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Mod_4_Avaliacao_Neuropsicologica

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AN02FREV001/REV 4.0 
 80 
PROGRAMA DE EDUCAÇÃO CONTINUADA A DISTÂNCIA 
Portal Educação 
 
 
 
 
 
 
CURSO DE 
AVALIAÇÃO NEUROPSICOLÓGICA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Aluno: 
 
EaD - Educação a Distância Portal Educação 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 81 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CURSO DE 
AVALIAÇÃO NEUROPSICOLÓGICA 
 
 
 
 
 
 
MÓDULO IV 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Atenção: O material deste módulo está disponível apenas como parâmetro de estudos para este 
Programa de Educação Continuada. É proibida qualquer forma de comercialização ou distribuição do 
mesmo sem a autorização expressa do Portal Educação. Os créditos do conteúdo aqui contido são 
dados aos seus respectivos autores descritos nas Referências Bibliográficas. 
 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 82 
 
 
MÓDULO IV 
 
 
6 DESORDENS COGNITIVAS 
 
 
6.1 DISTÚRBIOS DA MEMÓRIA 
 
 
6.1.1 Amnésia 
 
 
A síndrome amnésica – também conhecida como amnésia anterógrada, do 
lobo temporal medial ou, simplesmente, como amnésia global – é caracterizada pelo 
prejuízo da memória anterógrada, isto é, o paciente não consegue lembrar-se dos 
eventos que ocorrem após o trauma que resultou no quadro de amnésia. Contudo, o 
paciente pode lembrar-se de eventos remotos, ocorridos bem antes do trauma, e 
mantém preservadas as habilidades que demandam a memória implícita. Por isto, 
apesar dos prejuízos na aprendizagem de novas informações, é possível que o 
paciente consiga aprender novas tarefas que demandam apenas habilidades 
motoras e outras funções cognitivas também preservadas, como a linguagem, o 
raciocínio o e julgamento (BUENO; OLIVERIA, 2004). 
O caso do paciente H. M. é o mais conhecido na literatura como relato 
clínico deste tipo de amnésia. Trata-se de um paciente com quadro de epilepsia 
grave que, para tratamento, sofreu remoção bilateral do lobo temporal. A cirurgia 
resolveu a epilepsia, mas resultou em alterações da memória deste paciente. O 
paciente apresentou perda da memória para eventos que ocorriam após a cirurgia 
(amnésia anterógrada) e incapacidade para lembrar-se de eventos ocorridos cerca 
de três anos antes da cirurgia, apesar de lembrar-se, perfeitamente, de eventos que 
ocorreram antes deste período (amnésia retrógrada parcial). Apesar da amnésia 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 83 
este paciente mantinha preservada sua inteligência e era capaz de manter um 
diálogo de forma coerente desde que não interrompido por algum tipo de distração. 
Outros quadros clínicos nos quais os pacientes sofrem lesões focais ou 
unilaterais no lobo medial podem diferir da síndrome amnésica e ser considerados 
como quadros de amnésia mais restrita. Quanto menor a área lesionada, mais 
restrito será o prejuízo de memória. Algumas condições que podem levar a uma 
amnésia restrita são: rupturas de aneurisma, anoxia, tumores cerebrais, infecções, 
traumatismos cranianos, etc. (BUENO; OLIVERIA, 2004). Nestes quadros as 
alterações apresentadas dependerão da área lesionada; em casos de lesões do lobo 
temporal esquerdo, por exemplo, os prejuízos estarão associados à memorização de 
informação verbal. 
Na amnésia retrógrada o principal sintoma é a dificuldade de lembrar-se de 
evento do passado. Nestes quadros o paciente aprende novas habilidades sem 
dificuldade. Alguns quadros de amnésia retrógrada são descritos como amnésia 
dissociativa ou psicogênica, na qual o prejuízo de memória é explicado por 
distúrbios ou traumas emocionais. Contudo, nestes quadros a principal característica 
é a dificuldade de lembrar-se de acontecimentos pessoais importantes, isto é, a 
amnésia não se daria para todos os eventos do passado, mas seriam lacunas na 
memória de alguns eventos da história de vida do paciente nos quais foram 
atribuídas grande carga emocional, como em casos de abusos sexuais ou de 
presenciar catástrofes ou episódio violento. Nestes quadros é comum a presença de 
sintomas psiquiátricos como depressão e despersonalização. 
 
 
6.1.2 Síndrome de Korsakoff 
 
 
A síndrome de Korsakoff também apresenta a amnésia como um de seus 
principais sintomas. Trata-se de doença que acomete pacientes com quadro de 
alcoolismo crônico. Assim como na síndrome amnésia, nesta síndrome o paciente 
apresenta amnésia anterógrada global, apresentando, portanto, incapacidade de 
aprender novas tarefas (BUENO; OLIVEIRA, 2004). 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 84 
Na síndrome de Korsakoff, os prejuízos também ocorrem na memória 
retrógrada com dificuldades para lembrar-se de eventos remotos, como os 
acontecimentos da infância, e de outras funções cognitivas como a capacidade para 
solucionar problemas e dificuldades nas habilidades motoras. Estão preservadas as 
capacidades de memória imediata e de procedimento, por isto o paciente pode ainda 
mostrar-se capaz de realizar tarefas complexas que envolvem condicionamento 
obtido antes do aparecimento da síndrome. 
As regiões cerebrais afetadas nesta doença são, principalmente, as 
estruturas do diencéfalo. Por isto, esta síndrome também é chamada de amnésia 
diencefálica (BUENO; OLIVEIRA, 2004). 
 
