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Novação e Compensação no Direito Civil

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DIREITO CIVIL - OBRIGAÇÕES
U3- DO ADIMPLEMENTO E DA EXTINÇÃO DAS 
OBRIGAÇÕES
U3S3
ÉTTORE DE LIMA
Novação
A novação é uma
operação jurídica constante
do Art.360 à 367 CC/2002,
que consiste em criar uma
nova obrigação, substituindo
e extinguindo a obrigação
anterior e originária.
Novação
O termo novação é proveniente do latim novare, o
qual pressupõe, sugere uma inovação e no âmbito do direito
civil ocorre quando, através de um acordo, as partes
cessam a obrigação original, substituindo-a por uma
nova. Apresenta-se, portanto, como um meio de
extinção de obrigação, muito embora não satisfaça o
débito.
Em outras palavras, a “novação é a criação de obrigação
nova, para extinguir uma anterior. É a substituição de uma
dívida por outra, extinguindo-se a primeira. Ocorre, por
exemplo, quando o pai, para ajudar o filho, procura o
credor deste e lhe propõe substituir o devedor, emitindo
novo título de crédito. Se o credor concordar, emitido o
novo título e inutilizado o assinado pelo filho, ficará
extinta a primitiva dívida, substituída pela do pai”.
Novação
Nos dias atuais, este um instituto do direito civil que tem sido
pouco utilizado, fato que pode ser explicado pela adoção de outros meios
de extinção da obrigação e, em decorrência disso, o Código Civil
Brasileiro de 2002 despendeu pouco espaço para versar sobre novação e
que podem ser encontrados nos artigos 360 a 367.
O que se deve salientar é que toda a novação tem natureza
jurídica negocial. Ou seja, por princípio, nunca poderá ser imposta por
lei, dependendo sempre de uma convenção firmada entre os sujeitos da
relação obrigacional. Nesse sentido, pois, podemos afirmar não existir,
em regra, “novação legal” (determinada por imperativo de lei). (2011,
p.218)
Os principais efeitos surgidos em decorrência da novação
é a extinção da obrigação anterior, assim como todas as ações inerentes
ao débito precedente, e criação de uma nova relação obrigacional, sem
ligação alguma com a obrigação extinta.
A novação produz duplo efeito, por se apresentar ora como
força extintiva, porque faz desaparecer a antiga obrigação, ora como
energia criadora, por criar uma nova relação obrigacional [...] A nova
obrigação é um débito criado ex novo, sem qualquer vinculação com o
anterior senão a de uma força extintiva, não se operando a transfusio ou
a translatio.
Compensação
No campo do Direito das obrigações, a
compensação é uma forma de se
extinguir uma obrigação em que os sujeitos da
relação obrigacional são, ao mesmo tempo,
credores e devedores.
A compensação configura-se em um meio
indireto de se extinguir uma obrigação quando
ocorre a incidência de obrigações recíprocas em
situações onde as partes são, ao mesmo tempo,
credoras e devedoras entre si, levando-se em
consideração para a aplicação deste instituo uma
questão de simplicidade e lógica. Visa-se com isso
diminuir a possibilidade de duplo pagamento.
Compensação
Quando as obrigações se equivalerem ocorre a
neutralidade das mesmas e tem-se a extinção da
totalidade do débito, outrossim, quando houver
divergências entre as obrigações, aplica-se uma
redução proporcional ao crédito maior.
A compensação, portanto, será total, se de
valores iguais as duas obrigações; e parcial, se os
valores forem desiguais. No último caso há uma
espécie de desconto: abatem-se até a concorrente
quantia. O efeito extintivo estende-se aos juros, ao
penhor, às garantias fidejussórias e reais, à cláusula
penal e aos efeitos da mora, pois, cessando a dívida
principal, cessam seus acessórios e garantias.
(MENDONÇA, 1956, p.615)
Compensação
O direito brasileiro admite a compensação como meio de
indireto de extinção da obrigação e trata da matéria nos artigos
368 a 380 do CC/02, os quais versam sobre as eventualidades em
que podem ser aplicadas, sobre as condições, sobre as espécies,
vedações e efeitos da mesma.
→O efeito maior dessa forma de pagamento indireto é o de
operar a extinção de obrigações recíprocas, liberando os
devedores e retroagindo à data em que a situação fática se
configurou.
