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Resumo - P2

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ANATOMIA 
SISTEMA CIRCULATÓRIO 
• A principal função do sistema cardiovascular é oferecer ao organismo nutrição e oxigenação celular para seu crescimento e manutenção. 
Este sistema transporta material nutritivo que foi absorvido pela digestão e o oxigênio captado pela respiração para todas as células do corpo 
e de modo semelhante, recolhe os produtos residuais do metabolismo celular levando-os até onde serão excretados. Ainda, o sangue possui 
células especializadas na defesa contra microrganismos e substâncias estranhas. 
• O sistema circulatório é do tipo fechado, ou seja, sem comunicação com o meio externo do corpo, sendo formado pelo coração e vasos, bem 
como sangue e linfa (humores). Os humores circulam através da ação do coração, uma bomba contrátil- propulsora. 
• Sendo um sistema tubular hermeticamente fechado, as trocas entre o sangue e os tecidos se dão por extensas redes de vasos de calibre 
reduzido e pares muito finas – os capilares – nos quais ocorre uma permeabilidade seletiva de substâncias entrando e saindo dos mesmos. 
• Alguns componentes do sangue e da linfa são produzidos pelo organismo nos órgãos hematopoiéticos, incluídos no sistema circulatório. 
DIVISÃO: o sistema circulatório é dividido em: 
1. Sistema sanguífero: os componentes são os vasos condutores de sangue (artérias, veias e capilares) e o coração (pode ser considerado um 
vaso modificado). 
2. Sistema linfático: formados pelos vasos condutores de linfa (capilares linfáticos, vasos linfáticos e troncos linfáticos) e por órgãos linfoides 
(linfonodos e tonsilas). 
3. Órgãos hematopoiéticos: medula óssea e órgãos linfoides (baço e timo). 
Medula óssea: tecido líquido gelatinoso que preenche a cavidade interna de vários ossos e fabrica os elementos figurados do sangue periférico 
como: hemácias (glóbulos vermelhos), leucócitos (glóbulos brancos) e plaquetas – ela possui as células progenitoras das células sanguíneas. 
CORAÇÃO: é o órgão responsável pelo bombeamento do sangue através do corpo – um órgão muscular oco que funciona como uma bomba 
contrátil. É composto por tecido muscular de tipo especial – tecido muscular estriado cardíaco -, que constitui sua camada média ou 
miocárdio. 
- Forrando internamente o miocárdio existe endotélio, o qual é contínuo com a camada íntima de vasos que chegam ou saem do coração, 
sendo essa camada interna denominada endocárdio. 
- Externamente ao miocárdio, há uma serosa revestindo-o, denominada epicárdio. 
• A cavidade do coração é subdividida em quatro câmaras (dois átrios e dois ventrículos) e 
entre átrios e ventrículos existem orifícios com dispositivos ordenadores da corrente 
sanguínea – as valvas. 
FORMA: forma aproximada de um cone truncado, apresentando uma base, um 
ápice e faces (esternocostal, diafragmática e pulmonar). 
SITUAÇÃO: o coração fica situado na porção mediastinal da cavidade torácica, entre o 
osso esterno e a coluna vertebral, abraçado pelos pulmões e acima do diafragma. Está 
disposto obliquamente e seu ápice mais inclinado para o lado esquerdo do plano 
mediano. O ápice do coração, situado na região inferior, é mais lateral, 
enquanto a base é medial. Na base do coração estão os grandes vasos 
que chegam e saem deste órgão. 
MORFOLOGIA INTERNA: quando as paredes do coração são 
abertas, verifica-se que a cavidade cardíaca apresenta 
septos (parede membranosa que divide espaços), 
subdividindo-a em quatro câmaras. 
• O septo horizontal – septo atrioventricular, divide o 
coração em duas porções, superior e inferior. A porção superior 
apresenta um septo sagital – septo interatrial, que a divide em duas 
câmaras: átrios direito e esquerdo. Cada átrio possui um 
apêndice, o qual é visto na superfície externa do coração e se assemelha 
a orelha de um animal, por isso recebendo o nome de aurícula. 
• A porção inferior apresenta também um septo sagital – septo interventricular, que a divide em 
duas câmaras: ventrículos direito e esquerdo. O septo atrioventricular possui dois orifícios, 
um à direita e outro à esquerda – óstios atrioventriculares direito e esquerdo, 
possibilitando a comunicação do átrio direito com o ventrículo direito e do átrio 
esquerdo com o ventrículo esquerdo. 
• Os óstios atrioventriculares são providos de dispositivos que permitem a passagem do 
sangue somente do átrio para o ventrículo: são as valvas atrioventriculares. A valva é 
formada por uma lâmina de tecido conjuntivo denso, recoberta em ambas as faces 
pelo endocárdio. Essa lâmina é descontínua, apresentando subdivisões incompletas, as 
quais recebem o nome de válvulas ou cúspides. A valva atrioventricular direita possui 
três válvulas e recebe a denominação de valva tricúspide; a valva atrioventricular 
esquerda apresenta duas válvulas e chama-se valva mitral (ou bicúspide). 
• Quando ocorre a sístole (contração) ventricular, a tensão nesta câmara aumenta 
consideravelmente, o que poderia provocar a eversão da valva para o átrio e consequente 
refluxo de sangue para esta câmara. Tal fato não ocorre porque cordas tendíneas 
(tendinosas – tendões) prendem a valva a músculos papilares, os quais são projeções do 
miocárdio nas paredes internas do ventrículo. 
VASOS DA BASE: os vasos através dos quais o sangue chega e sai do coração têm suas raízes situadas na 
base deste órgão, razão pela qual esta área não tem limitação nítida. No átrio direito desembocam a veia cava 
superior e a veia cava inferior. No átrio esquerdo desembocam as veias pulmonares, em número de quatro, 
(duas de cada pulmão) que carregam sangue rico em oxigênio dos pulmões até o coração. São as únicas 
veias da circulação pós-fetal do corpo humano que carregam sangue oxigenado. 
• O tronco pulmonar, que logo se bifurca em artérias pulmonares direita e esquerda, sai do 
ventrículo direito em direção aos pulmões. E do ventrículo esquerdo, sai a artéria aorta, que se 
dirige inicialmente para cima e depois para trás e para a esquerda, formando o arco aórtico, 
e leva sangue rico em oxigênio para o corpo. 