 
6.1.3 Comprometimento ou cognitivo leve (CCL) 
 
 
O CCL é caracterizado por declínio cognitivo leve que, frequentemente, não 
implica perda na funcionalidade do indivíduo para realizar suas atividades de vida 
diárias. Os critérios diagnósticos do CCL foram definidos como (PETERSEN, 2004): 
1) queixa de declínio cognitivo relatada pelo próprio indivíduo e/ou por outro 
informante que convive com o indivíduo avaliado; 
2) declínio do desempenho cognitivo comprovado por avaliação objetiva das 
funções cognitivas; 
3) funcionamento cognitivo global preservado; 
4) capacidade para realização das atividades de vida diária relativamente 
preservada; 
5) ausência de síndrome demencial, pois o grau de comprometimento 
cognitivo não deve ser suficiente para caracterizar demência. 
Os subtipos de CCL quanto ao domínio cognitivo comprometido são 
(WINBLAD et al., 2004): 
 CCL amnéstico – quando o prejuízo cognitivo é no domínio da memória; 
 CCL não amnéstico – quando a memória está intacta e há prejuízos em 
outros domínios cognitivos. 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 85 
Os subtipos de CCL quanto ao número de domínios cognitivos 
comprometidos são (WINBLAD et al., 2004): 
 CCL de domínio único – quando apenas uma função cognitiva está 
comprometida; 
 CCL de multidomínio – quando há o comprometimento de duas ou mais 
funções cognitivas. 
 
