArio_%28elemento_qu%C3%ADmico%29 http://pt.wikipedia.org/wiki/Col%C3%B3ide http://pt.wikipedia.org/wiki/Solu%C3%A7%C3%A3o http://pt.wikipedia.org/wiki/Medicina http://pt.wikipedia.org/wiki/Biologia http://pt.wikipedia.org/wiki/Cer%C3%A2mica http://pt.wikipedia.org/wiki/Fotografia http://pt.wikipedia.org/wiki/Is%C3%B3topo http://pt.wikipedia.org/wiki/Meia-vida http://pt.wikipedia.org/wiki/C%C3%A2ncer http://pt.wikipedia.org/wiki/Microsc%C3%B3pio http://pt.wikipedia.org/wiki/Sat%C3%A9lite http://pt.wikipedia.org/wiki/Radia%C3%A7%C3%A3o_infravermelha http://pt.wikipedia.org/wiki/Elemento_qu%C3%ADmico_essencial http://pt.wikipedia.org/wiki/Medicina http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Crisoterapia&action=edit http://pt.wikipedia.org/wiki/Veneno http://pt.wikipedia.org/wiki/Artrose http://pt.wikipedia.org/wiki/F%C3%ADgado http://pt.wikipedia.org/wiki/Rim Texto de apoio de Quim. Inorg. II Elaborado por: dr. José Arão. Docente da cadeira UP – Beira 2007 25 2.0 IIB SUBGRUPO OU SUBGRUPO DE Zn 2.1 Características gerais Todos são análogos electrónicos completos. Esses elementos têm subnível d completamente preenchido, em consequência disso o subnível d tem estabilidade alta e não é capaz de ceder electrões, assim os metais podem revelar Nóx máximo em estado excitado do átomo o +2, usando só S electrões. Zn 4S 1 3d 10 Cd 5S 1 4d 10 Hg 6S 1 5d 10 Comparando os compostos de Zinco e do Cádmio com os compostos de metais alcalinos- terrosos, observa-se que os hidróxidos destes são solúveis ou pouco solúveis, enquanto que os do grupo de Zinco são insolúveis. Os óxidos são pouco solúveis em água mas se dissolvem em ácidos, tendo estabilidade decrescente com o aumento da nobreza. O óxido de Zinco (ZnO) é mais estável que o de Cádmio (CdO) e mais do que o de Mercúrio (HgO). A actividade química diminui ao longo do subgrupo tal como no IB subgrupo, exactamente o contrário do que do que ocorre no grupo IIA. O mercúrio é um elemento singular, principalmente quanto ao seu estado de oxidação. Esta particularidade de Hg está ligada a possibilidade do Hg formar cadeias entre átomos –Hg- Hg-. Cada átomo de mercúrio tem valência II mas o seu nox é +1. Todos os elementos deste grupo formam óxidos e halogenetos por reacção directa com oxigénio e halogéneos, respectivamente. Todos os elementos deste grupo formam complexos facilmente com radical cianeto (CN) - : M2[Me(CN)4], com as aminas [Me (NH3)4](ReO4)2 e com halogéneos M2(MeX4), onde M – metal de IGA e Me- metal de IIGB. Existe uma particularidade na formação destes complexos, relativamente ao mercúrio (qual?). Os três metais formam com relativa facilidade bases fracas, cuja basicidade decresce ao longo do subgrupo. Texto de apoio de Quim. Inorg. II Elaborado por: dr. José Arão. Docente da cadeira UP – Beira 2007 26 Os sais de Zinco são normalmente higroscópicos ( o que significa?), consequentemente hidratados ; Os de cádmio são pouco hidratados e , quando dissolvidos não se ionizam completamente. 2.2 O ZINCO 2.2.1 Ocorrência na Natureza O Zinco aparece sempre combinado sob forma de minérios, sendo os principais: a blenda ou esfalerita ( ZnS), calamina ( ZnCO3); Tem-se ainda Franklinita (ZnFe)OFe2O3 e Galinita (ZnO.Al2O3). Os principais produtores que contribuem com ⅔ de toda produção de Zinco são: E.U.A, U.R.S.S., Canadá, México, Austrália, Japão, Itália e Polónia. 2.2.2 Obtenção O zinco é obtido, geralmente, a partir do sulfeto (ZnS) ou carbonato (ZnCO3). Em ambos os casos ustula-se o material de partida, que passa a óxido. 