• As estruturas valvares também estão presentes nos grandes vasos da base do coração. 
No orifício de saída da aorta, encontramos a valva aórtica, e no tronco pulmonar existe a 
valva do tronco pulmonar. Essas valvas são compostas por três válvulas semilunares, lâminas 
formadas de tecido conjuntivo forradas de endotélio, em forma de bolso, tendo o fundo voltado 
para o ventrículo e a porção aberta voltada para a luz da artéria, e se fecham quando ocorre a 
diástole ventricular, impedindo que o sangue retorne ao coração. 
ESQUELETO CARDÍACO: consiste de uma massa contínua de tecido conjuntivo fibroso que 
circunda os óstios atrioventriculares e os ostios do tronco pulmonar e da aorta. Nele se 
inserem as valvas dos orifícios atrioventriculares e dos orifícios arteriais, além de camadas 
musculares. 
PERICÁRDIO: O pericárdio é uma estrutura sacolar fibroserosa localizada em torno do 
coração, envolvendo-o, separando-o dos outros órgãos do mediastino e limitando sua 
expansão durante a diástole ventricular. Este é constituído por dois componentes, o 
pericárdio fibroso e o pericárdio seroso. 
• O pericárdio fibroso é percebido como uma camada externa de tecido conjuntivo denso que 
define os limites do mediastino médio. 
• O pericárdio seroso apresenta-se fino internamente e consiste em duas partes: a 
lâmina parietal, que é responsável pelo revestimento interno do pericárdio fibroso e 
a lâmina visceral, aderente ao miocárdio e também chamada de epicárdio. 
- Entre as duas lâminas do pericárdio existe a cavidade pericárdica, preenchida pelo 
líquido pericárdico, o qual possibilita o deslizamento de uma lâmina sobre a outra 
no momento dos batimentos cardíacos. 
CIRCULAÇÃO DO SANGUE: a circulaçãoé a passagem do sangue através do 
coração e dos vasos, se fazendo por meio de duas correntes sanguíneas que 
partem ao mesmo tempo do coração. 
SISTEMA DE CONDUÇÃO: o controle da atividade cardíaca é feito através do vago (inibe) e do 
simpático (estimula). Esses nervos agem sobre uma formação situada na parede do átrio direito – o 
nó sinoatrial (ou nodo/nódulo), considerado o ‘’marca-passos’’ do coração. Daí o impulso espalha-se 
ao miocárdio, resultando contração. O impulso chega ao nó atrioventricular e se propaga aos 
ventrículos através do fascículo atrioventricular (Feixe de His). 
TIPOS DE CIRCULAÇÃO 
Circulação pulmonar ou pequena circulação, o 
sangue rico em gás carbônico passa do átrio 
direito para o ventrículo direito e é em seguida 
impulsionado para o tronco pulmonar e artérias 
pulmonares até a rede de capilares dos pulmões. Depois 
de sofrer hematose, o sangue oxigenado retorna ao átrio 
esquerdo pelas veias pulmonares. Em síntese, é uma 
circulação coração-pulmão-coração. 
Circulação sistêmica ou grande circulação, o sangue 
rico em oxigênio do átrio esquerdo dirige-se ao ventrículo 
esquerdo que o encaminha para a artéria aorta e desta 
para a rede capilar de todo o organismo. Após as trocas, o sangue retorna por numerosas veias, as 
quais, em última instância, são afluentes das veias cava superior e inferior que desembocam no 
átrio direito. Em síntese, é uma circulação coração-tecidos-coração. 
Circulação colateral: normalmente existem anastomoses (comunicações) entre ramos de 
artérias ou de veias entre si. Essas anastomoses são em maior ou menor número, dependendo 
da região do corpo. Em condições normais, não há muita passagem de sangue através dessas 
comunicações, mas no caso de haver uma obstrução (parcial ou total) de um vaso mais calibroso 
que participe da rede anastomótica, o sangue passa a circular ativamente por essas variantes, 
estabelecendo-se a circulação colateral. É, portanto, um mecanismo de defesa do organismo 
para irrigar um determinado território onde ocorreu obstrução de vasos. 
Circulação portal: uma veia interpõe-se entre duas redes de capilares, sem passar por um órgão 
intermediário. Isso acontece na circulação portal-hepática, provida de uma rede capilar no intestino e 
outra rede de capilares no fígado, ficando a veia porta interposta entre as redes. 
TIPOS DE VASOS SANGÚINEOS – ARTÉRIAS: são tubos cilindroides, elásticos eferentes em relação ao coração, ou seja, saem dele em 
direção a todo o corpo. 
Calibre: podem ser classificadas em artérias de grande, médio e pequeno calibre e arteríolas. 
• Levando-se em conta a estrutura e função, as artérias classificam-se em: elásticas ou de grande calibre (aorta, tronco braquiocefálico, 
subclávia); distribuidoras (ou musculares) ou de médio calibre, sendo a maiorias das artérias no corpo; arteríolas, que são os menores ramos 
das artérias e oferecem maior resistência ao fluxo sanguíneo, contribuindo para a redução da tensão do sangue antes da passagem pelos 
capilares. 
Elasticidade: afim de manter o fluxo sanguíneo constante e suportar as pressões sofridas, as artérias estão cercadas por uma musculatura lisa 
de espessura variável, e são formadas, na sua estrutura, por tecido conjuntivo com grande quantidade de fibras elásticas. 
Ramos: as artérias emitem ramos terminais (quando o tronco principal deixa de existir) e ramos colaterais (tronco principal continua 
existindo). Quando o ramo colateral circula sangue em direção oposta à artéria original (diminui a velocidade), chama-se ramo recorrente. 
Número: é variado o número de artérias que irrigam determinado órgão, possuindo relação não só com o volume do órgão, mas com sua 
importância funcional. 
Situação: as artérias podem ser superficiais ou profundas. As artérias superficiais em geral são oriundas de artérias musculares e se destinam 
à pele, sendo por isso de calibre reduzido e distribuição irregular. A quase totalidade das artérias são profundas, onde estão mais protegidas. 
Artérias principais: a aorta é a principal artéria do corpo, a de maior diâmetro, recebendo o sangue oxigenado dos pulmões e se ramificando 
em artérias de menor calibre, que ajudam a distribuir o sangue para as diversas partes do corpo. Logo no começo, há a porção ascendente da 
aorta de onde se originam as artérias coronárias, que fazem a irrigação do músculo cardíaco (miocárdio). 
