Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
DISCIPLINA: SISTEMAS DE PROTEÇÃO I 1/19 Prof. Me Miguel Angel Dutra Lacroix 2 – DISPOSITIVOS DE PROTEÇÃO – NBR 5410 – 5.3.5.2, 5.3.3, 6.3.4 NBR IEC 60947-2 NBR NM 60898 e portaria Inmetro 243/2006 Fundamentos da proteção O objetivo do sistema de proteção e isolar o equipamento defeituoso de forma rápida, confiável e desenergizando o menor trecho possível da rede. TIPOS DE DISPOSITIVOS DE PROTEÇÃO MAIS COMUNS � Fusíveis � Elos � Relés � Disjuntores 2.1 – FUSÍVEL É um dispositivo utilizado para a proteção de circuitos, fundamentalmente contra curto- circuito, e é constituído de um elemento condutor que se funde e interrompe o circuito quando a corrente atinge valores acima da sua corrente nominal. Podem ser retardados, rápidos, ultrarrápidos, limitadores de corrente, etc. TIPOS DE FUSÍVEIS – Fonte Dutra Lacroix Eng. DISCIPLINA: SISTEMAS DE PROTEÇÃO I 2/19 Prof. Me Miguel Angel Dutra Lacroix CURVAS CARACTERÍSTICAS DO FUSÍVEL DISCIPLINA: SISTEMAS DE PROTEÇÃO I 3/19 Prof. Me Miguel Angel Dutra Lacroix DISCIPLINA: SISTEMAS DE PROTEÇÃO I 4/19 Prof. Me Miguel Angel Dutra Lacroix 2.2 ELOS Constituem uma forma barata de proteção, e consistem basicamente de um elemento fusível colocado em um invólucro. Não apresentam elevada capacidade de interrupção e são utilizados praticamente em redes de distribuição, principalmente aéreas. Elo Fusível Chave Fusível - Fonte Dutra Lacroix Eng. 2.3 – RELÉS (a) Definição São dispositivos destinados a operar quando uma grandeza de atuação atinge um determinado valor. Existem várias classificações que se pode dar aos relés, quando a: � Grandeza de Atuação (Corrente, Tensão, Freqüência, etc) � Forma de Conectar ao Circuito (Primário / Secundário) � Forma Construtiva (Eletromecânicos, mecânicos, estáticos, etc) � Temporização (Temporizados e Instantâneos) � Quanto à Função (Sobrecorrente, Direcional, Diferencial, etc) � Característica de Atuação (Normal Inverso, Muito Inverso, etc) DISCIPLINA: SISTEMAS DE PROTEÇÃO I 5/19 Prof. Me Miguel Angel Dutra Lacroix (b) Principais Requisitos de um Relé � Confiabilidade � Seletividade lógica � Suportabilidade Térmica � Suportabilidade Dinâmica � Sensibilidade � Oscilografia � Quantidade de entradas e saídas digitais (E/S digitais) � Adequada quantidade de entradas analógicas de corrente � Adequada quantidade de entradas de tensão � Quantidade de saídas a rele adequada,IRIGB, possibilidade de se conectar em rede � Possibilidade de realizar funções de automação, comando, controle, medição, supervisão, etc. � Velocidade � Baixo Consumo � Baixo Custo (b) Equação Universal do Conjugado dos Relés 43 2 2 2 1 )cos(. KUIKUKIKC +−++= τθ (d) Relés de Sobrecorrente São relés que operam quando o valor da corrente do circuito ultrapassa um valor pré fixado ou ajustado. Os relés de sobrecorrente podem ser instantâneos (função ANSI 50) ou temporizados (função ANSI 51). Função ANSI : 50, 51, 50/51, 50N, 51N, 50/51N, 50GS, 51GS, 50/51GS Direcionalidade : operam em qualquer direção. Os primeiros relés instantâneos eram do tipo charneira. Entre os primeiros relés temporizados pode-se citar o de disco de indução. Evolução dos relés: � Relé Eletromecânico � Relé Estático � Relé Numérico Digital � IED DISCIPLINA: SISTEMAS DE PROTEÇÃO I 6/19 Prof. Me Miguel Angel Dutra Lacroix Evolução dos relés de sobrecorrente - Fonte Dutra Lacroix Eng. (d1) Relés Eletromecânicos Podem ser temporizados ou instantâneos (d.1.1) Relés