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Cromatografia em Papel

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Página 1 de 3 
 
Cromatografia 
Matheus Alves Pereira 
Graduação em Química Licenciatura - 1º período 
Química Geral e Experimental I - Prof. Dr. Olacir Alves Araújo 
Universidade Estadual de Goiás - Campus Anápolis de Ciências Exatas e Tecnológicas Henrique Santillo 
 
13 de maio de 2019
 
Objetivo 
Análise qualitativa da fase móvel, por meio do fator de retenção, sendo esse a razão entre a distância 
percorrida pela amostra e a distância percorrida do solvente. 
 
1 Introdução teórica 
A cromatografia pode ser definida como um processo molecular de fluxo direcionado, onde o substrato 
é forçado a percolar por meio da fase estacionária. O processo ocorre no nível das dimensões moleculares. Para 
que isso ocorra, deve haver um sistema de forças que promova o percolamento do substrato (Neto, 2004). 
Por volta de 1940, surgiu a cromatografia em papel. Esta consiste em que a fase estacionária é disposta sobre 
a superfície plana, vertical (papel filtro) e o caminho da fase móvel, juntamente o substrato ocorre por meio da 
força, que chamamos de capilaridade (Neto, 2004). 
A técnica de cromatografia em papel é um dos métodos da cromatografia planar. Surgiu em 1941, 
desenvolvida por Martin e Synge e lhes rendeu o prêmio Nobel de 1952. Essa técnica é usada na forma de 
eluição, em que se a qual usa uma fase estacionária que é o papel filtro. O mecanismo envolvido é definido como 
participação da fase móvel (solvente orgânico) e fase estacionária (água presente na celulose) (Neto, 2004). A 
cromatografia em papel consiste em uma camada relativamente fina e plana e a fase móvel desloca-se por ação 
de capilaridade (Skoog, 2002). 
Esta separação ou distribuição dos componentes de uma mistura está relacionada com as diferentes 
solubilidades relativas destes componentes na fase móvel e na fase estacionária. Os componentes menos 
solúveis na fase estacionária têm uma movimentação mais rápida ao longo do papel, enquanto que os mais 
solúveis na fase estacionária serão relativamente retidos, tendo uma movimentação mais lenta (Skoog, 2002). 
A cromatografia em papel é simples. É considerada uma técnica de partição líquido-líquido e é 
classificada como um método qualitativo, ou seja, caracteriza os componentes, não os quantifica. 
O método também serve para fracionar os componentes, que podem ser analisados por outros métodos 
complementares. Esse método é bastante usado na área da bioquímica na separação de compostos (Ribeiro; 
Nunes, 2008). 
 
Página 2 de 3 
 
2 Parte experimental 
 
Equipamentos, materiais e reagentes 
Para esse experimento foram utilizados: 1 béquer de 50mL, 1 vidro de relógio, 2 folhas de papel filtro, 3 
cantas em gel com cores distintas e Álcool etílico 70º INPM. 
Metodologia 
1. Cromatografia em papel 
 
Foram recortados três retângulos de 9,5cm X 1,2cm dos papéis filtros, e utilizando uma régua para 
realizar as medidas foi traçada uma reta a 1,5cm das extremidades dos retângulos com um lápis para definição 
das fases estacionarias, e nas extremidades inferiores foram feitas as marcações com as canetas em gel, cada 
retângulo com uma caneta diferente. 
Em seguida foi inserido num béquer uma quantidade de cerca de 4mL de álcool etílico 70º, e nesse 
béquer foram colocadas as fases estacionárias de modo que a superfície do álcool ficasse abaixo da linha de 
marcação. 
Foi aguardado que a fase estacionária começasse a se deslocar pelo papel, e ao atingir a marcação 
superior foi medido a distância de deslocação do álcool no papel desde sua superfície, assim como a distância 
de deslocação da tinta da caneta, para se calcular o RF. 
 
