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Magnésio: Estrutura, Função e Benefícios

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MAGNESIO
INTRODUÇAO
O nome é originário de Magnésia, que, em grego, designava uma região da Tessália, localizada na Grécia. O magnésio foi descoberto e reconhecido como um elemento químico em 1755 pelo químico e físico escocês Joseph Black. Em 1808, foi isolado pelo químico e físico inglês Humphry Davy a partir de um amálgama de magnésio, obtendo-se o metal puro por meio da eletrólise da mistura de magnésia e óxido de mercúrio (HgO). Em 1831, foi preparado de forma utilizável pelo químico francês Antoine Bussy.
ESTRUTURA 
O magnésio é um elemento químico de símbolo Mg, metal alcalinoterroso, multivalente, pertencente ao grupo ou família 2 (anteriormente chamada IIA), número atômico 12 e massa atômica 24,305. É sólido à temperatura ambiente, bastante resistente e leve. Possui coloração prateada, perdendo seu brilho quando exposto ao ar, por formar óxido de magnésio. Reage com água somente se esta estiver em ebulição, formando hidróxido de magnésio e liberando o gás hidrogênio.
METABOLISMO 
Cerca de 30 a 50% do magnésio proveniente da alimentação é absorvido ao longo de todo o intestino em processo que depende das reservas do organismo e do seu aporte na dieta. A absorção intestinal ocorre, principalmente, no intestino delgado distal, na porção entre o duodeno distal e o íleo, sendo que esta pode ocorrer por transporte ativo transcelular ou passivo paracelular.
 O transporte passivo predomina quando a ingestão de magnésio é elevada, sendo desencadeado quando a concentração de magnésio ultrapassa 20 mEq/L no lúmen intestinal.
A absorção ativa do magnésio ocorre principalmente no cólon, embora parte desse processo ocorra também no jejuno e íleo, nas situações em que a ingestão de magnésio é baixa ou adequada, sendo controlada pela absorção ativa do íon sódio, seguida pela água
FUNÇÃO 
 Ajudar no metabolismo de carboidratos, lipídeos, proteínas e eletrólitos, por meio da ativação de enzimas.
 Necessário para a atividade normal das enzimas e para o uso de energia. Crescimento de ossos. Fundamental para a função normal do cálcio.
FONTES ALIMENTARES 
O organismo humano precisa do magnésio por diversos motivos. Sem ele, o corpo não seria capaz de produzir energia, os músculos ficariam se contraindo por todo o sempre e o colesterol sanguíneo não poderia ser controlado.
Encontrado em; Gérmen de trigo, nozes, damasco, tofu, água de coco, camarão, cereais integrais, soja, acelga, quiabo.
QUANTIDADE NECESSARIA 
Até seis meses de vida: 30 mg;
De 7 a 12 meses: 75 mg;
De 1 a 3 anos: 80 mg
De 9 a 13 anos: 240 mg
De 14 a 18 anos: 410 mg para homens, 360 mg para mulheres, 400 mg para grávidas e 360 mg para mulheres amamentando;
De 19 a 30 anos: 400 mg para homens, 310 mg para mulheres, 350 mg para grávidas e 310 mg para mulheres amamentando;
De 31 a 50 anos: 420 mg para homens, 320 mg para mulheres, 360 mg para grávidas e 320 mg para mulheres amamentando;
A partir de 51 anos: 420 mg para homens e 320 mg para mulheres
BENEFICIOS 
Importante para os ossos: O magnésio atua na regulação da entrada e saída de cálcio, controlando o metabolismo de cálcio para manutenção da homeostase sanguínea e adequação da formação da matriz óssea. Ele também participa da ativação Da vitamina D, importante para a absorção de cálcio pelos ossos
Proporciona bem-estar: O magnésio é fundamental para formação da serotonina neurotransmissor responsável pela sensação de bem-estar. Por esse mesmo motivo, o magnésio também ajuda a aliviar ou prevenir o estresse
Controla a pressão arterial: O magnésio é um antagonista do cálcio natural e modula tônus vascular da pressão arterial e do fluxo sanguíneo periférico. Assim, ele contribui para manter a pressão arterial equilibrada, prevenindo e combatendo a hipertensão
BENEFICIOS 
Evita o acúmulo de gorduras: Em quantidades adequadas o magnésio irá atuar reduzindo à resistência à insulina e otimizando a ação das enzimas que agem no metabolismo de glicose e gorduras
Ajuda no controle do diabetes: Magnésio atua no metabolismo da glicose e na secreção de insulina como cofator de receptores de insulina, assim o mineral é benéfico para quem tem diabetes
Alivia os sintomas da menopausa: A carência de magnésio está associada aos sintomas de menopausa. Isto porque a deficiência de magnésio altera a ativação da vitamina D associada à interação e modulação de hormônios tais como estrogênio, podendo alterar e levar a sintomas de menopausa, sendo fundamental a presença de magnésio em doses adequadas.
DEFICIÊNCIA 
A deficiência de magnésio tem como sintomas a perda de apetite, náuseas, vômitos, diarreia, confusão, tontura, pele ressecada, unhas fracas, tremores, perda de coordenação e, ocasionalmente, convulsões fatais. A deficiência de magnésio às vezes é associada a deficiência simultânea de cálcio e potássio.
A deficiência de magnésio aumenta o risco de acidente vascular cerebral, anemia, poliúria, tensão pré-menstrual, disritmias cardíacas (alteração do ritmo cardíaco normal) e desordens estéticas como acne e celulite.
EXCESSO
O excesso de suplemento de magnésio pode levar a pressão baixa e fraqueza muscular. Existem duas situações nas quais o aumento da ingestão de magnésio não é desejável. O magnésio não deve ser administrado a pacientes com comprometimento renal sério e nos que apresentam alto grau de bloqueio atrioventricular ou bloqueio bifascicular. Nesses casos, pode reduzir a frequência cardíaca e levar à depressão da função neuromuscular e até à depressão respiratória. Com exceção das condições descritas, não há indícios de que o excesso de magnésio cause danos às pessoas.
 
