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* RECEPTORES DE LINFÓCITOS TEORIA DA SELEÇÃO CLONAL FACIMPA - 2011 * Especificidade O SI detecta diferenças no “formato” entre os inúmeros antígenos e responde (ou não) a cada um deles. A ligação entre um anticorpo e um antígeno assemelha-se a um “encaixe”. As células do Sistema Imune que tem a propriedade de identificar e “encaixar” os antígenos são os linfócitos T e B. * Receptores que reconhecem antígenos Linfócitos B: os receptores são anticorpos que o linfócito expressa na sua superfície (SIg). A especificidade deste anticorpo é a mesma dos anticorpos que serão produzidos e secretados por este linfócito posteriormente. Linfócitos T: possuem receptores na superfície que reconhecem o antígeno e são chamados TCR. * Linfócito B com SIg Linfócito T com TCR IgD ou IgM * Para que serve o anticorpo (SIg) na superfície do linfócito B? Serve para “reconhecer” o antígeno. Os SIg podem ser da classe IgD ou IgM. O antígeno se liga ao Fab do SIg. Todos os SIg de um linfócito B tem Fabs idênticos. Cada linfócito B é capaz de reconhecer apenas 1 antígeno (cada célula é específica para um antígeno). * O que é TCR? TCR quer dizer “receptor de linfócito T” É ele que “reconhece” o antígeno, ou seja, é ele que se liga ao antígeno na superfície da célula. De forma similar ao anticorpo, a ligação do TCR com o antígeno é específica. De forma similar ao anticorpo o TCR é formado de 2 cadeias polipeptídicas paralelas com uma parte variável e outra constante. * Membrana do linfócito T * Reconhecimento do antígeno pelo linfócito T célula Linfócito T SINAPSE IMUNOLÓGICA TCR antígeno MHC * Fases da Resposta Imune Reconhecimento de antígeno Ativação de linfócitos específicos para aquele antígeno Proliferação dos linfócitos ativados Eliminação do antígeno Declínio * Teorias para a especificidade 1950: 2 teorias para explicar a grande diversidade de anticorpos produzidos. 1. instrutiva: o antígeno seria um molde sobre o qual os anticorpos se dobravam e adquiriam uma configuração complementar. 2. seletiva: anticorpos de todas especificidades seriam produzidas em pequenas quantidades antes de qualquer contato com o antígeno. Após o contato seriam selecionados aqueles adequados ao antígeno e reproduzidos em larga escala. * Teoria da Seleção Clonal Mudança conceitual na Imunologia ocorrida a partir da década de 1950. Proposta por Jerne, Burnet e Talmage. Visão “darwiniana” sobre a base molecular da especificidade da resposta imune. Provou ser mais verdadeira que a teoria instrutiva. * SIM ATIVAÇÂO PROLIFERAÇÃO CLONE REPERTÓRIO DE LINFÓCITOS B * Célula de memória * Teoria da Seleção Clonal Postulado 1: Cada linfócito apresenta receptores de superfície com uma única especificidade. (em outras palavras cada linfócito B ou T pode reconhecer apenas 1 antígeno – aquele para o qual seu receptor é específico) * Teoria da Seleção Clonal Postulado 2 Linfócitos T e B de inúmeras especificidades existem antes do primeiro contato com o antígeno. Ou seja, cada pessoa, quando nasce, já possui uma capacidade definida de reconhecer antígenos diferentes. * Teoria da Seleção Clonal Postulado 3: Quando um linfócito “encontra” o seu antígeno acontece a estimulação deste linfócito. Este linfócito prolifera e dá origem a um clone de linfócitos idênticos a ele. Ou: quando há ligação de um antígeno com o receptor específico na superfície do linfócito, este linfócito é estimulado e gera um clone. * Teoria da Seleção Clonal Clones de células B: quando o linfócito B gera um clone e estes amadurecem em plasmócitos ocorre a síntese de grande quantidade de anticorpos. Clones de células T: Os linfócitos T são importantes para ativar e manter uma resposta imune. Cada vez que o antígeno estimula o linfócito T eles secretam citocinas e ativam outras células que tem função importante na eliminação do antígeno. * Teoria da Seleção Clonal Postulado 4: Linfócitos com capacidade de reconhecer antígenos própios devem ser