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Controle de Compactação do Solo em Obras

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FACCI - FACULDADE DE CIÊNCIAS ADMINISTRATIVAS E CONTÁBEIS DE ITABIRA
CREDENCIADA PELO DECRETO DE 30/12/1994 - D.O.U. 31/12/1994
	Curso: Engenharia Civil
	Tipo de atividade: Resenha
	Disciplina: MECÂNICA DOS SOLOS I 
	Professor: Nara Castro
	Período/turma: 6º 
	Data de entrega: 21/11
	Aluno (a): Roberta Lage 
Resenha
O Artigo “Controle de Compactação do Solo” foi escrito por três autores (Felipe Bonfim Figueiroa Salas, Mariana de Araújo Gandra, Aline Botini Tavares Bertequini) e publicado pela Revista Engenharia em Ação da UniToledo (Araçatuba, SP), edição de janeiro/junho de 2018.
O trabalho realizado para o artigo teve como objetivo o controle de compactação do solo no local de construção do Residencial Sofia, (composto por 29 casas populares), mostrando a importância da compactação de solo em obras. Para o controle de compactação do solo, realizou-se o ensaio de compactação em laboratório (ensaio de Proctor Normal), e ensaios de Frasco de Areia (para verificação, em cada camada compactada, do peso específico aparente seco do solo) e Determinação do Teor de Umidade em campo pelo método Speedy. Os resultados encontrados foram comparados com os obtidos em laboratório e, a partir daí, foi possível definir um grau de compactação do solo. 
O artigo possui uma estrutura formal dividindo-se em Introdução, Objetivos, Metodologia (com a descrição completa e detalhada dos ensaios, os equipamentos utilizados e os procedimentos realizados), apresentação dos resultados e por fim, conclusão.
O processo de controle de compactação do solo realizado em campo destina-se a obter um solo mais estruturado e que mantenha um comportamento mecânico adequado ao longo da vida útil de uma obra. Ralph Proctor, por volta de 1933, padronizou um ensaio que tem como resultado uma curva a qual resulta na massa específica aparente seca em função do teor da umidade. 
Para o artigo em questão, o controle de compactação do solo em campo realizou o ensaio de Proctor em laboratório, obtendo a curva de compactação e os valores de massa específica aparente seca máxima e o teor de umidade ótimo do solo. A seguir, realizou-se o ensaio conhecido como frasco de areia para obter o peso específico aparente seco do solo para cada camada compactada. Por fim, pelo método Speedy obteve-se o teor de umidade. Para definir-se um grau de compactação do solo os resultados foram comparados com os obtidos em laboratório.
Para realizar o ensaio de Proctor coletaram-se amostras de solos a serem utilizadas na compactação do aterro no local da obra e, em laboratório as mesma foram colocadas em bandejas e deixadas secar em temperatura ambiente. Passadas 24 horas, a amostra foi destorroada e passada na peneira nº 4 separando-se 3 kg . Com o auxílio do béquer, adicionou-se água de forma gradativa e contínua até verificar-se certa consistência. O solo foi então compactado para obtenção do primeiro ponto da curva de compactação. Mediu-se e preparou-se o cilindro e com o auxílio da colher de solo, a amostra foi colocada até um terço de seu volume. Aplicou-se 26 golpes com o soquete repetindo-se o processo para três camadas sucessivas. A seguir, com o auxílio do extrator de amostras, retirou-se o corpo de prova do cilindro. Repartindo-se o corpo de prova em três partes, da parte central, retirou-se certa quantidade de solo, a qual foi colocada em uma cápsula já pesada, e pesada novamente agora com o solo levando-a para secar em estufa por 24 horas para posterior cálculo do teor de umidade. Para que fosse feita a curva de compactação, todos os procedimentos anteriores foram realizados mais cinco vezes e calculando-se os valores de peso específico aparente seco e teor de umidade ótimo do solo. 
Para realização do ensaio de Frasco de Areia, em laboratório, peneirou-se uma quantidade de areia nas peneiras 10 e 30. Com a areia peneirada e pesada foi obtido o valor da massa de sua massa com o auxílio de um cilindro de PVC. Tal procedimento foi feito por mais três vezes para se obter uma média da massa da areia. A seguir, calculou-se o valor da massa da areia no funil. O conjunto frasco/funil foi pesado e virado sob uma superfície plana e aberto o registro do funil até que a areia preenchesse todo o funil, pesando-se novamente o conjunto após o procedimento e repetindo-se todo o processo por mais 3 vezes para se obter uma média da massa de areia no funil. Considerando-se volume do cilindro de PVC obteve-se o volume da areia e calculada sua massa específica que foi o valor resultante entre a divisão da massa e do volume da areia. 
Foi feito, a seguir, o ensaio do Frasco de areia em campo. A bandeja quadrada que possui um furo no meio foi colocada sobre a superfície do terreno já compactada e, com o auxílio de uma pá, foi aberto um furo no mesmo diâmetro do furo da bandeja de volume próximo ao do cilindro de PVC separando-o e pesando-o. Com o furo aberto, foi pego o conjunto frasco/funil com areia e despejado dentro do mesmo, fechando-se o o registro do funil e pesando-se conjunto frasco/funil. Retirou-se o máximo possível de areia do furo devolvendo-o ao frasco e foi calculada a massa de areia no furo. Com a massa de solo que foi retirada do furo já pesada, calculou-se o volume do furo e a massa específica do solo. Tendo-se os valores do volume do furo e da massa do solo no furo, calculou-se a massa específica do solo, a qual foi obtida através da divisão da massa de solo no furo pelo volume do furo. Através do Speedy calculou-se o teor de umidade e , posteriormente, a massa específica aparente seca do campo. Por fim, tendo-se os valores da massa específica aparente seca do campo e a massa específica seca do laboratório foi calculado o grau de compactação. 
Os procedimentos descritos acima foram realizados 29 vezes, ou seja, um ensaio para cada lote a ser construída uma residência. 
Realizados os ensaios (todos de acordo com as ABNT´s recomendadas), o artigo apresenta os resultados dos mesmos e, dos 29 lotes analisados apenas 3 foram reprovados (considerando-se o grau de compactação estabelecido pelo projetista de 95%) sendo necessária a realização da compactação novamente nos mesmos e realização de novos ensaios. 
O artigo conclui sobre a importância do controle de compactação do solo para que se tenha mais segurança e qualidade na construção.
Em sua introdução, destaca-se a importância do solo para a Engenharia Civil seja como material de construção ou material natural ressaltando que a compactação do solo nas obras melhora as propriedades e o comportamento do mesmo, (aumento de resistência de ruptura, redução de possíveis variações volumétricas...) o que justifica a execução dos ensaios feitos pelos autores. 
Para o fim a que se destina o texto, controle de compactação do solo, foram feitos os ensaios adequados e percebe-se que os procedimentos realizados nos mesmos seguiram as normas técnicas no uso de equipamentos e nos métodos utilizados o que colabora para sua confiabilidade.

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