 
6.1.4 Síndrome demencial 
 
 
O DSM-IV (AMERICAN PSYCHIATRIC ASSOCIATION, 2000) define os 
seguintes critérios diagnósticos para síndrome demencial: 
1) prejuízos da memória associados ao comprometimento de pelo menos 
mais uma função cognitiva, como linguagem, praxias, orientações espaciais 
e/ou temporais, capacidade de abstração e funções executivas; 
2) comprometimento do funcionamento social e ocupacional decorrente das 
perdas cognitivas, avaliado em relação ao nível prévio de funcionamento do 
indivíduo; 
3) prejuízos cognitivos não relacionados ao uso de substâncias e não 
explicados por outras condições do sistema nervoso central, como doença 
de Parkinson, hidrocefalia de pressão normal, e tumor cerebral; 
4) os déficits não ocorrem exclusivamente durante o curso de um delirium. 
O National Institute of Neurological and Communicative Disorders and Stroke 
and the Alzheimer's Disease and Related Disorders Association (NINCDS-ADRDA) 
(MCKHANN et al., 1984) enfatizou que o diagnóstico de demência deve ser 
comprovado por testes neuropsicológicos, reconhecendo que exames laboratoriais e 
de imagem são úteis para o diagnóstico etiológico da demência. 
A doença de Alzheimer (DA) é a causa mais frequente de demência, 
acometendo, principalmente, idosos. Estudos mostraram que a DA representa mais 
de 50% das causas de demência na população a partir de 65 anos, podendo 
ultrapassar 60% dos casos entre as faixas etárias mais velhas– 70 anos ou mais 
(GASCÓN-BAYARRI et al., 2007; PLASSMAN et al., 2007; BOTTINO et al., 2008). A 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 86 
DA consiste em processo neurodegenerativo que, inicialmente, acomete a região 
hipocampal, e depois as áreas corticais associativas e implicam em déficit na 
memória episódica de longo prazo e na memória de curto prazo. Em casos de início 
precoce, antes dos 65 anos, os prejuízos de memória e de linguagem são mais 
frequentes nas fases iniciais da doença e nos indivíduos acometidos mais 
tardiamente ou entre aqueles que chegam às fases avançadas da doença surgem 
sintomas psicóticos como delírios e alucinações (GIL; BUSSE, 2009). Além disto, 
pacientes com DA podem apresentar prejuízos nas tarefas de nomeação, fluência 
verbal, e vocabulário, e em consequência dos prejuízos cognitivos são acometidos 
por graves e progressivos declínios da capacidade para realizar as atividades de 
vida diária. 
Veja alguns cuidados a seguir. 
1) O critério para o diagnóstico clínico de doença de Alzheimer provável 
inclui: 
a) demência estabelecida por exame clínico e documentada por 
testes neuropsicológicos; 
b) déficit em duas ou mais funções da cognição; 
c) declínio progressivo da memória e outras funções cognitivas; 
d) ausência de distúrbio da consciência; 
e) início entre 40 e 90 anos, mais frequentemente após 65 anos; e 
f) ausência de doenças sistêmicas ou outras doenças cerebrais que, 
por si, poderiam ser responsáveis pelos prejuízos progressivos de 
memória outras funções cognitivas. 
2) O diagnóstico de doença de Alzheimer provável tem como 
características: 
a) deterioração progressiva de funções cognitivas específicas como 
linguagem (afasia), habilidades motoras (apraxia), e percepção 
(agnosia); 
b) prejuízo em atividades de vida diária e padrões alterados de 
comportamento; 
c) história familiar de distúrbios similares, particularmente se houver 
confirmação neuropatológica; e 
d) resultados laboratoriais de: 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 87 
 líquido cefalorraquidiano normal por técnicas padrão; 
 padrão normal ou alterações inespecíficas no 
eletroencefalograma, tais como aumento da atividade de ondas 
lentas, 
 evidência de atrofia cerebral na tomografia computadorizada 
(TC) de crânio com progressão documentada por observação 
seriada. 
A segunda causa mais frequente de síndrome de demência em idosos é a 
demência vascular (DV), cujo subtipo mais comum é a demência por múltiplos 
infartos, que é resultante de efeitos de graves lesões tromboembólicas. Outros 
subtipos de demência vascular são: as causadas por estados lacunares; por lesões 
únicas em regiões específicas como tálamo, giro angular esquerdo, núcleo caudado; 
por lesões extensas da substância branca e conhecida como doença de 
Binswanger; por angiopatia amiloide e aquelas decorrentes de demência de 
acidentes vasculares cerebrais (ROMÁN et al., 1993; ROMÁN et al., 2002; 
TATEMICHI et al., 1993). O quadro de DV tem início abrupto após acometimento por 
um acidente vascular cerebral ou um ataque isquêmico transitório e sua evolução 
ocorre de forma flutuante ou com deterioração em degraus. 
Existem diversos fatores de risco para DV, entre os quais estão: hipertensão 
arterial sistêmica, diabetes, tabagismo, alcoolismo, doença cardíaca, aterosclerose, 
dislipidemia e obesidade. 
Outro tipo de demência é a chamada demência por corpos de Lewy (DCL), 
que ocorre a partir da presença de corpos de Lewy em regiões corticais e 
subcorticais do encéfalo. O quadro se manifesta com os seguintes sintomas: 
flutuações do desempenho cognitivo e do nível de consciência; alucinações visuais 
vívidas; confusão mental recorrente; e sintomas parkinsonianos, como rigidez e 
distúrbio na marcha, podendo ocorrer quedas, síncope, perda transitória da 
consciência, e delírios (CAIXETA, 2004). As flutuações podem ocorrer em intervalos 
de dias, horas ou minutos. Os corpos de Lewy também podem surgir no processo de 
envelhecimento normal do cérebro e estar presentes em pacientes acometidos pela 
DA, mas sempre em quantidades pequenas se comparadas ao que se observa em 
pacientes com DCL (TAVARES; AZEREDO, 2003). 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 88 
Existem quadros de declínio cognitivo que ocorrem a partir de causas 
tratáveis e são chamados demência reversível. A partir de um tratamento adequado 
do agravo que levou aos prejuízos cognitivos é possível uma regressão do quadro 
demencial, embora a minoria dos pacientes apresente uma recuperação completa 
(FORNARI et al., 2010). São exemplos de causas reversíveis de demência: a 
hidrocefalia de pressão normal; o hipotireoidismo, a deficiência de vitamina B12 ou 
ácido fólico. 
O líquido cefaloraquidiano (líquor) é produzido dentro dos ventrículos 
cerebrais e, na ausência de patologia, flui através de vias de um ventrículo ao outro, e 
então para fora do cérebro através da medula espinhal. Se houver alguma obstrução 
das vias de drenagem do líquor, o fluido se acumula no cérebro, causando um 
inchaço, a hidrocefalia. Em bebês, ocorre um alargamento da cabeça; nas crianças 
mais velhas e em adultos não ocorre esse alargamento porque os ossos do crânio já 
estão unidos e impedem essa expansão do fluido. Nos quadros clínicos em adultos 
que apresentam a chamada hidrocefalia de pressão normal ocorre a presença de três 
agravos: a demência, o distúrbio de marcha e a incontinência urinária. Nestes 
quadros, a demência é de início insidioso e se apresenta, principalmente, com 
alterações de memória (GALLUCCI NETO et al., 2005). 
No quadro de alterações cognitivas decorrentes de hipotireoidismo observa-
se prejuízos da memória e da atenção; podendo ocorrer sintomas psicóticos 
(RIBEIRA et al., 2004). 
Em casos de deficiência de vitamina B12, as principais alterações cognitivas 
são: prejuízos do funcionamento cognitivo global, lentificação mental, alterações de 
memória; dificuldade de concentração. 
Existem ainda outras causas que levam ao prejuízo cognitivo que podem 
caracterizar uma de demência reversível, entre elas: traumatismo craniano; 
exposição a metais pesados (arsênico, mercúrio, alumínio, lítio, chumbo); medicação 
(TRIPATHI; VIBHA, 2009); e também quadros de infecções disseminadas pelo 
sistema nervoso central. Em casos de infecção pelo vírus da imunodeficiência 
humana (HIV) e a neurossífilis, por exemplo, é possível observar dificuldade de 
concentração, prejuízos de memória e das funções executivas, além de distúrbios de 
comportamento (RIBEIRA et al., 2004; GALLUCCI NETO et al., 2005). 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 89 
Outra patologia que pode levar a graves alterações cognitivas e pode 
demandar um diagnóstico diferencial da síndrome demencial em estágios iniciais é a 
depressão. Em quadros de depressão grave é comum a presença de: prejuízos de 
memória e de atenção; o rebaixamento da velocidade de processamento mental; 
além de sintomas psiquiátricos como a irritabilidade; apatia; e as alterações de 
aspectos da personalidade (FORNARI et al., 2010). Para os quadros em que as 
alterações cognitivas de uma depressão se assemelham ao da síndrome demencial 
utiliza-se os testes de funções executivas, tendem a não ajudar na diferenciação 
entre pacientes deprimidos e aqueles com demência em fase inicial. Ao contrário, os 
testes de atenção e de memória e reconhecimento verbal, principalmente, nas 
tarefas que utilizam distratores entre as tarefas de evocações imediata e tardia, são 
recomendados, pois indivíduos deprimidos tendem a armazenar a informação e 
evocá-la após intervalo, diferente dos pacientes com demência, principalmente do 
tipo Alzheimer, que esquecem a maior parte da informação após intervalo e 
apresentam desempenho pior o teste de reconhecimento comparado aos deprimidos 
(ÁVILA; BOTTINO, 2006). 
É preciso considerar que em alguns casos a depressão pode ser um sintoma 
da demência em sua fase inicial. Em pacientes, por exemplo, quedeclínio cognitivo 
progride caracteriza-se a síndrome demencial não reversível e classificar este 
quadro como uma pseudodemência seria um erro de diagnóstico (GANGULI, 2009). 
Se sintomas depressivos são anteriores ao declínio cognitivo, mas este último 
persiste, mesmo ao ser tratada a depressão, é preciso desconfiar da demência e 
buscar sua verdadeira causa (FORNARI et al., 2010). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 90 
 