• A partir da curva da aorta (arco aórtico) partem três ramos principais. São eles: o tronco braquiocefálico arterial (que origina a carótida 
comum e subclávia direitas), a artéria carótida comum esquerda e a artéria subclávia esquerda. As artérias subclávias ramificam-se em outras 
artérias que distribuem o sangue para a cabeça, pescoço e membros superiores. Artérias carótidas comuns ramificam-se em artérias carótidas 
externas, que irrigam a cabeça e o pescoço, e artérias carótidas internas, que levam o sangue para o cérebro. 
• Ainda, há a artéria pulmonar que sai do coração transportando sangue venoso, rico em gás carbônico, indo para os pulmões, e outras 
artérias derivadas da aorta descendente como, artéria renal, artéria femoral, artéria ilíaca. 
VEIAS: são tubos aferentes em relação ao coração, ou seja, chegam nele vindos de todo o corpo. As veias fazem sequência aos capilares e 
transportam sangue que já sofreu trocas com os tecidos, da periferia até o centro do sistema circulatório. 
Forma: quando cheias de sangue, são mais ou menos cilíndricas, e quando pouco cheias, são mais achatadas. 
Calibre: como as artérias, podem ser classificadas em veias de grande, médio e pequeno calibre e vênulas, estas últimas seguindo-se aos 
capilares. Possuem menos tensão em seu interior e paredes mais delgadas. 
Número: o número de veias é maior do que o de artérias, afinal a velocidade do sangue venoso é menor, e elas precisam transportar o mesmo 
volume de sangue por tempo. 
Situação: também classificadas em superficiais e profundas. As veias superficiais são subcutâneas e, frequentemente, visíveis na pele. Veias 
profundas podem ser solitárias (não acompanhando artérias) ou satélites das artérias. Numerosas veias comunicam v. superficiais com v. 
profundas, sendo denominadas veias comunicantes. 
Válvulas: a presença de válvulas é uma das principais características, apesar de possuir exceções 
(ausentes no cérebro e algumas no tronco e pescoço). As válvulas são pregas membranosas da 
camada interna da veia, em forma de bolso – possuem uma borda aderente à parede da veia e 
uma borda livre, voltada sempre para a direção do coração. 
• O espaço delimitado pela borda aderente e situado entre a válvula e a parede da veia chama-se 
seio da válvula. Quando o sangue contido na válvula é impulsionado, ele empurra a válvula de 
encontro à parede do vaso, circulando assim livremente em direção ao coração. Cessada a força 
da corrente sanguínea, o sangue tende a retornar por ação da gravidade, mas é impedido, se 
insinuando no seio da válvula que se fecha e só volta a abrir com um novo impulso, progredindo 
em direção ao coração. 
• A insuficiência (incapacidade de impedir completamente o refluxo do sangue) de muitas válvulas de uma veia provoca 
sua dilatação e consequente estase sanguínea, estado que é conhecido pelo nome de varizes. 
• Um dos mais importantes fatores do retorno do sangue venoso ao coração é a contração muscular, que comprime as 
veias e impulsiona o sangue nelas contido. 
CAPILARES SANGÚINEOS: são vasos microscópicos interpostos entre artérias e veias. Neles se processam as trocas entre o sangue e os tecidos 
e sua distribuição é quase universal no corpo humana, sendo rara sua ausência em tecidos ou órgãos, como é o caso da epiderme, da 
cartilagem hialina, da córnea e a lente. 
 
SISTEMA LINFÁTICO formadopor uma rede complexa de vasos e órgãos linfoides onde circula a linfa, é um sistema de drenagem 
auxiliar do sistema circulatório. É responsável por transportar o líquido tecidual (fluido intersticial/líquido intercelular) do corpo, que passa a 
ser chamado de linfa quando penetra nos vasos linfáticos, além de constituir um sistema de defesa do organismo. 
• A função e a relação desse sistema com o sistema circulatório se justificam na dificuldade que as grandes moléculas do líquido tecidual têm 
para penetrar nos capilares sanguíneos, tendo de ser recolhidas em capilares especiais – os capilares linfáticos, de onde a linfa segue para os 
vasos linfáticos, e destes para os troncos linfáticos, os mais volumosos, que por sua vez lançam a linfa em veias de médio ou grande calibre. 
• Os capilares linfáticos são mais calibrosos e mais irregulares que os sanguíneos. São extremamente abundantes na pele e nas mucosas. Os 
vasos linfáticos possuem válvulas em forma de bolso e elas asseguram o fluxo da linfa em uma só direção (para o coração). 
• O maior tronco linfático é o ducto torácico e geralmente desemboca na junção da v. jugular interna com a v. subclávia do lado esquerdo. Os 
vasos linfáticos estão ausentes no sistema nervoso central, na medula óssea, nos músculos esqueléticos e estruturas avasculares. 
DIFERENÇAS ENTRE S. LINFÁTICO E S. SANGUÍFERO: os capilares linfáticos onde ocorre a absorção do líquido tecidual, ao contrário dos 
sanguíneos, são tubos de fundo cego. Ainda, o sistema linfático não possui um órgão central bombeador; apenas conduz a linfa para vasos 
mais calibrosos. Outra diferença é a presença de estruturas denominadas linfonodos. 
LINFONODOS: ou gânglios linfáticos, são estruturas interpostas no trajeto dos vasos 
linfáticos que agem como uma barreira/ filtro contra a penetração na corrente 
circulatória de microrganismos, toxinas ou substâncias estranhas ao organismo. 
• São portanto, elementos de defesa do organismo e, para tanto, produzem glóbulos 
brancos, principalmente linfócitos. 
LINFA: é composta por um líquido claro pobre em proteínas e rico em lipídios, parecido 
com o sangue, mas com a diferença de que as únicas células que contém são os glóbulos 
brancos que migram dos capilares sanguíneos, sem conter hemácias. 
• O fluxo da linfa é relativamente lento durante períodos de inatividade de uma 
região. A atividade muscular provoca o aparecimento de um fluxo 
mais rápido e regular. 
BAÇO: é um órgão linfoide, situado ao lado esquerdo da 
cavidade abdominal, junto ao diafragma. Apresenta duas 
faces distintas, uma relacionada com o 
diafragma – face diafragmática e outra voltada para as 
vísceras abdominais – face visceral. 
