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Relatório 1 - Cromatografia em Camada Delgada (CCD)

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS - UFMG 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Relatório 1 - Cromatografia em 
Camada Delgada (CCD) 
 
 
Carlos Eduardo Costa Dos Santos 
Lara Raquel Silva 
Maria Luiza Martins Rodrigues 
Vinícius Costa Cruz 
 
QUI210 - Diurno 
 
 
Belo Horizonte, 5 de janeiro 2021 
 
 
1. Introdução teórica 
A Cromatografia em Camada Delgada (CCD) se baseia no mecanismo de adsorção e surge 
como um aprimoramento de técnicas que visavam aplicações em superfícies planares com 
sólidos espalhados, com o objetivo de realizar separações analíticas. 
No século XIX, em 1889, o professor Beijerinck, um botânico, deu início à técnica quando em 
seus estudos, utilizou sólidos em camada delgada sobre vidro para o desenvolvimento circular 
de misturas e sais inorgânicos. 
Mais tarde, os pesquisadores Prof. Nikolai A. Izmailov e Maria S Shraiber, buscando um 
método rápido para a análise de extratos de plantas usados em medicamentos, adaptaram o 
método de cromatografia líquido-sólida em coluna: espalhando o sólido sobre uma placa de 
vidro, depositando uma gota da solução a ser analisada e após a secagem, gotejando do 
mesmo solvente utilizado como eluente na separação em coluna diretamente sobre a mancha 
seca da amostra. Um desenvolvimento circular era observado, onde os componentes aparecem 
como anéis concêntricos com diferentes cores, ou diretamente quando a lâmina era exposta à 
luz fluorescente. 
A forma ascendente e horizontal utilizada na maioria das aplicações da CCD atualmente, foi 
desenvolvida por Kirchner (1911-1987) ao desenvolver o método de aderir os sólidos ao 
suporte. 
Por último, em 1956, o professor Egon Stahl desenvolveu um aparelho que permitia a 
preparação de placas com camadas uniformes do adsorvente, reduzindo a quantidade de 
amostras e o volume do solvente, além de preparar placas com reprodutibilidade. 
As vantagens dessa técnica são a simplicidade, a instrumentação de baixo custo, rapidez, 
menor geração de resíduo, possibilidade de determinação simultânea de várias amostras. 
Além de que pode ser utilizada quando a aplicabilidade de outras técnicas é limitada pelas 
propriedades das amostras como a baixa volatilidade, por exemplo. 
A CCD consiste em uma fase estacionária (adsorvente) fixada em uma placa e uma fase 
móvel, composta por um solvente ou uma mistura de solventes, também chamados eluentes. 
A amostra a ser analisada é aplicada sobre o adsorvente e se observa a ascendência do 
 
solvente por capilaridade, arrastando os compostos menos adsorvidos na fase estacionária, 
separando-os dos mais adsorvidos. 
A técnica em questão é bastante aplicada na área de Ciências Farmacêuticas, como por 
exemplo na Farmacognosia, que procura determinar quais compostos ativos estão presentes 
em plantas medicinais de interesse farmacológico como terpenos, flavonoides, alcaloides, 
entre outros. Além disso, pode ser utilizada no controle de qualidade de alimentos, como na 
determinação de pesticidas em extratos de alimentos orgânicos. Pode também ser utilizada 
para determinar a qualidade e autenticidade de fitoterápicos, análise confirmatória em perícia 
de drogas e também como um método teste para determinar o solvente apropriado para 
cromatografia em coluna. 
2. Objetivos 
Realizar análise cromatográfica de uma pseudo-mistura de fluoreno e ácido benzóico e de 
suas soluções puras a fim de demonstrar a capacidade da técnica em separar constituintes de 
uma mistura, utilizando diferentes proporções de hexano:acetato de etila como eluente. 
 
3. Materiais e reagentes 
Proveta de 10ml, tubos capilares, cromatoplacas, cubas de vidro com tampas, papel de filtro. 
Cloreto de metileno, fluoreno, ácido benzóico, acetato de etila e hexano. 
 
