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PADRÕES DE BELEZA FEMININA NOS ESTADOS UNIDOS DURANTE A DÉCADA DE 50

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PADRÕES DE BELEZA FEMININA NOS ESTADOS UNIDOS DURANTE A DÉCADA DE 50
Bruno Henrique Hostin Dutra[1: Estudantes do curso de Bacharelado em Design da Universidade Tecnológica Federal do Paraná; e-mail: hostin.bru@gmail.com; carolineczyz@gmail.com; eltonprates@outlook.com; gabis.lomp@hotmail.com.]
 Caroline Czyz
 Gabriela Fagundes Slompo
 Elton Prates
	
INTRODUÇÃO
Padrões de beleza sempre nortearam a existência feminina, fazendo com que mulheres do mundo todo almejem ser a “mulher ideal”, porém esse padrão se altera de tempos em tempos, o que hoje se considera ideal a 60 anos atrás poderia ser visto com maus olhos pela sociedade.
Neste trabalho temos como objetivo expor o padrão de beleza feminino da década de 50 nos Estados Unidos e expor o porquê estes padrões foram criados e fortemente reforçados por toda a mídia da época. Abordaremos as questões como vestuário, maquiagem, penteados, aparência física e o comportamento feminino da época, além de mostrar como o contexto pós-guerra, aliado a mídia, influenciaram os novos hábitos estéticos das americanas e como alguns desses padrões influenciam a sociedade atual.
Para se ter um completo entendimento do assunto abordado, este trabalho tem como início uma breve explicação sobre o que é um padrão de beleza e um rápido histórico da beleza pelos tempos, após essa explicação daremos continuidade com uma imersão do leitor no contexto socioeconômico da época, para que o entendimento do tema possa ser associado e compreendido junto a essa questão. Por fim apresentaremos como era de fato o padrão vigente da época, mulheres tidas como modelos ideais e como a mídia ajudou a construir esses ideais femininos. Este trabalho é pautado em pesquisas bibliográficas tanto físicas como virtuais.
PADRÃO DE BELEZA E SOCIEDADE
É possível determinar preferências por atributos físicos em diferentes épocas em nossa sociedade. O que hoje conhecemos por padrão de beleza, sempre existiu. As pessoas buscam adaptar-se a essa idealização de beleza. Esse padrão é determinado por diversos fatores, dependendo do período. Propósitos sociais, militares ou até religiosos, podem afetar o modo de vida das pessoas.
Podem-se ter exemplos na Pré-História, de como os corpos femininos foram representados, com formas volumosas. Então se acredita que nessa época esse aspecto físico demonstrava a fertilidade. Depois, na Antiguidade, o padrão mudou conforme as mudanças sociais. Por exemplo, na Grécia, onde a atividade física fazia parte da formação dos homens, existia o culto ao corpo, além do desenvolvimento intelectual. Os homens eram treinados para guerra e também para prática de competições públicas.
Mais tarde, na Idade Média, a sociedade se fechou, para receber apenas o que era ditado pela Igreja Católica, então o desejo ou culto ao corpo era considerado pecaminoso, fazendo com que as pessoas abandonassem hábitos de higiene ou cuidados pessoais. Com o Renascimento, se iniciaram estudos sobre a anatomia, resgatando alguns aspectos da Antiguidade. A partir do século XVIII as mudanças ocorrem conforme a sociedade evolui e nos casos mais atuais existe a forte influência da mídia impondo padrões.
Observando os exemplos nesses aspectos históricos, facilmente entendemos que a imagem corporal é a representação interna baseada em parâmetros pré-determinados de alguma forma, sendo que nas últimas décadas os meios de comunicação em massa estimularam a disseminação dessas generalizações.
Entendendo esse conceito, buscamos analisar como foram estabelecidos e determinados os padrões de beleza para as mulheres estadunidenses no período pós-guerra. 
CONTEXTO SOCIOECONOMICO PÓS-GUERRA
Para os Estados Unidos, a Segunda Guerra Mundial foi um fator importante para o seu desenvolvimento econômico, trazendo benefícios para a indústria e a política do país. O cenário de guerra se concentrou mais no território europeu, fazendo com que os EUA não obtivessem perda de território ou grandes ataques à população. Isso auxiliou no ambiente pós-guerra.
