A_autonomia_tao_pretendida_por_Piaget

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Profa. Dra. Luciene Regina Paulino Tognetta
lrpaulino@uol.com.br
A autonomia tão pretendida por Piaget
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O pesquisador otimista ...
Sua preocupação :
“comment faire de l’enfant
 un adulte?” e
 “comment faire 
de l’enfant un adulte 
qui aspire a la dignitée 
d’homme? (1930, 1931).
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O princípio é o espírito do obedecer – por quê obedeço? Para Kant: 
Agir por dever – reconheço e legitimo o princípio independente de alguém mandar.
Agir segundo o dever - o dever está prescrito por alguém. Se este não estiver vendo... 
Heteronomia ou Autonomia?
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Heteronomia X Autonomia 
há a conservação dos valores - apesar das mudanças de contextos e da presença de pressões sociais - permamanece, na prática, fiel ao valor a si e ao outro. 
o heterônomo: tem as regras em função da autoridade e não dos princípios. 
Não coordena possibilidades, ações, desejos de si e do outro. 
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A autonomia é...
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O “princípio” maior pelo qual se chega à autonomia
É pela ação do sujeito, por um processo de autorregulação. 
 Capacidade capaz de “modificar e de enriquecer seu programa inicial por diferenciação, multiplicação e coordenação dos objetivos a atingir e integração dos subsistemas num sistema total” (Piaget, 1976, p. 27). 
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AÇÃO FÍSICA 
AÇÃO MENTAL 
RECONSTITUIÇÕES 
ANTECIPAÇÕES 
COMPARAÇÕES 
ESCOLHAS (PERMITEM DECISÕES )
GENERALIZAÇÕES
TOMADA DE CONSCIÊNCIA 
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Então, como temos formado para a autonomia em nossas escolas atuais?
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O que podemos fazer?
1- As crianças podem expressar o que sentem. 
2- O professor precisa ajudá-las a transformar suas raivas em palavras. Isso é o trabalho com afetividade na escola. “Diga com palavras o que você sente”.
3- Os castigos e as punições são pensados como formas de pagar as dívidas, mas resolvem apenas momentaneamente porque as crianças estarão livres depois de pagar, para cometer novamente. 
4- Consequência do castigo: 
	- a pessoa se rebelar. 
	- a pessoa pode conformar
	- a pessoa calcula o risco de ser pega. 
5- As pessoas submetidas ao autoritarismo de seus pais ou professores agirão ou de forma impositiva ou de forma a se submeter. 
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O que torna alguns adultos moralmente autônomos? É preciso que o adulto faça a criança entender o porque de seus ações. 
Uma forma de resolver os conflitos sem bater será validada para as crianças em outras situações. 
O prêmio é tão ruim quanto o castigo porque ensina a criança a obedecer o outro por troca. E não porque ela se controlou ou se autorregulou. 
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Então, o que fazer ? (os textos que lemos)
Dar a oportunidade para a criança resolver os seus conflitos. 
Normalmente, desconsideramos muito os sentimentos das crianças. Por isso, é preciso reconhecer os sentimentos das crianças. 
Quando a criança quebra ou danifica algo é preciso que ela repare o erro e não seja castigada. 
Como é reparar o erro? – é preciso que a criança seja convidada a refazer o que errou – limpar se sujou, devolver se pegou algo.... 
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Impossível evitar as punições – mas é preciso que a criança compreenda o que ela precisa fazer para mudar. 
As correções para Piaget chamam-se sanções por reciprocidade. 
As regras só são importantes se partem de uma necessidade. 
As consequências do castigo e das punições: 
Cálculo de risco
Conformidade cega
Revolta ou rebeldia
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As crianças precisam de muitas oportunidades para pensar e se controlar. 
A escola normalmente almeja pela autonomia mas não trabalha para ela. A conquista da autonomia se dá pela cooperação. 
A criança que não tem medo de ser punida não tem medo de reparar o erro. 
É preciso ter uma vida espontânea pela criança: a criança precisa ter liberdade para escolher, para tomar decisões, para fazer seus trabalhos em grupo.
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Bater numa criança é ensiná-la a usar o mesmo recurso para resolver seus problemas com outras pessoas. 
O tempo que o professor “perde” resolvendo os conflitos.
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