→Dessa forma, apesar de ter sido alegada posteriormente,
operará (ipso jure) desde o instante em que o réu, cobrado de
uma prestação, se tornar credor do autor. Tal efeito
retroativo alcança ambas as dívidas, com todos os seus
acessórios, de modo que os juros e as garantias do crédito
deixam de existir a partir do momento em que se tiver a
coexistência de dívidas. (DINIZ, 2007, p. 311)
Compensação
Em se tratando de espécies, verifica-se a
possibilidade de três tipos de compensação, a saber,
convencional, legal ou judicial (processual), as quais
podem ser definidas e caracterizadas da seguinte
maneira:
a) Compensação CONVENCIONAL ou
VOLUNTÁRIA: essa espécie de compensação
decorrente da autonomia privada, resultante de um
acordo de vontades, pressupondo-se o princípio da
liberdade de negociação entre as partes, através da
qual admite-se a compensação de dívidas líquidas,
inexigíveis e de coisas infungíveis, desde que não
acarrete em violação das normas de ordem pública, o
que podemos verificar no artigo 373 do CC/02:
Compensação
b) Compensação JUDICIAL ou PROCESSUAL: é aquela
que ocorre em virtude de devido processo legal, portanto,
realizada em juízo, pronunciada e constituída por um
magistrado através de ato decisório ao perceber no processo a
ocorrência de tal instituto.
A compensação judicial ou processual é determinada por
ato decisório do magistrado, que perceber no processo o
fenômeno, em cumprimento das normas aplicáveis à compensação
legal. Entretanto, será necessário que cada uma das partes
alegue o seu direito de crédito contra a outra (RT, 437:153).
Por isso o réu precisará reconvir, procurando elidir, no todo ou
em parte, o pedido do autor.
Verifica-se que neste caso opera-se a reconvenção, que
na prática se apresenta como uma nova ação movida pelo réu em
oposição ao pedido do autor da demanda original, devendo a
mesma possuir conexão com a ação inicial e ser postulada dentro
do prazo de defesa do processo em questão.
Compensação
Compensação LEGAL: é forma de compensação que se toma por
base as prerrogativas legais, ou seja, em decorrência de dispositivo
legal, independentemente da vontade das partes interessadas na lide,
realizando-se mesmo que uma das partes se oponha a tal preceito, onde
o juiz a reconhece e declara sua realização, sendo necessária,
entretanto, a provocação.
Para que possa haver aplicação, faz-se oportuno que sejam
demandadas algumas condições e requisitos basilares estabelecidos em
lei e que se apresentam essenciais: Reciprocidade de débitos (CC, arts.
368, 376, 371 e 377); Liquidez das dívidas (CC, arts. 369,1.533; Rir;
468:224,41£208, 492:140, 487:137); Exigibilidade atual das
prestações (CC, arts. 369 e 372; RT, 489:157, 724:119; AJ, 709:85,
708:290); Fungibilidade dos débitos (CC, art. 369; RT, 487:137);
Identidade de qualidade das dívidas, quando especificadas em contrato
(CC, art. 370); Diversidade ou diferença de causa não proveniente de
ato ilícito, de comodato, de depósito, de alimentos (CC, art. 373), de
coisa impenhorável. Dívida fiscal (CC, art. 374; CTN, art. 170); Ausência
de renúncia prévia de um dos devedores (CC, art. 375); Falta de
estipulação entre as partes, excluindo compensação (CC, art. 375);
Dedução das despesas necessárias com o pagamento, se as dívidas
compensadas não forem pagáveis no mesmo lugar (CC, art. 378);
Observância das normas sobre imputação do pagamento (CC, arts. 352,
355 e 379), se houver vários débitos compensáveis; Ausência de
prejuízo a terceiros (CC, art. 380).
Compensação
Existem algumas situações onde há
vedação para aplicação da
compensação, como por exemplo,
quando expressamente relatada
em contrato, protegendo-se neste
caso o direito da vontade das
partes e da autonomia, e também
em casos onde há vinculações
obrigacionais de caráter alimentar
e tributário. Tais situações de
vedação são resguardas pelo
CC/02 nos artigos 373 e 375.
Confusão
A confusão é, no direito das obrigações, uma
forma de extinção de obrigação, e consisteem
confundir-se, na mesma pessoa, as qualidades de
credor e devedor. Ocorre quando o crédito e o débito
se unem em uma só pessoa, extinguindo a obrigação.
Entende-se que esta forma de obrigação é
bastante peculiar e de ocorrência bastante difícil,
sendo que a concepção da palavra confusão tem sua
origem a partir de alguns termos provenientes do
latim, tais como, confundo, confundi e confusum.
Confusão, no direito obrigacional, é a
aglutinação, em uma única pessoa e relativamente à
mesma relação jurídica, das qualidades de credor e
devedor, por ato inter vivos ou causa mortis, operando
a extinção do crédito.
Confusão
É válido observar ainda, que este termo, além
de definir-se como a junção, em uma relação
obrigacional no mesmo ator, das qualidades de credor
e devedor, é possuidor de outras aplicabilidades
dentro do direito: representa a mescla de várias
matérias líquidas pertencentes a pessoa diversa, de
tal forma que seria impossível separá-las, caso em
que se terá confusão propriamente dita, que
constitui um dos modos derivados de aquisição e
perda da propriedade móvel.
