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CLASSIFICAÇÃO, ESTRUTURA E PROPRIEDADES DAS CERÂMICAS Profa. Dra. Tatiana Martelli Mazzo HISTÓRIA DOS MATERIAIS CERÂMICOS Cerâmicos Grego Keramicos Matéria Prima Queimada Indica que as propriedades desejadas são alcançadas através de um tratamento térmicos - queima • CERÂMICOS TRADICIONAIS • Matéria prima argila • Produtos: :jolos, telhas, porcelanas e vidros Até os anos 50 • CERÂMICOS AVANÇADOS • Eletrônica, tecnologia de comunicação; energia; saúde, meio ambiente, etc… Evolução CARACTERÍSTICAS GERAIS DOS MATERIAIS CERÂMICOS Apresentam alto ponto de fusão. São geralmente isolantes elétricos, embora possam existir semicondutores, condutores e até mesmo supercondutores (condições específicas de temperatura). Geralmente são quimicamente estáveis sob condições ambientais severas. Em sua maioria, os materiais cerâmicos são resistentes ao desgaste e ao calor e não sofrem deformação plástica. Os materiais cerâmicos apresentam organizações dos átomos mais complexas. ESTRUTURA DOS MATERIAIS CERÂMICOS Estruturas químicas: tipos de átomos de tamanhos e eletronegatividades distintas entre si. As ligações atômicas podem ser iônicas, covalentes ou mistas: 100 % iônicas: as estruturas cristalinas são compostas por íons. São tipicamente compostos por um metal e um não metal com cargas elétricas diferentes. Covalentes: São compostos formados por dois não metais ou, ocasionalmente, por elementos puros (Carbono). De um modo geral, as microestruturas são polifásicas Onde XA e XB são as eletronegatividades dos átomos A e B ESTRUTURA DOS MATERIAIS CERÂMICOS Duas características influenciam a estrutura do cristal: 1) A magnitude da carga elétrica: o cristal deve ser eletricamente neutro cargas + = cargas - Ex: Fluoreto de Cálcio, por exemplo (CaF2) § Cada íon Cálcio possui uma carga elétrica +2 (Ca2+) § Cada íon Flúor possui uma única carga negativa (F-) Dessa forma deve existir duas vezes mais íons F- do que íons Ca2+. ESTRUTURA CRISTALINA DOS MATERIAIS CERÂMICOS Estruturas Cristalinas Cerâmicas Estáveis: Todos os ânions estão em contato com o Cátion. ESTRUTURA CRISTALINA DOS MATERIAIS CERÂMICOS 2) Os tamanhos relativos dos Cátions (rC) e dos Ânions (rA). ESTRUTURA DOS MATERIAIS CERÂMICOS Cerâmicas Cristalinas Vidros (Cerâmicas Não-Cristalinas ou Amorfas) Estrutura do vidro de sílica (vista no plano): encadeamento não regular de tetraedros de silício e oxigênio Exemplo : Titanato de Bário (BaTiO3) AmBnXp PRINCIPAIS ESTRUTURA CRISTALINA DOS MATERIAIS CERÂMICOS ESTRUTURA CRISTALINA DOS MATERIAIS CERÂMICOS - BINÁRIOS ESTRUTURA CRISTALINA DOS MATERIAIS CERÂMICOS - TERNÁRIOS A microestrutura é definida por: - Forma e arranjo de grãos ou fases. - Tamanho e fração em volume dos poros presentes. MICROESTRUTURA DOS MATERIAIS CERÂMICOS - Tecnológicas: Matérias-primas sintéticas de altíssima pureza e processos rigorosamente controlados. Estruturais: elevadas propriedades mecânicas, térmicas e químicas!!! Alta resistência e dureza. Em geral os materiais cerâmicos se dividem em dois grupos: – Cerâmicas tradicionais (baixa tecnologia) – Cerâmicas avançadas (alta tecnologia) CLASSIFICAÇÃO DAS CERÂMICAS CLASSIFICAÇÃO DAS CERÂMICAS Cerâmica Vermelha :jolos, blocos, telhas, lajes, tubos cerâmicos e utensílios de uso domés:co e de adorno. CLASSIFICAÇÃO DAS CERÂMICAS TRADICIONAIS Cerâmica Branca: louça sanitária louça de mesa isoladores elétricos CLASSIFICAÇÃO DAS CERÂMICAS TRADICIONAIS Cerâmica Branca Este grupo é bastante diversificado, compreendendo materiais constituídos por um corpo branco e em geral recobertos por uma camada vítrea transparente e incolor e que eram assim agrupados pela cor branca da massa, necessária por razões estéticas