3 Resultados e discussão 
Cromatografia em papel: Caneta Pentel em gel de cor azul 
 
𝑭𝑹 =
𝑫𝒊𝒔𝒕â𝒏𝒄𝒊𝒂 𝒅𝒂 𝒂𝒎𝒐𝒔𝒕𝒓𝒂
𝑫𝒊𝒔𝒕â𝒏𝒄𝒊𝒂 𝒅𝒐 𝑺𝒐𝒍𝒗𝒆𝒏𝒕𝒆
 
 
𝑭𝑹 =
𝟔, 𝟓 𝒄𝒎
𝟒, 𝟗 𝒄𝒎
 
 
𝑭𝑹 = 𝟏, 𝟑 𝒄𝒎 
 
Cromatografia em papel: Caneta Pentel em gel de cor preta 
 
𝑭𝑹 =
𝑫𝒊𝒔𝒕â𝒏𝒄𝒊𝒂 𝒅𝒂 𝒂𝒎𝒐𝒔𝒕𝒓𝒂
𝑫𝒊𝒔𝒕â𝒏𝒄𝒊𝒂 𝒅𝒐 𝑺𝒐𝒍𝒗𝒆𝒏𝒕𝒆
 
 
𝑭𝑹 =
𝟔, 𝟖 𝒄𝒎
𝟑, 𝟓 𝒄𝒎
 
 
𝑭𝑹 = 𝟏, 𝟗 𝒄𝒎 
 
 
Cromatografia em papel: Caneta Maxprint em gel de cor lilás 
 
𝑭𝑹 =
𝑫𝒊𝒔𝒕â𝒏𝒄𝒊𝒂 𝒅𝒂 𝒂𝒎𝒐𝒔𝒕𝒓𝒂
𝑫𝒊𝒔𝒕â𝒏𝒄𝒊𝒂 𝒅𝒐 𝑺𝒐𝒍𝒗𝒆𝒏𝒕𝒆
 
 
𝑭𝑹 =
𝟔, 𝟓
𝟔, 𝟏
 
 
Página 3 de 3 
 
𝑭𝑹 = 𝟏, 𝟎 𝒄𝒎 
 
Desta forma vemos que o RF (Fator de retenção) é diferente para cada amostra, pois esse se relaciona 
de acordo com a composição da amostra, que por evidencia são diferentes entre si. 
Assim, Rf= (d soluto/ d solvente); onde d é a distância percorrida (pelo soluto ou pelo solvente) após a 
corrida cromatográfica, determina uma característica única de uma amostra. Um exemplo prático disso seria o 
cálculo de RF para provar que algo foi escrito com uma caneta especifica. 
 
4 Conclusão 
Dentre as áreas de maior importância considero a aplicação química na investigação criminal a mais 
importante delas. As técnicas cromatológicas são usadas na química forense, que é uma área muito importante, 
pois faz parte do processo de investigação criminal no Brasil e com as metodologias empregadas é possível 
solucionar inúmeros crimes que muitas vezes são considerados sem resposta. Assim, com o avanço da 
tecnologia e o desenvolvimento nos estudos correlatos ocorreu a expansão do termo forense que é conhecido 
atualmente, divulgando as técnicas aplicadas para a identificação das substâncias ilícitas.1 
 
 
 
5 Referências bibliográficas 
 
Neto, Claudio C. Análise orgânica: métodos e procedimentos para caracterização de organoquímicos. v. 2. 
Rio de Janeiro: UFRJ, 2004. 
 
Skoog, Douglas A. Princípios de Análise Instrumental. 5. ed. Porto Alegre: Bookman, 2002 
 
Ribeiro, Nùbia, M.; Nunes, Carolina R. Análise de pigmentos de pimentões por cromatografia em papel. 
Quím. Nov. Escola. n. 29, ago., 2008. 
 
Camargos, Antonielle Cristina da Fonseca, ‘Química Forense: Análises de Substâncias Apreendidas’, 2018, 25 
<https://ufsj.edu.br/portal2-repositorio/File/coqui/TCC/Antonielle.pdf> 
 
 
1 Antonielle Cristina da Fonseca Camargos, ‘Química Forense: Análises de Substâncias Apreendidas’, 2018, 
25 <https://ufsj.edu.br/portal2-repositorio/File/coqui/TCC/Antonielle.pdf>.

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