4. Métodos 
As soluções de fluoreno e ácido benzóico foram preparadas utilizando o material em pó de 
cada amostra e cloreto de metileno como solvente a fim de formar uma solução amarela 
(fluoreno) e outra de aspecto límpido e transparente (ácido benzóico). 
Foram utilizadas quatro cubas, com as seguintes concentrações de hexano:acetato de etila 
(9:1, 8:2, 6:4, 4:6). Com a finalidade de saturar a atmosfera das cubas, um círculo de papel de 
filtro foi adicionado em cada uma delas. Com o auxílio de uma proveta, foram adicionados 10 
ml das misturas de eluentes em cada cuba, tomando o devido cuidado para que a quantidade 
de solvente não ultrapasse 1 cm de altura e em sequência as cubas foram agitadas para 
facilitar a dispersão dos gases. 
Para a preparação das cromatoplacas, as mesmas foram identificadas segundo a proporção dos 
solventes eluentes. A altura do ponto de aplicação foi definida deixando uma margem de 1cm 
 
da borda inferior da cromatoplaca e o local de aplicação de cada uma das amostras foi 
estabelecido dividindo verticalmente a cromatoplaca em três partes. Em seguida, com o 
auxílio de um tubo capilar, as amostras de fluoreno e ácido benzóico foram aplicadas 
seguindo a ordem ilustrada na Figura 1. 
 
 Figura 1 - Imagem ilustrativa de uma cromatoplaca. 
 
Fonte: Elaborada pelo autor. 
As cromatoplacas foram introduzidas em suas respectivas cubas de eluição e em seguida todas 
as cubas foram tampadas. As cromatoplacas ficaram dentro das cubas de eluição até os 
solventes atingirem a altura correspondente a cerca de 1cm abaixo da extremidade superior da 
placa (Figura 2). 
 
Figura 2 - Esquema ilustrativo de uma cuba de eluição com uma cromatoplaca. 
 
Fonte: Elaborada pelo autor. 
 
As cromatoplacas foram removidas para o exterior e marcadas imediatamente, com o auxílio 
de um lápis, a posição atingida pelo eluente (frente do eluente) para realizar posteriormente o 
cálculo do fator de retenção (Figura 3). 
 
Figura 3 - Imagem ilustrativa de uma cromatoplaca. 
 
Fonte: Elaborada pelo autor. 
 
Após o solvente evaporar, as cromatoplacas foram levadas até uma cabine de fluorescência 
ultravioleta (Figura 4) para realizar a revelação, no comprimento de onda 254 nanômetros. 
 
Figura 4 - Cabine de fluorescência ultravioleta. 
 
Fonte: Cabine UV - METAL-CHEK do Brasil Ind e Com Ltda​1 
 
1Disponível em: <https://www.medicalexpo.com/prod/spectroline/product-99664-754170.html> Acesso em Dez. 
2020. 
 
5. Resultados e discussão 
As quatro cromatoplacas foram analisadas pelo método de revelação por meio de luz 
ultravioleta no comprimento de onda de 254 nanômetros (Figura 5), uma vez que, as 
substâncias analisadas não são visualizadas no espectro visível. 
 
Figura 5 - Cromatoplacas sob luz ultravioleta. 
 
Fonte: MPN Organic, Thin Layer Chromatography (TLC) with Mark Niemczyk, Ph.D. 
 
Primeiramente, torna-se necessário identificar a fase estacionária e a fase móvel, que são 
sílica e a mistura de hexano:acetato de etila respectivamente. A escolha da fase móvel é de 
suma importância, já que entende-se que existe uma ​afinidade entre as moléculas da fase 
móvel e da amostra, pela superfície do adsorvente. 
Com isso, a natureza química das substâncias a serem separadas e a polaridade da fase móvel 
devem e possivelmente foram levadas em consideração. Uma característica importante que 
distingue as variadas misturas é a polaridade, pois o hexano é menos polar que o acetato de 
etila. Assim, quanto maior a proporção de hexano sobre o acetato de etila namistura, menor a 
polaridade da mesma. 
Na primeira cromatoplaca (Figura 5a), o ácido benzóico percorreu mais sobre a fase 
estacionária em comparação ao fluoreno e houve separação parcial entre o fluoreno e o ácido 
benzóico na aplicação conjunta. Isto ocorreu, pois o solvente sendo pouco polar arrasta com 
 