Os EUA lutaram contra os países socialistas, saindo da guerra como os representantes da liberdade e democracia. O país se encontrava em uma situação política e econômica estável. A indústria estava produzindo para exportar, além da nova corrida pelo avanço tecnológico. Esse país conquistou uma posição importante no cenário mundial, espalhando influência sobre muitos outros países em todos os continentes.
O governo dos Estados Unidos se preocupava com a imagem retratada do país, sempre houve a necessidade de filmes de Hollywood que retratassem a guerra passassem pelo Pentágono para que fossem autorizadas as filmagens. Essas filmagens deveriam ressaltar a superioridade militar nacional, estimulando o público a aderir àquele ideal. Durante a guerra, o governo apoiava as produções hollywoodianas, que iam contra o nazismo, elas eram estimuladas a retratarem alemães e japoneses até de forma racista.
Imagem 1 - Rosie the Riveter
Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Rosie_the_Riveter#/media/File:We_Can_Do_It!.jpg (acesso em 25 de outubro de 2015)
Enquanto os homens estavam na guerra, surgiu um forte apelo para que as mulheres fossem trabalhar na indústria. Como por exemplo, a mulher retratada no cartaz (Rosie the Riveter – Imagem 1) representando a força da mulher, que era capaz de fazer serviço. 
Após a guerra, países europeus estavam devastados pelos conflitos, então, para se reconstruírem era necessária ajuda de fora. Os EUA, não exportaram apenas seus produtos, mas também sua cultura. Eles eram vistos como uma terra da abundância. Assim, o estilo de vida estadunidense se popularizou.
A Segunda Guerra mundial teve um papel importante para o desenvolvimento do design, devido à evolução tecnológica e evolução produtiva, como o desenvolvimento de progressos de produção de plásticos ou componentes eletrônicos. Com a corrida espacial, o tema ganhou espaço também na cultura, onde produtos e até a moda se influenciou.
Os materiais desenvolvidos para a guerra eram necessários serem empregados em novos produtos, para serem usados pela população. A mulher não era mais necessária na indústria, pois deveria desocupar os postos de trabalho anteriormente masculinos. Era hora de voltarem para suas casas, cuidar do ambiente familiar e usar os novos aparelhos domésticos, desenvolvidos especialmente para elas satisfazerem os desejos do marido e manter o estilo de vida feliz.
Esse novo estilo de vida foi propagado de diversas formas, sendo que todos eles prometiam a facilidade, sem necessidade de esforço físico, para que a mulher tivesse tempo disponível para cuidar da família, em todos os anúncios a mulher estava de bom humor e bem vestida utilizando seus novos equipamentos. Uma tentativa de reverter àquela imagem anterior, da mulher forte e independente.
A mídia se consolidou, tornando mais fácil a divulgação de todo tipo de produto criado e o estilo americano de viver, os bens não eram mais duráveis e o bom cenário econômico norte americano propiciou o consumismo.
A INFLUENCIA DA MÍDIA NA ÉPOCA
O padrão de beleza dos anos 50 era ditado principalmente pelas celebridades, principalmente pelas atrizes do cinema e da televisão. As revistas foram importantes para a divulgação das tendências (Imagem 2), simplificavam a vida das mulheres, ajudando-as a escolher a roupa certa para cada ocasião. Já que além de manterem-se sempre belas, deveriam estar atentas aos cuidados da casa, dos filhos e do marido.
Imagem 2: edição de 1955 da revista Seventeen
Fonte: http://saltoagulha.com/t/seventeen-magazine/
(acesso em 23 de outubro de 2015)
A grande parte dos anúncios eram estampados por imagens de celebridades, principalmente de estrelas de Hollywood (Imagem 3). Ao invés do uso de fotografia, as publicidades eram compostas por ilustrações, pois essa técnica permitia a “manipulação” da imagem, em busca da perfeição, fazendomuitas vezes com que a modelo do anuncio não parecesse real. 
