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Resumo Parasitologia - Hemoparasitas; T. gondii; T. cruzi; Leishmania; Giardia Lamblia

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Resumo Parasitologia – 2° Bimestre
Erlichiose:
A Ehrlichia canis é um microrganismo intracelular obrigatório, Gram-negativo, pertencente à família das Rickettsiaceae. Este tipo de rickettsia acomete os canídeos, equídeos, ruminantes, homens e raramente os felinos. O ciclo de vida deste microrganismo não está totalmente descrito, mas sabe-se que em artrópodes, as riquétsias se replicam nas células epiteliais do intestino antes de espalhar-se para outros órgãos, incluindo glândulas salivares e ovários, onde pode ocorrer replicação posterior. Sabe-se que este microrganismo parasita principalmente os leucócitos onde ocorre sua replicação.
A Erlichia pode ser transmitida também via transfusão sanguínea e via transplacentária;
O parasita faz com que as hemácias se tornem um “corpo estranho” para o organismo do hospedeiro, causando uma reação autoimune chamada de anemia hemolítica;
Pode ser classificada em dois tipos: Erlichiose Granulocítica (geralmente causada pela E. ewingii) - acomete Macrófagos, Monócitos Neutrófilos e Plaquetas ou ainda Erlichiose Monocítica (geralmente causada pela E. canis) - que acomete apenas os Monócitos;
A Erlichia é espécie específica: 
Erlichia canis: canídeos transmitida pelo carrapato Rhipicephalus sanguineus sanguineus;
A Ehrlichia risticii e a E. equi acometem os equídeos e a E. bovis acomete os bovinos;
Anemia Infecciosa Felina (Hemobartonelose):
A anemia infecciosa felina também chamada hemobartonelose felina, que é causada pela Haemobartonella felis. O patógeno é encontrado na superfície das hemácias. A transmissão é feita pele picada de artrópodes (pulgas e carrapatos) infectados. A transmissão por via transplacentária e por meio de mordeduras e arranhaduras de outros gatos que sejam portadores do microrganismo vem sendo relatadas. Os gatos que possuem a doença apresentam um quadro de anemia e imunossupressão severas devido a destruição maciça das células sanguíneas, principalmente no que tange as hemácias. 
Babesiose:
A Babésia um protozoário transmitido por carrapatos de diferentes espécies. É um parasita intracelular obrigatório. 
Ciclo Biológico: A transmissão de vertebrado a vertebrado é através da inoculação da babésia pelo carrapato. Inoculado os esporozoítos por meio da picada do carrapato infectado, eles entram na corrente sanguínea e penetram nas hemácias. Os esporozoítos se transformam em trofozoítos e por divisão binária originam os merozoítos. A hemácia acaba por se distender e arrebentar, liberando os merozoítos que infectam novas células. O carrapato se infecta ao ingerir o sangue do hospedeiro infectado. Ao sugar o sangue o carrapato ingere trofozoítos, merozoítos e gametócitos, porém somente os gametócitos sobrevivem no trato gastrointestinal. Aí o gameta masculino fecunda o feminino, dando origem a um zigoto móvel, capaz de migrar para a corrente circulatória, se desenvolvendo em oocineto. Os oocinetos vão se encistar e se reproduzir por esquizogonia (fase assexuada), dando origem a esporozoítos que migram para as glândulas salivares. Os esporozoítos maduros infectantes são liberados no hospedeiro vertebrado juntamente com a saliva no ato da picada.
Existe a transmissão transovariana do carrapato para a sua progênie que pode persistir por várias gerações. As ninfas já nascerão infectadas.
Existem diferentes espécies de Babésia a Babesia bigemina e a Babesia bovis acomentem bovinos e são transmitidas pelo carrapato Rhiphicephalus microplus. A B. motasi, B. ovis afetam bovinos e caprinos; A B. canis e a B. gibsonii infeta os caninos; A B. equi e a B. caballi parasitam equinos.
Anaplasmose:
 Agente etiológico: A Anaplasma marginale, é uma rickettisia (bactéria Gram-negativa, intracelular) que faz multiplicação nas células do epitélio intestinal do carrapato e este pode infectar-se em qualquer estágio.
