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OBRIGAÇÕES II – SEGUNDA PROVA Conteúdo: → Novação →Compensação →Remissão →Transação →Compromisso →Inadimplemento →Mora do devedor →Mora do credor →Purga da mora →Perdas e danos →Clausula Penal NOVAÇÃO A novação é quando uma nova obrigações extingue e substituí a obrigação antiga, por meio jurídico. Pode ocorrer por vontade do credor e devedor, ou apenas do credor. Novação Objetiva: Substitui a obrigação antiga por uma nova obrigação. Obrigação Subjetiva: →Subjetiva Passiva: Alterando o Devedor e pode ser através de EXPROMISSÃO quando há participação do antigo devedor ou pode ser por DELEGAÇÃO que apresenta novo devedor para ocupar seu lugar. → Expromissão: É uma expulsão do devedor originário, um terceiro assume a dívida. É necessário a concordância do credor originário. → Delegação: Deve haver consentimento do devedor originário. Subjetiva Ativa: Quando altera o CREDOR. →Delegação Imperfeita: Quando o credor aceita o devedor, mas sem abrir mão de seus direitos primitivos em relação ao devedor originário. Requisitos: Deve haver uma obrigação primitiva. Deve criar-se uma nova obrigação para extinguir ou substituir a anterior. Consentimento dos sujeitos. Intenção em novar. Obrigação Novanda: É a obrigação NOVA. Obrigação Novada: É a obrigação ANTIGA (substituída). Efeitos da Novação: Extingue a obrigação antiga. O credor não tem direito a voltar ao devedor originário em caso de insolvência (salvo por má fé). Acaba os efeitos de mora, juros e correção monetária da obrigação antiga. COMPENSAÇÃO A compensação é quando há o credor e devedor entre duas pessoas, é um encontro de contas. Os débitos acabam até onde se compensam. Compensação Legal ou Compulsória: alegada em juízo como meio de defesa, é a exceção da compensação. Requisitos: Reciprocidade de créditos. Liquidez. Vencidas. Fungíveis (coisas de mesma natureza). Compensação Consensual ou Amigável: Exige que haja reciprocidade de dívidas, as quais necessitam estar líquidas e vencidas. Dívidas não compensáveis: →Um delito não pode extinguir uma obrigação. →O comodato e o depósito não permitem compensação. →O salário é impenhorável. →Quando as partes renunciam a compensação. →Não pode haver compensação de dívidas, apenas através de autorização legal ou judicial. →Não admite compensação em prejuízo de terceiros. CONFUSÃO A confusão é quando o credor e devedor se confundem na mesma pessoa. Ato Causa Mortis: Entre pai e filho, quando por exemplo, o filho pega dinheiro do pai, o pai acaba morrendo, então o crédito do pai se transfere ao filho, devedor originário. Tornando-se credor e devedor. Ato Entre Vivos: Pode ser total ou parcial, o filho pega emprestado R$100,00 com o pai, que morre, e o filho 1 herda $50,00, o filho 2 mais R$50,00. Sendo assim, o filho 1 que devia R$100,00 passa a dever R$50,00 ao seu irmão, já que para si se deu a confusão. Requisitos: Confusão numa só pessoa credor e devedor. Reunião de qualidades a uma mesma obrigação. Não deve haver separação de patrimônios, entre credor e devedor originários. REMISSÃO É o perdão do devedor concedido pelo credor, pode ser total ou parcial, mas não pode prejudicar os terceiros. Basicamente, a renúncia ao direito do crédito. A remissão pode ser total, ou parcial, expressa ou tácita. Remissão Expressa: Aquela por testamento. Expressão Tácita: Não precisa ser prova robusta, mas indispensável ter clara a sua intenção. TRANSAÇÃO É um acordo de vontades para prevenir ou extinguir litígios. Ambas as partes abrem mão de parte de seus direitos em relação a obrigação. Transigir é fazer concessões recíprocas. Requisitos: Acordo de vontades Concessões mútuas Extinção de obrigações duvidosas ou litigiosas Características da Transação: → É bilateral, consensual e onerosa. →É indivisível, quando uma cláusula for nula, é nulo todo o negócio. →Interpretada ao pé da letra. →Admite pena convencional ou cláusula penal. →Tem caráter declaratório e constitutivo. →Transação não pode prejudicar terceiros. →A verificação da evicção não revive a obrigação extinta pela transição. →A transação pode ser anulada se um dor transatores não tinha ciência da existência do trânsito em julgado da ação. →Transação será nula se por título posterior se descobrir que nenhuma das partes tinha direito do objeto de transação. →A transação pode ser anulada por defeito dos negócios jurídicos (dolo, coação, erro) ou por vícios sociais (fraude) e simulação. →A transação pode ser anulada por ignorância ou erro de direito sobre a matéria objeto do fundo da transação. Formas de Transação: Escritura pública, instrumento particular ou termo nos autos. Modalidade da Transação: Judicial ou extrajudicial. Capacidade para Transigir: Segue a regra geral. COMPROMISSO É um acordo de vontades em que as partes assumem o compromisso de entregar a decisão de um