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Trabalho de direito tributário taxas

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Acadêmicos
Allan Pretto da Silva
Vitor Frassetto Gonçalves
Professor
Pedro Isaias Sônego Búrigo
Escola Superior de Criciúma- ESUCRI
Direito matutino - 7º semestre - Direito Tributário
TAXAS DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
Criciúma
Maio de 2015
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO 	03
1. COMPETÊNCIA PARA TRIBUTAR	04
2. TAXAS	05
2.1 TAXAS DE POLÍCIA	07
2.2 TAXAS DE POLÍCIA	08
2.2.1 Taxa de Serviço Público	09
2.2.2 Serviço específico e divisível	09
2.2.3 Utilização efetiva ou potencial	10
3. CONCLUSÃO	11
REFERÊNCIAS	12
INTRODUÇÃO
O Estado, em sentido lato sensu (ao longo desta obra assim se entenderá) opera suas realizações por meio da cobrança de determinados valores dos contribuintes. Estes valores deverão estar previstos em leis. São meios de contrapartida à atuação estatal, que depende desses valores para que a máquina pública possa dispor dos meios necessários para a realização das necessidades básicas sociais. Muitas são as áreas da administração pública, quiçá todas, que de uma forma ou outra, mantém sua estrutura por meio de cobrança por seus serviços prestados, direta ou indiretamente. Esta noção de indiretamente, se reflete no sentido de pagar impostos que de forma geral serão usados para estas realizações de ordem geral ou de forma direta que são usados como meio de um fim objetivo. O Estado se vale então de mecanismos que lhe asseguram o direito dessas cobranças, por meio de tributos, que se classificam quanto sua espécie em impostos, taxas, contribuição de melhorias ou empréstimos compulsórios. Neste trabalho será abordado o tributo taxa, que e de maneira geral é um meio de remuneração por serviço que o Estado presta.
1. COMPETÊNCIA PARA TRIBUTAR
Para que possamos falar no tema propriamente dito, taxa, devemos nos atentar para algumas considerações acerca do mundo que permeia o assunto tributos. 
O direito tributário está inserido no direito financeiro por se tratar de uma receita, não é a única fonte de receita do estado, mas figura como a mais importante, há, contudo, diferenciação entre ambos os direitos, pois a lei que os regula é diversa, então o direito tributário é autônomo.
Além da relação com o direito financeiro, o direito tributário se relaciona com outras normas, em princípio com a Constituição Federal em seu título VI que trata de competência tributária, partilha entre os entes federados e assim por diante.
Com o direito administrativo se relaciona no sentido deste direito de certa forma regular os direitos tributários e financeiros, são naturais da administração pública, pois o Estado só é autorizado a fazer o que lhe é permitido em lei. Então, é por meio de lei que o Estado está autorizado a cobrança de tributos.
Assim como se relaciona com esse direito, o administrativo, também mantém ligação com outros ramos do direito como o civil, comercial, trabalhista, previdenciário, internacional, enfim, de uma forma ou de outra a ação estatal de tributar envolve muito mais que a simples prática da cobrança do tributo, pois afeta a vida das pessoas direta ou indiretamente.
Somente o Estado tem competência para exercer a atividade financeira visando à satisfação das necessidades sociais conforme (Torres, p.3) “Conjunto de ações do Estado para obtenção de receita e realização dos gastos para o atendimento das necessidades públicas”. A atividade financeira deve ser realizada por meio de lei anual. Essa exclusividade se faz necessária haja vista que por sua condição, o Estado tomou para si a responsabilidade para a satisfação das necessidades públicas, como estradas, usinas hidrelétricas, segurança, justiça, é o que nos ensina Harrison Leite, p. 17.
Todas as ações do Estado, que envolvam receitas e despesas, orientadas pela lei orçamentária, constituem atividade financeira.
As ações do Estado para obtenção de receita são todos os meios disponíveis pela União, previstas em lei, que o autorizam a realizar toda a persecução de captação de tributos junto aos contribuintes, a fim de aplicar o montante destes valores em prol da sociedade.
O Estado não visa lucro, as riquezas do Estado são todos os valores que circulam e são produzidos por meio da produção de produtos, prestação de serviços e circulação de mercadorias, tanto no mercado interno quanto no externo. Por isso, as verbas do Estado deverão ser aplicadas nos serviços públicos, saúde, educação, segurança pública e nos próprios custos operacionais da máquina pública, como os alugueis, folha de pagamento, etc.