 
6.2 DISTÚRBIOS ATENCIONAIS 
 
 
6.2.1 Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) ou 
 
 
 
 
 
Esse transtorno também é considerado uma síndrome disexecutiva, por conta dos 
prejuízos no funcionamento executivo. 
 
impulsividade persistentes (AMERICAN PSYCHIATRIC ASSOCIATION, 2000). O 
TDAH pode ser classificado em: 1) predominantemente desatento; 2) 
predominantemente hiperativo-impulsivo; e 3) combinado. 
A ausência dos sintomas graves de hiperatividade, mas persistência dos 
déficits de atenção, caracteriza o subtipo predominantemente desatento, que é 
também conhecido como Transtorno ou Dis (DDA). 
O diagnóstico de TDAH ou DDA é feito a partir de avaliação clínica e no 
caso de crianças implica em visita à escola e entrevista com pais e professores. 
Os critérios da desatenção no caso do TDAH foram resumidos por Lopes 
(2005, p. 66) da seguinte forma: 
 
 
 
 
 
 
 
ou por uma incapaci 
tem dificuldade para organizar tarefas e atividades; f) frequentemente evita, 
ojeriza ou reluta se envolver em tarefas que exijam um esforço mental 
constante (deveres de casa, escolares); g) frequentemente perde coisas 
necessárias para suas tarefas e atividades (brinquedos, 
 
 
 rias. 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 91 
O diagnóstico do TDAH ou DDA em adultos é mais complicado, pois os 
sintomas de impulsividade e déficit de atenção apresentam maior diversidade de 
manifestações como, por exemplo, a desorganização em atividades do trabalho e 
problemas com a tomada de decisão sem medir as consequências. Além de serem, 
frequentes, as comorbidades em decorrência do próprio TDAH e os prejuízos 
funcionais na execução de atividades de vida diária. Nestes quadros com 
sintomatologia diversa o diagnóstico diferencial com outros transtornos psiquiátricos 
é imprescindível. 
Entre as desordens mentais cujos sintomas podem ser confundidos com o 
TDAH, principalmente, em adultos estão: depressão maior; transtorno de ansiedade; 
abusos de substância; e os transtornos de personalidade Borderline e antissocial. 
Avaliações das funções cognitivas, principalmente para identificação dos 
prejuízos atencionais e das funções executivas bem como na manutenção de outras 
funções diferenciando-se de como elas ocorrem nos demais transtornos mentais, 
podem auxiliar no diagnóstico de TDAH em adultos. 
Pacientes com TDAH tendem a apresentar baixo desempenho nos testes de 
atenção e nas baterias frontais, mas tendem a um escore global nos testes 
padronizados de inteligência o que demonstra prejuízo em funções específicas neste 
transtorno. 
 
 
6.3 DISFUNÇÃO EXECUTIVA 
 
 
6.3.1 Síndromes disexecutivas 
 
 
As desordens relacionadas aos lobos frontais são chamadas síndrome 
disexecutias e seus sintomas podem variar em função da região do córtex frontal 
que se encontra lesionada. 
 
