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Portfolio licenciaturas CII

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PORTFÓLIO- LICENCIATURAS 
MÓDULO C – FASE II 
 
 EIXO 2 – EDUCAÇÃO INCLUSIVA 
 
MÓDULO C 
FASE II 
Tema: Adaptar o espaço é incluir 
Texto: descrição 
Prática: maquete/planta baixa 
 
 
 
OBJETIVOS 
 
- Perceber a necessidade de preparar o espaço para receber 
alunos de inclusão; 
- Criar soluções simples para incluir aluno com dificuldades 
motoras na sala de aula; 
- Apresentar as soluções criadas por meio de texto descritivo 
e maquete/planta baixa. 
 
 
 
Leia o artigo publicado na revista Nova Escola. 
 
 
Uma escola sem barreiras 
Com criatividade o envolvimento da equipe, medidas simples podem facilitar o acesso e a 
inclusão de todos 
 
SALA MAIS AMPLA Com as carteiras em grupo, sobra espaço para a roda e para a cadeira de João Vitor. Foto: Léo 
Drumond 
ATIVIDADE 
 
 
 
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Quando a Educação começou a se massificar no Brasil, na primeira metade do século 20, 
crianças com deficiência ainda eram tratadas como caso de saúde. Estavam fora das escolas, 
que foram construídas sem que se levassem em consideração as necessidades especiais que 
elas pudessem ter. A transformação do espaço físico, portanto, é um dos desafios a superar 
neste momento, em que todos os que têm deficiência devem estar matriculados na rede de 
ensino regular. 
Adequar apenas a escola, porém, não basta. As mudanças necessárias são maiores do que a 
instalação de rampas, elevadores e banheiros adaptados. Elas precisam chegar à sala de aula, 
onde muitas vezes atitudes são mais bem-vindas do que grandes reformas. Na EM Coronel 
Epifânio Mendes Mourão, em São Gonçalo do Pará, a 118 quilômetros de Belo Horizonte, a 
professora Amanda Rafaela Silva procurou a direção e a coordenação pedagógica quando soube 
que receberia João Vitor Silva, 7 anos, com deficiência múltipla, em sua turma de Educação 
Infantil. 
"Transferimos a turma para uma sala maior porque o João Vitor se locomove em cadeira de 
rodas, e passei a organizar a classe em grupos, dois de cinco e dois de seis, para abrir mais 
espaço para a circulação dele", explica Amanda. "Além disso, em grupos também podemos 
desenvolver diversas atividades." A psicopedagoga Daniela Alonso, consultora da área de 
inclusão e selecionadora do Prêmio Victor Civita - Educador Nota 10, aprova a iniciativa da 
professora. "A reorganização do espaço físico é a função inicial da escola e pequenas mudanças 
podem garantir a acessibilidade da criança às aulas." 
 João Vitor é o único com necessidades educacionais especiais nessa escola, que não se limitou 
a rever o espaço. Uma das providências tomadas foi colocar uma monitora para acompanhar o 
garoto. "Isso facilita muito o trabalho da professora Amanda, que pode se dedicar igualmente 
aos demais membros da turma", afirma Sonia Aparecida do Amaral Silva, mãe de João Vitor. 
"Ele foi muito bem recebido pela escola, que adapta tudo às suas necessidades." 
 
Muitos dos conteúdos são relacionados à linguagem oral e escrita e, nessa fase, aprender a 
redigir o próprio nome e reconhecer o dos colegas é fundamental. Para isso, a turma trabalha a 
escrita com letras móveis e incentiva a leitura de crachás. Eu coloco os pequenos sentados no 
chão, em círculo, em volta dos crachás. "Cada um vai até o meio da roda e pega o seu", descreve 
Amanda. "Assim eles aprendem a reconhecer o próprio nome e o dos colegas." João Vitor 
também vai para a roda, apoiado pela professora monitora, Maria Helenita de Faria. 
Quando os colegas estão trabalhando com as letras móveis, a alternativa encontrada para João 
Vitor, que tem baixa visão, é o uso de letras feitas de borracha em tamanho ampliado. Maria 
Helenita ajuda o garoto a reconhecer, pelo tato, o formato da primeira letra de seu nome. "Como 
ele não desenvolveu a linguagem oral, o fato de manusear a letra e mostrá-la é uma maneira de 
participar do conteúdo proposto pela professora", analisa Daniela. "Utilizar a percepção tátil com 
a ajuda da monitora é uma forma de reconhecer as competências do menino e pode ser um 
estímulo para novas aquisições." Daniela também elogia a designação da professora monitora. 
 
