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Imunidade Adaptativa; TCD4 TCD8, Antigeno- anticorpo

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Ana Clara Paiva 
Tutoria 2- Defesa : 
 
1- Caracterizar a Imunidade humoral e Celular e descrever a sua ativação: 
Imunidade célular: 
mecanismo de defesa mediada por determinados subtipos de linfócitos T. esses mecanismos são 
particularmente importantes contra microrganismos intrecelulares e fagocitados e células 
tumorais. 
Célula contra célula. Não são anticorpos mediando os mecanismos efetores de defesa, é uma 
célula do sistema imune atacando uma célula infectada ou danificada. 
É aquela que pode ser conferida a um individuo não imune pela transferência de células de um 
individuo imune, entende-se também como um processo de morte de microrganismos 
estimulada pela fagocitose que sofre mediação dos linfócitos TCD4 
Possuem dois tipos celulares essenciais para a resposta imune celular: TCD4 e TCD8 
Os linfócitos sensibilizados são efetores nos casos de: 
 Hipersensibilidade tardia 
 Rejeição de transplantes 
 Reação do transplante contra o receptor 
 Resistência por parte dos tumores 
 Imunidade contra inúmeros agentes bacterianos e virais ( subprodutos intracelulares) 
Imunidade humoral: 
É uma subdivisão da imunidade adaptativa onda a resposta imunológica é realizada por 
moléculas existentes no sangue ( anticorpos), diferente da celular que é realizada pelos linfócitos 
B e T. 
É importante no combate de mecanismos extracelulares, podendo haver participação de 
mastócitos/ basófilos, com eliminação de grânulos contendo substancias com atividade 
microbiana 
Tipos de imunidade humoral: 
Atividade natural: adquirida através da doença 
Atividade artificial: vacinação 
Passiva natural: passagem de IgG por meio de placenta ( congênita) 
Citoxinas 
Doenças auto-imunes (algumas) 
Certas alergias medicamentosas 
 Ana Clara Paiva 
Passiva artificial: soro contendo anticorpos prontos. 
A imunidade humoral possui 5 passos: 
IgM ( IgM 1 e 2 ) : resposta imune primaria, alto peso molecular, defesa do sangue restrita ao 
espaço inta-vascular 
IgG (1,2,3,4) : transplacentária, presentes no sangue, linfa, LCR, etc ( líquidos) 
IgA (1 e 2) : superfície da mucosa 
IgE : relacionada a alergias, alta afinidade com os receptores dos mastócitos e basófilos 
IgD: é o receptor membranar do linfócito B 
O efeito das Ig´s pode ser benéfico ( proteção contra microrganismos, bactérias, toxinas) ou 
maléfico ( alergias, anafilaxias) 
Os anticorpos podem recobrir certas células ou ainda agirem em conjunto com o sistema 
complemento 
 Desenvolvimento e regulação da resposta imune: 
Quando a resposta imune for humoral ou celular esta se desenvolve em 3 etapas: 
 Fase de reconhecimento ou indução 
 Fase de proliferação clonal 
 Fase efetora 
1. Fase de reconhecimento ou indução : 
Nesta fase o antígeno é pego e carregado pelas APC´s ( macrófagos e dendríticas) que o apresenta 
de uma maneira apropriada aos linfócitos, que possuem receptores na superfície de sua 
membrana, reconhecendo separadamente as estruturas moleculares ( determinantes 
antigênicos) caracterizando os antígeno. 
2. Fase de proliferação clonal: 
Ocorre quando o antígeno reconhecido pelo linfócito especificamente desencadeia a multiplicação 
das células e a síntese de moléculas de reconhecimento como produção de anticorpos pelos 
plasmócitos, e seus receptores específicos na superfície do linfócito T 
3. Fase efetora: 
Corresponde á reação dos anticorpos ou receptores dos linfócitos T com o antígeno neutralizando 
e sua eliminação 
Nessa fase, outras células da linhagem pluripotente podem intervir podendo ocorrer alergias ( 
mastócitos e basófilos) 
Na medida que a resposta imune a um antígeno se desenvolve, diversos mecanismos reguladores 
são desencadeados para evitar que possam prejudicar os receptores. 
# degradação catabólica e eliminação de antígeno 
# inibição da produção excessiva de anticorpos 
# intervenção pelos linfócitos T supressores no desenvolvimento da resposta imune 
Os antígenos pertecem á classe de timo-dependentes e independentes conforme a síntese de 
anticorpos homólogos, necessitando ou não da colaboração de linfócitos T e B. 