e/ou técnicas. Com o advento dos vidrados opacificados, muitos dos produtos enquadrados neste grupo passaram a ser fabricados , sem prejuízo das características para uma dada aplicação, com matérias-primas com certo grau de impurezas, responsáveis pela coloração. Dessa forma é mais adequado subdividir este grupo em: •louça sanitária •louça de mesa •isoladores elétricos para alta e baixa tensão •cerâmica artística (decorativa e utilitária). •cerâmica técnica para fins diversos, tais como: químico, elétrico, térmico e mecânico. Materiais Refratários Este grupo compreende uma diversidade de produtos, que têm como finalidade suportar temperaturas elevadas nas condições específicas de processo e de operação dos equipamentos industriais, que em geral envolvem esforços mecânicos, ataques químicos, variações bruscas de temperatura e outras solicitações. Para suportar estas solicitações e em função da natureza das mesmas, foram desenvolvidos inúmeros tipos de produtos, a partir de diferentes matérias-primas ou mistura destas. Dessa forma, podemos classificar os produtos refratários quanto a matéria-prima ou componente químico principal em: sílica, sílico-aluminoso, aluminoso, mulita, magnesianocromítico, cromítico-magnesiano, carbeto de silício, grafita, carbono, zircônia, zirconita, espinélio e outros. Isolantes Térmicos os produtos deste segmento podem ser classificados em: a) refratários isolantes que se enquadram no segmento de refratários, b) isolantes térmicos não refratários, compreendendo produtos como vermiculita expandida, sílica diatomácea, diatomito, silicato de cálcio, lã de vidro e lã de rocha, que são obtidos por processos distintos ao do item a) e que podem ser utilizados, dependendo do tipo de produto até 1100 oC e c) fibras ou lãs cerâmicas que apresentam características físicas semelhantes as citadas no item b), porém apresentam composições tais como sílica, silica-alumina, alumina e zircônia, que dependendo do tipo, podem chegar a temperaturas de utilização de 2000º C ou mais. Fritas e Corantes Estes dois produtos são importantes matérias-primas para diversos segmentos cerâmicos que requerem determinados acabamentos. Frita (ou vidrado fritado) é um vidro moído, fabricado por indústrias especializadas a partir da fusão da mistura de diferentes matérias-primas. É aplicado na superfície do corpo cerâmico que, após a queima, adquire aspecto vítreo. Este acabamento tem por finalidade aprimorar a estética, tornar a peça impermeável, aumentar a resistência mecânica e melhorar ou proporcionar outras características. Corantes constituem-se de óxidos puros ou pigmentos inorgânicos sintéticos obtidos a partir da mistura de óxidos ou de seus compostos. Os pigmentos são fabricados por empresas especializadas, inclusive por muitas das que produzem fritas, cuja obtenção envolve a mistura das matérias-primas, calcinação e moagem. Os corantes são adicionados aos esmaltes (vidrados) ou aos corpos cerâmicos para conferir-lhes colorações das mais diversas tonalidades e efeitos especiais. Abrasivos Parte da indústria de abrasivos, por utilizarem matérias-primas e processos semelhantes aos da cerâmica, constituem-se num segmento cerâmico. Entre os produtos mais conhecidos podemos citar o óxido de alumínio eletrofundido e o carbeto de silício. Vidro, Cimento e Cal São três importantes segmentos cerâmicos e que, por suas particularidades, são muitas vezes considerados à parte da cerâmica. Cerâmica de Alta Tecnologia/Cerâmica Avançada O aprofundamento dos conhecimentos da ciência dos materiais proporcionaram ao homem o desenvolvimento de novas tecnologias e aprimoramento das existentes nas mais diferentes áreas, como aeroespacial, eletrônica,nuclear e muitas outras e