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Resumo Guyton Cap 65

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Resumo Guyton Capítulo 65
Digestão e Absorção no TGI
Carboidratos, proteínas e lipídios – não podem ser absorvidos pelo organismo da maneira como são ingeridos. São metabolizados e reduzidos a unidades cada vez menores visando a absorção. O mecanismo básico da digestão desses nutrientes é a hidrólise.
Hidrólise de Carboidratos
Os carboidratos da dieta são grandes polissacarídeos ou dissacarídeos, que são combinações de monossacarídeos, ligados uns aos outros por condensação. Isso significa que um H+ foi removido de um dos monossacarídeos e um íon hidroxila foi removido de outro. Os dois monossacarídeos se combinam, então, nos locais de remoção, e os dois íons se juntam e formam água.
Quando são digeridos o processo é invertido e os carboidratos são convertidos em monossacarídeos. Enzimas específicas, nos sucos digestivos do TGI, catalisam a reintrodução dos íons hidrogênio e hidroxila, obtidos na água, nos polissacarídeos e, assim, separam os monossacarídeos. Esse processo é denominado hidrólise (quebra da molécula na presença se água).
Digestão Boca e Estômago:
Quando o alimento é mastigado, ele se mistura com a saliva que contém ptialina, secretada em maior parte pelas glândulas parótidas. Essa enzima hidrolisa o amido no dissacarídeo maltose e em outros pequenos polímeros de glicose.
Não mais do que 5% dos amidos terão sido hidrolisados, até a deglutição do alimento.
A digestão do amido continua no corpo e fundo estômago por até uma hora, antes do alimento ser misturado às secreções gástricas.
A atividade da amilase salivar é bloqueada pelo ácido das secreções gástricas. Contudo, cerca de 30% a 40% dos amidos terão sido hidrolisados para formar maltose até o alimento e a saliva estarem completamente misturados com as secreções gástricas.
Digestão no Intestino Delgado:
Tem a presença de uma amilase mais potente, a amilase pancreática = convertidos em maltose e polímeros de glicose.
Os enterócitos das vilosidades do intestino delgado contêm quatro enzimas (lactase, sacarase, maltase, alfa-dextrinase) que são capazes de clivar os dissacarídeos nos seus respectivos monossacarídeos.
Lactose = lactose + glicose
Galactose = frutose + glicose
Maltose = glicose + glicose
# Os produtos sempre são monossacarídeos hidrossolúveis absorvidos imediatamente para o sangue porta.
Hidrólise de Gorduras
Quase todas as gorduras consistem em triglicerídeos (gorduras neutras), formados por três moléculas de ácidos graxos condensadas com uma só molécula de glicerol. Durante a condensação, três moléculas de água são removidas.
Hidrólise: A digestão consiste no processo inverso: as enzimas digestivas de gorduras reinserem três moléculas de água na molécula de triglicerídeo e, assim, separam as moléculas de ácido graxo do glicerol. 
Digestão das Gorduras
No estômago: lipase lingual
Hidrólise de Proteínas
As proteínas são aminoácidos unidos por ligações peptídicas. Em cada ligação, íon hidroxila foi removido de um aminoácido e íon hidrogênio de outro. Assim, os aminoácidos se ligam sucessivamente entre si por condensação.
Na digestão, ocorre o inverso: a hidrólise.
Todas as enzimas digestivas são proteínas.
Digestão das Proteínas no Estômago:
Pepsina, a importante enzima péptica do estômago. É ativa em pH ácido. Apenas inicia o processo de digestão das proteínas (10% a 20%), convertendo-as em proteoses, peptonas e outros polipeptídios. 
Um dos aspectos importantes da digestão pela pepsina é a sua capacidade de digerir colágeno e proteínas do tipo albuminoide.
Digestão das Proteínas do Intestino Delgado:
Imediatamente, ao entrar o intestino delgado, os produtos da degradação parcial das proteínas são atacados pelas principais enzimas proteolíticas pancreáticas: tripsina, quimiotripsina carboxipolipeptidase e proelastase.
