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Resenha WEBER, Max A ética protestante e o espírito do capitalismo Ascese e capitalismo

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Thais Campanati Povoleri
Sociologia II
Resenha - WEBER, Max. A ética protestante e o espírito do capitalismo: Ascese e capitalismo
	Nesse capítulo da obra, discute-se sobre o papel do líder religioso na cura de almas a posição social do cristão, sendo que tais fatos são decisivos para a formação do caráter de um povo. Além disso, Weber trata o protestantismo ascético como um bloco e, para ele, o puritanismo nascido do calvinismo apresenta uma base mais coerente da ideia de vocação. A partir dos estudos de Richard Baxter, um dos representantes do puritanismo inglês, Max Weber destaca a ideia de riquezas a partir dos elementos do Novo Testamento como um grave perigo que possui contínuas tentações, como a ambição, que além de não ter sentido diante do reino de Deus, também é moralmente reprovável. Aqui, a ascese se dirige contra a ambição de bens materiais.								Por outro lado, Calvino não via a riqueza dos pastores como um obstáculo, mas sim como um aumento de seu prestígio. Assim como Benjamin Franklin, acreditava-se que a perda de tempo era o maior dos pecados, já que "o 'descanso eterno dos santos' está no Outro Mundo; na terra o ser humano tem mais é que buscar a certeza do seu estado de graça" e "o tempo é infinitamente valioso porque cada hora perdida é trabalho subtraído ao seriço da glória de Deus." Poe fim, ele afirma que "o trabalho é da vida o fim em si prescrito por Deus."										Em relação à vocação divina, Weber afirma que Deus exige um trabalho profissional racional e que tenha um caráter metódico e sistemático, ou seja, uma profissão fixa exigida pela ascese intramundana. Ele também discute sobre a obtenção de lucro partindo do pressuposto de que Deus se orienta a partir de critérios morais e da importância para a coletividade. No entanto, há um terceito critério que seria a capacidade de gerar lucro. A partir dessa análise, Max Weber afirma que "com certeza não para fins da concupiscência da carne e do pecado, mas sim para Deus, é permitido trabalhar para ficar rico.", além de que a riqueza é necessária para o abandono do ócio. 				Por fim, Weber conclui o livro A ética protestante e o espírito do capitalismo afirmando que a ascese protestante foi fortemente influenciada por questões sociais e culturais, além das econômicas. Portanto, "embora o homem moderno (...) geralmente não seja capaz de imaginar o efetivo alcance da significação que os conteúdos de consciência religiosos tiveram para a conduta da vida, a cultura e o caráter de um povo, não cabe contudo, evidentemente, a intenção de substituir uma interpretação causal unilateralmente 'materialista' da cultura e da história por uma outra espiritualista, também ela unilateral. Ambas são igualmente possíveis, mas uma e outra, se tiverem a pretensão de ser, não a etapa preliminar, mas a conclusão da pesquisa, igualmente pouco servem à verdade histórica."

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