Imagem 3: edição de 1958 da revista Look
Fonte: http://www.puretrend.com.br/midia/_m54218
(acesso em 23 de outubro de 2015)
A maneira como as atrizes apareciam nos filmes despertava identificação imediata no público feminino. As influências de moda vinham praticamente todas do cinema. Os astros de Hollywood eram as grandes referências de beleza e forma física dos anos 50, o cinema sempre lançava peças iconográficas. Como o vestido rosa usado por Marilyn Monroe em Os Homens Preferem as Loiras (1953); o vestido branco esvoaçante em O Pecado Mora ao Lado (1955); o vestido usado por Elizabeth Taylor em Gata em Teto de Zinco Quente (1958); o vestido vermelho trajado por Audrey Hepburn em Cinderela em Paris (1957) e o preto longo de Rita Hayworth em Gilda. 
Nos anos 50 a televisão se popularizava cada vez mais, permitia que as pessoas assistissem aos acontecimentos que cercavam os ricos e famosos, que viviam de luxo, prazer e elegância, como o casamento da atriz Grace Kelly com o príncipe Rainier de Mônaco (Imagem 4).
Imagem 4: Casamento da atriz Grace Kelly com o príncipe Rainier de Mônaco
Fonte: http://meucasamento.org/curiosidades-grace-kelly/
(acesso em 23 de outubro de 2015)
Os filmes e a televisão em cores também tiveram grande impacto sobre os cosméticos. As principais marcas de produtos de beleza da época, como a Max Factor, Revlon, Avon, Maybelline, Ponds, Helena Rubinstein, Elizabeth Arden e Estée Lauder, gastavam muito em publicidade, grande parte delas contratavam astros do cinema para estampar seus anúncios. Como por exemplo, a Max Factor, que tinha como clientes celebridades de Hollywood, que acabavam virando as próprias modelos da marca, que inseridas nos anúncios (Imagem 5), criaram milhares de fã de batons, bases e outros produtos Max Factor.
Imagem 5: As estrelas, Rita Hayworth, Elizabeth Taylor, Lucille Ball estão entre os astros dos anúncios.
Fonte: http://www.makeupatelier.com.br/2013/09/museu-max-factor-ou-a-historia-da-maquiagem-moderna/
(acesso em 23 de outubro de 2015)
	Nos anos 50, houve uma fixação neurótica por parte da mídia, de que as mulheres, trabalhadoras durante as guerras, voltassem para casa e a cozinha. Ditava-se uma imagem de dona-de-casa com aparência de boneca, a fim de lembra-las de que eram mulheres, femininas. Todas essas referências que eram transmitidas faziam com que as mulheres cobiçassem ser desse jeito, a maioria delas seguiam a risca os novos padrões que estavam sendo estabelecidos.
OS SETORES QUE DITAVAM PADRÕES
	Após o fim da Segunda Guerra Mundial ficou clara a grande vitória dos Estados Unidos da América. Tendo isto em vista é fácil compreender a ascensão econômica que esta potência teve, ela causou um grande impulso da sociedade de consumo devido aos seus avanços industriais capitalistas. Este processo estimulava as pessoas a comprarem produtos muitas vezes somente para saciar seus prazeres, sem haver uma necessidade clara quanto a sua função. Isto levou a sociedade a um consumismo exacerbado e está intimamente ligado com os padrões e valores pré-estabelecidos socialmente, condicionando o indivíduo a necessitar daquilo a que lhe é exigido. Isto pode ser completamente reforçado com o conceito de Severiano (2007) onde não se compravam mais objetos, mas atitudes e estilo. 
	Buscando se desvincular da imagem do período de guerra, onde as mulheres trabalharam e houve o racionamento de tecidos, houve uma busca muito intensa para trazê-las novamente para suas casas, suas cozinhas, acolhendo aquele ideal de boa esposa, mãe e dona de casa. Este discurso era tão amplamente difundido que se tornou a grande meta da maioria das mulheres. 
Como foi visto anteriormente foi construído uma série de padrões de beleza que buscavam ressaltar a feminilidade da mulher, isso era reforçado pela mídia e refletia na forma como as mulheres seguiam a moda, utilizavam seus penteados, cosméticos e como se portavam.
