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Plano de Aula: Validade e Eficácia da Lei Penal no Tempo e no Espaço. 
DIREITO PENAL I - CCJ0007 
Título 
Validade e Eficácia da Lei Penal no Tempo e no Espaço. 
Número de Aulas por Semana 
Número de Semana de Aula 
5 
Tema 
Validade e Eficácia da Lei Penal no Tempo e no Espaço. 
Objetivos 
Ao final da aula o aluno deverá ser capaz de: 
 Identificar os conflitos de leis penais no tempo e no espaço. 
 Estabelecer a aplicabilidade das Normas jurídico-penais no tempo e no espaço e suas limitações 
constitucionais. 
Reconhecer a necessidade de criação de normas penais excepcionais e temporárias e sua aplicabilidade. 
Estrutura do Conteúdo 
A matéria desta aula será apresentada com base nos conteúdos estabelecidos pelo Livro Didático de 
Direito Penal no Capítulo 4. Leia-o em momento anterior à sua apresentação pelo professor em sala de 
aula. 
Tópicos: 
Estrutura de Conteúdo 
1.A Lei Penal no Tempo. Vigência e Validade. 
1.1. Atividade e Extratividade da Lei Penal. 
 2.Conflito de leis Penais no Tempo: 
 2.1. Abolitio criminis, Novatio Legis in mellius, Novatio Legis Incriminadora, Novatio Legis in Pejus. 
3.Princípios que regem o conflito de leis penais no tempo: 
 3.1. Princípio da Irretroatividade da Lei Penal Severa 
 3.2.Princípio da Retroatividade da Lei Penal mais Benigna. 
4.Leis Excepcionais e Leis Temporárias. 
 4.1. Conceito. 
 4.2. Distinção 
5. Tempo do Crime: 
 5.1.Teorias: atividade, resultado e mista. 
 5.2.Teoria adotada pelo Código Penal. 
 5.2.Crime Permanente, Continuidade Delitiva e Súmula n. 711, do Supremo Tribunal Federal. 
 - Distinção entre os delitos e o conflito de leis penais no tempo. 
6. A Lei Penal no Espaço. 
 6.1.Validade da Lei Penal 
 6.2. Lugar do Crime. Teorias da ubiquidade. 
 6.3.Conceito de Território Nacional e sua Extensão. 
 6.4.Princípios Delimitadores do conflito de leis penais no espaço: 
 -Territorialidade. 
 -Extraterritorialidade: Incondicionada e Condicionada. 
 - Princípios: defesa, justiça universal, nacionalidade ativa, nacionalidade passiva e representação. 
 6.5.Pena Cumprida no Estrangeiro. 
 