Eletromecânicos Temporizados São normalmente os de disco de indução. A figura seguinte mostra suas principais partes. DISCIPLINA: SISTEMAS DE PROTEÇÃO I 7/19 Prof. Me Miguel Angel Dutra Lacroix Relé de disco de indução com seus principais componentes Fonte Dutra Lacroix Eng. Conexão : Vide esquemas unifilares e trifilares seguintes. (a) Fase + Conexão Residual (b) Conexão Ground Sensor Esquema Unifilar DISCIPLINA: SISTEMAS DE PROTEÇÃO I 8/19 Prof. Me Miguel Angel Dutra Lacroix Esquema Trifilar (d2) Características dos relés de sobrecorrente A característica dos relés de sobrecorrente é representada pelas suas curvas tempo versus corrente. Estas curvas variam em função do tipo do relé (disco de indução, estático, digital). Antigamente, na época dos relés de disco de indução, a escolha da característica do equipamento era feita no momento da compra e, assim, não era possível alterá-la. Atualmente fabricam-se praticamente somente os relés digitais e a maior parte deles permite escolher a característica tempo corrente apenas alterando-se os parâmetros no próprio relé. Os termos, característica inversa, normal inversa, muito inversa e extremamente inversa existe desde a época dos relés de disco de indução. Dessa forma, até hoje se mantém essa terminologia, sendo que as características mais utilizadas são: - Normal Inverso (NI), Muito Inverso (MI ou VI = Very Inverse), - Extremamente Inverso (EI), Tempo Longo Inverso (TLI ou LT I= Long - Time Inverse) e Tempo Definido (TD ou DT = Definite Time). - Nos relés digitais as características tempo versus corrente são representados por equações, e essas equações mudam de acordo com a norma. DISCIPLINA: SISTEMAS DE PROTEÇÃO I 9/19 Prof. Me Miguel Angel Dutra Lacroix Comparação das características das curvas IEC normal inversa, muito inversa e extremamente inversa. Como pode ser observado no gráfico acima, a curva extremamente inversa é muito rápida para altas correntes e lenta para baixas correntes. A característica normal inversa é muito lenta para correntes elevadas e rápida para baixas correntes ou de sobrecarga, e a característica muito inversa é adequada tanto para baixas como para altas correntes. (f) Relé Direcional de Sobrecorrente São relés que operam quando o valor da corrente do circuito ultrapassa um valor pré-fixado ou ajustado e na direção pré-estabelecida. Função ANSI : 67 Direcionalidade : Operam em apenas uma direção. Polarização : Por Tensão e Corrente Conexão : 30°, 60°, 90°. Vide Diagramas. A conexão mais usual é a 90° Conexões : DISCIPLINA: SISTEMAS DE PROTEÇÃO I 10/19 Prof. Me Miguel Angel Dutra Lacroix Ao utilizar relés direcionais deve-se atentar para o seguinte: - A presença de banco de capacitores no lado em que o relé não “enxerga”. Este fato faz com que o relé opere quando o sistema estiver com baixa carga,o que ocorre normalmente em fins de semana; - A existência de circuitos paralelos, onde possa haver a circulação de corrente em sentido reverso, como, por exemplo, quando um motor está partindo; - Contribuição de motores para as faltas, passando pelo relé direcional. (g) Relé Direcional de Potência São relés que operam quando o valor da potência ativa do circuito ultrapassa um valor prefixado ou ajustado e na direção pré-estabelecida. Função ANSI: 32 Direcionalidade: Operam em apenas uma direção. Polarização: Por Tensão e Corrente Conexão: 30°, 60°, 90°- A conexão mais usual é a 30° Conexão: Potencia nominal vista pelo relé: Pn = √3 x In-relé x Vn-relé