Buscar

Resumo para AV2 de adm 1

Prévia do material em texto

Diferenças entre empresa pública e sociedade de economia mista:
Empresas Públicas e Sociedades de Economia Mista são instrumentos de ação do Estado, auxiliares do Poder Público, que buscam interesses superiores aos tão somente privados. Porém existem muitas diferenças entre essas entidades, tais como o capital, a sua forma e suas ações. Enquanto uma Empresa Pública é constituída por recursos oriundos de pessoas de Direito Público ou de entidades de suas Administrações indiretas, onde o capital está 100% nas mãos do poder público, a Sociedade de Economia Mista aceita a conjugação de recursos particulares com recursos provenientes de pessoas de Direito Público ou de entidades de suas Administrações indiretas, com prevalência, na prática, do capital público. O Supremo Tribunal Federal entende que apesar da Sociedade de Economia Mista ser pessoa jurídica de direito privado, pode ter participação na capital social de uma Empresa Pública.
Conforme dito no início, as Empresas Públicas podem adotar qualquer forma societária dentre as admitidas em Direito, enquanto as Sociedades de Economia Mista são obrigatoriamente sociedades anônimas.
Nas Empresas Públicas, caso existam feitos em que seja parte, na condição de autoras, rés, assistentes ou opoentes, são processados e julgados perante a Justiça Federal. Conforme diz o Artigo 109, inciso I, da Constituição Federal:
“Art. 109. Aos juízes federais compete processar e julgar:
I - As causas em que a União, entidade autárquica ou empresa pública federal forem interessadas na condição de autoras, rés, assistentes ou oponentes, exceto as de falência, as de acidentes de trabalho e as sujeitas à Justiça Eleitoral e à Justiça do Trabalho;”.
Nas Sociedades de Economia de Mista as ações são apreciáveis pela Justiça Estadual nas mesmas hipóteses em que lhe compete conhecer das lides concernentes a quaisquer outros sujeitos.
Ambas as entidades são pessoas de Direito Privado, com objetivo de prestar serviço Público, além da exploração da atividade econômica em caráter excepcional, que segundo a Constituição Federal “o Estado não poderá prestar qualquer atividade econômica, somente poderá intervir quando houver relevante interesse coletivo ou imperativo da segurança nacional”.
Alguns exemplos de Empresas Públicas são: a Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (INFRAERO), a Caixa, a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (EMBRAPA). Banco do Brasil e Petrobrás são exemplos de Sociedade de Economia Mista.
Conclui-se então, que Empresas Públicas e Sociedades de Economia Mista apesar de serem pessoas jurídicas de Direito Privado, criadas e extintas por leis específicas, com os mesmos objetivos, possuem muitas diferenças em outros aspectos.
Como são criadas as entidades da administração pública:
  Os incisos XIX e XX do art. 37 da Constituição Federal tratam da criação de entidades da Administração Pública Indireta. O inciso XIX foi significativamente alterado pela EC 19/98, especialmente no que se refere ao tratamento dispensado às fundações públicas. É o seguinte o teor dos dispositivos (o inciso XX não teve sua redação alterada):
 