2ZnS + 3O2 2ZnO + 2SO2↑ ZnCO3 ZnO + CO2 ↑ O óxido é então reduzido com o carvão ou antracite. ZnO + C Zn + CO↑ O outro método de obtenção consiste na redução electrolítica do seu sulfato : ZnO + H2SO4(d) ZnSO4 + H2O 2.2.3 Propriedades Físicas - É um metal azul- argênteo. À temperatura ambiente ele é relativamente frágil, porém a 100-150 ْ c ele é bem maleável e lamináveis; - Ao ser aquecido acima de 200 ْ c o zinco torna-se muito frágil; - Tem brilho metálico, cor branca, é bastante pesado (densidade de 7-13g/cm3), bem fusível e bem volátil. Texto de apoio de Quim. Inorg. II Elaborado por: dr. José Arão. Docente da cadeira UP – Beira 2007 27 2.2.4 Propriedades Químicas. O zinco ao ar cobre se e torna-se inerte pela presença de película de óxido na sua superfície que o protege contra a oxidação posterior. A água quase não actua sobre o zinco apesar da sua posição antes de hidrogénio na série de tensões. Isto explica-se pela prática do seu hidróxido que se forma na superfície durante a interacção com a água e dificulta a reacção posterior. É um redutor médio como o cádmio, e no grupo são mais que o mercúrio. O Zn e suas combinações têm propriedades anfóteras; Sob aquecimento entra na interacção com: - Oxigénio e halogéneo produzindo óxidos e halogéneo, respectivamente 2Zn + O2 2ZnO Zn + X2 ZnX2 ; onde X é um halogéneo. 2.2.4.1Interage com bases e ácidos: Zn + 2NaOH + 2H2O Na2[Zn(OH)4] + H2↑ Zn + 2NaOH Na2ZnO2 + H2 Zn + 2H2SO4(C) ZnSO4 + SO2 + 2H2O Zn + H2SO4(d) ZnSO4 + H2↑ 4Zn + 10HNO3(md) 4Zn(NO3)2 + NH4NO3 + 3H2O Texto de apoio de Quim. Inorg. II Elaborado por: dr. José Arão. Docente da cadeira UP – Beira 2007 28 Enxofre dando sulfuretos; Zn + S ZnS 2.2.5 Combinações do Zn 2.2.5.1 Óxidos e Hidróxidos ZnO é sólido e não se dissolve em água. O ZnO dissolve-se em bases e ácidos; O hidróxido deste metal não se obtém directamente a partir do óxido e água. O hidróxido obtém-se através da acção de bases sobre os sais. 2NaOH + ZnSO4 Zn(OH)2↓ + Na2SO4 O hidróxido de zinco dissolve-se em ácidos e bases, ele é anfótero. Zn(OH)2 + 2NaOH Na2[Zn(OH)4] Zn(OH)2 + H2SO4 ZnSO4 + H2O O Zn é um bom agente complexante; o nº de coordenação mais característico é +4 ou +6. Por exemplo quando o Zn reage com NH4OH dão-se os seguintes passos: ZnSO4 + 2NH4OH Zn(OH)2 + (NH4)2SO4 Se misturar-se com excesso do hidróxido de amónio forma-se: Zn(OH)2 + (NH4)2SO4 + 2NH4OH [Zn(NH3)4]SO4 + 4H2O 2.2.5.2 Hidrólise dos Sais Os sais do subgrupo de zinco sofrem hidrólise. 2ZnSO4 + 2HOH (ZnOH)2SO4 + H2SO4 (meio ácido) Texto de apoio de Quim. Inorg. II Elaborado por: dr. José Arão. Docente da cadeira UP – Beira 2007 29 O grau de hidrólise aumenta na presença de carbonato de sódio. 2ZnSO4 + Na2CO3 + 2HOH (ZnOH)2CO4 + Na2SO4 + CO2 Isso deve-se a formação do Ppd e libertação do gás. Da mesma forma, sofrem também hidrólise os sais de Hg. 2.2.6 Aplicação A aplicação do zinco é muito variável. Aplica-se no revestimento de sobre as peças de ferro e aço; - emprega-se no fabrico de pilhas galvânicas - Sob forma de latão, é aplicado no fabrico de tubos para condensadores e radiadores, aplica- se também na construção de navios; - Sob forma de chapas usa-se na cobertura de tetos de casas. O ZnSO4.7H2O- aplica-se no tingimento de tecidos e na medicina; O Cloreto de zinco em solução usa-se na soldadura para remoção de óxidos na superfície de metal. Na soldagem aplica-se também (NH4)2[ZnCl4] O ZnS e óxidos de Zn possuem a capacidade de luminescer, isto é, emitir uma luminescência fria devido a acção de energia radiante ou electrões. Fenómeno de luminescência aplica-se largamente na ciência e técnica. O ZnO aplica-se como tinta branca. 2.3 CÁDMIO (Cd ) 2.3.1 Historial O cádmio foi descoberto pelo químico alemão Friedrich Strohmeyer em 1817 numa amostra de carbonato de cálcio ( CaCO3) usado na fundição salgitterlínio. Chamara cadmeia ao carbonato de Zinco ( ZnCO3 ), encontrado nas chamadas fundições do Latão , Strohmeyer deu ao metal o nome de cadmium, por ser encontrado na poeira de fundição do Zinco. Texto de apoio de Quim. Inorg. II Elaborado por: dr. José Arão. Docente da cadeira UP – Beira 2007 30 Cádmio deriva do latim cadmia grego kadmeia, calamina, óxido de Zinco. Pela existência deste mineral nas Cercanias de Tebas ( terra cadmeia ), uma cidade fundada por Cádmio, segundo a mitologia. O seu número atómico é de 48 e o número de massa é de 112,411g. Apresenta todos os subníveis completamente preenchidos para a sua reacção necessita de grande quantidade de energia. 