Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
MECÂNICA DOS FLUIDOS UNIDADE 04: Introdução à transferência de calor Seção 02: Introdução à trocadores de calor Prof. MSc. Álvaro Cordeiro Faculdade Pitágoras CALOR U4S2 - Introdução à trocadores de calor Trocadores de calor Os trocadores de calor são equipamentos utilizados para promover a transferência de calor entre fluidos, a diferentes temperaturas, que se encontram separados por uma parede sólida. Os trocadores de calor são classificados basicamente de acordo com o arranjo do escoamento e o tipo de construção. O tipo de trocador mais simples, mostrado na Figura abaixo, é o de tubos concêntricos, também chamado de bitubular. Distribuição de temperaturas em um trocador de calor de correntes paralelas e correntes opostas: ΔTMax (TEQ) (TSQ) (TSF) (TEF) (TEQ) (TSQ) (TEF) (TSF) TEQ TSQ TSF TEF TEQ TSQ TEF TSF TEQ TEF ΔTMin TSQ TSF TEQ TSF TSQ TEF ΔTMax ΔTMin Onde para correntes paralelas o ΔTMax será a diferença entre as temperaturas de entrada quente e fria (TEQ – TEF) e ΔTMin será a diferença entre as temperaturas de saída quente e fria (TSQ – TSF) e para correntes opostas o ΔTMax será a diferença entre as temperaturas de saída quente e entrada fria (TSQ – TEF) e ΔTMin será a diferença entre as temperaturas de entrada quente e saída fria (TEQ – TSF). Média Logarítmica das Diferenças de Temperatura (MLDT): Como a variação de temperatura ao longo do trocador não é linear, para o cálculo do MLDT usaremos uma média logarítmica que será o quociente da diferença da temperatura Máxima e Mínima pela razão logarítmica dessas temperaturas. Ex2: Num trocador de calor bitubular onde o fluido quente entra a 900 °C e sai a 600 °C e o fluido frio entra a 100 °C e sai a 500 °C, qual o MLDT para: a) correntes paralelas; b) correntes opostas. a) Paralelas b) Opostas MLDT T TT T = -D D D D max min max min ln TEQ E Q TEF TSF TSQ SFSQMin EFEQMax T-TT T-TT :Paralelas Correntes =D =D SFEQMin EFSQMax T-TT T-TT :Opostas Correntes =D =D SFSQMin EFEQMax T-TT T-TT :Paralelas Correntes =D =D SFEQMin EFSQMax T-TT T-TT :Opostas Correntes =D =D TEQ E Q TEF TSF TSQ Outro tipo de trocador de calor comumente encontrado na indústria é o trocador de casco e tubo. Existem inúmeras configurações desses trocadores, e a principal variável é o número de passes no casco e nos tubos, sendo comum encontrarmos trocadores de calor com dois passes no casco e com dois ou quatro passes nos tubos. Análise de trocadores de calor Uma parte essencial da análise de qualquer trocador de calor é a determinação do coeficiente global de transferência de calor (U). O coeficiente global é definido em termos da resistência térmica total para a transferência de calor para dois fluidos. Iniciando os cálculos para o projeto ou análise de desempenho de um trocador de calor, é essencial relacionarmos a taxa total de transferência de calor a grandezas, tais como as temperaturas de entrada e saída do fluido, o coeficiente global de transferência de calor e a área total da superfície para a transferência de calor. Balanço Térmico ou Taxa de Transferência de Calor em Trocadores (qT): Considerando-se que a transferência de calor entre o trocador e sua vizinhança é desprezível, assim como as variações de energias potencial e cinética do fluido, a aplicação da equação de energia em um escoamento em regime estacionário, para o caso em que os fluidos não sofrerem mudança de fase e forem considerados com calores específicos (cp) constantes, temos que a equação da energia para o fluido frio e o fluido quente é dada por: quando fluido entra Q e sai F onde: quando fluido entra F e sai Q Em que “qT” é o balanço térmico (ou taxa total de transferência de calor em um Trocador de Calor) entre os fluidos quente e frio (dado em W); “m” é a massa em vazão do fluido (dado em Kg/s) e “cp” é o calor específico à pressão constante que depende do fluido que troca calor (dado em J/Kg°C). Calor específico é uma grandeza física intensiva que define a variação térmica de determinada substância ao receber determinada quantidade de calor. Também é chamado de capacidade térmica mássica. Tcmq pT D= .. )( SE TTT -=D Coeficiente Global de Transferência de Calor (U): Tal expressão seria uma extensão da Lei de Newton do resfriamento, com o coeficiente global de transferência de calor (sendo) “U” utilizado em lugar do único coeficiente de convecção “h”. Entretanto, uma vez que (e) ∆TM a variação de temperatura de acordo com o tamanho do trocador de calor, é necessário trabalhar com a (então) equação do coeficiente global fica da seguinte forma: onde “∆Tm” é a diferença de temperatura média apropriada que será exatamente a Média Logarítmica das Diferenças de Temperaturas (ou o MLDT), então concluímos que o Coeficiente Global de Transferência de Calor em um trocador de Calor será: Ex3: Ar escoa por um trocador de calor com uma vazão em massa de 10 kg/s. O ar entra no trocador de calor com uma temperatura de 27°C e sai com uma temperatura de 100°C. Para um escoamento em regime estacionário, considerando o calor específico do ar constante igual a 1,007 kJ/kg°C, a taxa total de transferência de calor é de aproximadamente: a) 612 kW. b) 735 kW. c) 844 kW. d) 923 kW. e) 1001 kW. Ex4: Em um trocador de calor bitubular 0,15 kg/s de água (cp = 4,181 KJ/kg°C) é aquecida de 40°C para 80°C. O fluido quente é óleo e o coeficiente global de transferência de calor para o trocador é de 250 W/m2°C. Determine a área de troca, se o óleo entra a 105°C e sai a 70°C. CMLDTMLDT CT CT T T TTM Min Max Min Max MinMax °=\ ÷ ø ö ç è æ - = °=-=D °=-=D ÷÷ ø ö çç è æ D D D-D = 42,27 25 30ln 2530 2580105 304070 ln LDT :MLDT do Cálculo TEQ 105 TEF 40 TSF 80 TSQ 70 TEQ EQ TSQ TSF TEF CmWU CkgJcCkgKJc skgm pp OH °= °=\°= = ²./250 /4181/181,4 /15,0 :Dados 2 ).( M T TA qU D = ).(MLDTA qU T= Lei de Newton do Resfriamento: qc = h . A . (Ts – Tꚙ) Substituindo h por U e (Ts – Tꚙ) por DTM temos: qT = U . A . DTM, então:
Compartilhar