                “XIX - somente por lei específica poderá ser criada autarquia e autorizada instituição de empresa pública, de sociedade de economia mista e de fundação, cabendo à lei complementar, neste último caso, definir as áreas de sua atuação; XX - depende de autorização legislativa, em cada caso, a criação de subsidiárias das entidades mencionadas no inciso anterior, assim como a participação de quaisquer delas em empresa privada;”.
               A criação de entidades da Administração Indireta diretamente realizada pela edição de lei específica somente se aplica, hoje, à criação de autarquias. O Poder Legislativo da esfera respectiva deverá editar uma lei ordinária que especificamente dê surgimento à autarquia. Tal lei não poderá tratar de nenhum outro assunto. A só edição da lei dá surgimento à autarquia, não cabendo falar-se em registro dos estatutos da entidade no registro complementar (a própria lei consubstancia os estatutos da entidade e é evidente que não se procede a registro da lei em cartório). As entidades criadas diretamente por lei específica somente podem ser extintas pela edição de igual instrumento normativo. A doutrina majoritariamente entende impossível a extinção de entidade instituída por lei específica até mesmo mediante a edição de uma lei genérica (mediante decreto é óbvia a impossibilidade). Como, antes da EC 19/98, todas as entidades da Administração Indireta exigiam lei específica para a sua criação, aquelas que, sob a égide do dispositivo constitucional primitivo, hajam sido criadas por este instrumento normativo, somente por outra lei específica poderão ser extintas.
                A Emenda 19/98 passou a exigir autorização de lei específica para a criação das demais entidades da Administração Indireta - empresas públicas, sociedades de economia mista e fundações públicas. Nestas hipóteses, a lei específica autoriza o Poder Executivo a, por ato próprio (um decreto), proceder à instituição da entidade. O Poder Executivo deverá providenciar o registro dos estatutos da entidade no registro competente, uma vez que é esse registro que dará nascimento à pessoa jurídica, e não à edição da lei autorizada. No caso de criação de entidade por ato próprio do Poder Executivo, autorizado por lei específica, a extinção da entidade poderá, também, ser feita diretamente pelo Poder Executivo.
Diferenças entre excesso de poder e desvio de finalidade: 
a) Abuso de poder ou abuso de autoridade – consiste na atuação de um agente público sem competência ou que ultrapassa o limite da competência. O ato será ilegal em razão de vício de competência. b) Desvio de poder, desvio de autoridade ou desvio de finalidade – consiste ao ato exercido por um agente público competente, porém que não atende ao interesse público como casos de vícios ideológicos ou desvio na vontade. Resumindo, o abuso de poder ou abuso de autoridade, são espécies do desvio de poder e o excesso de poder. O abuso de autoridade ou de poder, seria um vício no requisito competência, ao passo que o desvio de poder, ou desvio de autoridade, seria um vício no requisito finalidade. 
O que é consorcio público:
Um consórcio público é uma pessoa jurídica criada por entes federativos que se associam em busca de objetivos comuns. No meu modo de entender, os consórcios públicos são entidades administrativas e fazem parte da administração indireta. Um consórcio público é criado com a finalidade de permitir a gestão associada de um serviço público, compreendido este como um objetivo comum das entidades políticas consorciadas.
São competências dos consórcios públicos: firmar convênios, contratos, acordos de qualquer natureza; receber auxílios, contribuições e subvenções; promover desapropriações; instituir servidões administrativas; ser contratado mediante dispensa de licitação pela administração direta ou indireta das entidades políticas consorciadas; arrecadar tarifas e outros preços públicos.
Os consórcios públicos derivam de previsão constitucional, atualmente regulada por lei e decreto: CF88, art. 241; Lei nº 11.107/2005; Decreto nº 6.017/2007.
O consórcio público tem personalidade jurídica distinta daquela das entidades políticas que o constituem.
A personalidade jurídica do consórcio pode ser de:
direito público, caso em que ele é tratado como associação pública e integra a administração indireta de todos as entidades políticas consorciadas;
direito privado, quando ele é tratado como associação civil e não integra a administração indireta.
A criação de um consórcio público varia conforme tenha ele personalidade jurídica de direito público ou de direito privado. A criação de um consórcio público com personalidade jurídica de direito público contempla uma fase contratual e uma fase legislativa. Na fase contratual, as entidades interessadas no consórcio elaboram um contrato que contém um protocolo de intenções, e o subscrevem. Na faselegislativa, o protocolo é ratificado por lei específica de cada entidade política consorciada. Habitualmente, a ratificação do protocolo de intenções significa a aprovação de uma lei com o exato teor do protocolo de intenções. A ordem mais natural de criação de um consórcio consiste em as entidades políticas produzirem o tal protocolo de intenções, subscreverem-no, e finalmente o ratificarem em lei. Mas essa ordem pode ser invertida. A lei pode ser editada primeiro, com autorização para que as entidades federativas subscrevam o protocolo e montem o consórcio. A criação de um consórcio público de personalidade jurídica privada segue os requisitos da legislação civil (art. 6º, II, Decreto nº 6.017/2007).