x RTC x RTP DISCIPLINA: SISTEMAS DE PROTEÇÃO I 11/19 Prof. Me Miguel Angel Dutra Lacroix (h) Relé Diferencial São relés que operam quando a diferença da corrente de entrada em relação à corrente de saída ultrapassa um valor pré-estabelecido ou ajustado. Fução ANSI: 87 (letra adicional T de transformador, B de barra, G de gerador e M de motor) Direcionalidade: Operam dentro de sua zona de proteção (entre os TC´s de entrada e saída) em qualquer direção. Polarização : Por Corrente Conexão : Existem dois tipos básicos; o amperimétrico, que é um relé de sobrecorrente instantâneo operando de forma diferencial e o percentual constituído, alem da bobina de operação uma bobina de restrição dividida em duas metades. (h1) Relé Diferencial Percentual Este relé esta composto de duas metades de bobina (N2) percorridas pela corrente média (I1 + I2)/2 que exercem a restrição e a diferença de corrente (I1-I2) e exerce a operação sobre a bobina (N1).O esquema trifilar e mostrado a seguir. DISCIPLINA: SISTEMAS DE PROTEÇÃO I 12/19 Prof. Me Miguel Angel Dutra Lacroix Io = Corrente de Operação Ir = Corrente de Restrição Io = I1 – I2 Ir = (I1 + I2) / 2 A equação universal dos relés fica: C = K1 (I1 – I2) 2 – K2[(I1 + I2) /2] 2 – K3 DISCIPLINA: SISTEMAS DE PROTEÇÃO I 13/19 Prof. Me Miguel Angel Dutra Lacroix (i) Relé de Subtensão São relés que operam quando a tensão do sistema cai abaixo de um valor pré-estabelecido ou ajustado. Função ANSI: 27 Polarização: Por Tensão Conexão: (j) Relé de Sobretensão São relés que operam quando a tensão do sistema ultrapassa de um valor pré-estabelecido ou ajustado. Função ANSI : 59 Polarização : Por Tensão Conexão : (k) Relé de Sobretensão de Seqüência Zero São relés que operam quando a tensão do sistema ultrapassa um valor pré-estabelecido ou ajustado na ocorrência de uma falta à terra. Na prática, este relé é utilizado no secundário de TP´s conectados em estrela aterrada – delta aberto.Sua aplicação é mais frequente em sistemas não aterrados, para a detecção e eliminação de faltas a terra. Função ANSI : 59N Polarização : Por Tensão de sequência zero Conexão : DISCIPLINA: SISTEMAS DE PROTEÇÃO I 14/19 Prof. Me Miguel Angel Dutra Lacroix (l) Descrição das Funções ANSI (Norma ANSI C37.2) Função Descrição 1 Elemento principal 2 Relé de partida ou fechamento temporizado 3 Relé de verificação ou interbloqueio 4 Contator principal 5 Dispositivo de parada 6 Disjuntor de partida 7 Disjuntor de anodo 8 Dispositivo de desconexão da energia de controle 9 Dispositivo de reversão 10 Chave de seqüência das unidades 11 Reservada para futura aplicação 12 Dispositivo de sobrevelocidade 13 Dispositivo de rotação síncrona 14 Dispositivo de subvelocidade 15 Dispositivo de ajuste ou comparação de velocidade ou freqüência 16 Reservado para futura aplicação 17 Chave de derivação ou de descarga 18 Dispositivo de aceleração ou desaceleração 19 Contator de Transição partida-marcha 20 Válvula operada eletricamente 21 Relé de distância 22 Disjuntor equalizador 23 Dispositivo de controle de temperatura 24 Reservado para futura aplicação 25 Dispositivo de check de sincronismo 26 Dispositivo térmico do equipamento 27 Relé de subtensão 28 Reservado para futura aplicação 29 Contator de isolamento 30 Relé anunciador de alarme DISCIPLINA: SISTEMAS DE PROTEÇÃO I 15/19 Prof. Me Miguel Angel Dutra Lacroix 31 Dispositivo de excitação em separado 32 Relé direcional de potência 33 Chave de posição 34 Chave de seqüência, operada por motor 