Vetor: Rhiphicephalus (Boophalus) microplus;
 Hospedeiros: Acomete principalmente os bovinos, mas, pode acometer canídeos e equídeos;
 CICLO BIOLÓGICO: A transmissão é feita pela picada do carrapato ou mecânica, por meio de seringas hipodérmicas ou instrumentos cirúrgicos contaminados. No sangue, o organismo penetra no eritrócito, forma um vacúolo e divide-se por divisão binária, formando um corpúsculo de inclusão. Saem das hemácias e penetram em outras promovendo uma intensa anem ia. Os eritrócitos parasitados são ingeridos pelo carrapato e transmitidos para outros bovinos, ou através de utilização entre os animais de material contaminado como seringas e/ou material cirúrgico.
 Juntamente com a Babesiose a Anaplasmose forma uma enfermidade chamada de Tristeza Parasitária Bovina.
A Anaplasma marginale acomete predominantemente os bovinos. Já os cães são infectados pelo Anaplasma platys e o Anaplasma phagocytophilum afeta os equinos.
Toxoplasma gondii
Ciclo Biológico:
1. Oocistos não esporulados são eliminados nas fezes do gato infectado, e leva 1 a 5 dias para esporular no meio ambiente e tornar-se infectante.
2. Animais como roedores, aves, outros mamíferos não felinos e o próprio homem ao ingerir água ou alimentos contaminados pelos oocistos esporulados se infectam.
3. Os esporozoítos que estão dentro dos oocistos são liberados através da ação do suco gástrico que destrói o envoltório do oocisto. Livres os esporozoítos transformam-se em taquizoítos que têm um forte tropismo por células epiteliais do intestino.
4. Na tentativa de esconder-se do sistema imune os taquizoítos têm uma reprodução rápida e passam rapidamente pelo intestino e penetram vários tipos de células, exceto hemácias. Por esquizogonia os taquizoítos proliferam-se até romper a célula infectada.
5. Os parasitos que resistiram aos ataques do sistema imune agora evoluem para a formação de cistos (bradizoítos), consequentemente reduzindo a sintomatologia. Caracterizando a fase crônica da doença.
No hospedeiro humano, os parasitas formam cistos nos tecidos do músculo esquelético, miocárdio, cérebro e olhos. Estes cistos podem permanecer durante toda a vida do hospedeiro.
6. A fase sexuada somente ocorre no intestino de gatos jovens, os hospedeiros definitivos. Que ao realizar a predação consome o bradizoíto presente na musculatura do animal predado. Os bradizoítos ao penetrarem o epitélio intestinal do gato multiplicam se (esquizogonia) dando origem a vários merozoítos.
7. O rompimento da célula parasitada libera os merozoítos que infectam novas células epiteliais e então se transformam nas formas sexuadas masculinas e femininas. Após o processo de maturação as formas masculinas são as únicas que ganham mobilidade.
8. A forma masculina vai ate a feminina que está dentro da célula e a fecunda formando o ovo. Que evolui dentro do epitélio formando uma parede externa dupla (o oocisto). Após alguns dias a célula se rompe liberando o oocisto imaturo que é eliminado junto com as fezes do gato.
* A Toxoplasmose é teratogênica pode ser transmitida via transplacentária. 
Trypanossoma Cruzi
Ciclo Biológico:
O Barbeiro (Rhodnius prolixus) infectado transmite em suas fezes a forma tripomastigota (infectante flagelada) que entra no hospedeiro pelo local da picada do inseto hematófago – nesse local forma-se o Chagoma de inoculação caracterizado por vermelhidão e prurido. Na corrente sanguíneo do hospedeiro, o parasita invade células musculares ou é fagocitado, no ambiente intracelular assume a forma Amastigota (que evade dos fagolisossomos e consegue se multiplicar). Quando a célula rompe, são liberados Tripomastigotas (forma flagelada) que vai então infectar novas células ou ser sugada pelo inseto hematófago (triatomíneo), fechando o ciclo de transmissão.
O agente causador é um protozoário, o Tripanossoma cruzi, e o vetor é um inseto triatomíneo que originalmente vive em palmeiras, como a de Açaí, em regiões de floresta nativa. A expansão do homem sobre as matas levou a uma domesticação do vetor e seu contato com o homem, possibilitando a transmissão. Esses insetos podem ter como habitat artificial as frestas de casas de pau a pique, muitocaracterísticas da zona rural e interior das regiões Norte e Nordeste.