que passaram a exigir materiais com qualidade excepcionalmente elevada. Tais materiais passaram a ser desenvolvidos a partir de matérias-primas sintéticas de altíssima pureza e por meio de processos rigorosamente controlados. Estes produtos, que podem apresentar os mais diferentes formatos, são fabricados pelo chamado segmento cerâmico de alta tecnologia ou cerâmica avançada. Eles são classificados, de acordo com suas funções, em: eletroeletrônicos, magnéticos, ópticos, químicos, térmicos, mecânicos, biológicos e nucleares. Os produtos deste segmento são de uso intenso e a cada dia tende a se ampliar. Como alguns exemplos, podemos citar: naves espaciais, satélites, usinas nucleares, materiais para implantes em seres humanos, aparelhos de som e de vídeo, suporte de catalisadores para automóveis, sensores (umidade, gases e outros), ferramentas de corte, brinquedos, acendedor de fogão, etc. Materiais de Reves@mento (Placas Cerâmicas) Reves:mento de paredes Pisos Bancadas Piscinas CLASSIFICAÇÃO DAS CERÂMICAS TRADICIONAIS CERÂMICAS TRADICIONAIS - COMPOISIÇÃO São constituídas basicamente de: ✔ARGILA : AlO3-SiO2-H2O ✔ÓXIDOS (TiO2, Fe2O3, MgO, CaO, Na2O, K2O) ✔SÍLICA: SiO2 ✔FELDSPATO: K2O-Al2O3-6SiO2 PROCESSAMENTO DAS CERÂMICAS TRADICIONAIS Preparação da matéria-prima em pó. Mistura do pó com um líquido (geralmente água) para formar um material conformável : “barbo:na” ou massa plás:ca. Conformação da mistura Secagem das peças conformadas. Queima das peças após secagem Acabamento final PMT 2100 Introdução à Ciência dos Materiais para Engenharia EPUSP - 2011 Prensagem simples: Pisos, azulejos e placas (reves:mento cerâmico) Tijolo maciço Prensagem isostá:ca: isolador de vela do carro Extrusão: tubos e capilares, bloco cerâmico (“:jolo baiano”) Injeção: pequenas peças com formas complexas Colagem de barbo:na: sanitários, pias, vasos, artesanato Torneamento: xícaras e pratos MÉTODOS DE CONFORMAÇÃO SECAGEM DE PRODUTOS CONFORMADOS Na secagem ocorre perda de massa e retração pela remoção gradativa de umidade. Eliminação do material : T < 500°C Decomposição e/ou formação de novas fases : T > 950 °C (depende da composição e das desejadas propriedades da peça acabada) Ocorre o fenômeno de sinterização (eliminação da porosidade e densificação) A temperatura de queima depende da composição da peça e das propriedades desejadas para o produto final. Durante a queima ocorre um aumento da densidade e da resistência mecânica devido à combinação de diversos fatores: QUEIMA DAS PEÇAS APÓS A SECAGEM Representação esquemática de etapas do processo de sinterização Formação do “pescoço” Produto Cerâmico Sinterizado PROCESSO DE SINTERIZAÇÃO 1. Tijolo refratário. Podem ser observados: entre os grãos, a presença de fase vítrea; um poro, no meio da foto. 2. Alumina (98% Al2O3) utilizada como isolante elétrico. Os poros na microestrutura podem ser perfeitamente observados. 3. Alumina densa (99,7% Al2O3), com grãos finos. 1 2 3 PROCESSO DE SINTERIZAÇÃO •� A porosidade terá� �influência� �nega:va� �sobre �as propriedades elás:cas e a�� resistência� desses materiais. Foi observado para alguns cerâmicos que o módulo �de elas:cidade (E: medida da rigidez de um material sólido)� diminui �em função �da fração volumétrica �da porosidade, �P, �de �acordo com a���� expressão: INFLUÊNCIA DA POROSIDADE A porosidade atua como ponto de concentração de tensão. E = módulo de elas:cidade do material poroso Eo = módulo de elas:cidade de material sem porosidade P = fração volumétrica da porosidade INFLUÊNCIA DA POROSIDADE DEFEITOS ESTRUTURAIS Os defeitos da estrutura cristalina são imperfeições que ocorrem no arranjo periódico regular dos átomos/íons em um cristal. Podem envolver irregularidades de “posição” ou