Os tributos são, implicitamente, um meio de desapropriação, pois o Estado se vale de norma legal, além do princípio da supremacia do interesse público, para expropriar certa porcentagem de valor de cada contribuinte.
O direito tributário é o regime jurídico dos tributos. O que é tributo? A origem etimológica da palavra tributo advém da ideia de divisão entre tribos.
O conceito de tributo está disposto no artigo 3º do Código tributário Nacional, o CTN, lei 5.172/ 1966 “Tributo é toda prestação pecuniária¹ compulsória², em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir³, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei4 e cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada”.
Logo temos: Prestação pecuniária¹ (dinheiro); compulsória² (obrigatória); em moeda ou cujo valor nela possa exprimir³ (segundo autores é o meio de pagamento in natura, ou seja, pagar o tributo com uma saca de feijão, ou café, por exemplo, pois a lei não definiu ou esclareceu o que seria este termo “cujo valor nela possa exprimir”); instituído em lei4 (necessário existir lei que o preveja), a vinculação está relacionada ao caso de que à administração pública só é permitido fazer o que a lei permite.
O conceito não explicita quem deva ser o beneficiário do tributo, mas por óbvio que subjetivamente deva ser a coletividade, a sociedade em geral por meio do das ações de benfeitorias realizadas pelo Estado, pois há um contrato social em que cedemos parcela de nossos direito ao Estado. 
“Tributo é a prestação pecuniária não sancionatória de ato ilícito, instituída em lei e devida ao Estado ou a entidades não estatais de fins de interesse público” conceito de tributo por Luciano Amaro, p.34.
2. TAXAS
A modalidade de tributo taxa está prevista no art. 145, II, da CF/88, “A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão instituir os seguintes tributos: [...]II - taxas, em razão do exercício do poder de polícia ou pela utilização, efetiva ou potencial, de serviços públicos específicos e divisíveis, prestados ao contribuinte ou postos a sua disposição” e artigo 77 CTN “As taxas cobradas pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos Municípios, no âmbito de suas respectivas atribuições, têm como fato gerador o exercício regular do poder de polícia, ou a utilização, efetiva ou potencial, de serviço público específico e divisível, prestado ao contribuinte ou posto à sua disposição”. Por definição, taxa é a modalidade de tributo que tem por fato gerador uma situação diretamente relacionada a uma atividade estatal. As taxas são tributos, por excelência, contraprestacionais, (Torres, p.406) exigindo-se a presença de uma atividade estatal diretamente relacionada ao sujeito passivo, ou seja, o Estado presta um serviço público e os contribuintes, o sujeito passivo, por potencialmente usufruir desse serviço lhe é cobrada a taxa.
É um tributo compulsório, não pode o administrado escolher entre pagar ou não pagar, por isso há vinculação, pois depende de um fato do Estado, quer dizer, a prestação do serviço público, logo, prestado o serviço ou fruído o serviço, a obrigação tributária nasce, abstraída a vontade do contribuinte, (Amaro, p. 38).
Neste sentido a doutrina clássica gosta de definir as taxas como “tributo diretamente vinculado”. Essa expressão querdemonstrar, conforme (Amaro, p. 38) que o fato gerador das taxas é diretamente vinculado a uma atividade estatal específica. O regime constitucional das taxas exige que a atividade estatal considerada atinja, de maneira direta, o sujeito passivo considerado.
A atividade estatal legitimadora das taxas somente pode ser de duas espécies conforme lei ordinária: serviço público ou exercício de poder de polícia. Exatamente por isso, temos, em nosso ordenamento, taxas de serviços e taxas de polícia. 
As taxas são tributos regulados por uma importante característica, identificados pela doutrina com o nome de retributividade. Por tal característica, as taxas têm como grande objetivo o ressarcimento do Estado pelo custo da atividade estatal desempenhada. Se assim é, obviamente que o valor de tal tributo deve ser algo proporcional ou aproximado ao custo da efetiva atividade estatal desempenhada. É uma relação sinalagmática, visto que quer dizer proporcionalidade entre a oferta do serviço público e a proporcional correspondência monetária do cidadão.
Por isso entende-se que a cobrança da taxa tem característica bilateral, pois em razão da natureza da taxa há o fornecimento do serviço público pelo Estado e a contraprestação do contribuinte. Nesta relação ambos são agentes, um no pólo ativo outro no pólo passivo. 