 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 92 
 
 
6.3.2 Demências frontotemporais (DFTs) 
 
 
As DFTs são síndromes neurodegenerativas ocasionadas por atrofia do lobo 
frontal e/ou temporal e são marcadas por sintomas neuropsiquiátricos como as 
alterações de comportamento, os distúrbios de personalidade; e prejuízos de 
linguagem (MENDEZ et al., 2008). O mais comum é o aparecimento da doença na 
meia idade. Entre as características diagnósticas estão: início insidioso e progressão 
lenta; deterioração da conduta interpessoal; diminuição da higiene e do cuidado 
pessoal; rigidez e inflexibilidade mental; embotamento emocional; perda de insight; 
hiperoralidade; condutas perseverativas; redução progressiva da fala, estereotipada; 
ecolalia; mutismo; e também podem aparecer sintomas afetivos (depressão, 
ansiedade, hipocondria, apatia) (THE LUND; MANCHESTER GROUPS, 1994). 
Mckhann et al. (2001) apresentam os seguintes subtipos de DFT: 
 demência frontal; 
 doença de Pick; 
 doença do neurônio motor (esclerose lateral amiotrófica); 
 demência semântica (que afeta primordialmente o lobo temporal); 
 afasia progressiva primária não fluente. 
Nos subtipos de degeneração dos lobos frontais (doenças de Pick e do 
neurônio motor) é comum, logo no início da doença, observar mudanças de 
comportamento social e da personalidade do paciente e nos aspectos cognitivos 
serão predominantes os prejuízos das funções executivas. Nos subtipos de 
demência semântica e de afasia progressiva são mais comuns os prejuízos de 
linguagem (falhas de fonemas, dificuldades de nomeação e compreensão do 
significado das palavras). Em todos os tipos de DFT, observa-se no estágio inicial da 
demência uma preservação da memória, sendo este um sinal importante para 
diferenciação deste quadro em relação aos outros tipos de demência). Nos estágios 
avançados da DFT, o quadro apresenta semelhanças à DA, pois surgem os 
prejuízos da memória, a incapacidade para aprender novas habilidades e alterações 
nas demais funções cognitivas. 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 93 
Alguns transtornos psiquiátricos também envolvem prejuízos das funções 
cognitivas, alguns deles são: esquizofrenia, o transtorno obsessivo compulsivo, o 
transtorno afetivo bipolar, transtorno do déficit de atenção/hiperatividade. Este último 
será detalhado junto às desordens que levam a déficits atencionais. O diagnóstico 
de transtornos psiquiátricos muitas vezes não demanda avaliação neuropsicológica, 
visto terem outros sintomas que definem a presença do transtorno, sendo na maioria 
das vezes em que se aplica a avaliação das funções cognitivas voltadas para 
elaboração de programas de reabilitação. 
 
 
6.4 DISTÚRBIOS DA LINGUAGEM 
 
 
6.4.1 Afasias 
 
 
As afasias ocorrem em decorrência de lesões nas regiões cerebrais 
associadas à linguagem e são caracterizadas por prejuízos específicos, como no 
nível fonético, sintático, semântico ou pragmático. O clínico especialista na terapia 
com pacientes afásicos é o fonoaudiólogo. Contudo, para tratar a afasia é ideal o 
trabalho de equipe multiprofissional. 
Existem diferentes tipos de afasia, que são classificados de acordo com a 
área onde a lesão está localizada (GOODGLASS; KAPLAN, 1984). Os principais 
tipos de afasia são: 
 afasias de Wernicke – lesão na área de Wernicke, caracterizada por 
prejuízo da compreensão (oral e escrita), mas com a fala fluente apesar do 
uso de circunlóquios e parafrasias, prejuízos na nomeação, etc.; 
 afasia de Broca ou afasia motora – lesão na área de Broca, 
caracterizada pela incapacidade de pronunciar as palavras na sequência e 
no ritmo adequado, mas com compreensão da fala relativamente 
preservada, além disto ocorre incapacidadede coordenação motora; 
 afasia global – ocorrem lesões em várias áreas envolvidas na 
linguagem, como no giro angular e na área de Wernicke. Características 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 94 
marcantes são a estereotipia e outros comprometimentos graves de 
compreensão (oral ou escrita); 
 afasia de condução – a lesão ocorre no fascículo arqueado (região que 
associa a área de Wernicke e a área de Broca) marcada pela incapacidade 
na coordenação entre o raciocínio e as palavras expressas o que pode ser 
percebido por sintomas como prejuízos em tarefas de repetição, ditados e 
leitura em voz alta, presença de parafonias na linguagem espontânea, etc.; 
 afasia transcortical sensorial – lesão do hemisfério dominante, no giro 
temporal médio e inferior, caracterizada pela fala fluente, mas com uso de 
jargões e pela presença de agnosias; 
 afasia transcortical motora – lesão do hemisfério dominante na área 
fronto-dorso-lateral e na área motora suplementar frontal, caracterizada pela 
compreensão preservada, mas a fala não fluente marcada por dificuldades 
de iniciar a fala, ecolalia, preseverações, parafrasias, etc.; 
 afasia transcortical mista: lesão do hemisfério dominante na área motora 
e na transcortical sensorial, caracterizada por hemiparesia à direita, ecolalia, 
comprometimento da nomeação e da compreensão (oral e escrita), etc. 
As afasias podem ser decorrentes de diferentes causas, algumas delas são: 
tumores cerebral lesão do corpo caloso; acidente vascular cerebral (AVC); 
traumatismo cranioencefálico; infecções (como a meningite); esclerose múltipla; 
demências; transtornos do desenvolvimento psicológico; epilepsia, etc. 
(JAKUBOVICZ; CUPELLO, 2005). 
 