eliminados ou inativados. De fato, linfócitos que expressam receptores que se ligam a antígenos próprios são eliminados. Isto acontece durante as etapas iniciais do desenvolvimento linfocitário. Este postulado é importante porque impede que o SI reaja contra proteínas própias. * * *Prof. Aguinaldo R. Pinto * * Teoria da Seleção Clonal Repertório: é o conjunto de todas as especificidades que uma pessoa pode produzir (geradas por linfócitos B e T). Quando se introduz o antígeno, no repertório do indivíduo deve haver um receptor específico para aquele antígeno. Anti-soro: conjunto de todos os anticorpos específicos para um antígeno, originados de diversos clones. São anticorpos policlonais. Isto acontece porque várias regiões de um antígeno (vários epítopos) podem ser reconhecidos durante uma resposta imune. * Resposta Imune Primária É o tipo de resposta que ocorre quando o SI depara-se pela primeira vez com determinado antígeno. Período de latência: tempo necessário para que o antígeno encontre o linfócito específico para o mesmo, aconteça a ativação do linfócito e a sua expansão. * Resposta Imune Primária Na resposta imune primária o tempo de latência é 7 a 15 dias. Primeiramente o SI produz IgM, mais tarde a IgG e as outras classes de anticorpos. Parte das células ativadas e clonadas são mantidas (“guardadas”) como células de memória pelo Sistema Imune. * Memória imunológica Propriedade compartilhada com o Sistema Nervoso. É a capacidade de recordar contato prévio com uma molécula e responder a este novo contato de forma mais rápida e eficaz. Contatos sucessivos com o mesmo antígeno aumentam a capacidade de resposta do SI. * Memória Imunológica Gerada após o 1º contato com um antígeno (resposta primária), torna as respostas posteriores (resposta secundária) mais rápidas e eficientes. Aperfeiçoa a habilidade do SI para combater infecções que sejam reincidentes. Cada encontro gera mais células de memória. Quanto mais ativada a memória, mais longa e eficaz será a proteção. * Células de Memória Células B de Memória: Muitas residem no interior de folículos linfóides, sobrevivendo durante anos. São ativadas rapidamente quando “encontram” seu antígeno. Quanto ativadas, sofrem ciclos adicionais de multiplicação, gerando mais plasmócitos e mais células de memória. * Células de Memória Células T de Memória: tem marcadores de superfície própios que as diferem das células T “virgens”. São ativadas rapidamente quando “encontram” seu antígeno. tem vida longa. tem capacidade de auto-renovação (podem se dividir, tornando-se permanentes). * Resposta Imune Secundária A produção de anticorpos é mais rápida (tempo de latência é curto, 3 a 5 dias) A quantidade de anticorpos é maior. Aumenta a produção de IgG e IgA. Isto acontece porque as células de memória rapidamente se ativam após o contato com o antígeno. * Memória imunológica Numa resposta primária é preciso que aconteça a ativação da resposta imune a partir de linfócitos “virgens”. Demora mais tempo porque, entre todas os linfócitos do organismo, é preciso encontrar um linfócito que seja específico para aquele antígeno. * Memória imunológica Depois deste primeiro encontro, os linfócitos estimulados se multiplicam e geram clones que são específicos para aquele antígeno. Num segundo encontro (resposta secundária) o organismo já possui vários linfócitos preparados para uma nova ativação. A resposta é mais rápida e mais eficiente. * Resposta Imune Secundária Embora alguns plasmócitos ainda produzam IgM na resposta secundária, a maior parte secreta IgG, IgA e IgE. Plasmóscitos residentes em linfonodos periféricos: produzem IgG. Plasmócitos residentes nas superfícies mucosas: produzem IgA.* IgM IgG IgG IgM Secundária Primária * * Leituras Imunologia – Benjamini – pag 3 Imunologia Ilustrada – Thao Doan – pag 19 - 150-153 Imunobiologia – Janeway – Imunologia Médica Essencial – Imunologia médica – Parslow / Stites – pag 52-53 e 58-59
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