de “tipos” de átomos/íons. O tipo e o número de defeitos dependem: 1. Da composição do material 2. Da “história” de processamento do material 3. Do meio ambiente Os defeitos modificam o comportamento, ou seja, as propriedades do material (mecânica, elétrica, química, ótica, ...). Portanto, através da introdução de defeitos, controlando o número e o arranjo destes, é possível desenvolver novos materiais com as características desejadas. DEFEITOS ESTRUTURAIS Cerâmicas Avançadas CLASSIFICAÇÃO DAS CERÂMICAS AVANÇADAS CERÂMICAS AVANÇADAS ESTRUTURAIS Componentes especiais de máquinas e motores que necessitam de ELEVADA RESISTÊNCIA AO DESGASTE E AO CALOR; Apresentam maior dureza e resistem mais ao impacto do que as cerâmicas de construção civil e de que alguns metais; Maior capacidade calorífica que alguns metais; Menor coeficiente de expansão térmica que os metais; Menor condu:vidade térmica. Exemplos: Alumina (Al2O3), Óxido de Zircônio (ZrO2), Nitreto de Silício (Si3N4), Carbeto de Silício (SiC), Nitreto de Alumínio (AlN) e outros Materiais Refratários Suportam temperaturas elevadas, desgastes mecânicos, ataques químicos, variações bruscas de temperatura. Al2O3, TiC, SiC, Si3N4 entre outros Pistões Peças automotivas CERÂMICAS AVANÇADAS ESTRUTURAIS – Propriedade Térmica e Mecânica Cadinhos Ferramentas de corte Isolantes Térmicos Placas feitas de fibras cerâmicas de sílica (quartzo), silica-alumina, alumina e zircônia, que podem chegar a temperaturas de 2000º C sem sofrer danos. CERÂMICAS AVANÇADAS ESTRUTURAIS – Propriedade Térmica • O Nitreto de Boro (BN) ocorre em duas formas distintas. • Estrutura hexagonal é semelhante ao grafite. Este é muito usado na fabricação de lubrificantes. • Estrutura cúbica é muito semelhante ao do diamante usado em blindagem. CERÂMICAS AVANÇADAS ESTRUTURAIS – Dureza CERÂMICAS AVANÇADAS ESTRUTURAIS Carbeto de Boro B4C - Dureza 2B2O3 + 7C → B4C + 6CO O carbeto de boro (B4C) é o terceiro material mais duro existente, atrás do diamante e do nitreto de boro cúbico. Este elemento apresenta baixa densidade, alta dureza. Estas propriedades o tornam muito útil em blindagens. A alumina é a cerâmica avançada mais u:lizada, pois oferece bom desempenho em termos de resistências de uso, à corrosão e alta dureza a um bom custo/ benewcio. Além disso apresenta uma boa combinação de propriedades mecânicas e elétricas, assim pode ser u:lizada nas mais variadas aplicações. CERÂMICAS AVANÇADAS ESTRUTURAIS Alumina Alta dureza Isolante térmico Inerte quimicamente Boa estabilidade térmica Válvulas para torneiras Isoladores elétricos Pistões para bombas Substratos eletrônicos Filtros Catalisadores CERÂMICAS AVANÇADAS ESTRUTURAIS Outras aplicações – exploração de petróleo São u:lizadas para cortar, lixar e polir outros materiais mais macios. Diamante, carbeto de silício, carbeto de tungstênio e areia de sílica são os exemplos mais comuns Grãos soltos, ligados a um disco abrasivo, ou reves:dos sobre um papel ou tecido ABRASIVOS MATERIAIS CERÂMICOS AVANÇADOS Alta Tecnologia ✔ Uso de matéria-prima de elevada pureza – maior custo ✔ Rigoroso controle sobre os processos de síntese ✔ Rigoroso controle de distribuição do tamanho de partículas ✔ Rigoroso controle dimensional ✔ Sinterização em temperaturas mais elevadas que das cerâmicas tradicionais Microestruturas x Propriedades x Desempenho As propriedades dos materiais dependem fortemente da composição, estrutura cristalina e microestrutura PROCESSAMENTO DOS MATERIAISCERÂMICOS AVANÇADOS Avançado processamento de materiais. Avançada caracterização de materiais. Cerâmicas Avançadas de alta tecnologia As cerâmicas avançadas são materiais com grande aplicação e interesse em engenharia: ✔ Propriedades