Hoje em dia, houve uma melhora significativa das moradias, informação da população e combate ao vetor, por isso a forma mais comum de se contrair Chagas nos últimos anos é por via oral (vou explicar mais a frente) e não mais pela transmissão pelo barbeiro.
Outras formas de aquisição da doença:
Oral: grande causadora de Chagas Agudo, ocorre quando o vetor silvestre é processado com alimentos, como Açaí não pasteurizado. Nesse caso, há inoculação de grandes quantidades de parasitas;
Transfusão sanguínea; transplantes;
Vertical: durante a gravidez.
Leishmaniose (Leishmania donovani e Leishmania braziliensis)
Leishmania donovani Leismaniose Visceral;
Leishmania braziliensis Leishmaniose tegumentar;
Vetor: Lutzomya longipalpis (Mosquito-palha);
Ciclo no vetor:
Quando o mosquito pica um indivíduo infectado ou um hospedeiro reservatório aspira macrófagos parasitados ou amastigotas livres no sangue ou mesmo em tecidos. As amastigotas, ao atingirem o intestino médio do inseto, se transformam em promastigotas. Estas formas flagelas, após rápida multiplicação, se convertem nos promastigotas infectantes e migratórios. Do intestino anterior são regurgitadas ou introduzidas na pele do próximo hospedeiro quando o inseto toma uma nova refeição de sangue.
Ciclo no vertebrado:
1.Durante o repasto sangüíneo, a fêmea do flebotomíneo introduz formas promastigotas metacíclicas no local da picada;
2.Promastigotas são interiorizadas por macrófagos teciduais;
3.Promastigotas se transformam em amastigotas;
4.Inicia-se o processo de reprodução no interior do vacúolo parasitóforo;
5.Rompimento do macrófago e liberação dos parasitas no interstício;
6.Parasitas são fagocitados por novo macrófago;
7. Macrófagos parasitados podem ser ingeridos pela fêmea de flebotomíneo durante o repasto sanguíneo;
8.No estômago do inseto, macrófago se rompe liberando amastigotas. Transformação dos amastigotas em promastigotas, que se dividem por divisão binária;
9.Promastigotas migram para o intestino e colonizam as regiões do piloro e íleo, transformando-se em promastigota;
10.Paramastigotas se aderem ao epitélio e se reproduzem. Transformação em promastigota e migração para o estômago, e em seguida para a faringe do inseto (promastigotas metacíclicas);
A prevenção da doença consiste na proteção contra as picadas dos insetos, fazendo uso de repelentes de insetos, roupas adequadas, telas nas aberturas e mosquiteiros ao redor das camas. E ainda, o uso de inseticidas para diminuir a população de mosquitos.
 Evasão a resposta imune do hospedeiro: A Leishmania pode suprimir a produção de oxidantes (“burst respiratório”) ou de citocinas como IFN- e a IL-12;
 O IFN- e a IL-12 são essenciais para ativação de uma resposta mediada por Linfócitos Th1 que é eficaz contra parasitas intracelulares. Porém, uma deficiência na produção destas citocinas provoca equivocadamente uma Resposta Imune Humoral (anticorpos) que não é capaz de combater parasitas intracelulares.
Giardia Lamblia
HOSPEDEIROS: Homem, cão, caprinos, bovinos.
Ciclo Biológico:
A contaminação se dá através da ingestão de alimentos ou água contaminados com a forma cística. No intestino ocorre a liberação dos trofozoítos que se multiplicam por fissão binária, algumas formas se encistam na mucosa do intestino e evoluem até cisto que é eliminado com as fezes e que resistem às condições adversas do ambiente. O cisto no duodeno após divisão binária dá origem a dois trofozoítos. Os trofozoítos fixam-se nas células do intestino, se encistam, amadurecem e, após, os cistos são eliminados para a luz do intestino por onde vão ao meio exterior com as fezes.
 O trofozoíto (forma adulta) é móvel e possui de 6 a 8 flagelos;
 O parasita provoca uma grave inflamação na mucosa do intestino provocando diarreia intensa e consequente desidratação importante, que pode levar à morte se não tratada corretamente.

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