As taxas são tributos que não podem mensurar a riqueza ou a capacidade contributiva do sujeito passivo para quantificar o valor do tributo. A taxa deve medir de maneira aproximada o custo da atividade estatal. Essa característica pode ser percebida no art. 145, § 2º, da CF/88. Por tal dispositivo, as taxas não podem ter base de cálculo própria de impostos, neste sentido destaca (Torres, p. 408) que “Como o imposto incide sobre situação que denotam capacidade contributiva, desvinculadas de serviços prestados, conclui-se que a base de cálculo que a expressa não pode ter relação com as taxas, que é tributo contraprestacional”. Também sobre o tema o Supremo Tribunal Federal editou a Súmula Vinculante 29/2010 “É constitucional a adoção, no cálculo do valor de taxa, de um ou mais elementos da base de cálculo própria de determinado imposto, desde que não haja integral identidade entre uma base e outra”
As taxas não estão divididas, de maneira expressa, entre os entes tributantes. Diferentemente dos impostos, não existe, na Constituição, um artigo que enumere as taxas federais, as taxas estaduais e as taxas municipais. Para os impostos, o texto constitucional enumera as hipóteses taxativas para cada ente (artigos 153, 154, 155 e 156, da CF/88). A falta dessa enumeração, contudo, não significa a ausência de distribuição de competências entre os entes para essa espécie tributária. 
As taxas, assim como os impostos, são divididas em federais, estaduais e municipais. Essa competência também é privativa (no sentido de exclusiva), assim como é para os impostos. Essa divisão, contudo, não é feita de maneira expressa porque é realizada com base na divisão das competências dos serviços e do poder de polícia. Assim, os serviços federais somente podem dar ensejo a taxas federais; os serviços estaduais, por sua vez, somente podem dar ensejo a taxas estaduais, e assim sucessivamente. 
2.1. TAXAS DE POLÍCIA
A taxa de polícia nada mais é do que a modalidade na qual a atividade estatal específica é o exercício de poder de polícia. Poder de polícia, definido no art. 78 do CTN, é o poder de controle, de fiscalização e de disciplina do exercício de direitos. 
O Estado, ao regular determinadas atividades ou situações específicas, exerce o denominado poder de polícia, para (Carrazza, p.540) “[... é a faculdade que o Estado tem de, dentro dos limites constitucionais, baixar regras de nível legal ou infralegal, para disciplinar o exercício dos direitos à liberdade e à propriedade das pessoas, compatibilizando-o com o bem comum”. Porém, conforme o parágrafo único do artigo 78 do CTN, citado por (Amaro, p. 39) “Considera-se regular o exercício do poder de polícia quando desempenhado pelo órgão competente nos limites da lei aplicável, com observância do processo legal e, tratando-se de atividade que a lei tenha como discricionária, sem abuso ou desvio de poder”.
Alguns exemplos concretos são a emissão de alvará, concessão de licença ou permissão, entre outros. Importante perceber que a expressão “poder de polícia” não tem qualquer relação com a atividade policial. As taxas de polícia são taxas de fiscalização. Essas taxas devem se sujeitar às regras gerais das taxas, especialmente à regra da retributividade.
Assim, seu valor aproximado deve ser algo proporcional ou aproximado ao custo da atividade estatal específica, não variando pela capacidade econômica do sujeito passivo.
É a realização de algum serviço público fiscalizador, como supracitado, pago por meio de taxa pela certificação do cumprimento de regras que cada atividade regular necessita.
O exercício regular é a necessária existência do aparato estatal fiscalizador para ensejar a cobrança de determinada taxa, quer dizer, caso o órgão estatal não exista, não é permitida a cobrança de taxa, neste sentido (Torres, p. 408) [...] prestação [...] entregue efetivamente ou posta à disposição do contribuinte. Por exemplo, o órgão de fiscalização ambiental, se este não existir, não poderá o Estado lançar a tributação. Neste caso a efetiva fiscalização não é o ponto principal, ou seja, a ida a campo pela equipe do órgão não se faz necessária, basta que ele exista. Continua Torres, “[...] caso contrário tratar-se-ia do poder genérico de polícia, insuscetível de justificar a cobrança da taxa”.