 
6.5 DESORDENS VISUOESPACIAIS E CONSTRUTIVA 
 
 
Apraxia consiste na incapacidade para realização de gestos ou ato motores 
simples, quando nenhuma disfunção motora ou sensorial está presente. Pode ser 
uma apraxia ideomotora, quando se trata de incapacidade de execução de ato motor 
simples; ou uma apraxia ideatória, quando a incapacidade é para organizar a 
sequência lógica que envolve a execução de vários atos simples até se chegar ao 
ato final pretendido (LEFEVRE; PORTO, 2006). 
 
 
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 95 
As alterações na organização e no reconhecimento dos estímulos 
percebidos são conhecidas como agnosias. Segundo Cummings e Mega (2003), 
agnosia é uma síndrome clínica na qual o indivíduo é incapaz de reconhecer um 
material, um objeto, por exemplo, mesmo não apresentando qualquer 
comprometimento da percepção sensorial do mesmo. As agnosias podem ser 
visuais, táteis ou auditivas e ocorrem em decorrência de lesões nas áreas de 
associação secundária do córtex cerebral. 
Nas agnosias visuais, lesões cerebrais ocorrem nas áreas de associação 
visual, sendo preservada a percepção do estímulo visual o comprometimento é no 
estágio de reconhecimento daquilo que é visto. Na agnosia visual para objetos, por 
exemplo, o indivíduo não consegue reconhecer um objeto quando este lhe é 
apresentado, mesmo que seja capaz de descrever sua funcionalidade, sua forma ou 
qualquer outra forma de identificação de um objeto conhecido. 
Na chamada agnosia associativa a incapacidade de reconhecimento do 
objeto pode ser percebida pelas inabilidades de: nomear um objeto; fazer imitações 
de atos motores que demonstrem o uso de objetos; fazer categorizações e 
associações semânticas com objetos. 
Outros tipos de agnosias visuais são: 
 agnosia para cores – o paciente pode não reconhecer as cores seja no 
âmbito perceptivo ou no reconhecimento verbal e conceitual da cor, isto é, 
pode negligenciar várias cores, enxergando por exemplo somente o preto e 
o branco, ou não conseguir nomear as cores (anomia para cores); 
 prosopagnosia – o paciente não consegue reconhecimento de uma face 
conhecida. O paciente falha, não reconhece a face de seus próprios 
familiares e nem mesmo a sua própria imagem é reconhecida. O paciente 
pode reconhecer alguém pela voz, pela roupa que a pessoa está utilizando 
em determinada ocasião, por exemplo, mas não consegue associar a face 
de forma a discriminar as pessoas e reconhecer-lhes em momento posterior. 
Agnosia auditiva ocorre quando o reconhecimento de sons está alterado. A 
agnosia auditiva pode ser aperceptiva ou associativa. Na agnosia aperceptiva ocorre 
a inabilidade para emparelhar sons idênticos; e na associativa, apesar de 
emparelhar os sons, o paciente não consegue identificá-los, por exemplo, não 
consegue atribuir a um carro o barulho de uma buzina. Este tipo de agnosia pode 
 
 
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 96 
ser seletivo, não aplicando a todo tipo só, o paciente pode, por exemplo, ser capaz 
de reconhecer músicas, mas não o barulho de animais; ou pode ser também musical 
e o paciente não estar apto a reconhecer melodias, ritmo, duração, timbre. Está ou 
não associada a afasia. Existem ainda relatos de agnosias que afetam a 
identificação de quem fala – como na fonoagnosia, na qual a voz de um conhecido 
não é reconhecida, assim como ocorre na prosopagnosia com as faces conhecidas. 
Nas agnosias tácteis o indivíduo é incapaz de reconhecer objetos por meio 
da percepção tátil (palpação). Um tipo específico da agnosia tátil é a 
assomatognosia, que trata-se de incapacidade de reconhecimento do esquema 
corporal. 
A chamada negligência unilateral é o distúrbio no qual o indivíduo falha em 
responder a estímulos em uma metade do espaço. Em testes de cancelamento ou 
de cópia de figuras é possível perceber a presença deste tipo de negligência quando 
o paciente executa a tarefa cancelando objetos somente em metade da folha ou se 
copia o desenho parcialmente ignorando a metade direita ou esquerda da figura a 
ser copiada (LEFEVRE; PORTO, 2006). 
 
