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AVALIAÇÃO CLÍNICA E COMPLEMENTAR PARA O ESTABELECIMENTO DO DIAGNÓSTICO DE DEMÊNCIA

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AVALIAÇÃO CLÍNICA E COMPLEMENTAR PARA O ESTABELECIMENTO DO DIAGNÓSTICO DE DEMÊNCIA.
- o diagnostico de demência é eminentemente clínico. No entanto, a causa da demência requer a solicitação de exames laboratoriais e de neuroimagem estrutural. Em casos específicos são solicitados outros exames, como eletroencefalograma, exame do LCR e exames de neuroimagem funcional.
- o diagnostico é baseado na avaliação cognitiva e funcional.
- para avaliação cognitiva inicial em pacientes com suspeita de demência é recomendável a aplicação de um teste de rastreio. O MEEM é simples e útil. Ele avalia a orientação espacial e temporal, memoria, atenção, calculo, linguagem e habilidades construtivas. 
- os pacientes que tiveram um mau desempenho no teste devem fazer baterias de testes neuropsicológicos por profissional habilitado. No entanto, o médico pode aplicar alguns testes breves para aumentar a acurácia do diagnóstico. Esses testes são:
Fluência verbal semântica 
Teste de memoria de figuras 
Desenho do relógio
-a avaliação funcional também deve ser feita. Aqui a anamnese tem o seu papel. Deve-se perguntar a uma pessoa que tenha contato com o paciente, se ele observa alguma evidencia de que os defictis congtivos estão afetando as atividades da vida diária. Além disso, é aplicado teste para avaliar a capacidade funcional. Um teste útil é questionário de atividades funcionais de pfeffer. Nele, contém 10 questões. Pontuações acima de 5 são indicativas de comprometimento funcional significativo.
- um ponto importante é o estadiamento da síndrome demencial. Um instrumento útil para determinar a fase da demência é A escala CDR.
INVESTIGAÇÃO COMPLEMENTAR NO DIAGNOSTICO DIFERENCIAL DA SINDROMES DEMENCIAIS
- As causa são muitas. Mas elas podem ser agrupadas em dois grandes grupos.: as demências com e sem comprometimento do SNC. 
- as sem comprometimento do SNC são decorrentes de transtorno tóxicos ou metabólicos que tiveram origem em doenças sistêmicas ou são decorrentes de ação de fármacos. O diagnostico, então, desse grupo de demências é essencialmente laboratorial e baseado na história clínica. A lista de exames é extensa, porem importante para identificação da etiologia da demência sem comprometimento pois ela é geralmente reversível quando tratada.
- a investigação de sífilis e aids também devem ser feita por meio de exames laboratoriais e por meio do exame do LCR, embora façam parte do grupo de causas das demências com comprometimento do SNC, as demências secundarias. 
A analise do LCR é indicado em algumas situações especiais.
essa analise também é importante para o diagnostico de DA. Uma alta dosagem de tau total ou tau fosforilada e uma baixa na b- amiloide são parâmetros para o estabelecimento do diagnostico de DA.
-o eletroenfalograma também é indicado em algumas situações especiais. Ele é importante no:
Diagnostico diferencial entre demência e estado funcional agudo(delirium) 
Diagnóstico de algumas encefalopatias metabólicas
identificação de atividade epileptogênica subclínica
doença de Creutzfeldt-Jakob
- as demências secundarias podem ser decorrentes de condições clinicas como: doença cerebrovascular, hidrocefalia, infecções e tumores. Portanto, o diagnostico requer exames de neuroimagem estrutural. A tomografia é mais rápida e barata no entanto a ressonância permite uma avaliação mais detalhada da substancia branca, importante para o dianostico de demência vascular secundaria à doença de pequenos vasos, além de possibitar a identificação de padrões focais de atrofia o que pode ser útil no dianostico de condições neurodegenerativas como :
DA
Demência frontotemporal
Afasia progressiva prirmaria
- as demências primarias ou degenerativas podem ter a síndrome demencial como principal característica clinica. No entanto, as características clinicas que predominam são sinais motores, alterações do equilibro e de marcha etc. nesses casos, uma avaliação neurológica é importante para o diagnostico.
- Finalmente, existe a forma de demência primária ou degenerativa, em que a síndrome demencial
constitui a manifestação clínica principal. Aqui se encontra a causa mais frequente de demência em
idosos, que é a DA. Outras causas incluídas neste grupo são a demência frontotemporal e a demência com
corpos de Lewy.
- o dianostico diferencial das demências primarias é auxiliado pela identificação de 4 perfis específicos de comprometimento cognitivo e comportamental. 
1. síndrome amnéstica progressiva (DA)
2. disfunção viso-espacial progressiva (demência com corpos de Lewy ou DA),
3. alteração progressiva de linguagem (afasia progressiva primária ou, eventualmente, DA, sobretudo nos casos de início pré-senil)
4 transtorno progressivo de comportamento (demência frontotemporal)
CONSIDERAÇÕES FINAIS
- O diagnóstico de síndrome demencial depende de anamnese cuidadosa e de medidas objetivas da
cognição e do desempenho funcional. Existem, atualmente, versões disponíveis de instrumentos de
avaliação cognitiva e funcional que se mostraram adequados para uso no Brasil, alguns já devidamente
validados e passíveis de serem utilizados na prática clínica. Instrumentos ou entrevistas semiestruturadas
para a avaliação de sintomas neuropsiquiátricos comuns nas demências, embora não mencionados neste
capítulo, também são recursos úteis, não apenas para o diagnóstico, como também para o
acompanhamento dos pacientes. Os exames complementares, como exames laboratoriais e de
neuroimagem estrutural, são fundamentais para a identificação de causas secundárias (ou não
degenerativas) de demência. Os exames de imagem podem ainda revelar padrões de atrofia localizada
que agregam maior especificidade diagnóstica, desde que dentro de contextos clínicos determinados. O
exame do LCR e o eletroencefalograma são recomendados em situações clínicas definidas. A pesquisa de
biomarcadores para DA no LCR é um método bastante promissor para o diagnóstico precoce e específico
da doença.

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