Conhecida como a “Era de Ouro da Costura” este período tornou marcas de alta costura de países como França e Inglaterra muito conhecidos e de grande influenciaram na moda estadunidense dos anos 50. Nesta época o foco era a busca pela exaltação da delicadeza, uma característica condicionada as mulheres que parecia um pouco distante do papel que elas tiveram durante a Segunda Guerra e também aos direitos sociais recém adquiridos. A ideia das marcas soava como se tivesse um discurso estereotipado sobre como lembrar as mulheres que elas eram mulheres o que de fato acabou por ser um grande sucesso. 
Imagem 6 – Peça da coleção de 1947 de Christian Dior
Fonte: http://www.modadesubculturas.com.br/2011/09/1947-o-new-look-dior.html
(acesso em 20 de outubro de 2015)
Criado em 1947 por Christian Dior o New Look (Imagem 6) foi um marco durante toda a década de 50. Seu criador tinha um apreço pelos anos de 1860 e pela Belle Époque e buscou realizar uma indumentária que resgatasse características destes períodos. A moda ditada em suas coleções tinha como ideal uma mulher com cintura acentuada e fina e quadris e busto enfatizados por estofamentos extras, assim gerando um corpo que ficasse mais curvilíneo em conjunto com a saia volumosa por meio de anáguas e crinolinas que deveria estar a uma distância de quarenta centímetros do chão. Para acompanhar, um belo salto alto, luvas e acessórios como peles e jóias. Apesar de ter um gasto de tecido muito grande para um período que acabou de sair de uma Guerra (o seu famoso “Bar Suit” (Imagem 7) gastava 3,70 metros em seu casaco e 7,50 metros em sua saia) foi um verdadeiro sucesso e mesmo as mulheres menos abastadas financeiramente o desejavam. Apesar de outras tendências também chamarem a atenção do público feminino como o surgimento da bainha sereia e o uso de calças, este último mais utilizado por garotas mais jovens, o New Look é o estilo que mais deu certo se tornando uma grande referência para a moda dos anos 50. Por um longo tempo a alta costura parisiense fez sucesso nos Estados Unidos em conjunto com o conceito de ready-to-wear e da confecção que funcionava muito bem entre as classes menos favorecidas. 
Imagem 7 – Bar Suit – Christian Dior
Fonte: http://www.dior.com/couture/en_us/the-house-of-dior/the-story-of-dior/the-new-look-revolution
(acesso em 24 de outubro de 2015)
Nesta década foi comum o uso de outros estilos que já existiam anteriormente como a silhueta flapper e conjuntos de blazer com saia lápis sendo eles apenas atualizados. Os corseletes voltaram simbolizando a busca pelo corpo curvilíneo, mas agora fabricados com um material um pouco mais confortável e casavam muito bem com o uso de cintos para realçar a cintura fina. 
	Toda esta atenção voltada a beleza impulsionou a produção de cosméticos que eram escassos no período de guerra. A busca pela valorização do olhar impulsionou os mais variados tipos de sombras, rímel, lápis para os olhos e delineadores, os lábios deveriam ser marcantes contrastando com a pele pálida e sem imperfeições. Como empresas destaque neste setor podemos indicar a Revlon, Helena Rubinstein, Elizabeth Arden e Estée Lauder que investiram pesado em suas publicidades ditando tendências. 
	Em conjunto com a maquiagem a forma de utilizar os cabelos femininos também mudou. A popularidade das tintas de cabelo aumentou em um grau muito elevado, assim como loções alisadoras e fixadores compactuavam para a criação de novas formas de fazer penteados. O loiro era a cor mais popular principalmente quanto utilizado em conjunto com permanentes para serem formados cachos. Os cortes costumavam ser curtos com franja e levemente ondulados ou compridos com bastante volume ou presos a um rabo de cavalo.
Todas estas tendências que ditavam a moda representavam tudo aquilo que se era novamente esperado de uma mulher após a guerra: classe, feminilidade, delicadeza e a incapacidade de trabalhar com todos aqueles acessórios. Uma mulher deveria estar sempre bem arrumada, com roupas bonitas e cabelo impecávelpara seu marido, além de ser uma ótima dona de casa e mãe. Isto mostra questões de gênero muito fortes na década de cinquenta onde o homem chefe de família deveria ter a sua clássica esposa perfeita cuidando de seu lar.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
A partir do texto podemos concluir que a sociedade americana queria, a todo custo, trazer as mulheres para o lar e lhes proporcionar um novo leque do consumismo: a indústria da beleza. Essa mudança do estilo de vida fez com que milhares de mulheres esquecessem, mesmo que temporariamente, a sua imagem de mulher forte e capaz, e se tornassem as elegantes e perfeitas moças de família que toda a sociedade esperava. 
