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FCL/UNESP/ PEDAGOGIA História da Educação III - 2015 Responsável: Profa. Dra. Rosa Fátima de Souza � Unidade I – A educação no Brasil na Primeira República Os republicanos e os ideais liberais de educação As primeiras reformas da instrução pública em São Paulo no período republicano: referência nacional Organização e expansão da educação no Brasil na Primeira República Os republicanos e os ideais liberais de educação Papel social e político da escola pública primária: - Promover o progresso e o desenvolvimento social e econômico do estado de São Paulo e do país. Manter a nova ordem social – o regime republicano. Disciplinar a classe trabalhadora. Nacionalizar o imigrante. - Disseminar valores cívicos e patrióticos A educação brasileira na Primeira República As primeiras reformas da instrução pública em São Paulo no período republicano: referência nacional Reforma da Escola Normal – centralidade da formação de professores: formação enciclopédica e pedagógica dos professores primários. Criação da Escola Modelo: escola primária para a prática de ensino dos alunos-mestres da Escola Normal. Aprendizagem pelo modelo. Prática dos renovados processos de ensino. Dualidade na formação de professores: escolas normais e escolas complementares. Escolas Normais Oficiais e Escolas Normais Livres (particulares) Renovação da Escola Primária: (i) Ampliação das finalidades e dos programas (14 matérias) (ii) Diferentes tipos de escolas (grupos escolares, escolas reunidas, escolas isoladas) (iii) Renovação didática – METODO INTUITIVO (iv) Expansão rápida, porém com dificuldades para a universalização. (v) Criação dos grupos escolares (tipo de escola graduada no Brasil) Características da organização das escolas graduadas (Grupos Escolares) Classificação dos alunos por nível de conhecimento – sistema rígido de exames Divisão do trabalho docente: cada professor uma série, uma classe. Edifício-escola com várias salas de aula e vários professores; * Ensino simultâneo; Racionalização administrativa e didático-pedagógica (padronização e uniformização); Diretor – controle sobre os professores e alunos; Organização didático-pedagógica; Jornada escolar (ordenação temporal – horário) Plano de estudos – racionalização curricular: distribuição do conhecimento por séries, unidades, lições. * Currículo: ênfase na educação moral e cívica – articulação do currículo com a “invenção de tradições”, isto é, relação com os elementos simbólicos de legitimação do Estado-nação: festas escolares, culto aos símbolos nacionais (hinos, bandeira), comemoração das datas nacionais.) Escolas isoladas: “um mal necessário”: Um professor ensinando simultaneamente alunos com diferentes níveis de adiantamento (várias classes/ séries numa mesmo espaço – escola/sala de aula) Localizadas nos bairros populares, distritos e zona rural Uma escola de ausências (provimento de professores, prédio para funcionamento da escola, material didático e mobiliário, vencimentos mais baixos) Escolas Reunidas Reunião de escolas em um mesmo prédio mantendo cada sala a orientação dada pelo respectivo professor, sem organização comum que lhes desse um cunho geral de unidade. Organização e expansão da educação no Brasil na Primeira República Características gerais: a) Ausência de uma política nacional de educação. b) Criação de órgãos de controle e inspeção da administração escolar Em nível federal: Secretaria de Estado dos Negócios da Instrução Pública, Correios e Telégrafos (1890) ligada ao Ministério da Justiça e Negócios Interiores Em nível estadual: Inspetoria Geral de Instrução pública seção vinculada às Secretarias do Interior. c) Ensino primário: diferenciação entre escolas urbanas e escolas rurais d) Ensino normal: escolas de formação geral e) . Escola técnico-profissional: Parte do nível médio. Objetivo expresso de atender as demandas das classes populares – os pobres, desvalidos, órfãos e desfavorecidos de fortuna. Plano de assistência para atender aos necessitados. Organizada em 3 ramos: o industrial, comercial e agrícola. Total de unidades em 1929 = 534 unidades sendo: 58 federais 25 estaduais 10 municipais 441 particulares Tabela 1 –Situação do Ensino Técnico-Profissional no Brasil na Primeira República Tipo de Escolas Número de Escolas Matrícula Geral Alunos Feminino Masculino Agrícolas 36 2.530 8 2.522 Artístico-industriais 151 21.052 7.688 13.364 Comerciais 281 23.477 17.501 5.976 f) Escola Secundária: diferenciação social e caráter propedêutico Tabela 2 - Situação do Ensino Secundário no Brasil na Primeira República Unidades Escolares Matrícula Geral Federais Estaduais Municipais Particulares 1907 - - - - 30. 426 1929 6 24 10 1.090 83.190 Tabela 3 – Matrícula no Ensino Secundário no Brasil na Primeira República Ano Escolas Públicas Escolas Particulares Masculino Feminino Masculino Feminino 1907 3.503 434 19.910 6.579 1929 7.717 1.284 50.956 23.233 Fonte: Anuário do Ministério da Educação e Saúde Pública. Cf. Nagle, Jorge. A Educação na Primeira República, 1985, p. 281 Ensino superior: criação da Universidade do Rio de Janeiro (1920), a partir da reunião de três faculdades tradicionais: Escola Politécnica, Medicina e Faculdades Livres de Direito. 1927 – Criação da Universidade Federal de Minas Gerais reunindo a Faculdade de Direito, de Engenharia, de Medicina e Escola de Odontologia e Farmácia existentes em Belo Horizonte. Expansão do Ensino superior Tabela 4 - Situação do Ensino Superior no Brasil na Primeira República Classificação Ensino Superior Matrícula Geral Conclusão de Curso Unidades Escolares Federal Estadual Municipal Particular Ensino especiali-zado superior 32.192 4.651 20 13 7 238 Ensino superior geral 13.239 (371 mulheres) 1.683 10 15 2 61 Ensino Superior Especializado: agronomia e veterinária, comercial, eclesiástico, militar e artístico-liberal (arte dramática, belas-artes, música) Ensino Superior geral: cursos jurídicos, médico-cirúrgico e farmacêutico, filosófico literário e o politécnico. (Cf. Nagle, p. 281). _______________________________________________________ Síntese elaborada com base no texto de NAGLE, Jorge. A Educação na Primeira República. In: FAUSTO, Boris (org.). História Geral da Civilização Brasileira. T. III, v. 2, São Paulo: Difel, 1977.
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