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Resumo Unidade 1 - Disturbios do Desenvolvimento

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Distúrbios do desenvolvimento
Unidade 1
Pré-história
Não há registros sobre como viviam os indivíduos com deficiência no período pré-histórico, há pelo menos dez mil anos. 
No entanto se levarmos em conta o nomadismo praticado no período pré-histórico, percebemos que a deficiência era um atraso para a sobrevivência. Isso porque os humanos nesse período tinham que fazer longas caminhadas para a obtenção de alimentos e da caça. Somente os mais fortes sobreviviam, portanto, era comum que certas tribos se desfizessem das crianças que nasciam com deficiência.
SINTESE:
PERÍODO PRÉ-HISTÓRICO - NÃO HÁ REGISTROS, MAS SABE-SE QUE OS DEFICIENTES ERAM PESO MORTO, ERAM EMPECILHO PARA A SOBREVIVÊNCIA DEVIDO O ESTILO DE VIDA NÔMADE. 
Antiguidade
Na antiguidade, eram sacrificados ou abandonados à própria sorte, “Nós matamos os cães danados, os touros ferozes e indomáveis, degolamos as ovelhas doentes com medo de que infectem o rebanho, asfixiamos os recém-nascidos mal constituídos; mesmo as crianças, se forem débeis ou anormais, nós as afogamos; não sei se trata de ódio, mas da razão que nos convida a separar das partes são aquelas que podem corrompê-las” (Sêneca, Sobre a Ira, I, XV apud Misès, 1977)
Na sociedade grega, as necessidades básicas eram garantidas pelos escravos, cabia aos homens livres dedicar-se exclusivamente ao ócio. Paradigma Espartano dedicava-se à arte da guerra e preocupava-se com as fronteiras de seus territórios, expostas às invasões bárbaras (Império Persa). Além disso, a preocupação com tudo o que se referia à perfeição e à manutenção do corpo forte e belo: a ginástica, a dança, a estética. Assim, as crianças que nasciam com deficiência eram eliminadas, só os fortes sobreviviam para servir ao exército. 
Na Grécia antiga, onde se primava pela perfeição dos corpos, as pessoas com deficiência quando não eram sacrificadas ficavam escondidas.
	