Existem também uma colaboração da resposta humoral especifica contra um antígeno, está 
implicada na participação de 2 tipos de TCD4( thelper) 
1. Linfócitos Th específicos a um antígeno com restrição alogênica ( MHC) 
 Ana Clara Paiva 
2. Linfócitos Th anti-idiótipos e suas restrições (MHC 
 
2- Descrever o mecanismo de ação dos linfócitos B e T e explicar como são ativados na 
resposta imune. 
 Linfócito T 
São células efetoras da imunidade celular. Algumas ajudam auxiliando as células B, mas a 
célula T é, majoritariamente, medidora da IMUNIDADE CELULAR. Essas células são 
originalmente produzidas na medula óssea, mas completam seu processo de maturação no timo 
Há diferentes populações de linfócitos T que atuam mediando respostas imunes distintas. 
Enquanto o linfócito TCD8 reconhece antígenos de microrganismos principalmente 
intracelulares, destruindo as células que porventura estejam infectadas. Os linfócitos TCD4 
ativam-se por microrganismos extracelulares e atuam auxiliando outras células efetoras. 
Seus receptores de antígenos são diferentes daqueles dos anticorpos, visto que reconhecem 
APENAS peptídeos antigênicos ligados a proteínas do complexo principal de histocompatibilidade 
(MHC) 
 TCD4: 
Cuja ativação pode se originar o linfócito T auxiliar ou helper (Ta ou Th). 
São células especializadas na secreção de citocinas, que atuam em outras células, tais como 
macrófagos e linfócito B, ativando ou regulando suas funções. 
Além de ativar células B e macrófagos, há ação sobre as próprias células T, estimulando sua 
proliferação e diferenciação. 
 TCD8 
Cuja a ativação pode originar os linfócitos T citotóxicos ( CTL ou Tc) 
Atuam matando células que estejam produzindo antígenos estranhos. Ou seja, células 
infectadas ou danificadas 
Essas células tem a capacidade de destruir outras células, tumorais ou infectadas por vírus. 
CD4 e CD8 são marcadores proteicos presentes na superfície dos linfócitos. Desempenham 
alguns papeis na ativação e função dessa célula. 
 Linfócito T regulador: 
Sua ação é mais inibitória, freando as respostas imunológicas, para que estas não lesem os 
tecidos em consequência de uma intensidade resposta exacerbada, ou fazendo com que as 
respostas deixem de acontecer a partir do momento que não são mais necessárias. 
 
Linfócito T auxiliares CD4+ 
Diferenciação de célula B ( imunidade 
humoral) 
Ativação dos macrófagos ( imunidade mediada 
por célula ) 
Ativação da resposta inflamatória 
Linfócito T citotóxicos CD8+ Morte de células infectadas com vírus, ou 
bactérias ou parasitas intracelulares, ou 
tumorais 
Célula T reguladoras Suprime funções de outra células T ( 
regulação de respostas imunes, manutenção 
da autolerância ) 
 
 Linfócito B: 
 Ana Clara Paiva 
os linfócitos B, quando ativados são as únicas capazes de produzir anticorpos. As células B 
também se originam da medula óssea a partir do precursor linfoide, de onde saem, na sua 
maioria, ainda não completamente maduros, denominados linfócitos B imaturos 
essas células expressam IgM na membrana celular, como receptor de Ig. Apenas após o término 
do processo de maturação, que ocorre em tecidos linfoides secundários, é que aa células B 
tornam-se maduras, passando a expressar IgM e IgD, simultaneamente, com a mesma 
especificidade antegênica. 
Essas células são capazes de reconhecer antígenos e se diferenciar em plasmócitos, que sãoas 
células realmente secretoras de anticorpos, moléculas efetoras da resposta imune humoral. 
Há alguns tipos diferentes de linfócitos B, com funções propriamente distintas. 
 Células B-2 e as células B foliculares; 
Correspondem aos linfócitos B `convencionais`, secretores de anticorpos. 
 Células B da zona marginal e as células B-1 
Expressam receptores de antígeno com menor diversidade e afinidade, e atuam precocemente na 
defesa, em mecanismos de imunidade inata. As células B da zona marginal correspondem a 
uma população de linfócitos B localizados na zona marginal do baço, que produz IgM de baixa 
afinidade em resposta ao antígenos microbianos presentes no sangue . 