Atualmente ainda podemos ver na nossa sociedade resquícios destes padrões dos anos 50, como por exemplo o padrão ideal da juventude eterna, a infantilização das mulheres ou até mesmo a cobiça por cabelos altamente loiros. Estes padrões criados a sessenta anos atrás se modificaram com o tempo, porém suas novas versões não deixaram de ser menos cruéis que as anteriores. Hoje milhares de mulheres mundo a fora se sacrificam ou se submetem a processos, muitas vezes dolorosos, para manter corpos, que muitas vezes, não condizem com sua realidade, seja por conta de sua idade ou biotipo. 
REFERÊNCIAS
KARNAL, Leandro (org.). História dos Estados Unidos: das origens ao século XXI. São Paulo: Contexto, 2011.
HUBERMAN, Leo. História da Riqueza dos EUA (Nós, o povo). São Paulo: Brasiliense,1987.
LOHBAUER, Christian. História das relações internacionais II:O século XX: do declínio europeu à Era Global. Petrópolis: Vozes, 2005.
VIZENTINI, Paulo. História do século XX. Porto Alegre: Leitura XXI, 2007.
WEIGL, Wilson. Entenda as mudanças de padrão de beleza ao longo da história Disponível em: <http://guiadoestudante.abril.com.br/aventuras-historia/entenda-mudancas-padrao-beleza-ao-longo-historia-781162.shtml > Acesso em: 25/10/2015
PAPARELLI, Luís Fernando Bezerra; PAPARELLI, Rosélia Bezerra. Mídia Sociedade e o Padrão de Beleza Disponível em: <http://unicastelo.br/portal/midia-sociedade-e-o-padrao-de-beleza-2/> Acesso em: 25/10/2015
MELO, Fábio. Estados Unidos Pós-Segunda Guerra: política interna e externa Disponível em: <http://geaciprianobarata.blogspot.com.br/2014/10/estados-unidos-pos-segunda-guerra.html> Acesso em: 25/10/2015
BATTAGGION, Victor. Hollywood a serviço do pentágono Disponível em: <http://www2.uol.com.br/historiaviva/reportagens/hollywood_a_servico_do_pentagono_imprimir.html> Acesso em: 25/10/2015
DIAS, Cristiano. Hollywood vai à Segunda Guerra Disponível em: <http://guiadoestudante.abril.com.br/aventuras-historia/hollywood-vai-segunda-guerra-434445.shtml> Acesso em: 25/10/2015
FERREIRA, Cinthia. Museu Max Factor ou “A história da maquiagem moderna”. Disponível em: http://www.makeupatelier.com.br/2013/09/museu-max-factor-ou-a-historia-da-maquiagem moderna Acesso em: 25/10/2015
GONÇALVES, Fabio. A maquiagem nos anos 1950. Disponível em: <http://www.fabiogoncalves.com/blog/?p=7886> Acesso em: 25/10/2015
MIGUEL, Raquel de Barros Pinto. Mulheres em imagens: análise da publicidade na revista Capricho (décadas de 1950 e 1960). Disponível em: <http://www.ufrgs.br/alcar/encontros-nacionais-1/encontros-nacionais/7o-encontro-2009-1/Mulheres%20em%20imagens.pdf> Acesso em: 25/10/2015
FOLHA ONLINE. Anos 50: A época da feminilidade. Disponível em: <http://almanaque.folha.uol.com.br/anos50.htm>
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SEVERIANO, Maria de Fátima. Narcisismo e Publicidade. São Paulo, Annablume.2007.
BENCZ, Vanessa. Conheça os Padrões de Beleza de Cada Época Disponível em: <http://zh.clicrbs.com.br/rs/noticia/2008/11/conheca-os-padroes-de-beleza-de-cada-epoca-2305813.html?impressao=sim>

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