mecânicas, químicas, elétricas, magné:cas, ó:cas, biomédicas e ainda combinações de propriedades ✔ Podendo ser encontrados em produtos como: memórias de computadores, disposi:vos eletro-óp:cos, telas de LCD, medicina, células solares, etc • Reação em Estado Sólido – Mistura de Óxidos • Moagem de Alta Energia • Co-precipitacão • Combustão MÉTODOS FÍSICOS • Pechini – Precursores Poliméricos • Sol-Gel • Hidrotérmico – Convencional e Micro-ondas MÉTODOS QUÍMICOS PROCESSAMENTO DOS MATERIAIS CERÂMICOS AVANÇADOS PÓS CERÂMICOS FILMES FINOS OU ESPESSOS As propriedades dos materiais dependem fortemente da composição, estrutura e morfologia Portanto busca-se métodos de síntese onde essas variáveis possam ser controladas. PROCESSAMENTO DOS MATERIAIS CERÂMICOS AVANÇADOS Método de Reação no Estado Sólido ou Mistura de Óxidos É um método baseado da difusão do estado sólido e consiste na mistura mecânica de óxidos e/ou carbonatos dos elemtos de interesse com o auxílio de moinhos com posterior tratamento térmico. Calcinação/ Sinterização Pós 350 ºC/2h Tratamento térmico em diferentes temperaturas Moagem Resina polimérica Método dos Precursores Poliméricos: Pó cerâmico FILMES FINOS CERÂMICOS Substrato Tratamento térmico em diferentes temperaturas Resina MÉTODO – SPIN COATING Os óxidos :po perovskitas, apresentam caracterís:cas peculiares em função de uma grande variedades de propriedades que são atribuídas à capacidade de subs:tuição dos cá:ons em sua estrutura, gerando sólidos isoestruturais com fórmula geral A1-xAx’B1-yBy’O3. Essas subs:tuições tem uma influência significa:va nas diversas propriedades dessa classe. ESTRUTURA TERNÁRIAS ABX3 - PEROVSKITAS Pós 350 ºC/2h Tratamento térmico em diferentes temperaturas Moagem Resina polimérica Método dos Precursores Poliméricos: Pó cerâmico Substrato Tratamento térmico em diferentes temperaturas Resina MÉTODO – SPIN COATING 61 Esquema representativo do princípio básico da luminescência. Luminescência é um fenômeno relacionado a capacidade que algumas substâncias apresentam em emitir radiação ótica resultante da excitação de seus átomos, moléculas e cristais. Propriedade - Luminescência Os LEDs têm muitas vantagens sobre lâmpadas incandescentes e fluoresenctes convencionais. Vida ú:l: não tem filamento que se queime e então durarão muito mais tempo. Cabem mais facilmente nos modernos circuitos eletrônicos. • Eficiência: LEDs geram pouco calor – economia de energia APLICAÇÕES - LED (LaCe)PO4:Tb3+, YSiO5:Tb3+, Y3Al5O12:Tb3+,. Sr5(PO4)3Cl:Eu2+ BaMgAl11O17:Eu2+, Sr2Al6O11:Eu2+ YVO4:Eu3+, APLICAÇÕES - LED elétrica ou eletrônica piezo ou pie - apertar ou pressionar A palavra piezoeletricidade significa eletricidade resultante da pressão. Derivado do grego: PROPRIEDADE PIEZOELÉTRICA deformação gera tensão elétrica V energia Apresenta uma estrutura Perovskita de simetria tetragonal Deformação Estrutural Deslocamento do átomo central do centro simétrico Efeito elétrico (dipolo elétrico) quando submetida a uma deformação mecânica Célula unitária tetragonal do PbZrTiO3 PIEZOELETRICIDADE NA PEROVSKITA PbZrTIO3 Titanato zirconato de chumbo PbZrxTi1-xO3 (0 ≤ x ≤ 1) – PZT Titanato de chumbo (PbTiO3) Titanato de bário (BaTiO3) Niobato de potássio (KNb3) Niobato de lí:o (LiNbO3) Niobato de sódio NaNbO3 Titanato de Sódio e bismuto Na0,5Bi0,5TiO3 Titanato de Bismuto Bi4Ti3O12 A FAMÍLIA DE CERÂMICA QUE EXIBEM PIEZOELETRICIDADE cerâmicos “Lead-Free” (livres de chumbo) cerâmicas à base de Nióbio e Bismuto Propriedade Piezoelétrica Geração de Luz por Compressão Mecânica EcoHouse – São Paulo Club4Climate - Londres FILMES ESPESSOS – COMPÓSITO – POLÍMERO - CERÂMICA Piso gera eletricidade pela passagem de veículos e pedestres Pesquisadores da Unesp (Araraquara e Ilha