Tanto a tripsina quanto a quimiotripsina clivam moléculas de proteína em pequenos polipeptídeos.
A carboxipolipeptidase então libera aminoácidos individuais dos terminais carboxila dos polipeptídeos.
A proelastase é convertida em elastase e, assim, digere moléculas de elastina (carnes)
Apenas pequena quantidade das proteínas é digerida completamente, até seus aminoácidos constituintes pelos sucos pancreáticos. A maioria digerida até de dipeptídeos e tripeptídeos.
As peptidases produzidas pelos enterócitos das vilosidades do intestino delgado continuam a hidrólise dos maiores polipeptídeos remanescentes em tripeptídeos e dipeptídeos. Aminoácidos, dipeptídeos e tripeptideos são facilmente transportados através da membrana microvilar para o interior do enterócito. Dentro do enterócito, existem peptidases específicas para os tipos de aminoácido ainda não hidrolisados. 
Absorção
O estômago é área de pouca absorção já que não tem vilosidades típicas da membrana absortiva, e também porque as junções estreitas entre as células epiteliais têm baixa permeabilidade. Apenas algumas poucas substâncias muito lipossolúveis, tais como o álcool e aspirina, são absorvidos em pequenas quantidades.
A presença dessas vilosidades na superfície mucosa do intestino, aumenta a área absortiva total por mais de 10 vezes. Cada célula epitelial intestinal é caracterizada por borda em escova com microvilosidades que se projetam para o lúmen intestinal, isso aumenta a área superficial exposta aos materiais intestinais.
No Intestino Delgado:
Absorção de água no intestino delgado consiste em centenas de carboidratos, proteínas e lipídios, além de íons e água, porém o intestino grosso pode absorver ainda mais água e íons e quase nada de nutrientes.
A água é transportada através da membrana intestinal inteiramente por osmose.
O sódio é transportado ativamente através da membrana intestinal. Cerca de 30 g de sódio são secretados nas secreções intestinais a cada dia. Além disso a pessoa ingere em média de 5 a 8 g de sódio por dia, portanto, para prevenir a perda de sódio os intestinos precisam absorver de 25 a 35 g de sódio por dia.
A força motriz da absorção de sódio é dada pelo transporte ativo do íon das células epiteliais através das membranas basolaterais para os espaços paracelulares. Requer energia. Parte do sódio é absorvido em conjunto com íons cloreto, na verdade os íons cloreto com carga negativa se movem pela diferença de potencial transepitelial, gerada pelo transporte dos íons sódio.
A aldosterona intensifica muito absorção de sódio quando a pessoa se desidrata. Grandes quantidades de aldosterona são secretados pelos córtices das glândulas adrenais. Essa aldosterona provoca ativação dos mecanismos de absorção do sódio pelo epitélio intestinal. A maior absorção de sódio aumenta a absorção dos íons cloreto e de água. Esse efeito da aldosterona é especialmente importante no cólon, já que na vigência dele não ocorre, praticamente, perda de cloreto de sódio nas fezes e também pouca perda hídrica. Assim a função da aldosterona no trato intestinal é a mesma que elas descem nos túbulos renais: também serve para conservação de cloreto de sódio e água no corpo nos casos de desidratação.
Na parte superior do intestino delgado, a absorção de íons cloreto é rápida e se dá principalmente por difusão. Então, os íons cloretos se movem por esse gradiente elétrico para seguir o sódio. O cloreto também é absorvido pela membrana da borda em escova de partes do íleo e do intestino grosso por trocador de cloreto-bicarbonato da membrana da borda em escova.
Absorção Ativa de Bicarbonato – grande quantidade de íons bicarbonato precisa ser absorvida no intestino delgado superior, já que grande quantidade de íons bicarbonato foi secretada para o duodeno na secreção pancreática e biliar. O bicarbonato é absorvido de modo indireto quando: íons sódio são absorvidos, quantidade moderada de íons hidrogênio é secretada no lúmen intestinal em troca de parte do sódio. Esses íons hidrogênio, por sua vez, se combinam com íons bicarbonato formando ácido carbônico que se dissocia formando água e dióxido de carbono. A água permanece como parte do quimo nos intestinos, mas o dióxido de carbono é eabsorvido para o sangue e expirado pelos pulmões. 