 
 
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"O quadro docente foi reorganizado para atender a uma necessidade específica. É importante 
que as duas participem de reuniões periódicas, integrando o trabalho com especialistas da 
Educação Especial", aconselha. 
"A professora Amanda é muito dedicada e aceitou meu filho como um desafio no trabalho dela. 
Sei que o João Vitor tem dificuldades, mas só o fato de ele participar dessa rotina já é ótimo. 
Acho que ele queria frequentar a escola havia muito tempo e eu não tinha percebido", diz a mãe, 
Sonia. 
 
Arremessos pelo som 
Em Taboão da Serra, na região metropolitana de São Paulo, a EMEF Antônio Fenólio trabalha 
com 25 incluídos em salas regulares. A unidade, que desde 2002 mantém uma sala de recursos, 
também conta com o apoio de uma equipe preparada para dar suporte pedagógico aos 
professores e orientações aos jovens no contraturno. Ali, algumas flexibilizações de espaço 
foram feitas pelo professor Anderson Martins para permitir a participação de quem tem 
deficiência visual nas aulas de Educação Física. 
 
BASQUETE SONORO A adaptação da quadra pelo professor Martins permitiu a participação de Tainara. Foto: Marcelo 
Min 
Martins leciona há mais de cinco anos para turmas das quais fazem parte alunos com 
necessidades educacionais especiais. Entre eles estão alguns adolescentes cegos. Para que 
todos pudessem participar de uma disputa de arremessos de basquete, ele fez adaptações na 
quadra de esportes da escola. "Pesquisei maneiras de adaptar o espaço", explica Martins. "O 
primeiro objetivo era permitir que os jovens pudessem identificar a área do arremesso." 
Para isso, ele providenciou um tapete que foi colocado na área do garrafão. Assim, os que 
apresentam deficiência visual sabem, com a identificação de um piso com textura diferenciada, 
o local de onde arremessar a bola. No início, os que não se sentiam seguros eram 
acompanhados por um colega até o local. O passo seguinte foi facilitar a localização da cesta. 
"A única maneira era acrescentar um sinal sonoro à tabela", explica Martins. "Com um bastão, 
eu bato no aro e o som ajuda na orientação. Na hora do arremesso, os colegas ajudam avisando 
 
 
 
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quando é necessário colocar mais força ou mirar melhor. Após algumas tentativas, eles 
conseguem acertar a jogada", diz. 
Para Daniela Alonso, Martins acertou ao flexibilizar o espaço e os recursos. "Essa proposta 
mostra como é possível garantir a participação, o respeito à diversidade e a consideração das 
necessidades individuais", analisa. De acordo com a consultora, o professor deve planejar, mas 
também contemplar ajustes sugeridos pelos alunos. Assim, o próprio estudante com deficiência 
pode indicar suas necessidades. "É importante salientar que as práticas flexibilizadas podem ser 
momentos de aprendizagem para todos. Aqueles que participam das estratégias diferenciadas 
também têm a oportunidade de reforçar ou desenvolver novas habilidades", destaca Daniela. 
Apesar da dificuldade de encestar a bola, a aluna Tainara Monteiro Maria, 13 anos, conta que se 
diverte durante a atividade. Aluna da 6ª série, ela tem baixa visão (enxerga sombras). "A maioria 
dos meus arremessos bate no aro e não entra, mas eu acertei uma vez", conta, comemorando. 
"É difícil acertar. Muitos dos meus colegas que enxergam também não conseguem." Renato 
Barbosa de Almeida, 14 anos, que cursa a 7ª série e também tem deficiência visual, aprova o 
jogo. "Eu gosto de Educação Física, principalmente quando tem futebol e basquete. Com o 
tapete e o bastão na aula de arremesso, eu também participo."Além das propostas diversificadas, também podem fazer parte das aulas de Educação Física, 
nos conteúdos correspondentes, o estudo e o conhecimento de práticas específicas para 
deficientes. "Um bom exemplo é o reconhecimento das modalidades paraolímpicas, que crescem 
no Brasil", sugere Daniela. 
 