 SELÊNIO
INTRODUÇAO
O químico sueco Jöns Jacob Berzelius descobriu o selênio em 1817, em uma fábrica de ácido sulfúrico. Por apresentar características semelhantes às do telúrio (do grego tellus, terra), o elemento foi denominado selênio (do grego selene, lua). Entretanto, a essencialidade do mineral para animais somente foi descoberta em 1957, por Schwarz e Foltz. Esses pesquisadores verificaram que animais com deficiência de vitamina se beneficiavam da suplementação desse elemento com relação à necrose hepática. Aproximadamente 20 anos depois, descobriu-se o que atualmente é considerado de importância primordial: o selênio faz parte do sítio ativo da enzima glutationa peroxidase (GPx). No caso de seres humanos, sua essencialidade foi comprovada em 1979, quando um paciente com distrofia muscular em razão de longa permanência sob nutrição parenteral total apresentou melhora do quadro clínico após suplementação com o mineral.
METABOLISMO
Há duas formas de compostos de selênio na natureza: a orgânica e a inorgânica. Vegetais absorvem o selênio em sua forma inorgânica a partir do solo, a qual é convertida para a forma orgânica, gerando compostos metilados de baixo peso molecular, além de selenometionina e selenocisteína. A selenometionina é a principal fonte de compostos de selênio presente em produtos vegetais como grãos, legumes e leguminosas, a selenometionina é o principal precursor para a síntese de selenocisteína, a forma mais abundante em produtos de origem animal.
O selenito (SeO3 2-) e o selenato (SeO4 2-) são as principais formas de compostos inorgânicos de selênio, encontrados basicamente em suplementos, visto que em alimentos a quantidade é extremamente baixa. As diferentes formas do mineral são responsáveis por sua biodisponibilidade e distribuição tecidual. A eficiência de utilização das formas orgânicas e inorgânicas para a síntese de selenoproteínas é semelhante.
FUNÇOES 
- Neutralização de radicais livres (função antioxidante); 
- Prevenção de certos tipos de câncer (propriedade ainda em estudo);
- Atua na cura de doenças hepáticas (no fígado); 
- Atua também na cura de afecções nos músculos do corpo.
FONTES 
 A quantidade de selênio em alimentos é muito variável entre diferentes regiões e países. Sua concentração nos solos é responsável por um ciclo que afeta tanto animais que consomem as pastagensquanto alimentos vegetais.
 Castanha-do-pará (é o alimento com maior concentração de selênio)
- Salmão
- Farelo de Trigo
- Sementes de girassol (secas)
- Ostras cruas
- Farinha de centeio
- Fígado de bovino
- Camarão
- Milho
BENEFICIOS
Selênio é um mineral, um elemento muito importante que o nosso corpo precisa, pois ele tem uma alta quantidade de antioxidante, assim, podendo ajudar em algumas situações do nosso corpo, como no fortalecimento do sistema imunológico, na prevenção do câncer, entre outros. O selênio serve para proteger o organismo, formação da tireoide, manter os vasos sanguíneos saudáveis e melhorar a circulação do sangue, combate os radicais livres, desintoxicação.
DEFICIÊNCIA
Em seres humanos, a ingestão de níveis muito baixos de selênio pode resultar em duas enfermidades principais. A doença de Keshan, uma cardiomiopatia que afeta crianças e mulheres jovens, é encontrada principalmente na China, em regiões com solos pobres em selênio. A forma aguda é caracterizada por insuficiência súbita da função cardíaca e, na fase crônica, por hipertrofia de moderada a grave do coração, promovendo graus diferentes de insuficiência cardíaca. As características histopatológicas incluem necrose multifocal, substituição fibrosa do miocárdio e miocitólise.
EXCESSO
A toxicidade do selênio é dependente de diversos fatores, entre eles, do composto e do método de administração utilizados, do tempo de exposição, do estado fisiológico e da idade do indivíduo, e da interação com outros compostos. Entretanto, a toxicidade por formas orgânicas ou inorgânicas de selênio resulta em características clínicas semelhantes, porém, com velocidade de início e relação com as concentrações teciduais do mineral diferentes. Além da fragilidade e perda de unhas e de cabelos, a intoxicação por selênio também pode causar alterações gastrintestinais, erupções cutâneas, odor de alho na respiração, fadiga, irritabilidade e anormalidades do sistema nervoso. 
RECOMENDAÇOES
Ingestão recomendada de selênio pela DRI por faixa etária
 Idade Selênio mcg/dia
0 a 6 meses 15
7 – 12 meses 20
1 a 3 anos 20
4 a 8 anos 30
9 a 13 anos 40
14 a 18 anos 55
10 a 30 anos 55

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