Quais autoridades podem ser delegadas do poder regulamentar do Presidente da república? Art. 84, §Ù, CF
Qual a atividade de cada entidade da administração pública indireta?
As entidades que compõe a Administração Pública Indireta são: Autarquias, fundações públicas, empresas públicas e sociedades de economia mista. Mas antes de fazer uma reflexão sobre cada uma, se faz necessário fazer uma análise geral sobre elas, como um conjunto que forma a Administração Pública Indireta. 
3.1. Autarquia:
“Art. 5º Para os fins desta lei, considera-se: I – Autarquia – o serviço autônomo, criado por lei, com personalidade jurídica, patrimônio e receita próprios, para executar atividades típicas da Administração Pública, que requeiram, para seu melhor funcionamento, gestão administrativa e financeira descentralizada.”
3.2 Fundação Pública:  Pessoa jurídica de direito público, que realizam atividades atípicas do Poder Público, de interesse coletivo, como educação, cultura, assistência social e entre outros. Por serem pessoas jurídicas de direito público, assim como as autarquias, também estão sujeitas ao regime de Direito Público, e também possuem alguns privilégios constantes em lei. 
3.3 Empresa Pública:  Pessoa jurídica de direito privado, que tem como principal objetivo a prestação de atividades industriais ou econômicas de interesse estatal. É importante frisar, que apesar de serem pessoas jurídicas de direito privado, elas nem sempre são regidas pelo direito privado, sendo que existem possibilidades de serem aplicadas algumas normas de direito público, como por exemplo, a obrigatoriedade de realizarem licitações nas contratações de serviços. O capital das empresas públicas é inteiramente do Estado, não pertencendo necessariamente à apenas uma pessoa pública, podendo haver participações de outras pessoas da Administração Pública Direta ou Indireta, dando origem à classificação: Empresas públicas unipessoais: o capital pertence a uma pessoa pública. Empresas públicas pluripessoais: o capital pertence a várias pessoas públicas. As empresas públicas podem adotar qualquer tipo societário previsto em lei. Exemplos de empresas públicas: Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (INFRAERO) e a Caixa Econômica Federal (CEF). 
3.4 Sociedade de Economia Mista
Pessoa jurídica de direito privado, que realizam atividades econômicas de interesse público. Também possuem a ressalva de não serem necessariamente regidos pelo direito privado, podendo aplicar normas públicas a elas em algumas situações. As principais diferenças das sociedades de economia mista e as empresas públicas são que a primeira não tem todo seu capital nas mãos do Poder Público, e sim possuem capital tanto público como privado, e também que são necessariamente organizadas sob a forma de sociedade anônima.
Como ocorre a criação de órgão público? Representando compartimentos internos da pessoa pública, os órgãos públicos não são livremente criados e extintos pela só vontade da Administração. Tanto a criação como a extinção de órgãos dependem de lei, e nesse sentido dispõe a vigente Constituição quando inclui a exigência na relação das denominadas "reservas legais", matérias cuja disciplina é reservada à lei (art. 48, XI). 
Sobre o poder de deflagrar o processo legislativo para a criação de órgãos públicos (iniciativa reservada ou privativa) dois aspectos merecem realce. De um lado, é inconstitucional a lei sobre a matéria que se tenha originado da iniciativa de outro órgão; se a iniciativa, por exemplo, é do Chefe do Poder Executivo, o projeto de lei não pode ser apresentado por membro ou comissão do Legislativo. 
De outro, deve ser lembrado que a Constituição aponta hipóteses em que a iniciativa reservada é atribuída a órgãos diversos. Assim, além do art. 61, § 1°, II, "e", da CF (iniciativa do Presidente da República e, por simetria, dos demais Chefes do Executivo), encontra-se tal tipo de iniciativa nos arts. 96, II, "c" e "d" (iniciativa dos Tribunais Judiciários) e 127, § 2° (iniciativa do Ministério Público).
Amparo constitucional:  O recurso de amparo é um instrumento de garantia dos direitos fundamentais vulnerados por ações ou omissões do Legislativo, Executivo e Judiciário. A utilização do amparo constitucional tem por escopo resguardar os direitos fundamentais e uniformizar a política jurisdicional de proteção a estes mesmos direitos, conferindo tal mister ao tribunal encarregado de exercer a jurisdição constitucional. A existência do recurso de amparo se justifica diante da necessidade impediente em não apenas se reconhecer determinados direitos como essenciais à vida humana, mas sim o de fazer garantir estes direitos a todos e protegê-los de qualquer tipo de violação ou ameaça decorrente da ação ou omissão dos poderes públicos. É assim, portanto, instrumento constitucional destinado a assegurar a efetividade dos direitos fundamentais. Ou seja, é a busca pra encontrar se a ou não amparo na constituição para tal caso.

Continue navegando