Solteira) desenvolvem sistema de geração de energia piezoelétrica que funciona com a passagem de carros e pedestres – Compósito- Polímero- Cerâmica Compósitos cerâmicos nanométricos em formato de filmes espessos. Materiais: polifluoreto de vinilideno (PVDF) ou poliéter-éter-cetona (PEEK) e o :tanato zirconato de chumbo (PZT). http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=energia- piezoeletrica&id=010115100409 (09/04/2010) Chip-gerador vai gerar energia dentro do próprio aparelho 57 Chip-gerador vai gerar energia dentro do próprio aparelho http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=chip-gerador-gera-energia-dentro- aparelho&id=010115111020 (20/10/2011) nanogeradores em formato de chip desenvolvido pelo MIT A miniaturização dos equipamentos eletrônicos está se traduzindo em um consumo de energia cada vez menor por equipamento. Isto está viabilizando o conceito de geração de pequenas correntes a partir das vibrações do ambiente , do seu andar, do farfalhar das roupas e até da sua respiração. O chip-gerador é capaz de produzir 45 microwatts de energia com apenas uma ponte de PZT CÉLULA SOLAR DE PEROVSKITA Cerâmicas Fotovoltáicas Degradação do Contaminante CO2 + H2O Catálise e Fotocatálise FOTOCATÁLISE CATÁLISE Catalisador automo@vo O craqueamento catalítico é o processo químico tecnológico mais usado no mundo para produção de galosina. Moléculas sendo craquedas em uma Y-Zeolita Craqueamento catalí@co Fotoctálise Fotodegradação de corantes têxteis: Rodamina B MgTiO3 - MPP Prótese de fêmur, haste em @tânio com cabeça de alumina (AL2O3) Hidroxiapatita (Ca10(PO4)6(OH)2) β-Tricálcio fosfato (Ca3(PO4)2), Alumina (Al2O3) Zircônia (ZrO2) São estruturalmente semelhantes ao componente inorgânico do osso; São biocompatíveis diminuindo o risco de rejeição pelo organismo Biocompostos Cerâmicos (ZrO2) Hidroxiapatita (Ca10(PO4)6(OH)2) Ação contra a bactéria Staphylococcus aureus, resistente ao an:bió:co me:cilina responsável por infecções hospitalares. A Ag é u:lizada para esse fim desde a an:guidade. BACTERICIDA Ag2WO4 – Scientific Reports (Nature) Parceria entre OralGift, Nanox e o CDMF (Centro de Desenvolvimento de Materiais Cerâmicos Funcionais) Unesp - UFSCar INOVAÇÃO Sensores de gases principais materiais: ZrO2 , ZnO, SnO2, Fe2O3 alarme de vazamento de gases tóxicos ou inflamáveis SENSORES DE GASES Os sensores de gás são constituídos, basicamente, de um material capaz de mudar suas propriedades elétricas quando moléculas de um determinado gás são adsorvidas em sua superfície. Ag2WO4, ao ser exposto ao ozônio em sua forma gasosa (O3(g)), tem sua resistência elétrica alterada. O Ag2WO4 se destacou dos sensores de ozônio já conhecidos (SnO2, WO3, In2O3, e ZnO) pelo tempo de resposta na detecção - extremamente rápido (10s). Memórias do futuro (CDMF e Symetrix) Sua durabilidade também é imensamente superior: em torno de 300 anos, antecinco anos dos chips de hoje. Si/SiO2 com 1 cen metro quadrado de área é possível arquivar 1 megabyte (MB) de informações. Com a nova memória, será possível arquivar no mesmo espaço 250 MB” A capacidade de armazenamento desse novo material é até 250 vezes maior do que a das memórias convencionais. Memórias do futuro A tecnologia do Titanato de Bário e Chumbo foi licenciada pela Panasonic, no Japão, onde é u:lizada em cartões de metrô, trens e nas carteiras de habilitação. Carlos Paz de Araújo, professor de engenharia elétrica na Universidade do Colorado Sócio da empresa Symetrix, que ganhou importância no mundo nos úl:mos anos por ter desenvolvido e licenciado as memórias ferroelétricas (FeRAM) que estão em uso em mais de 2 bilhões de aparelhos, de smartphones a processadores eletrônicos, de eletrodomés:cos a automóveis, DVD