• Na face visceral, encontra-se o hilo do baço, uma fenda 
onde penetram nervos e vasos, incluindo a veia esplênica, 
que drena o sangue do baço. 
• O baço controla, armazena e destrói células sanguíneas, 
produz anticorpos e filtra o sangue, retendo partículas 
estranhas. 
TIMO: é um órgão linfoide (uma glândula endócrina linfática), 
estando situado parcialmente no pescoço e no tórax. O timo cresce 
até o período da puberdade e depois passa a involuir, tendo grande parte substituída por tecido 
adiposo. 
• É responsável pela maturação e seleção de linfócitos T. 
 
SISTEMA RESPIRATÓRIO 
A respiração é uma das características básicas dos seres vivos, consistindo na absorção, pelo organismo, de oxigênio, e a eliminação de gás 
carbônico proveniente das oxidações celulares. Pode ser classificada em respiração direta, quando o oxigênio é retirado e o CO2 eliminado 
diretamente no meio, e respiração indireta, quando existe um elemento intermediário participante das trocas de gases – o sistema 
circulatório, com o sangue conduzindo-os entre as células e meio habitado pelo animal. O sistema respiratório, por sua vez, é o conjunto de 
órgãos responsáveis pela agilidade desse processo – o rápido intercâmbio entre o 
ar e o sangue. 
DIVISÃO – 1. Porção de condução: à esta porção pertencem órgãos tubulares cuja 
função é a de levar o ar inspirado até a porção respiratória, representado pelos 
pulmões, e destes conduzir o ar expirado, eliminando o CO2. Assim, dos pulmões 
o ar expirado é conduzido pelos brônquios e traqueia (órgãos que funcionam 
apenas como tubos condutores de ar – aeríferos). Acima destes, entretanto, 
situam-se a laringe, a faringe e o nariz que não são apenas condutores aeríferos 
(laringe – fonação; faringe – sistema digestivo; e nariz – função olfatória). 
2. Porção de respiração: composta pelos pulmões. 
NARIZ: é o órgão que representa a parte inicial do sistema respiratório; localizado 
no plano mediano da face, esse órgão é composto pelo nariz externo 
(pirâmide nasal), cavidade nasal (fossa nasal) e seios paranasais. 
NARIZ EXTERNO: é visível externamente no plano mediano da face, apresentando-se, no homem, como uma 
pirâmide triangular em que a extremidade superior, correspondendo ao vértice da pirâmide, é denominado 
raiz, e a inferior, base. Nesta, encontram-se dias aberturas em fenda, as narinas, separadas por um 
septo, e que comunicam o meio externo com a cavidade nasal. O ponto mais projetado, 
anteriormente, da base do nariz recebe o nome de ápice e entre ele e a raiz estende-se o dorso do 
nariz, cujo perfil é variável nos grupos raciais, podendo-se apresentar retilíneo, côncavo ou convexo. 
• O esqueleto do nariz é ósteo-cartilaginoso, isto é, além dos ossos nasais e porções das duas maxilas, 
fazem parte do esqueleto do nariz diversas cartilagens nasais. Em crânios preparados, as cartilagens 
são destruídas no processo, restando 
as partes ósseas que delimitam a 
abertura piriforme. 
 
 
 
 
 
CAVIDADE NASAL: comunica-se com o meio externo através das narinas, situadas anteriormente, 
e com a porção nasal da faringe posteriormente, através das coanas, aberturas que marcam o limite 
entre a cavidade nasal e a porção nasal da faringe. 
• A cavidade nasal é dividida em metades direita e esquerda pelo septo nasal, este constituído por uma 
parte cartilaginosa (cartilagem do septo nasal) e óssea (lâmina perpendicular do osso etmoide e osso vômer). 
• Cada cavidade nasal possui ainda duas paredes laterais formadas pelas conchas nasais superior, medial e 
inferior, e um assoalho formado pelo palato duro (lâminas horizontais dos ossos palatinos e processo 
palatinos das maxilas) e posteriormente pelo palato mole. O palato separa a cavidade do 
nariz da cavidade da boca. 
• A comunicação da cavidade nasal com alguns ossos do crânio, como o frontal, o 
maxilar, o esfenoide e o etmoide (células etmoidais), formam espaços preenchidos pelo 
ar, que denominamos seios paranasais. 
• As conchas projetam-se na cavidade nasal, estão recobertas pela pele mucosa e 
delimitam espaços denominados meatos, sendo que os seios paranasais 
desembocam nesses meatos. As conchas nasais existem para aumentar a superfície 
mucosa pois é esta superfície que umedece e aquece o ar inspirado, 
condicionando-o para que seja melhor aproveitado na hematose 
(trocas gasosas) que se dá no nível dos pulmões. 
• A cavidade nasal pode ser dividida em vestíbulo, região respiratória e 
região olfatória. O vestíbulo segue-se imediatamente às narinas (dilatação 
revestida de pele contendo pelos). Ao vestíbulo seguem-se as regiões 
respiratória e olfatória, cobertas por mucosa. Da região olfatória, que se restringe à concha superior, 
partem as fibras nervosas que constituem em conjunto o nervo olfatório e que atravessam as aberturas 
da lâmina crivosa do osso etmoide. 
SEIOS PARANASAIS: cavidades entre alguns ossos do crânio cujas funções são ainda incertas, as quais 
podemos caracterizar em: seio maxilar, seio frontal, seioetmoidal e seio esfenoidal. 
FARINGE: é um tubo muscular associado ao sistema 
respiratório e digestivo, situando-se posteriormente à 
cavidade nasal, bucal e à laringe, reconhecendo-se nela, por 
esta razão, três partes: parte nasal (nasofaringe), superior, 
que se comunica com a cavidade nasal através das coanas; 
parte bucal (orofaringe), média, comunicando-se com a 
cavidade bucal propriamente dita por uma abertura 
denominada isto da garganta (ou das fauces); parte laríngea 
(laringofaringe), inferior, situada posteriormente à laringe e 
continuada diretamente no esôfago. 
• Não existem limites precisos entre as três partes; a faringe 
é um canal comum para a passagem do alimento ingerido e do ar inspirado e, no seu trajeto, as vias seguidas 
pelo bolo alimentar e pela corrente aérea se cruzam. 