Momento da roda 
Em Ananindeua, na região metropolitana de Belém, o Centro Educacional Sesc Ananindeua 
trabalha com inclusão desde 1995 e, atualmente, conta com dez crianças com deficiência em 
salas regulares. Na Educação Infantil, está Glenda de Moraes de Magalhães, 5 anos, que não 
anda e tem comprometimento motor. 
Para que ela pudesse participar das várias atividades, a professora Andreza Roseane da Silva 
Gomes fez algumas adaptações no espaço. No momento da roda, por exemplo, quando a 
meninada se senta no chão, ela forma o círculo próximo da parede. Assim, com o uso de 
almofadas e travesseiros, Glenda pode ficar encostada e junto aos colegas. Nesse momento, a 
professora trabalha com fichas em que o nome dos pequenos é escrito. "Cada um pega a sua e 
coloca no quadro de chamada. Para que Glenda possa fazer isso como os demais, coloquei o 
quadro mais próximo ao chão. Ela se arrasta e dá conta da tarefa", conta Andreza. O objetivo da 
atividade é criar uma relação de identidade com os nomes. Em roda, a garotada conversa, ouve 
histórias, canta e trabalha sequências numéricas. 
 
 
 
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Outra adequação foi feita nas atividades diversificadas (ou cantos). Em geral, os pequenos 
trocam de mesa para realizar todas as propostas. Com a flexibilização adotada por Andreza, eles 
permanecem nos grupos e os diversos materiais percorrem as mesas. "Assim a Glenda não 
precisa se locomover e pode participar também." Nas atividades diversificadas, são trabalhados 
ao mesmo tempo jogos educativos, como quebra-cabeça, dominó e jogo da memória, leitura de 
histórias, desenho etc. 
Segundo Liliane Garcez, coordenadora da área de Educação e do Serviço de Apoio à Inclusão 
Escolar da Associação dos Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae), em São Paulo, as atividades 
flexibilizadas evidenciam o ganho que a inclusão proporciona. "Os exemplos revelam quanto 
todos podem se beneficiar com a inclusão escolar se tiverem uma postura aberta e ética, já que 
ela pressupõe o respeito e a valorização das diferenças", analisa Liliane. 
Quer saber mais? 
CONTATOS 
Centro Educacional Sesc Ananindeua, Estr. do 40 horas, 110, 67120-370, Ananindeua, PA, 
tel. (91) 3237-3566 
EM Coronel Epifânio Mendes Mourão, Pça. JK, 48, 35516-000, São Gonçalo do Pará, MG, 
tel. (37) 3234-1268 
EMEF Antônio Fenólio, R. Jurandir Cabello, 171, 06774-070, Taboão da Serra, SP, tel. (11) 
4138-2398 
 
A adaptação do espaço é muito importante no processo de inclusão e, muitas vezes, 
não requer obras grandes, mas simplesmente reorganização e reinvenção do que já 
existe na escola, na sala de aula. 
Imagine que você trabalha em uma sala-ambiente lecionando uma das disciplinas da 
grade curricular do Ensino Fundamental e que recebeu um aluno com dificuldade de 
locomoção – anda com o auxílio de muletas – e de coordenação motora. Percebeu que 
ele necessita de mais espaço para se locomover, que escorrega com frequência da 
cadeira, que os objetos escorregam frequentemente da mesa e que não consegue 
alcançar os materiais de uso comum que ficam muito acima ou abaixo da sua estatura. 
Que adaptações seriam necessárias? Imagine que você apresentaria essas sugestões 
de mudanças no ambiente ao setor pedagógico e à família do aluno. Para tanto, você 
pode escolher UMA das formas de apresentação: 
- maquete; 
- planta baixa. 
 
 
 
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No caso da maquete, você postará no AVA um texto descrevendo as mudanças no 
ambiente e fotos da maquete salvas em Word.doc, num único arquivo. 
No caso da planta baixa, você postará no AVA um texto descrevendo as mudanças no 
ambiente e a planta baixa salvos em Word.doc, num único arquivo. 
Se achar necessário, visite escolas com espaços adaptados na sua cidade ou pesquise 
sites de educação e blogs sobre o assunto. Isso ajudará você a propor soluções! 
 
Hora de expor a maquete/planta baixa no polo. Você deverá apresentar aos seus 
colegas – como se eles fizessem parte da equipe pedagógica da escola em que trabalha 
– seu plano de ação: de que forma organizaria o ambiente para que seu aluno especial 
tivesse acessibilidade? Faça um roteiro de apresentação, em tópicos, para auxiliá-lo no 
momento de apresentar no polo. 
Os colegas devem opinar, questionar, contribuir com novas ideias, como a equipe 
pedagógica do colégio realmente faria. 
 