players e na mais jovem geração de cartões com chips. Vidros CLASSIFICAÇÃO DAS CERÂMICAS AVANÇADAS ESTRUTURAIS Definição: Sólido não cristalino: apresenta fenômeno de transição vítrea (Tg) Material muito comum na vida co:diana • Exemplos: embalagens (garrafas, frascos e potes), janelas, vidro de mesa (pratos, copos, :jelas), vidraria de laboratório, lentes, fibra de vidro. O principal :po de vidro é aquele baseado em sílica que é o formador do vidro. VIDROS TRADICIONAIS Sílica cristalina e não cristalina (vidro) VIDROS VIDROS Vo lu m e es pe cí fic o Temperatura Tg sólido amorfo Tm líquido Cristalização (redução volume) sólido cristalino líquido super resfriado Tg ⇒ temperatura de transição vítrea Tm ⇒ temperatura de fusão cristalina VIDROS Não ocorre cristalização durante o rápido resfriamento. Quando o líquido é resfriado, sua viscosidade vai grada:vamente aumentando (e seu volume diminuindo) até que fica tão alta, que o material passa a apresentar o comportamento mecânico de um sólido. Não existe uma temperatura de fusão cristalina, mas uma temperatura de transição vítrea (Tg). Tipo de vidro Composição (% em massa) Caracterís@cas e Aplicação SiO2 Al2O3 Na2O CaO B2O3 Outros Sílica >99,5 Alta transmissão luminosa, elevada estabilidade química, baixa expansão térmica, fabricação muito cara Tipo Cristal 65 1 8 1 24 PbO 1 MgO Transparência alta e alto brilho. Índice de refração alto. Pb deixa mais mole (decoração). Dias contados Borossilicato (“pyrex”) 76 4 5 1 14 Baixa Expansão térmica (razoável resistência a choque térmico) à vidraria de laboratório e formas domés:cas. Sodo-cálcico 73 2 7.5 10 7.5 K2O Tipo de vidro mais comum, o:ma formabilidade, boa durabilidade química, baixo custo de fabricação Fibra de vidro para reforço (uso em compósitos) 55 15 16 10 4 MgO Vidro :po “E”, de baixíssima condu:bilidade e boa estabilidade química Vidro óp@co “flint” 54 1 45-65 PbO Alto índice de refração, usado em lentes e também em peças artesanais (“cristal”) VIDROS – (400 mil receitas já publicadas) VIDRO TEMPERADO – VIDRO DE SEGURANÇA Têm a sua resistência aumentada pela têmpera, um processo que consiste em aquecer o material até uma temperatura crí:ca e depois resfriá-lo rapidamente. Consiste em duas ou mais lâminas de vidro fortemente interligadas, sob calor e pressão, por uma ou mais camadas de polivinil butiral – PVB, resina muito resistente e flexível. VIDRO LAMINADO - VIDRO DE SEGURANÇA VITRO-Cerâmica DEVITRIFICAÇÃO : transformação de um estado não- cristalino em um estado cristalino com tratamento térmico controlado . Ex: Li2O-Al2O3-SiO2 baixo coeficiente de expansão térmica resistências mecânicas relativamente elevadas . VIDROS – Coloração Fibras de Vidro: O vidro líquido é contido numa câmara de aquecimento de platina. Fibras são ,formadas pelo estiramento do vidro líquido através de muitos orifícios pequenos na base da câmara. Vidro Plano : Laminação Vidro Plano : “Float Glass” Prensagem: molde de ferro fundido revestido com grafita que tenha a forma desejada Prensagem + Sopro : conforma-se uma forma temporária num molde. Forçada a conformar- se aos contornos do molde pela pressão criada por um sopro de ar. CONFORMAÇÃO DE VIDROS • Capítulos do Callister (7 ed., 2008) tratados nesta aula – Capítulo 12: seções 12.1 a 12.3; 12.5 a 12.6; 12.8 a 12.11; Resumo. – Capítulo 13: seções 13.1 até 13.4; 13.8 a 13.11; Resumo. • Textos complementares indicados – Callister, 5 ed. Cap. 13:13.1a a 13.3; 13.5; 13.7 a 13.10; Resumo; Cap 14: 14.1 a 14.9; 14.15; 14.18; Resumo; Cap23: 23.9 a 23.11 (aplicação do ônibus espacial). – Shackelford, Ciência dos materiais, 6ª ed., 2008, Cap.12; Cap.6: 6.1; 6.5 a 6.6 Bibliografia
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