Células B foliculares B-2 Produção de anticorpo ( imunidade humoral) 
Células B da zona marginal B-1 Produção de anticorpos naturais ( imunidade 
inata) 
Funções dos linfócitos B : 
Vigilância imunitária 
Após ativação como plasmócitos, produzem anticorpos 
Apresentam receptores de membrana (BCR- B- cell receptor) 
Uma vez que a célula B encontra um antígeno e recebe sinal adicional do TCD4 (th--> célula 
helpe) pode se diferencias em 2 tipos celulares 
 Ativação dos linfócitos 
Os linfócitos T e B são as únicas células capazes de reconhecer e distinguir os determinantes 
antigênicos. Portanto, desempenham o papel de sensores do sistema imune adquirido e, 
também, de mediadores das imunidades humoral e celular. 
Essas células se originam do percursor linfoide, na medula óssea 
Alguns linfócitos terminam seu desenvolvimento e maturação em outros órgãos linfoides. 
Acontece que desenvolvimento e maturação não são iguais a ativação. 
Um linfócito plenamente desenvolvido e maduro ainda não entrou em contato com seu antígeno 
específico. Assim, não iniciou ainda a resposta imune adquirida. 
Esse linfócito é chamado de linfócito naive( linfócito virgem) 
A diferenciação entre linfócitos B imaturos e inativos é feita com base nos tipos de receptores do 
Ag ( anticorpos de membrana) expressos na membrana celular. As células B imaturas são 
aquelas que expressam IgM, mas ainda não expressam IgD, enquanto as maduras, virgens, 
expressam ambas as classes de anticorpos na membrana celular. 
 Ana Clara Paiva 
Esses linfócitos já `nascem` com o `relógio celular ` ativado e morrem por apoptose, em cerca de 
quatro meses, caso não reconheçam algum antígeno. Assim, o reconhecimento do Ag resgata o 
linfócito da morte celular programada 
Obs: Enquanto o linfócito não é ativado, ele se mantem em repouso, mas não indefinidamente 
As células naive ( virgens) são capazes de reconhecer antígenos próprios, porém, fracamente. 
Dessa forma, não há sinais suficientemente fortes para ocorrer ativação e iniciar a expansão 
clonal, mas há sinais que estimulam a sobrevida dessas células. 
Algumas citocinas agem aumentando a sobrevida dos linfócitos. A IL-7, por exemplo, é um dos 
PRINCIPAIS AGENTES de estimulo à sobrevida de linfócitos T, assim como é o fator ATIVADOR 
de células B (BAFF) para os linfócitos B naive 
Após a ativação, os linfócitos adquirem a capacidade de coordenar as ações da imunidade 
adquirida. Tornam-se maiores e entram em fases sucessíveis de mitose, adquirindo 
características blásticas, sendo então denominados de LINFOBLASTOS. 
Cerca de 75% das células de um clone se diferenciam em células efetoras ou em células de 
memoria. 
Os agentes infecciosos que interagem com TLR e outros receptores de reconhecimento padrão 
aumentam a capacidade de induzir diferenciação de linfócitos TCD4+ virgens em células ejetoras 
chamadas de TH1 e TH17. 
As células TH1 produzem INF-γ que podem ativar macrófagos a matar microrganismos que 
sobreviveriam no interior de vesículas fagocitárias. 
As células TH17 produzem citocina IL-17 indutoras de um processo inflamatório rico em 
neutrófilos. Muitos microrganismos entram na corrente sanguínea e ativam a via alternativa do 
sistema complemento aumentando a produção de anticorpos pelos Linfócitos B. As citrinas 
produzidas por células durante as respostas imunes inatas aos microrganismos estimulam a 
proliferação e diferenciação de linfócitos durante as respostas imunes adaptativas. 
As citocinas produzidas pelas células durante as respostas imunes inatas aos microrganismos 
estimulam a proliferação e diferenciação dos linfócitos nas respostas imunes adaptativas. 
•IL-12 estimula a diferenciação de células T CD4+ imaturas às células efetoras do 
subgrupo TH1 
• IL-1, Il-6 e IL-23 estimulam a diferenciação das células T CD4+ às células efetoras do 
subgrupo TH17 
• IL-15 promove a sobrevivência das células T CD8+ de memória 
• IL-6 promove a produção de anticorpos pelas células B ativadas. 
Os adjuvantes são substâncias administradas com antígenos proteicos purificados para 
maximizar o desenvolvimento das respostas imunes dependentes de linfócitos T, estimulando as 
reações imunes inatas no sítio de exposição ao antígeno. Os adjuvantes são empregados na 
imunologia experimental e em vacinas administradas clinicamente. Muitos adjuvantes de uso 
experimental são produtos microbianos, com microbactérias mortas e LPS que estimulam TLR. 