• Na parede lateral da parte nasal da faringe apresenta-se o óstio faríngeo da tuba auditiva, abertura em 
fenda que marca a desembocadura da tuba auditiva nesta porção da faringe. A tuba auditiva comunica a 
parte nasal da faringe com a cavidade timpânica do ouvido no osso temporal, igualando deste modo, as 
pressões do ar externo e daquele contido na cavidade timpânica. Por outro lado, esta comunicação explica 
como infecções da faringe podem propagar-se ao ouvido médio. O óstio faríngeo da tuba auditiva está limitado, 
superiormente, por uma elevação em forma de meia lua, muito nítida, denominada tórus tubal (toro tubário), 
produzida pela cartilagem da tuba revestida de mucosa. 
LARINGE: é um órgão tubular, situado no plano mediano e anterior do pescoço que, além de via aerífera, é órgão 
da fonação (produção de som). Coloca-se anteriormente à faringe e é continuada diretamente pela traqueia. 
ESQUELETO DA LARINGE: a laringe apresenta um esqueleto cartilaginoso. 
• A tireoide, considerada a maior cartilagem, está localizada na parede anterior e lateral da laringe. Esta é 
constituída de cartilagem hialina e de duas lâminas que se unem e formam um V. A cartilagem cricoide 
é um anel único, também constituído de cartilagem hialina que liga a laringe à traqueia. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
• As cartilagens aritenóides (ou aritenoideas) são pirâmides de cartilagem em que as cordas 
vocais estão fixadas, e que apresentam em sua base uma 
articulação do tipo diartrose com a cartilagem cricoide, o que 
permite os movimentos das cordas vocais. 
• A cartilagem epiglótica localiza-se posteriormente à tireoide 
juntamente com as pequenas cartilagens, de pouco destaque, 
como a cartilagem cuneiforme e as cartilagens corniculadas. 
CAVIDADE DA LARINGE: ao realizar um corte sagital na laringe pode-se 
observar uma fenda ântero-posterior que leva a uma pequena 
invaginação, o ventrículo da laringe. Esta fenda está delimitada por duas 
pregas: uma superior, a prega vestibular, e outra inferior, a prega vocal. 
• A porção da cavidade da laringe situada acima da prega vestibular é o vestíbulo, que se 
estende até o orifício de entrada da laringe, o ádito da laringe. A porção compreendida entre 
as pregas vestibular e vocal de cada lado é a glote, enquanto que aquela situada abaixo das pregas 
vocais é a cavidade infraglótica que se continua com a 
cavidade da traqueia. 
• As pregas vocais são constituidas pelo 
ligamento e musculo vocais, revestidos por 
mucosa e o espaço existente entre elas é 
denominado rima glótica. Em condições 
normais as pregas vestibulares não tomam parte 
na fonação, tendo função protetora. Para que se 
produza o som laríngeo, ao nivel das pregas vocais, a 
laringe possui numerosos músculos, denominados, genericamente, músculos intrínsecos da laringe que podem aduzir 
ou abduzir as pregas vocais, isto é, que podem aproximá-las ou afastá-las, respectivamente. A musculatura 
intrísenca da laringe, da qual é parte o próprio musculo vocal contido na prega vocal, pode também provocar 
tensão ou relaxamento das pregas vocais, o que interfere sobremaneira na tonalidade do som produzido. 
TRAQUEIA E BRÔNQUIOS: à laringe segue-se a traqueia, estrutura cilindróide constituida por uma série de aneis 
cartilaginosos incompletos, em forma de C, sobrepostos e ligados entre si pelos ligamentos anulares. 
• A parede posterior, desprovida de cartilagem, constitui a parede membranácea da traqueia, que apresenta musculatura lisa. 
Tal como ocorre com outros órgãos do sistema respiratório, as cartilagens da traqueia 
proporcionam-lhe rigidez suficiente para impedi-la de entrar em colapso e, ao mesmo tempo, 
unidas por tecidos elástico, fica assegurada a mobilidade e flexibilidade da estrutura 
que se desloca durante a respiração e com os movimentos da laringe. 
• Embora seja um tubo mediano, a traqueia, sofre um ligeiro desvio para a direita 
próximo a sua extremidade inferior, antes de dividir-se nos dois brônquios principais, 
direito e esquerdo, que se dirigem para os pulmões. Os brônquios são ramificações da 
traqueia. Estes se apresentam sob a forma de pequenos tubos ou pequenos canais 
ocos com diâmetros variáveis que fazem parte do pulmão. São classificados em 
principais ou de primeira ordem, por sua semelhança a traqueia. Cada brônquio 
principal dá origem a pequenos brônquios lobares ou de segunda ordem. Os brônquios 
lobares dividem-se em brônquios segmentares ou terceira ordem, e os brônquios 
segmentares se dividem em bronquíolos. O conjunto todo é denominado árvore brônquica. 
• Outro componente da árvore brônquica são os alvéolos, localizados já nos pulmões, que são responsáveis pelas trocas gasosas. Podem 
apresentar-se isolados ou em grupos formando pequenos sacos com paredes finas, que facilitam as trocas gasosas dos alvéolos com a rede de 
capilares que os cobrem. 
PULMÃO E PLEURA: o pulmão é um órgão duplo (pulmões direito e esquerdo) – o principal da respiração – e está contido na cavidade 
torácica, sendo que entre os dois pulmões há uma região mediana denominada mediastino, ocupada pelo coração, os grandes vasos e alguns 
dos seus ramos proximais, o esôfago, parte da traqueia e brônquios principais. 
• Esse órgão possui forma cônica, apresentando um ápice superior, uma base inferior e duas faces: costal e mediastinal. A base está apoiada 
no diafragma, músculo que separa o tórax do abdome, e por esta razão é também conhecida como como face diafragmática. Na face 
mediastinal os pulmões apresentam o hilo do pulmão, fenda responsável pela entrada e saída dos brônquios, vasos e nervos pulmonares, 
constituindo a raiz do pulmão. 
• Cada pulmão é dividido em partes ou em lobos, sendo três para o pulmão 
direito (maior) e dois para o esquerdo. No homem, os lobos do pulmão 
direito, superior, médio e inferior são separados entre si por fendas 
profundas, as fissuras oblíqua e horizontal. O pulmão esquerdo, com suas 
fendas superior e inferior, possui apenas a fissura oblíqua. Os lobos 
pulmonares são subdivididos em segmentos broncopulmonares, região 
em que os brônquios se distribuem. 