2.3.2 Ocorrência na natureza O cádmio é um elemento escasso na crusta terrestre. As reservas são difíceis de serem encontradas e existem em pequenas quantidades e geralmente associado com outros minérios de Zinco, tais como:( a esfalerita ou blenda ZnS, Sulfeto de cádmio CdS , minério sem importância comercial, calamina ZnCO3 e hidronzincitz Zn3(CO3)2( OH)2 , em percentagens que variam de 0,1 a 0,3%. Ele é menos abundante na natureza que o Zinco. 2.3.3 Obtenção do cádmio O cádmio é obtido a partir dos resíduos da produção do Zinco por tratamento dos últimos pelo ácido sulfúrico com a deslocação posterior do cádmio metálico pelo Zinco. CdSO4 + Zn ZnSO4 + Cd Para ser purificado, o produto obtido dissolve-se no ácido sulfúrico deluido e depois é submetido a electrólise. Também podemos obter o cádmio pela redução do seu óxido. CdO + C Cd + CO 2.3.4 Propriedades físicas do cádmio É um metal branco em contact-azulado, tão mole que pode ser cortado com uma faca, muito parecido com Zinco, dúctil a temperatura ambiente, brilho metálico, maleável. A sua superfície escurece rapidamente o com o ar devido a formação de uma camada fina de óxido, os seus pontos de fusão e de ebulição são 320,9ºc e 767ºc, respectivamente. http://pt.wikipedia.org/wiki/Crosta_terrestre Texto de apoio de Quim. Inorg. II Elaborado por: dr. José Arão. Docente da cadeira UP – Beira 2007 31 2.3.5 Propriedades químicas do cádmio 1. O cádmio também combina directamente com os halogéneos a quente formando halogenetos de formula ( CdX2). 2. Ele se dissolve em ácidos deluidos, com evolução de hidrogénio e quando muito puro resiste a acção dos ácidos deluidos. Cd + 2HCl CdCl2 + H2 Cd + H2S CdS + H2 Cd + H2SO4 CdSO4.2⅔H2O Cd + HNO3 Cd( NO3)2.2H2O 3. Interacção com óxidos, bases, carbono e enxofre Cd + Na2O CdO + 2Na Cd + 2NaOH Na2CdO2 + H2 Cd + C CdC Cd + S CdS 2.3.6 COMPOSTOS DE CÁDMIO 2.3.6.1 Óxido de cádmio (CdO ) O cádmio queima-se em presença do ar com uma chama vermelha, formando o seu óxido CdO que é um pó marrom, que se transforma em cristais cúbicos vermelhos por aquecimento com oxigénio. 2Cd + O2 2CdO + 60,86 kcal Texto de apoio de Quim. Inorg. II Elaborado por: dr. José Arão. Docente da cadeira UP – Beira 2007 32 2.3.6.2 Hidróxido de cádmio Cd(OH)2 O hidróxido de cádmio é obtido como um precipitado branco, pela adição de hidróxidos alcalinos a solução de sais de cádmio. O hidróxido é solúvel em água na formação de complexos. 2.3.6.3 O sulfureto de cádmio O sulfureto de cádmio obtém-se pela acção do sulfureto de hidrogénio sobre o cloreto de cádmio. H2S + CdCl2(ag) CdS + 2HCl Dos sais do cádmio falaremos do sulfureto de cádmio. Ocorre como mineral greenockita, quando se separa por aquecimento o óxido de cádmio e enxofre, mas o precipitado obtido por adição de H2S a uma solução de Cd 2+ fracamente ácida tem a estrutura de blenda. Este sal aplica-se na fabricação de tintas amarelas e de vidros coloridos. O cádmio forma outros compostos tais como:Na2[ Cd ( OH)6], Sr2[ Cd(OH)6], K2[Cd(CN)4 ], Ba2[Cd( OH)6], Cd(ClO4)2 2.3.7 APLICAÇÕES O cádmio emprega-se nos acumuladores alcalinos, faz parte de algumas ligas por exemplo as ligas de cobre que contém cerca de 1% de Cd ( bronze de cádmio) servem para fabricar fios telegráficos, telefónicos por possuir uma resistência e durabilidade. Também o cádmio é usado para cobrir metais como protector contra a corrosão. O sulfato de cádmio aplica-se na oftalmologia para preparação de unguentos e pomadas e na física experimental, para a construção de pilhas-padrão de Weston. Aproximadamente três quartas partes de cádmio produzido é empregado na fabricação de baterias, especialmente nas baterias de níquel-cádmio. http://pt.wikipedia.org/wiki/Bateria http://pt.wikipedia.org/wiki/N%C3%ADquel Texto de apoio de Quim. Inorg. II Elaborado por: dr. José Arão. Docente da cadeira UP – Beira 2007
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