mais facilidade as substâncias menos adsorvidas na sílica. Assim, substâncias menos 
adsorvidas na fase estacionária tendem a eluir com mais facilidade. 
Na segunda cromatoplaca (Figura 5b), o ácido benzóico continuou a deslocar-se mais em 
comparação ao fluoreno, houve também a separação entre os componentes da aplicação 
conjunta, visto que a polaridade da fase móvel aumentou. Aparentemente essa mistura de 
solventes seria adequada, pois seus constituintes se separaram ficando a uma distância 
satisfatória da frente do eluente. ​Na terceira cromatoplaca (Figura 5c), o ácido benzóico e o 
fluoreno eluiram mais pela placa, chegando mais próximo da frente do eluente e ainda é 
possível observar os dois pontos distintos das substâncias. 
Na quarta cromatoplaca (Figura 5d) os constituintes da amostra quase chegaram a frente do 
eluente, sendo possível inferir que essa mistura de fase móvel não seria adequada pois 
dificultaria o cálculo posterior do fator de retenção (RF), já que ambos compostos ficaram 
sobreposto próximos a borda da placas. Observa-se também que os componentes da 
aplicação conjunta não se separaram completamente, evidenciando o fato dessa mistura de 
solventes não ser adequada. 
Posterior a revelação das cromatoplacas seria necessário realizar o cálculo do fator de 
retenção (RF), que não foi feito nesta prática devido o não fornecimento das medidas reais das 
alturas de cada mancha​. ​Vale ressaltar que o RF mede a distância percorrida pela substância. 
 
6. Conclusão 
Contudo, conclui-se que o experimento aconteceu em concordância com as informações 
teóricas, visto que a substância menos polar (fluoreno) ficou menos adsorvida nas 
cromatoplacas, eluindo mais, junto com o solvente, à medida que a polaridade do solvente 
aumentou. Portanto, o interessante é encontrar um eluente que separe os componentes da 
mistura de forma distinta e que não arraste as substâncias para próximo da frente do eluente. 
Ademais, a cromatografia em camada delgada dá informação analítica para dizer o quão puro 
ou impuro é a amostra, comparando com padrões. Assim, é possível identificar, separar e 
purificar substâncias utilizando da técnica de CCD. 
 
7. Referências bibliográficas 
● MORAES, S.L.; REZENDE , M.O.O.; NAKAGAWA, L.E.; LUCHINI, L.C. ANÁLISE DE RESÍDUOS 
DE PESTICIDAS EM TOMATES POR CROMATOGRAFIA EM CAMADA DELGADA. Química 
 
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● HOELTZ, M.; WELKE, J.E.; NOLL, I.B.; DOTTORI, H.A. PHOTOMETRIC PROCEDURE FOR 
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CHROMATOGRAPHY USING CHARGE COUPLED DEVICE DETECTOR. Química Nova, Porto 
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<http://submission.quimicanova.sbq.org.br/qn/qnol/2010/vol33n1/08-AR08618.pdf?agreq=Thin-Layer%20
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● LEITE, C.C.; GARDA-BUFFON, J.; FAGUNDES, C.A.; BADIALE-FURLONG, E. ANÁLISES QUALI 
E QUANTITATIVAS DE MICOTOXINAS EM ÁGUAS DA CADEIA PRODUTIVA DO ARROZ POR 
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bcs,qn,qnesc,qnint,rvq>. Acesso em: 20 dez. 2020. 
● COLLINS , Carol H. V. O Desenvolvimento da Cromatografia em Camada Delgada. Instituto Internacional 
de Cromatografia , Campinas, p. 8-10, 22 dez. 2020. Disponível em: 
<https://www.iicweb.org/scientiachromatographica.com/files/v2n1a1.pdf>. Acesso em: 20 dez. 2020. 
● SILVA, D.G; JUNIOR, G.B; CUNHA, G.Ap. da; OLIVEIRA, J.E; DANUELLO, A.C. Cromatografia em 
Camada Delgada. [200-?]. Slide. 
● MUNIZ, Nil. Centro de Perícias já fez mais de duas mil perícias em drogas este ano. Belém-PA. Disponível 
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<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1516-05722013000200013&lng=en&nrm=iso>. 
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<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-40422002000200005&lng=en&nrm=iso>. 
access on 26 Dec. 2020. 
● MACHADO, A.M.R; SANTOS, M.S. Cromatografia em Camada Delgada. Química Orgânica I. 
Coordenação de Curso Técnico. Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais. Belo 
Horizonte, p.11-16, Revisão 2007.

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