• Cada pulmão é revestido pela pleura, um saco seroso de paredes duplas 
(folhetos) contínuas até o hilo. A pleura divide-se em pleura pulmonar ou 
visceral, caracterizada por aderir os pulmões, e pleura parietal, que 
recobre a face costal do pulmão e está intimamente ligada à caixa torácica. 
Entre essas paredes forma-se um espaço virtual, a 
cavidade da pleura, preenchida por um líquido, 
conhecido como líquido pleural, que reduz o atrito entre 
elas durante os deslizamentos nas constantes variações de 
volume do pulmão. 
• Na atividade física, os pulmões aumentam a capacidade de 
ventilação, oxigenando mais o sangue, enquanto o coração 
tem seus batimentos acelerados. O oxigênio é o ingrediente 
fundamental paraa produção de energia. Neste processo o ar 
oxigenado entra pelo nariz e pela boca quando inspiramos, 
este é puxado pelos pulmões ao inflar. Ao contrário, o ar com gás 
carbônico é expelido de dentro para fora do nosso corpo na expiração. Os movimentos de expansão e 
contração dos pulmões são ininterruptos, induzidos pelo diafragma e por músculos do peito e das costas. 
• O ar oxigenado para chegar nos pulmões, percorre a faringe, prossegue pela laringe e alcança a traqueia. 
Dentro dos pulmões o ar oxigenado ainda tem de passar pelas ramificações dos brônquios ou bronquíolos, 
uma rede de pequenos vasos formados por sucessivas divisões. O ar chega aos alvéolos, cheios de ar, estas 
bolsinhas permitem a passagem do oxigênio para os finos capilares sanguíneos que as cercam. Por fim, o 
oxigênio se liga às hemoglobinas, células vermelhas sanguíneas e é transportado pelo sangue ao coração, onde 
será bombeado para todo o organismo. 
 
SISTEMA DIGESTÓRIO 
Ou digestivo, é composto por um conjunto de órgãos que têm por função a realização da digestão, ou seja, a transformação dos alimentos 
ingeridos em compostos possíveis de serem absorvidos e assimilados – as funções do sistema incluem, portanto, a mastigação, a deglutição, a 
digestão, absorção e expulsão de resíduos, eliminados sob a forma de fezes. 
DIVISÃO: é composto pelo trato digestório e órgãos anexos. O trato digestório é um tubo oco que se estende da cavidade bucal ao ânus, 
sendo também chamado de canal alimentar ou trato gastrintestinal; destas extremidades abertas, percorre a faringe, o esôfago, o estômago 
e os intestinos delgado e grosso. Já os órgãos digestórios acessórios incluem os dentes, a língua, as glândulas salivares, o fígado, vesícula 
biliar e o pâncreas. 
BOCA E CAVIDADE BUCAL: a boca é a primeira porção do canal alimentar, comunicando-se com o exterior através de uma fenda limitada 
pelos lábios, a rima bucal, e, posteriormente, com a parte bucal da faringe, através de uma região estreitada, o istmo das fauces. 
• A cavidade bucal está limitada, lateralmente, pelas bochechas, superiormente pelo palato, e, inferiormente, por músculos que constituem o 
assoalho da boca. Nesta cavidade fazem saliência as gengivas, os dentes e a língua. 
DIVISÃO DA CAVIDADE BUCAL: a cavidade é dividia em duas porções: 
1. vestíbulo da boca, um espaço limitado por um lado pelos lábios e bochechas e por outro pelas gengivas e dentes. 
2. cavidade bucal propriamente dita, o restante. 
PALATO: o teto da cavidade bucal está constituído pelo palato, que separa a cavidade bucal da nasal, e nele 
reconhecemos o palato duro, anterior e ósseo, e o palato mole, posterior e muscular. 
• Do palato mole, no plano mediano, projeta-se uma saliência cônica, a úvula e, lateralmente, duas pregas 
denominadas arco palatoglosso (a mais anterior) e arco palatofaríngeo (mais posterior), produzidas por músculos 
com os mesmos nomes dos arcos. Entre os arcos há um espaço, a fossa tonsilar, ocupada pela tonsila palatina 
(amígdala ou amídala). 
LÍNGUA: é um órgão muscular revestido por mucosa e que exerce importantes funções 
na mastigação, na deglutição, como órgão gustativo e na articulação da palavra. 
• Sua face superior é denominada dorso da língua. Neste, na junção dos dois terços anteriores com 
o terço posterior, nota-se o sulco terminal que divide a língua em duas porções: corpo, anterior, 
e raiz, posterior a ele. 
A observação da mucosa que reveste o dorso da língua permite identificar uma série de projeções, 
as papilas linguais, que são de vários tipos: as maiores, facilmente identificáveis, dispõem-se 
comumente em V, logo adiante do sulco terminal, e são denominadas papilas valadas. Nestas, 
como em outras de tipo diferente, localizam-se receptores gustativos. 
DENTES: são estruturas rijas, esbranquiçadas, 
implantadas em cavidades da 
maxila e da mandíbula, 
denominadas alvéolos 
dentários. 
• Em cada dente distinguem-se 
três partes: raiz, implantada no 
alvéolo, coroa, livre, e entre 
elas uma zona estreitada, 
o colo, circundado pela 
gengiva. 
• No homem adulto, há 32 dentes, 
sendo 8 incisivos, 4 caninos, 8 
pré-molares e 12 molares. 
1. incisivos: coroa em bisel (oblíquo), com margem cortante e uma 
única raiz; estão situadas anteriormente na arcada dentária. 
2. caninos: coroa cônica, terminando em ponta e raiz única; 
localizam-se lateralmente aos incisivos. 
3. pré-molares: coroa apresentando dois tubérculos/cúspides 
(eminência arredondada) e raiz única ou bífida; situam-se na região 
lateral da arcada dentária, posteriormente aos caninos. 
4. molares: possuem coroa com 3-5 tubérculos e duas ou três raízes; são posteriores aos pré-molares. 
• No ser humano há duas dentições: a primeira é denominada primária (‘’de leite’’), com 20 dentes; a segunda é 
denominada permanente, apresentando-se com 32 dentes, sendo que a substituição começa a partir dos 6/7 anos de vida. 
GLÂNDULAS SALIVARES: são responsáveis pela secreção da saliva e apesar de numerosas, destacam-se 
as chamadas extraparietais, que compreendem 3 pares de glândulas: parótidas, submandibulares 
e sublinguais. 