 
Aplicação Prática Teórica 
Caso concreto 
Leia a situação hipotética abaixo e responda, de forma objetiva e fundamentada, às questões 
formuladas: 
No dia 20 de março de 2016, por volta de 23h25min, na Estrada Ademar Ferreira Torres, 230, na cidade 
do Rio de Janeiro, Carlos agindo de forma livre e consciente, mediante grave ameaça exercida por 
palavras de ordem e pelo emprego de arma de fogo, subtraiu , em proveito próprio, coisa alheia móvel, 
consistente em bens de propriedade de Abelardo, dentre os quais um veículo GM Cruze, cor preta, placa 
XYZ 0000, um aparelho de telefone celular e documentos pessoais. Dos fatos, Carlos restou denunciado 
como incurso nas penas do art. 157, §2º, incisos I, do Código Penal, todavia a sentença julgou 
parcialmente procedente a pretensão punitiva estatal e condenou o denunciado Carlos pela prática da 
conduta típica prevista no artigo 157, § 2º-A, do Código Penal por força da alteração legislativa ocorrida 
no referido dispositivo pela Lei n.13.654, de 23 de abril, de 2018. 
Ante o exposto, com base nos estudos realizados sobre lei penal no tempo, responda de forma objetiva e 
fundamentada: a decisão do magistrado ao adotar a nova lei quando da aplicação da sentença está 
correta? 
Questão objetiva. 
Em razão do aumento do número de crimes de dano qualificado contra o patrimônio da União (pena: 
detenção de 6 meses a 3 anos e multa), foi editada uma lei que passou a prever que, e ntre 20 de agosto 
de 2015 e 31 de dezembro de 2015, tal delito (Art. 163, parágrafo único, inciso III, do Código Penal) 
passaria a ter pena de 2 a 5 anos de detenção. João, em 20 de dezembro de 2015, destrói dolosamente 
um bem de propriedade da União, razão pela qual foi denunciado, em 8 de janeiro de 2016, como incurso 
nas sanções do Art. 163, parágrafo único, inciso III, do Código Penal. Considerando a hipótese narrada, 
no momento do julgamento, em março de 2016, deverá ser considerada, em caso de condena ção, a pena 
de: 
 A) 6 meses a 3 anos de detenção, pois a Constituição prevê o princípio da retroatividade da lei penal 
mais benéfica ao réu. 
B) 2 a 5 anos de detenção, pois a lei temporária tem ultratividade gravosa. 
C) 6 meses a 3 anos de detenção, pois aplica-se o princípio do tempus regit actum (tempo rege o ato). 
D) 2 a 5 anos de detenção, pois a lei excepcional tem ultratividade gravosa. 
Procedimentos de Ensino 
Na presente aula estudaremos a validade da lei penal no tempo e no espaço. Desta forma, bus caremos 
responder às seguintes questões: qual a lei penal vigente ao tempo do fato punível? Caso essa tenha 
sido revogada, qual será a lei aplicável ao caso concreto? No caso de sucessão de leis penais no tempo e 
consequente conflito, quais princípios solucionarão o conflito? Com relação à lei penal no espaço, 
questionaremos a validade da lei penal brasileira e seu limite territorial a crimes praticados não apenas no 
território nacional, como também as situações nas quais a lei penal brasileira será aplicad a a estrangeiros 
ou aos casos praticados fora do território nacional. 
Em relação à lei penal no tempo, a regra geral estabelece que se aplica a lei vigente à época da prática 
da conduta, sendo, desta forma, a irretroatividade da lei penal incriminadora a regra. Entretanto, a lei 
penal pode ser dotada de Extratividade (capacidade da lei para regular fatos fora do seu período de 
vigência), nos casos de Retroatividade da lei penal ( aplicação da nova lei, não existente à época da 
conduta, mas que retroage em benefício do réu) e Ultratividade (aplicação de lei penal já revogada, 
entretanto benéfica ao réu e que era vigente à época do fato). A lei excepcional ou temporária, prevista no 
art.3º, do Código Penal, apresenta-se como exceção à estas regras. 
Podemos elencar como situações ensejadoras de conflito de leis penais no tempo e respectivos princípios 
solucionadores: (a) Abolitio criminis, art.2º, CP – princípio da retroatividade da lei penal; (b) Novatio legis 
in mellius, art.2º, parágrafo único, CP princípio da retroatividade da lei penal; (c) Novatio legis 
incriminadora – princípio da irretroatividade da lei penal; (d) Novatio legis in pejus - princípio da 
irretroatividade da lei penal. 
Com relação à lei penal no espaço, estudaremos os conceitos de territoria lidade e extraterritorialidade, 
incondicionada e condicionada, bem como os princípios norteadores dos referidos conflitos: 
personalidade ou nacionalidade, domicílio, defesa, real ou proteção e princípio do pavilhão, bandeira, 
representação. 
Recursos Físicos 
Material didático customizado da instituição para a disciplina; quadro branco; flip chart; computador 
desktop/notebook; aparelhos celulares; projetor de imagem, data-show; aparelhos de DVD, CD e tablet; 
conexão wifi, Biblioteca Virtual, periódicos e artigos científicos. 
Avaliação 
A avaliação terá como premissa a resolução dos casos concretos constantes no plano de aula, ou seja, 
sua entrega tempestiva, participação no debate acerca do tema em sala de aula e, posterior 
aperfeiçoamento mediante a correção apresentada em sala pelo docente e, necessariamente, citações de 
doutrina e/ou jurisprudência pertinentes aos casos. 
 Seguem, abaixo, sugestões de temas/respostas a serem abordados pelo discente ao solucionar os 
casos concretos propostos. 
Caso concreto. 
Sugestão de gabarito. 
O caso concreto tem por elemento de discussão as teorias acerca do tempo do crime, conflito de leis 
penais no tempo e respectivas teorias a serem aplicadas. 
Cabe salientar que, o art.157, § 2º - A I, do Código Penal, que estipula fraçãode 2/3 para incidência de 
causa de aumento de pena em decorrência do emprego de arma de fogo, por conter fração mais gravosa 
do que a anteriormente prevista apenas pode ser apl icada para fatos praticados após a sua vigência, o 
que não se aplica ao caso concreto em análise. Neste sentido, vide decisão proferida pelo TJRJ 
(Apelação Criminal n.0027936-94.2016.8.19.0014. Sétima Câmara Criminal, Des(a).Siro Darlan de 
Oliveira, julgamento em 17/07/2018). 
 
 Questão objetiva: Letra B. (XIX Exame Unificado OAB. 1ª Fase) 
 
Considerações Adicionais

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