 
7 INTRODUÇÃO DA REABILITAÇÃO NEUROPSICOLÓGICA 
 
 
7.1 OBJETIVO DA REABILITAÇÃO NEUROPSICOLÓGICA 
 
 
A reabilitação neuropsicológica consiste no conjunto de intervenções 
realizadas com o objetivo de melhorar os prejuízos cognitivos, emocionais e sociais 
decorrentes de uma lesão encefálica de forma a auxiliar o indivíduo lesionado a 
alcançar maior independência e qualidade de vida. Para alcançar este objetivo o 
paciente coopera com os profissionais, familiares e demais envolvidos na 
reabilitação no intuito de tratar ou aliviar deficiências cognitivas resultantes do dano 
neurológico (WILSON, 2003). 
Na reabilitação voltada para a adaptação do indivíduo à sua nova condição 
de vida, como no caso de sequela pós-lesão cerebral, o objetivo será lidar com as 
 
 
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 97 
limitações ou com as alterações comportamentais apresentadas pelo paciente em 
seu contexto cotidiano. Neste tipo de reabilitação, é comum empregarmos 
estratégias como orientações educacionais, compensação com uso de recursos 
externos e as modificações ambientais. Entre alguns dos recursos utilizados, 
principalmente para reabilitação da memória, da atenção e do funcionamento 
executivo, estão: uso de dispositivos eletrônicos (alarmes, telefones celulares, 
computadores, gravadores, calculadoras, etc.); técnicas escritas (agendas, quadros 
e bilhetes de anotações com recados e listas, calendários, cartazes etc.). Dessa 
forma, procura-se tornar o meio mais seguro ao paciente, minimizando. Entre as 
estratégias de modificações, estão: redução de estímulos irrelevantes nos locais 
(cômodos, armários, gavetas) onde são guardados objetos de uso frequente (óculos, 
chaves, etc.); uso de listas para execução de tarefas que demandam sequê 
 
 
 rte determinante da eficácia de técnicas de reabilitação que 
envolvem mudanças no ambiente do paciente. Com uso de mecanismos externos e 
compensatórios um paciente, mesmo ainda tendo déficits cognitivos, torna-se capaz 
de lembrare planejar seus compromissos e atividades fundamentais de seu 
cotidiano. Neste sentido, uma das técnicas mais utilizadas em reabilitação é a 
aprendizagem sem erro, que consiste em possibilitar que o paciente adquira a 
habilidade de completar determinada tarefa, evita-se os erros que normalmente são 
comuns na aprendizagem, o que é conseguido a partir da execução passo a passo 
do que é pretendido. Para auxiliar os passos corretos são oferecidas as respostas 
corretas, de forma que as erradas não sejam consolidadas nas etapas do processo 
de aprendizagem. 
 
otimização de diversas funções cognitivas ou estar voltada para um foco específico 
(reabilitação apenas da memória ou da atenção, por exemplo). Além disto, existem 
programas elaborados para a intervenção individual e também para o trabalho em 
grupo, sendo que para o segundo é preciso bastante homogeneidade na demanda 
dos participantes. A partir da avaliação neuropsicológica identifica-se o melhor 
formato de intervenção. 
 
 
 
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 98 
 
 
FIGURA 18 - MODELO DE REABILITAÇÃO NEUROPSICOLÓGICA 
 
FONTE: Gindri et al., 2012, adaptada de Wilson e Gracey, 2009. 
 
 
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 99 
Um programa de reabilitação neuropsicológica inclui os procedimentos 
realizados junto ao paciente e também as orientações de manejo que devem ser 
conduzidas com familiares/cuidadores. Gindri et al. (2012) apresentaram um modelo 
de reabilitação neuropsicológica (Figura 18) e destacaram as seguintes etapas em 
uma reabilitação neuropsicológica: 
 
 
2. Suporte aos problemas cognitivos de base. 
 
 
 
Sobre os fatores a serem considerados na reabilitação, Santos et al. 2008, p. 
21) afirmaram: 
[...] as possibilidades e eficácia do tratamento dependem não apenas do 
insight, nível decisório e motivação, mas também da etiologia e localização 
da lesão, extensão e severidade do comprometimento, a idade e o tempo 
decorrido desde o inicio da patologia, curso de progressão da doença, 
condições ambientais, estilo pré-mórbido de vida, saúde física, educação, 
nutrição, profissão, dentre outros. 
 
Outros fatores que devem ser considerados e podem auxiliar na eficácia do 
programa de reabilitação são: metas terapêuticas de acordo com as metas pessoais 
do paciente; incentivo de emoções positivas e a busca de melhora de crenças do 
paciente sobre si e sobre seu próprio desempenho (autoeficácia). 
 
 
7.2 ORIENTAÇÕES À FAMÍLIA DO PACIENTE E O ENCAMINHAMENTO PARA 
REABILITAÇÃO 
 
 
A avaliação neuropsicológica determina e auxilia no tipo de reabilitação que 
deve ser oferecida ao paciente. A avaliação e reabilitação, como visto anteriormente, 
depende da identificação de quais habilidades cognitivas e funcionais estão 
prejudicadas e também preservadas e do que se pretende modificar a partir da 
situação observada. Sendo assim, pessoas próximas ao paciente (familiares, 
amigos, cuidadores) correspondem à fonte de informação que auxiliarão na 
identificação de sintomas e sinais essenciais para elaborar o diagnóstico e à fonte 
 