Na Roma antiga, as leis romanas não eram favoráveis às pessoas que nasciam com deficiência. Aos pais era permitido matar as crianças com deformidades físicas, utilizando-se da prática do afogamento. No entanto, os pais abandonavam seus filhos em cestos no Rio Tibre, ou em outros lugares sagrados. Os sobreviventes tornavam-se pedintes e esmolavam pelas ruas ou passavam a fazer parte de circos.
SINTESE:ANTIGUIDADE - QUANDO NÃO ERAM EXTERMINADOS ERAM ABANDONADOS, OU ESCONDIDOS. 
Idade média
A população ignorante atribuía o nascimento de pessoas com deficiência a castigo de Deus, supersticiosos viam nelas poderes especiais de feiticeiros ou bruxos, e mantinham assim, sentimentos e atitudes ambíguas em relação às pessoas com deficiência, que ora eram sacrificados, como um mal a ser evitado, ora eram privilegiados, por serem detentores de poderes sobrenaturais.
Ou ainda perseguidos e evitados, como possuídos pelos demônios, ou ainda tratados como insanos e indefesos, necessitando, portanto, de proteção. Geralmente, os sobreviventes eram separados de suas famílias e quase sempre ridicularizados, os anões e os corcundas eram focos de diversão dos mais abastados.
SINTESE:IDADE MÉDIA – VISÃO DA DEFICIÊNCIA COMO PEGADO. SEGREGAÇÃO DOS DEFICIENTES; ABANDONO OU EXTERMÍNIO. 
Idade moderna 
Idade moderna 
Nesse período, surgiram os primeiros hospitais de caridade que abrigavam indigentes e pessoas com deficiências.
A deficiência passa a ser explicada por um prisma de causalidades naturais, com uma visão médica, e concepções mais racionais, permanecendo marcada pelo preconceito e pela discriminação. A partir do século XVIII, com o médico, tem início as tentativas educacionais. Assim, surgem os avanços científicos e a busca de atendimento mais adequado para essas pessoas. 
No Instituto Nacional dos Jovens Cegos de Paris, Louis Braille (1809- 1852) apresentou algumas sugestões para seu aperfeiçoamento. Barbier se recusou a fazer alterações em seu sistema, Braille modificou totalmente o sistema de escrita noturna, criando o sistema de escrita padrão – o BRAILLE – usado por pessoas cegas até aos dias de hoje.
Surgimento dos orfanatos, os asilos e os lares para crianças com deficiência física. Grupos de pessoas organizam-se em torno da reabilitação dos feridos para o trabalho, principalmente, nos Estados Unidos e na Alemanha. Napoleão Bonaparte determinava expressamente a seus generais que reabilitassem os soldados feridos e mutilados para continuarem a servir, assim, nasce a ideia de que os ex-soldados poderiam ser reabilitados.
No Brasil, por insistência do Imperador Dom Pedro II (1840-1889), seguia-se o movimento europeu, criando o Imperial Instituto dos Meninos Cegos (atualmente Instituto Benjamin Constant), por meio do Decreto Imperial nº 1.428, de 12 de Setembro de 1854. Três anos depois, em 26 de setembro de 1857, o Imperador, apoiando as iniciativas do Professor francês Hernest Huet, fundação do Imperial Instituto de Surdos Mudos (atualmente Instituto Nacional de Educação de Surdos – INES). 
SINTESE:
IDADE MODERNA: RECEBEM PRIMEIROS CUIDADOS. FORMAÇÃO DE ESCOLAS E ASILOS. DESCOBERTAS IMPORTANTES. MUDANÇAS SOCIAIS E COMERCIAIS. 
SÉCULO XX
No século XX ocorrem avanços importantes para as pessoas com deficiência, ajudas técnicas ou elementos tecnológicos assistivos. Instrumentos que já vinham sendo utilizados, como cadeira de rodas, bengalas, sistema de ensino para surdos e cegos, dentre outros foram se aperfeiçoando. 
O período é marcado por duas grandes guerras mundiais e o aumento do número de pessoas com deficiências, e também a busca de atendimentos e recursos diferenciados para atender às necessidades dessas pessoas. 
Nos anos de 1902 até 1912, cresceu, na Europa, a formação e a organização de instituições voltadas para preparar a pessoa com deficiência. Levantaram-se fundos para a manutenção dessas instituições, sendo que havia uma preocupação crescente com as condições dos locais onde as pessoas com deficiência se abrigavam. Em 1914, o Império Alemão declara uma guerra que se estende até 1918.
Durante a Primeira Guerra Mundial, as mulheres puseram-se a trabalhar para sustentar a família, enquanto os maridos estavam na guerra; as crianças com e sem deficiência ficavam em abrigos. Pós Primeira Grande Guerra - necessário que os governos se preocupassem com o desenvolvimento de procedimentos de reabilitação dos ex-combatentes, melhorando a reabilitação dos jovens veteranos. 
O 32º Presidente dos Estados Unidos, Franklin Delano Roosevelt, em 1933, embora não gostasse de ser fotografado em sua cadeira de rodas, contribuiu para uma nova visão da sociedade americana e mundial de que a pessoa com deficiência, com boas condições de reabilitação, pode ter independência pessoal. 
Em 1945 é deflagrada a Segunda Guerra Mundial, de 1939 a 1945, liderada por Hitler, que assolou e chocou o mundo pelas atrocidades provocadas. Sabe-se que o Holocausto eliminou judeus, ciganos e também pessoas com deficiência. Estima-se que 275 mil adultos e crianças com deficiência morreram nesse período, outras 400 mil pessoas suspeitas de terem hereditariedade de cegueira, surdez e deficiência mental foram esterilizadas em nome da política da raça ariana pura. 
Com o fim da Segunda Guerra Mundial, o mundo precisou se reorganizar. Com a Carta das Nações Unidas, criou-se a Organização das Nações Unidas (ONU) em Londres, no ano de 1945, visando a encaminhar com todos os países membros as soluções dos problemas que assolavam o mundo. Os temas centrais foram divididos entre as agências: 
ENABLE - Organização das Nações Unidas para Pessoas com Deficiência; 
UNESCO - Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura; 
UNICEF - Fundo das Nações Unidas para a Infância OMS - Organização Mundial da Saúde. 
Entrada do deficiente no mercado de trabalho. Fortaleceu- se, aos poucos, a convicção de que as pessoas com deficiência podiam trabalhar, trabalhariam e queriam exercer voz ativa na sociedade. 
SÉCULO XX - DUAS GRANDES GUERRAS MUNDIAIS - AUMENTO DO CONTINGENTEDE DEFICIENTES - INSERÇÃO NO MERCADO DE TRABALHO - AVANÇOS TECNOLÓGICOS - MUDANÇA DE PARADIGMA e a INCLUSÃO SOCIAL.
A elaboração de diversos documentos nacionais e internacionais tem assegurado os direitos iguais ao cidadão que tenha um tipo de deficiência. O início do século XXI vem sendo marcado pelas relações da sociedade com o segmento populacional constituído pelas pessoas com deficiência, no sentido de promover efetivamente, o ajuste da oferta aos serviços de Educação, Sociais, de Saúde, do Trabalho e Emprego, da Cultura, do Lazer, do Esporte, de Urbanismo, com o objetivo de garantir acesso, permanência e utilização dos espaços e da vida social e cotidiana na comunidade na qual está inserido. 
O paradigma da inclusão social defende que cabe à sociedade se adaptar para poder incluir, em seus sistemas gerais, num movimento dialético de construção de novos espaços sociais, no qual façam parte novos atores e novas práticas sociais. Muito embora as práticas sociais ainda sejam organizadas a partir do padrão de normalidades construído em torno do indivíduo que apresenta algumas características selecionadas pelo grupo social como sendo o modelo ideal.
O processo de inclusão social é resultado da interação de fatores individuais e do meio, já que as reações sociais dependem das características primárias das deficiências como dos aspectos estruturais e conjunturais da sociedade (OMOTE, 1994). 
PAPEL DO PSICOLOGO NESSE CONTEXTO: 
Resta a cada um de nós, profissionais, a realização de uma reflexão crítica, com o intuito de identificar como se caracteriza nosso discurso e como se caracteriza nossa prática. Tendo como foco da análise o processo histórico da relação das sociedades com as pessoas com deficiência. 
Cabe a nós, enquanto profissionais da saúde e da educação, que atuamos junto às pessoas com deficiência e seus familiares, promover orientações e esclarecimentos sobre as capacidades e habilidades, minimizar os sentimentos de desesperança e de desamparo que ter um filho com deficiência, certamente trará e, principalmente, rompermos com as barreiras atitudinais; aquelas que fomentam a discriminação e o preconceito.

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