Secreção de íons bicarbonato no íleo e no intestino grosso e absorção simultânea de íons cloreto.
Absorção de Nutrientes (Intestino Delgado)
Quase todos os carboidratos são absorvidos sobre a forma de monossacarídeos. Praticamente todos os monossacarídeos são absorvidos por processo de transporte ativo. A glicose é transportada por meio de cotransporte com o sódio, na ausência do transporte de sódio através da membrana intestinal quase nenhuma glicose é absorvida. A razão é que a baixa concentração intracelular de sódio literalmente arrasta o sódio para o interior da célula levando com ele a glicose.
As proteínas são absorvidas sob a forma de dipeptídeos, tripeptideos e alguns aminoácidos livres. A energia para esse transporte é suprida por mecanismo de cotransporte com o sódio. A energia do gradiente de sódio é, em parte, transferida para o gradiente de concentração do aminoácido peptídeo, que se estabelece pelo transportador. Isso é chamado de cotransporte ou transporte ativo secundário. Alguns aminoácidos são transportados por proteínas transportadoras da membrana especiais do mesmo modo que a frutose é transportada por difusão facilitada.
As gorduras são digeridas formando monoglicerídeos e ácidos graxos livres. Esses produtos finais da digestão são imediatamente incorporados na parte lipídica contra as micelas de sais biliares que são solúveis no quimo. As micelas penetram os espaços entre os vilos em constante movimento. Os monoglicerídeos e os ácidos graxos se difundem das micelas para as membranas das células epiteliais o que é possível porque os lipídios também são solúveis na membrana da célula epitelial. Depois de entrar na célula os ácidos graxos e os monoglicerídeos são captadas pelo retículo endoplasmático liso da célula e são usados para formar novos triglicerídeos e serão sobre a forma de quilomícrons transferidos para os lactíferos das vilosidades. Pelo ducto linfático torácico os quilomícrons são transferidos para o sangue circulante.
Pequenas quantidades de ácidos graxos de cadeia curta e média são absorvidos diretamente pelo sangue porta em vez de serem convertidos em triglicerídeos e transferidos para a linfa: a causa é que eles são mais hidrossolúveis.
Absorção no Intestino Grosso:
Grande parte da água e dos eletrólitos são absorvidos no intestino grosso.
Grande parte da absorção o intestino grosso se dá na metade proximal do colo o que confere a essa porção o nome de color absortivo. Enquanto o colo distal funciona armazenamento das fezes até o momento da sua excreção por isso é chamado de colo de armazenamento.
A mucosa do intestino grosso tem alta capacidade de absorver, ativamente, sódio e a diferença de potencial elétrico gerada pela absorção do sódio promove a absorção de cloreto.
Os complexos juncionais entre as células epiteliais do intestino grosso são muito menos permeáveis que os do intestino delgado, isso evita a retrodifusão significativa de íons através dessas funções permitindo assim que a mucosa do intestino grosso absorva íons sódio contra gradiente de concentração bem maior.
A presença da aldosterona intensifica a capacidade de transporte de sódio.
Além disso, assim como ocorre na porção distal do intestino delgado, a mucosa do intestino grosso secreta íons bicarbonato enquanto absorve simultaneamente igual ao número de íons cloreto em processo de transporte por troca. O bicarbonato ajuda a neutralizar os produtos finais ácidos da ação bacteriana no intestino grosso. A absorção de sódio e cloreto cria um gradiente osmótico que leva a absorção de água.
Substâncias formadas como resultado da atividade bacteriana são: vitamina K, B12, tiamina, riboflavina e diversos gases que contribuem para flatulência. A vitamina K, formada pela atividade bacteriana é especialmente importante, por que a quantidade dessa vitamina nos alimentos ingeridos é insuficiente para manter a coagulação sanguínea adequada.

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