2.2. TAXAS DE SERVIÇO
A taxa de serviço nada mais é do que a modalidade de taxa na qual a atividade estatal específica é a prestação de um serviço público.
Essa taxa tem, por fato gerador, a utilização, efetiva ou potencial, de serviço público, específico e divisível. Essa definição consta do art. 145, II, da CF/88, e art. 79 e seguintes do CTN. Dessa redação, podemos perceber que a taxa de serviço pode ser analisada sobre alguns aspectos: i) necessidade de serviço público; ii) serviço específico e divisível; e iii) utilização efetiva ou potencial.
2.2.1 Taxa de Serviço público
Serviço público é aquele serviço prestado por força de determinação legal. É um serviço de prestação compulsória, prestado por força de lei. Um serviço de prestação obrigatória pelo Estado. Esse serviço público pode ser prestado tanto pelo próprio ente tributante quanto pela iniciativa privada, mediante a realização de concessões de serviços públicos. Nos ensinamento de (Carrazza, p.538) “é o tipo de tributo que tem por hipótese de incidência uma prestação de serviço público diretamente referida a alguém”.
Ainda conforme Carrazza, “salientamos que não é qualquer serviço público que possibilita a tributação por via de taxa de serviço, mas, tão somente o serviço público específico e divisível [...]”.
Dessa definição já podemos concluir que nem todo serviço prestado pelo ente tributante pode dar ensejo à instituição de taxas. Caso estejamos diante de um serviço prestado pelo ente, contudo de natureza privada (regido pelas regras da iniciativa privada), não poderemos falar em taxas, somente, e eventualmente, em tarifas.
2.2.2. Serviço específico e divisível
Para a instituição de taxas, é preciso que estejamos diante de um serviço público específico e divisível. Isso significa dizer que o serviço deve ser prestado de maneira individualizada, com a possibilidade de determinação dos usuários, ao menos de maneira potencial, assim como a mensuração individual da utilização. Afirma (Carrazza, p. 540) “referem-se a uma pessoa ou a um número determinado (ou pelo menos determinável) de pessoas. São de utilização individual e mensurável”.
São exemplos de serviços específicos e divisíveis: serviços públicos de fornecimento de energia elétrica residencial, água encanada, transporte público, vacinação, coleta de lixo, coleta de esgoto, atividade judiciária, entre outros. São todosos serviços públicos, específicos e divisíveis, já que é possível determinar quem usa o serviço (quem está conectado à tubulação de água, quem se utiliza e entra no transporte público, quem se utiliza do sistema de telefonia etc.), assim como definir a utilização individualizada (instalando um medidor, definindo um valor para trajetos específicos, medindo o tempo de uso etc.).
Importante perceber que nem todo serviço público pode dar ensejo à instituição de taxas de serviço. Serviços gerais e indivisíveis, como segurança pública, limpeza urbana, reparação de ruas, iluminação pública, entre outros, não podem, jamais, ser remunerados por meio de taxas. O STF, inclusive, julgou inconstitucional a instituição de taxas de iluminação pública pelos municípios, Súmula nº 670 “O serviço de iluminação pública não pode ser remunerado mediante taxa”. Pode, contudo, ser cobrada mediante contibuição.
2.2.3. Utilização efetiva ou potencial
A CF/88 ainda estabelece a possibilidade de cobrança de taxas pela utilização efetiva ou apenas potencial do serviço público específico e divisível. 
Utilização efetiva significa dizer que somente se sujeitará à taxa aquele que realmente usa o serviço. 
Utilização potencial significa que alguns serviços se satisfazem apenas com a sua disponibilização, independentemente do seu uso efetivo. Existem alguns serviços cujo uso efetivo é necessário, em contrapartida, existem alguns cujo uso potencial basta, isto é, estando o serviço disponível, sua utilização passa a ser irrelevante.
Importante dizer que não é todo serviço público que pode ser remunerado, por taxas, pelo seu uso meramente potencial. Para tanto, é necessário que estejamos diante de um serviço de utilização compulsória pelo sujeito passivo, leciona (Amaro, p. 40) “estes seriam taxáveis somente quando efetivamente fruídos pelo indivíduo”. 
Essa utilização compulsória somente existirá nos casos em que tal serviço represente de certa forma, um interesse da coletividade (seu uso é uma necessidade da coletividade) ainda citando Carrazza “já os serviços de utilização compulsória poderiam ser taxados à vista de sua mera colocação á disposição, que se traduz na existência de uma atividade administrativa em efetivo funcionamento”. 