 
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 100 
de suporte estrutural e emocional que interfere na elaboração de metas e estratégias 
do programa de reabilitação neuropsicológica. Por isto, a família e os cuidadores do 
paciente devem acompanhar todo o processo, recebendo orientações sobre o que 
estão vivenciando e como podem auxiliar o paciente e a si mesmos durante o 
tratamento. 
A complexidade do cuidado em reabilitação neuropsicológica é, em geral, 
atendida por equipe multidisciplinar incluindo médicos, enfermeiros, psicólogos, 
terapeutas ocupacionais, cuidadores formais etc. Assim, uma vez concluída a 
avaliação, o profissional que avaliou deve orientar o paciente e seus 
familiares/cuidadores sobre a forma de tratamento mais adequada e, prevendo 
sempre uma intervenção multidisciplinar, encaminhá-los para atenção de outros 
especialistas que possam atender às demandas específicas do paciente avaliado. 
A equipe deve estar preparada para identificar agravos comuns também nos 
cuidadores. Entre os comprometimentos mais frequentes em familiares/cuidadores 
estão: a depressão, o estresse e a sobrecarga. Sempre que identificados estes 
agravos, a equipe deve oferecer as devidas intervenções (diagnóstico, medicações, 
terapias individual ou em grupos, etc.) ou fazer o encaminhamento para outros 
profissionais. 
No cuidado emocional, as habilidades de comunicação da equipe de 
saúde constituem uma medida terapêutica eficaz e contribuem para (DE SOUZA; 
SARAN, 2012): 
 conhecer melhor o paciente/família (problemas, anseios, temores, 
expectativas, valores culturais e espirituais) e, assim, oferecer medidas de 
apoio; 
 tornar a relação entre profissionais e paciente/família mais direta e 
interativa, pautada na ajuda efetiva, confiança mútua e sinceridade; 
 informações verdadeiras, passadas de modo delicado e progressivo, 
com clareza, compaixão e empatia, facilitam as tomadas de decisão; 
 diminuição do estresse psicológico e emocional vivenciado por aquele 
núcleo familiar; 
 otimizar o processo de retomada da autonomia e independência por 
parte do paciente, quando possível; 
 facilitar o alívio de sintomas e melhora da autoestima do paciente; 
 
 
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 101 
 identificar o que pode aumentar o bem-estar; 
 oferecer oportunidades para a resolução de assuntos pendentes 
(despedidas, agradecimentos, reconciliações); 
 em casos de patologia progressivas e degenerativas, auxiliar o paciente 
e familiares no bom enfrentamento e na vivência do processo de morte. 
Concluindo, os pacientes neurológicos e seus familiares, muitas vezes, 
precisam enfrentar a incapacidade física e demandam, além da intervenção em 
reabilitação, uma assistência emocional. Além disto, profissionais que acompanham 
quadros progressivos e degenerativos podem acompanhar as famílias até o 
processo de finitude do paciente de forma que devem estar preparados para auxiliá-
los seja para possibilidade de cura ou para possibilidade de um tratamento contínuo 
e desgastante. Por isto, é necessário pensar o cuidado do ponto de vista técnico e 
também emocional. 
 
 
8 CONCLUSÃO 
 
 
Os conhecimentos produzidos pela neuropsicologia, na atualidade, são 
empregados nos campos científico e profissional. Junto à ciência, a neuropsicologia 
contribui para o avanço do conhecimento das relações entre o cérebro e o 
comportamento. No âmbito profissional, a avaliação e a reabilitação neuropsicológica 
consistem em estratégias de auxílio diagnóstico e de tratamento em diversas 
patologias que envolvem o comprometimento do sistema nervoso central. 
Neste curso foram descritas as principais atuações da neuropsicologia no 
âmbito profissional, enfatizando aspectos da avaliação neuropsicológica de adultos e 
idosos e descrevendo brevemente intervenções conduzidas a partir da reabilitação 
neuropsicológica. Para esta atuação, existem hoje diversos instrumentos e testes e 
aqui foram apresentados alguns dos mais utilizados e já padronizados para uso no 
Brasil, bem como a fonte de aquisição dos mesmos. Contudo, é importante destacar 
que ainda existe uma carência de instrumentos validados para as diversas faixas 
etárias e níveis de escolaridade da população brasileira. Muitas vezes, é necessário, 
 
 
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 102 
que o clínico utilize as tabelas de correção de grupos próximos ao paciente avaliado 
quanto às suas características de idade e escolaridade. 
No âmbito da pesquisa, a validação de testes é um dos grandes desafios 
dos pesquisadores brasileiros na área da neuropsicologia. A maioria dos testes 
padronizados devem ser adquiridos junto às editoras que possuem os direitos 
autorias sobre os mesmos. Existem outros instrumentos,além dos mencionados 
aqui, e espera-se com a bibliografia indicada ter oferecido a fonte de consulta 
necessária para que o leitor obtenha estas informações. 
O resumo das patologias descritas aqui visou apresentar as principais 
demandas clínicas voltadas para área diagnóstica da neuropsicologia na atualidade. 
Então, a partir da apresentação dos quadros clínicos e formas de avaliação e de 
reabilitação neuropsicológica espera-se a compreensão sobre os recursos utilizados 
pela neuropsicologia para auxiliar o indivíduo com lesão cerebral a 
recuperar/desenvolver sua independência e autonomia e a melhorar sua qualidade 
de vida e de seus familiares. 
 
 
 
 
 
FIM DO MÓDULO IV 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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FIM DO CURSO

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