1. glândula parótida: está situada lateralmente na face anteriormente ao pavilhão do ouvido externo. Seu 
canal excretor, o ducto parotídeo, abre-se no vestíbulo da boca, ao nível do 2º molar superior. 
2. glândula submandibular: localiza-se anteriormente à parte mais inferior da parótida, 
protegida pelo corpo da mandíbula. O ducto submandibular abre-se no assoalho da boca, 
abaixo da língua, próximo ao plano mediano. 
3. glândula sublingual: é a menor das três, situando-se lateral e inferiormente à língua, sob a mucosa que 
reveste o assoalho da boca. Sua excreção é lançada na cavidade bucal, sob a porção mais anterior da 
língua, por canais que desembocam independentemente por uma série de orifícios no assoalho da 
cavidade da boca. 
FARINGE: a parte bucal da faringe comunica-se com a cavidade bucal propriamente dita através do istmo das fauces e a parte laríngica 
comunica-se anteriormente com o ádito da laringe e, posteriormente, é continuada pelo esôfago. A musculatura da laringe é estriada. 
• Na deglutição, o palato mole é elevado, bloqueando a continuidade entre a parte nasal da faringe e o restante deste tubo muscular. Deste 
modo o alimento é impedido de passar à nasofaringe e, eventualmente, de penetrar na cavidade nasal. Por outro lado, a cartilagem epiglótica 
fecha o ádito da laringe, evitando que o alimento penetre no trato respiratório. 
ESÔFAGO: é um tubo muscular que continua a faringe e é continuado pelo estômago. 
Pode-se distinguir três porções no esôfago: cervical, torácica e 
abdominal, sendo a segunda maior delas. No tórax, o esôfago situa-se 
ventralmente à coluna vertebral e dorsalmente a traqueia, estando 
próximo da aorta. Para atingir o abdome ele atravessa o musculo 
diafragma e, quase imediatamente, desemboca no estômago. 
• A luz do esôfago aumenta durante a passagem do bolo alimentar, 
o qual é impulsionado por contrações da musculatura de sua parede. 
Esses movimentos que são próprios de todo o restante do canal 
alimentar, são denominados movimentos peristálticos, e a 
capacidade de realizá-los é o peristaltismo. 
 
 
 
 ABDOME (generalidades): todos os órgãos descritos até agora estão localizados na cabeça, pescoço 
 e tórax. O restante do canal alimentar localiza-se no abdome. 
 DIAFRAGMA: o abdome está separado do tórax, internamente, por um septomuscular, o diagrama, disposto em cúpula de concavidade inferior. O diafragma 
 apresenta uma parte tendínea, o centro tendíneo, e outra carnosa, periférica, que 
 se prende às 6 últimas costelas, extremidade caudal do externo e à coluna vertebral. 
 • A aorta, a veia cava inferior e o esôfago atravessam o diafragma pelo hiato 
 aórtico, forame da veia cava e hiato esofágico, respectivamente. 
 • O m. diafragma exerce importante função na mecânica respiratória. 
 PERITÔNIO: tal qual os pulmões são envolvidos por um saco de dupla parede, a 
 pleura, os órgãos abdominais são também revestidos por uma membrana serosa, 
 o peritônio, que apresenta duas lâminas: peritônio parietal que reveste as paredes 
 da cavidade abdominal e peritônio visceral que envolve as vísceras. 
 • As duas lâminas são contínuas, permanecendo entre elas uma cavidade virtual, a cavidade 
 peritoneal, que contém pequena quantidade de líquido. 
 • Alguns órgãos abdominais situam-se junto da parede posterior do abdome e, nestes casos, o peritônio parietal é 
 anterior a eles; essas vísceras são denominadas retroperitoneais (ficam por trás 
 do peritônio, não sendo envolvidos por suas pregas) – é o caso dos rins e do 
 pâncreas. Outros órgãos salientam-se na cavidade abdominal, destacando-se da 
 parede, e o peritônio que os reveste os acompanha, de modo que, entre o órgão e 
 a parede forma-se uma lâmina peritoneal denominada meso ou ligamento. 
 Outras vezes essas pregas se estendem entre dois órgãos e recebe o nome de 
 omento. 
 
 
 
 
 
 
 
ESTÔMAGO: é uma dilatação do canal alimentar que se 
segue ao esôfago e se continua no intestino. Está situado 
logo abaixo do diafragma, com sua maior porção à esquerda 
do plano mediano. 
• Apresenta dois orifícios: um proximal, de comunicação com 
o esôfago, o óstio cárdico, e outro distal, o óstio pilórico, que 
se comunica com a porção inicial do intestino delgado 
denominada duodeno. Neste nível ocorre uma condensação 
de feixes musculares longitudinais e circulares que 
constituem um mecanismo de abertura e fechamento do 
óstio para regular o trânsito do bolo alimentar. 
• Este dispositivo é denominado piloro (esfíncter, uma válvula muscular que impede a passagem prematura do bolo 
para o intestino). Dispositivo semelhante também é encontrado ao nível do óstio cárdico, sendo responsável por 
impedir o refluxo de alimento para o esôfago. Descrevem-se no estômago as seguintes partes: 
1. parte cárdica (cárdia) – corresponde à junção com o esôfago. 
2. fundo – situada superiormente a um plano horizontal que tangencia a junção esofagogástrica 
3. corpo – corresponde à maior parte do órgão. 
4. parte pilórica – porção terminal, continuada pelo duodeno. 
• As duas margens do estômago são denominadas curvatura maior, à esquerda e menor, à 
direita. A mucosa do estômago apresenta numerosas pregas de direção predominantemente 
longitudinal que desaparecem com a distensão do órgão. 
ESTÔMAGO DOS RUMINANTES: em alguns mamíferos o estômago pode ser dividido em várias 
câmaras, o que ocorre por exemplo nos ruminantes. No estômago deles, existem quatro partes: rúmen, 
retículo, omaso e abomaso, nessa ordem, podendo o alimento ser regurgitado no retículo, para sofrer 
novas mastigação. 
INTESTINO: o estômago é continuado pelo intestino delgado e este pelo intestino grosso, 
denominações dadas em função do calibre que apresentam. 
INTESTINO DELGADO: subdivide-se em três segmentos: duodeno, jejuno e íleo. 