Indica a reunião, numa mesma pessoa, de
diversos direitos sobre bem corpóreo ou incorpóreo,
os quais anteriormente se encontravam separados.
Confusão
Em se tratando de espécies, na confusão podem
ocorrer dois tipos de aplicação, que seriam a total ou
própria, que incide nos casos onde se abarca a totalidade
da dívida e parcial ou imprópria, a qual se aplica na
ocorrência de divergência entre valores da obrigação, ou
seja, onde se abatem apenas parte do débito.
O Código Civil Brasileiro de 2002 prevê o instituto
da confusão nos artigos 381 a 384. Sua finalidade e efeito
principal, é a extinção da obrigação e de todos os seus
acessórios, como por exemplo, a fiança e o penhor.
O artigo 384 do CC/02 versa sobre a cessação da
confusão e nos ensina que tão logo se encerre,
reestabelece-se a obrigação anterior, juntamente com
todos os acessórios. Em via de regra, existem duas causas
que podem determinar a cessação da confusão, que pode a
gerada por lide transitória ou por ineficácia da relação
jurídica.
Remissão
Remissão das dívidas é o perdão da
dívida concedido pelo credor ao devedor. A
remissão da dívida, aceita pelo devedor,
extingue a obrigação, mas sem prejuízo de
terceiros. São requisitos do perdão da dívida
o ânimo de perdoar e a aceitação do perdão.
Remissão
É um meio indireto de extinguir uma
obrigação que se caracteriza pela renúncia,
liberação da dívida, dispensação do crédito,
concedida voluntaria e incondicionalmente pelo
credor em benefício ao devedor. É o popularmente
conhecido “perdão da dívida”. A origem do termo
remonta ao latim remissio, remittere, que se
traduz por perdão.
É a graciosa liberação dada ao devedor pelo
credor sem acarretar, entretanto, em prejuízos a
terceiros, sendo, portanto, um direito exclusivo
de credores solventes, ou seja, que não
apresentem debilidades ou dificuldades
financeiras, casos em poderiam colocar em
situação de risco seus próprios credores.
Remissão
Importa também diferenciar remissão
de remição de dívidas ou bens, sendo este
último um instituto do direito processual.
Inicialmente esclarecemos que não
devemos confundir remição com remissão, que
são institutos diversos. Remir, remição é
diferente de remitir, remissão. Remir é
adquirir de novo, resgatar e remitir é
perdoar, indultar.
Redime-se a propriedade de um ônus, a
execução, ou o bem executado; remitem-se
dívidas.
Remissão
Remição significa pagamento[1] [2] e não
se confunde com seu homófono, remissão, que,
por sua vez significa perdão. Quando alguém
vem a remitir uma dívida, quer dizer que essa
pessoa perdoou a obrigação, ou seja, operou-
se a remissão. Se alguém remiu a dívida, quer
dizer que pagou ao credor da obrigação ou
seja houve a remição da dívida. (REMIR =
pagar * REMITIR = perdoar).
No caso da oração Credo, que diz ter havido a 
"remissão dos pecados" pelo sacrifício da 
morte de Jesus Cristo na cruz, trata-se de 
perdão.
Remissão
Remição é modalidade de extinção de
obrigação no processo civil, trabalhista. Com
ela ocorrerá o adimplemento da obrigação de
pagamento de quantia certa.
Remissão
Para que haja a eficácia na aplicação do instituto da
remissão, faz-se necessário que o credor seja inteiramente
capaz de dispor desse crédito, não ferindo interesse de
terceiros, e o devedor apresentar-se sem impedimento
nenhum em adquiri-lo.
Outra necessidade na eficácia da aplicação da remissão
de dívidas, por se tratar de um acordo jurídico de natureza
bilateral, é a de haver anuência por parte do devedor, o qual
deve aceitar expressa ou tacitamente esse gesto de nobreza
do credor. Caso contrário, nada impedirá o devedor de
satisfazer o débito, podendo para tanto consignar o valor em
juízo.
A remissão de dívidas ainda pode ser expressa,
tácita ou presumida, onde entende-se por remissão
tácita aquela que é decorrente do comportamento do credor, ao
se traduzir de modo inequívoco a intenção da liberação total da
dívida, e expressa quando derivar de acordo firmado em
instrumento público ou particular, inter vivos ou causa mortis,
proveniente de manifesta vontade do credor em perdoar a
dívida.
Remissão
Há de se esclarecer que
todos os créditos,
independente de sua natureza,
estão passiveis de aplicação
de remissão, desde que não se
infira em violação de interesse
público ou de terceiro, o que
nos leva a entender que
somente poderá haver perdão
de dívidas patrimoniais de
caráter privado.

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