35 Dispositivo para operação das escovas ou para curto-circuitar os anéis coletores 36 Dispositivo de polaridade 37 Relé de subcorrente ou subpotência 38 Dispositivo de proteção de mancal 39 Reservado para futura aplicação 40 Relé de perda de campo 41 Disjuntor ou chave de campo 42 Disjuntor ou chave de operação normal 43 Dispositivo ou seletor de transferência manual 44 Relé de sequência de partida das unidades 45 Reservado para futura aplicação 46 Relé de falta de fase ou desequilíbrio de corrente 47 Relé de sequência de fase de tensão 48 Relé de sequência incompleta 49 Relé térmico para máquina ou transformador 50 Relé de sobrecorrente instantâneo 51 Relé de sobrecorrente temporizado 52 Disjuntor de corrente alternada 53 Relé para excitatriz ou gerador CC 54 Disjuntor corrente contínua de alta velocidade 55 Relé de fator de potência 56 Relé de aplicação de campo 57 Dispositivo para aterramento ou curto-circuito 58 Relé de falha de retificação 59 Relé de sobretensão 60 Relé de balanço de tensão 61 Relé de balanço de corrente 62 Relé de interrupção ou abertura temporizada 63 Relé de pressão ou nível de fluxo de líquido ou gás 64 Relé de proteção de terra 65 Regulador (governo) de velocidade 66 Relé de intercalação ou escapamento de operação 67 Relé direcional de sobrecorrente AC 68 Relé de Bloqueio 69 Dispositivo de controle permissivo 70 Reostato eletricamente operado 71 Reservado para futura aplicação DISCIPLINA: SISTEMAS DE PROTEÇÃO I 16/19 Prof. Me Miguel Angel Dutra Lacroix 72 Disjuntor de corrente contínua 73 Contator de resistência de carga 74 Relé de alarme 75 Mecanismo de mudança de posição 76 Relé de sobrecorrente DC 77 Transmissor de impulsos 78 Relé de medição de ângulo de fase, ou de proteção de falta de sincronismo 79 Relé de religamento AC 80 Reservado para futura aplicação 81 Relé de freqüência 82 Relé de religamento DC 83 Relé de seleção de controle ou de transfência automática 84 Mecanismo de operação 85 Relé receptor de onda portadora ou fio piloto 86 Relé de bloqueio 87 Relé de proteção diferencial 88 Motor auxiliar ou motor gerador 89 Chave separadora (line switch) 90 Dispositivo de regulação 91 Relé direcional de tensão 92 Relé direcional de tensão e potência 93 Contator de variação de campo 94 Relé de desligamento ou de disparo livre 95 a 99 Reservado para futura aplicação DISCIPLINA: SISTEMAS DE PROTEÇÃO I17/19 Prof. Me Miguel Angel Dutra Lacroix 3 - DISJUNTORES DE BAIXA TENSÃO Existem vários tipos de disjuntores de baixa tensão. Sua classificação mais comumente encontrada consiste de disjuntores abertos (Power Break) e disjuntores de caixa moldada. Antigamente praticamente todos os disjuntores de caixa moldada eram termomagnéticos. Os elementos térmicos eram constituídos de bimetálicos e as unidades magnéticas de um eletroimã. Com o avanço da tecnologia, passou-se a utilizar disparadores (relés) eletrônicos, os quais permitiram uma melhor adequação da sua curva de disparo. Esses disjuntores passaram a vir incorporados com as seguintes funções: � LTD - Long Time Delay (Corrente e Tempo) � STD - Short Time Delay (Corrente e Tempo) � Instantâneo - Unidade Instantânea � Ground - Unidade de Terra Curvas Características DISCIPLINA: SISTEMAS DE PROTEÇÃO I 18/19 Prof. Me Miguel Angel Dutra Lacroix EM CAIXA MOLDADA – Fonte ABB COM DISPARADORES ELETRÔNICOS - Fonte ABB DISCIPLINA: SISTEMAS DE PROTEÇÃO I 19/19 Prof. Me Miguel Angel Dutra Lacroix DISPARADORES ELETRÔNICOS – Fonte ABB
Compartilhar