 
 
 
 
1- Leitura da reportagem; 
2- Confecção da maquete ou da planta baixa; 
3- Apresentação no polo. 
 
Postagem no AVA – Trabalho – texto escrito: maquete ou planta baixa (Word.doc) 
Postagem no AVA – Trabalho - ficha de apresentação: ficha avaliativa (PDF ou 
imagem) 
 
 
RESUMO DA 
ATIVIDADE 
 
 
 
7 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Trabalho Escrito 
Na descrição do tema apresentou ideias articuladas (texto coerente). (0-100) 
 
Peso: 10 
 
Trabalho Escrito 
Apresentou reflexão sobre o estudo realizado. (0-100) 
 
Peso: 10 
 
1. Para formar grupos, os alunos devem ser do mesmo polo, curso 
e das mesmas disciplinas; 
2. No caso de grupo, apenas um dos alunos realiza a postagem 
do texto e da ficha e insere o RU dos colegas; 
3. Os grupos podem ser formados com até 4 integrantes; 
4. Há dois links de postagem no AVA: um para o texto escrito e 
outro para a ficha avaliativa; 
5. Verifique nos links o período de postagem; 
6. Anote os números de protocolo da postagem do portfólio e da ficha de 
apresentação; 
7. Em caso de dúvidas, procure o seu polo de apoio presencial; 
8. Verifique com o polo as datas de apresentação do seu trabalho; 
9. Na ficha avaliativa, deve conter o nome e RU de todos os integrantes do grupo; 
10. Leia atentamente todos os materiais postados na aula Portfólio das disciplinas da 
fase; 
11. Produza o seu texto utilizado o modelo/template disponibilizado; 
12. Solicitações de alterações deverão ser realizadas até 15 dias após o término do 
período de postagem do trabalho no AVA e serão analisadas pelo Núcleo de Práticas. 
CRITÉRIOS DE 
AVALIAÇÃO 
LEMBRETES 
 
 
 
 
8 
Trabalho Escrito 
O texto está de acordo com a norma padrão da língua. (0-100) 
 
Peso: 10 
 
Trabalho Escrito 
O texto está de acordo com as normas da ABNT. (0-100) 
 
Peso: 10 
 
Maquete/Planta 
O aluno evidenciou capacidade reflexiva, crítica e criativa, adaptando o espaço ao aluno 
de inclusão. (0-100) 
 
Peso: 15 
 
Maquete/Planta 
A maquete/planta apresenta com clareza as mudanças do ambiente e está em 
consonância com o texto descritivo. (0 -100) 
 
Peso: 15 
 
Apresentação no polo 
A POSTURA E A APRESENTAÇÃO DESPERTARAM A ATENÇÃO DOS PRESENTES. (0-100) 
 
Peso: 10 
 
Apresentação no polo 
A ADEQUAÇÃO DA LINGUAGEM, POSTURA E ORGANIZAÇÃO DOS MATERIAIS E DO TEMPO 
TORNARAM A APRESENTAÇÃO CLARA E COESA. (0-100) 
 
Peso: 10 
 
 
 
9 
Apresentação no polo 
DOMÍNIO DO CONTEÚDO, CLAREZA, ADEQUAÇÃO DIDÁTICA E OBSERVÂNCIA DO TEMA FORAM 
CONTEMPLADOS. (0-100) 
 
Peso: 10 
Nota Final: 
 
 
 
 
 
 
Dicas para fazer uma maquete: 
Existem diversas maneiras de se construir maquetes. Desde as maquetes ou projetos 
profissionais até as maquetes escolares, que são utilizadas como modo de trazer 
realidade às aulas e torná-las mais concretas e dinâmicas. 
 
Um modo de fazer maquete que vem sendo muito utilizado é o “desdobrável”, ou seja, 
a maquete feita dentro de uma caixa de papelão. Pode ser caixade papelão grande ou 
caixa de sapato, dependendo do seu projeto e do tamanho que deseja dar a ele. 
 
Outra questão importante diz respeito aos materiais utilizados: dar prioridade aos 
recicláveis é uma questão de sustentabilidade. Lembre-se que o isopor, por exemplo, 
demora muito tempo para se decompor e substituí-lo por materiais recicláveis é 
importar-se com o ambiente. 
 
 
Segue um exemplo de maquete desdobrável: 
 
ANEXOS 
 
 
 
 
10 
 
 
Exemplo de planta baixa

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