• O duodeno inicia-se no óstio pilórico e termina ao nível da brusca angulação, a flexura duodenojejunal. É 
um órgão bastante fixo (quase todo retroperitoneal) acoplado à parede posterior do abdome e apresenta a 
forma de um arco em forma de U aberto para a esquerda e cranialmente, que ‘’abraça’’ a cabeça do pâncreas. No 
duodeno desembocam os ductos colédoco (traz a bile) e pancreático (traz a secreção pancreática). 
• O jejuno, por não ter limite nítido na sua continuação com o íleo, pode ser descrito em conjunto com este. O 
jejuno-íleo constitui a porção móvel do intestino delgado, iniciando-se na flexura duodenojejunal e terminando 
no início do intestino grosso onde se abre pelo óstio ileocecal ao nível da junção íleo-ceco-cólica. O jejuno-íleo 
apresenta numerosas alças intestinais e está preso à parede posterior do abdome por uma prega peritoneal 
ampla, o mesentério. 
• A mucosa do intestino delgado apresenta inúmeras pregas circulares que se salientam na luz 
intestinal e aumentam a superfície interna da víscera. 
INTESTINO GROSSO: constitui a porção terminal do canal alimentar, sendo mais calibroso e 
mais curto que o intestino delgado. Deste distingue-se também por apresentar ao exame 
externo bosseladuras (dilatações limitadas por sulcos transversais) denominadas haustros, três 
formações em fita, as tênias, que correspondem a condensação da musculatura longitudinal e o 
percorrem em quase toda a extensão, e acúmulos de gordura salientes na serosa da víscera, os 
apêndices epiglóticos. O intestino grosso é subdividido nos seguintes segmentos: 
1. Cécum – é o segmento inicial, em fundo cego, que se continua no cólon ascendente. O limite 
entre eles é dado por um plano horizontal que passa ao nível do meio da papila íleo-ceco-cólica, 
onde se abre o óstio ileocecal. Um prolongamento cilindroide, o apêndice cecal (ou 
vermiforme), destaca-se do cécum, no ponto de convergência das tênias. 
2. Cólon ascendente – segue-se ao cécum e tem a direção cranial, estando fixado à parede 
posterior do abdome. Alcançando o fígado e, sob este, se flete para continuar no cólon 
transverso. A flexão é denominada flexura cólica direita. 
3. Cólon transverso – é bastante móvel, estendendo-se da flexura cólica direita, onde 
continua o cólon ascendente, à flexura cólica esquerda, onde se flete para continuar no 
cólon descendente.4. Cólon descendente – está também fixado à parede posterior do abdome, iniciando-se 
na flexura cólica esquerda e terminando, após um trajeto aproximadamente vertical, na 
altura de um plano horizontal que passa pela crista ilíaca. 
5. Cólon sigmoide – é a continuação do cólon descendente e tem trajeto sinuoso, dirigindo-se para o plano mediano da pelve onde é 
continuado pelo reto. 
6. Reto – continua o cólon sigmoide e sua parte final, estreitada, denominada canal anal, atravessa o conjunto de partes moles que oblitera 
inferiormente a pelve óssea (períneo) e se abre no exterior através do ânus. 
ANEXOS DO CANAL ALIMENTAR 
FÍGADO: é um volumoso órgão anexo ao tubo digestivo, localizado imediatamente abaixo do diafragma e à direita. Trata-se de uma glândula 
que desempenha importante papel nas atividades vitais do organismo, seja interferindo no metabolismo dos carboidratos, gordura e 
proteínas, seja secretando a bile e participando de mecanismos de defesa. 
• Duas faces são descritas no órgão: diafragmática, em relação com o diafragma, e visceral, em contato com outras vísceras abdominais. Na 
face visceral distinguem-se quatro lobos: direito, esquerdo, quadrado e caudado. Na face diafragmática, os lobos direito e esquerdo são 
separados por uma prega do peritônio, o ligamento falciforme. É passível de se destacar no fígado que: 
1. entre o lobo direito e o lobo quadrado se situa a vesícula biliar; 
2. entre o lobo direito e o lobo caudado há um sulco que aloja a veia cava inferior; 
3. entre os lobos quadrado e caudado há uma fenda transversal, a porta do fígado, por onde passam os elementos que constituem o pedículo 
hepático: artéria hepática, veia porta, ducto hepático comum, além de nervos e linfáticos. 
• A bile produzida no fígado, alcança os dúctulos bilíferos intra-hepáticos os quais, após confluências sucessivas, terminam por formar os 
ductos hepáticos, direito e esquerdo; estes, ao nível da porta do fígado, se unem para formar o ducto hepático comum, um dos elementos do 
pedículo hepático. O ducto hepático comum conflui com o ducto cístico, que drena a vesícula biliar, formando-se o ducto colédoco. Este 
último se abre no duodeno, quase sempre juntamente com o ducto pancreático que é o canal excretor do pâncreas. 
• A bile não flui diretamente do fígado para o duodeno. Isto é possível porque na desembocadura do colédoco há um dispositivo muscular que 
controla a abertura e o fechamento deste ducto. Quando fechado, a bile reflui para a vesícula biliar onde é armazenada e concentrada. A 
contração da vesícula, eliminando seu conteúdo no colédoco através do ducto cístico, coincide coma abertura da desembocadura do colédoco 
no duodeno. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PÂNCREAS: depois do fígado, é a glândula anexa mais volumosa do sistema 
digestivo. Situa-se posteriormente ao estômago, em posição retroperitoneal, 
estando, portanto, fixada à parede abdominal posterior. No órgão, 
reconhecem-se três partes: uma extremidade direita e dilatada, a cabeça, 
emoldurado pelo duodeno; um corpo, disposto transversalmente, e uma 
cauda, extremidade esquerda, afilada, que continua diretamente o corpo 
e se situa próxima ao baço. 
• O pâncreas é uma glândula exócrina e endócrina. A secreção endócrina é 
a insula e a exócrina o suco pancreático. Este último é recolhido por 
dúctulos que confluem, quase sempre, em dois canais: o ducto pancreático 
e o ducto pancreático acessório (menor e inconstante). Na sua terminação 
o ducto pancreático acopla-se 
ao ducto colédoco para 
desembocar no 
duodeno por um 
óstio comum. 
Entretanto, o ducto 
pancreático pode 
também desembocar 
separadamente no 
duodeno.

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