conflito à um arbitro, e respeitar a decisão proferida por ele. A lei da arbitragem prevê duas espécies de compromissos. Compromisso arbitral: Uma parte demonstra à outra que tem interesse em instituir o compromisso arbitral, ou seja, surge o conflito e sem que existisse cláusula arbitral as partes resolvem acordar o compromisso arbitral. Cláusula arbitral: Em contrato, as partes estipulam em cláusula expressa, a obrigação de após o conflito de interesses, submeter a decisão do conflito sobre a obrigação contratual a um árbitro. O arbitro pode ser pré-definido. A Lei de Arbitragem aplica-se aos contratos que contenham cláusula arbitral, ainda que celebrados antes da sua edição. INADIMPLEMENTO É o descumprimento de uma obrigação, esse pode se dar pelo atraso, ou pelo não pagamento, ou pelo pagamento de quem não podia receber, ou pagamento em lugar adverso. Inadimplemento Absoluto: A obrigação não foi cumprida no tempo, lugar e forma convencionados, e não poderá mais sê-la. Inadimplemento Relativo: É a mora no cumprimento da obrigação. MORA DO DEVEDOR Para ocorrer a mora, em primeiro lugar a obrigação deve estar vencida. O simples advento da falta de pagamento já acarreta em mora. Para provar a mora do devedor é necessário apresentar a data da obrigação. Efeitos da Mora do Devedor: Responde pelos prejuízos que der a causa. Se o inadimplemento for absoluto, responde por perda e danos. Se o inadimplemento for relativo, responderá pelos encargos da mora (dívidas em dinheiro é correção monetária e juros). MORA DO CREDOR Quando o credor não pode, não consegue ou não quer receber. É necessário analisar caso a caso, se a dívida for quérable, fica mais fácil caracterizar a mora. Efeitos da Mora do Credor: O credor responderá pela despesa de conservação da coisa enquanto estiver em mora, salvo se o devedor deixar de conserva-la por má fé. Se há mora do credor, não se podem contar os juros de mora pelo inadimplemento, a desfavor do devedor. PURGA DA MORA Purgar a mora é retirar os seus efeitos, só pode ser realizada pela parte que lhe deu causa, o devedor ou o credor. É emendar a purga, ou repará-la. Porém, não é possível em caso de inadimplemento absoluto, cessa os efeitos da mora. Purga da Mora do Devedor: Basta a oferta, deve-se analisar o caso concreto, não requer regra específica para a purgação da mora. Purga da Mora do Credor: Ocorre quando ele se nega a receber, ou quer receber sem dar a quitação. Por isso, o credor purga a mora, e aceita receber e sujeitando-se aos efeitos da sua mora, reembolsando o devedor dos prejuízos decorrentes da sua recusa. Mora Credor e Devedor: Ambas se anulam. PERDAS E DANOS Quando a obrigação não é cumprida, é obrigatório indenizar, e é imprescindível a culpa. A não ser que ocorra de caso fortuito ou força maios o devedor não responde. Para que o devedor não indenizar, ele deverá provar duas coisas: Uma objetiva – Inevitabilidade do evento. Outra Subjetiva – Ausência de culpa. → Não se mede o tamanho da perda ou dano para minorarou aumentar o valor da indenização. → Pelo artigo o juiz poderá minorar o valor da indenização, com a culpa comprovada. → Até o vencimento não há correção monetária, salvo estipulação em contrário. Após o vencimento incide em correção monetária. CLÁUSULA PENAL É uma obrigação de natureza acessória, acarreta em multa na obrigação na parte de não cumpri-la. Duas faces: Fixação de indenização prévia de perdas e danos Punição do devedor moroso. → Requer Culpa → Se ocorrer com a inexecução completa da obrigação ou descumprimento de cláusula especial, a cláusula penal é compensatória. Se for atraso, ela é moratória. → Se a cláusula penal for compensatória o credor poderá optar entre exigir a obrigação ou a cláusula penal. Limites da Cláusula Penal: → Não pode ser superior ao valor da obrigação principal. → Há possibilidade de redução do valor ad cláusula penal, seja compensatória ou moratória. → Se a obrigação for indivisível e um dos co-devedores se tornar inadimplente a multa será exigível, mas só o culpado vai responder. Os outros, só a sua quota parte. → Nas obrigações divisíveis a multa é apenas ao inadimplente. → Pelas perdas e danos no inadimplemento das obrigações solidárias só responde o culpado. ARRAS OU SINAL Arras ou sinal é uma garantia para mostrar a seriedade do ato. Com um pagamento adiantado do preço. Podem servir... de indenização em caso de arrependimento de qualquer dos contratantes, desde que conste no contrato a possibilidade de desistência. Desistente foi quem deu o arras: Perde o arras. Desistente que recebeu o arras: Devolve mais o dobro. → Se não houver cláusula de arrependimento, e o dano for maior do quê o recebido, deverá ser ressarcido. → Tem o papel de indenização, por perdas e danos, contudo, podem ser o mínimo, mas não o máximo.
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