Exemplos desses serviços são os de coleta de lixo, de esgoto e de vacinação. Sua utilização é uma imposição do interesse público, representado pela saúde pública. São conhecidos como serviços de fruição compulsória, conforme (Carrazza, p.544).
Desnecessário dizer que a cobrança por uso potencial pressupõe um serviço em efetivo funcionamento. Isso quer dizer que o serviço não disponibilizado não pode dar ensejo à tributação por meio de taxas. É o que ocorre com a taxa de coleta de lixo, pois a lei pode obrigar o administrado a pagar taxa pelo serviço, posto à sua disposição, de coleta domiciliar de lixo, ainda que ele não o utilize, por se encontrar viajando (Carrazza, p.544). São os serviços classificados como fruíveis, ou seja, postos à disposição do administrado e cobrados, pelo Estado, utilizando ou não o serviço o contribuinte.
CONCLUSÃO
Diante do exposto, o Estado para poder realizar suas ações de interesse público em benefício social, se vale das mais variadas espécies de tributos, cada qual com sua especificidade e finalidade. Todas as espécies tributárias devem estar previstas em lei.
As taxas, como estudado, é um meio de cobrança de forma geral realizada pela prestação de serviço à população, é uma relação contraprestacional, onde o Estado disponibiliza serviços públicos sendo em contrapartida remunerado pelo serviço prestado ou posto à disposição do contribuinte.
Os serviços postos à disposição da comunidade podem ou não serem utilizados efetivamente, mas isso não os desonera da cobrança de taxas, ocorre como exemplo com a coleta de lixo, mas por outro lado alguns serviços só poderão ser taxados daqueles que de fato se beneficiarem do serviço do Estado, por exemplo, um alvará de funcionamento.
Deve haver correspondência com o serviço executado e o valor da taxa, proporcional entre si.
Portanto, fica claro que o Estado lança mão da cobrança de tributos, em forma de taxas como meio de contrapartida por um serviço prestado, de obrigação bilateral onde de um lado se coloca o agente ativo Estado e de outro o agente passivo, o contribuinte e desta relação resulta na realização de interesses recíprocos. Um no que se refere à fiscalização ou concessão, outro na realização ou recebimento de um serviço.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
AMARO, Luciano. Manual Tributário Brasileiro. 20ª ed. - São Paulo. Saraiva, 2014.
CARRAZZA, Roque Antônio. Curso de Direito Constitucional Tributário. 25ª Ed.- São Paulo. Malheiros, 2009.
Código Tributário Nacional. Lei 5.172 de 25 de outubro de 1966. Disponível em: < http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L5172Compilado.htm>. Acesso em 21 de maio de 2015.
Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Disponível em: < http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicaocompilado.htm>. Acesso em 21 de maio de 2015.
LEITE, Harrison. Manual de Direito Financeiro. A Atividade Financeira do Estado e o Direito Financeiro. Disponível em: <http://www.editorajuspodivm.com.br/i/f/manual%20de%20direito%20financeiro%20-%2017%20a%2041%20-%20roxo.pdf.>. Acesso em 20 de maio de 2015.
Supremo tribunal Federal. Proposta de Súmula Vinculante 39 Distrito Federal. Disponível em: <http://www.stf.jus.br/arquivo/cms/jurisprudenciaSumulaVinculante/anexo/PSV_39.pdf>. Acesso em 26 de maio de 2015.
_________. Súmula 670. Disponível em: < http://www.stf.jus.br/portal/jurisprudencia/listarJurisprudencia.asp?s1=670.NUME.%20NAO%20S.FLSV.&base=baseSumulas>. Acesso em 26 de maio de 2015. 
TAFNER, Elizabeth Penzlier e Da Silva, Everaldo. Metodologia do Trabalho Acadêmico. Portal Acadêmico Uniasselvi. Disponível em: <HTTPS://www.uniasselvi.com.br/aprendizagem/0-2.0/index.php>. Ed. Uniasselvi, Indaial 2012. Acesso em 10 de maio de 2015.
TORRES, Ricardo Lobo. Curso de Direito Financeiro e Tributário. 19ª Ed. – Rio de Janeiro. Renovar, 2013.
ESCOLA SUPERIOR DE CRICIÚMA

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