O único adjuvante rotineiramente usado e, vacinas humanas é o hidróxido de alumínio ou 
fosfato de alumínio. Entre seus principais efeitos, os adjuvantes ativam células dendríticas que 
passam a expressar moléculas de histocompatibilidade principal que são responsáveis pela 
apresentação do antígeno (sinal 1) que são reconhecidos pelos linfócitos T, aumenta a expressão 
de coestimuladores (sinal 2) e citrinas necessárias à ativação dos linfócitos T e estimula a 
migração de células dendríticas para os gânglios linfáticos, onde estão os linfócitos T 
 Ana Clara Paiva 
OBS 2: Células Efetoras: clones de células T em linfócitos T auxiliares ou T citotóxicos, clones de 
células B em células especializadas na secreção de anticorpos, os plasmócitos 
3- Descrever as células de memória T e B. (IgM e IgG): 
Linfócitos estimulados podem se diferenciar-se em células com meia vida longa, denominados 
linfócitos de memoria. Essas permitem que as respostas secundarias, ou seja, aquelas 
posteriores a uma primeira exposição ao patógeno, sejam mais rápidas, eficientes e especificas. 
Linfócitos B e T produzidos pelo estimulo do antígeno a linfócitos inativos. Que medeiam 
respostas imunes adquiridas, são 25% do clone gerado, e podem se diferenciar em células de 
memoria, capazes de sobreviver em um estado de ciclagem lenta durante anos, mesmo após a 
eliminação do antígeno. 
Essa são as células responsáveis pela MAIOR EFETIVIDADE e AGILIDADE da resposta imune 
secundaria. 
As células de memória são mais efetivas no 
combate aos microrganismos do que os linfócitos 
imaturos, pois representam um conjunto 
expandido de linfócitos específicos para antígeno 
e respondem mais rápido e efetivamente contra o 
antígeno do que as células imaturas. O tamanho 
do pool de células de memória, vai depender da 
quantidade de células virgens que se ligam a um 
antígeno especifico. 
Elas podem se desenvolver a partir das células 
efetoras ao longo de uma via linear (a maioria das 
células efetoras, que se proliferaram devido à 
presença de antígeno, morrem e as sobreviventes de desenvolvem em células T de memória) ou 
as populações efetoras e de memória seguem uma via divergente (os linfócitos após ativados 
seguem duas vias, efetora e a formação de células de memória). O mecanismo exato ainda não é 
conhecido, porém, acredita-se que as células de memória contenham fatores de transcrição 
diferentes daqueles presentes nas células efetoras. 
As propriedades que definem as células de memória são a sua capacidade de sobreviverem um 
estado quiescente depois que o antígeno é eliminado e de montar respostas melhores e mais 
rápidas aos antígenos quando comparados às células virgens. 
# As propriedades que definem as células de memória são a sua capacidade de sobreviver em um 
estado quiescente depois que o antígeno é eliminado e de montar respostas melhores e mais 
rápidas aos antígenos quando comparados às células virgens. 
# As propriedades que definem as células de memória são a sua capacidade de sobreviver em um 
estado quiescente depois que o antígeno é eliminado e de montar respostas melhores e mais 
rápidas aos antígenos quando comparados às células virgens. 
# O número de células T de memória específicas para qualquer antígeno, é maior que o número 
de células virgens específicas para o mesmo antígeno. A proliferação leva a uma maior expansão 
clonal em todas as respostas imunes e à diferenciação em células efetoras, no qual a maioria 
morre após a liberação/eliminação do antígeno. As células que sobrevivem desse clone 
expandido, são as células de memórias. Estas são de 10-100 vezes mais numerosas que o pool 
de células virgens antes do encontro com o antígeno (por causa da proliferação e clone, que 
quanto maior, maior as células que têm chance de sobreviver e se desenvolver em células de 
memória). 
# As células de memória são capazes de migrar para os tecidos periféricos e responder a 
antígenos nestes locais. Elas podem migrar para praticamente qualquer tecido, enquanto as 
células T imaturas migram preferencialmente para os órgãos linfoides secundários. Essas 
 Ana Clara Paiva 
diferenças estão relacionadas com diferenças na expressão de moléculas de adesão e receptores 
de quimiocinas. Além disso, as células T de memória são menos dependentes da coestimulação 
do que as células imaturas, permitindo que as células de memória respondam a antígenos 
apresentados por uma vasta gama de APCs em tecidos periféricos. 
#As células de memória passam por uma proliferação lenta, e esta capacidade de auto- 
renovação pode contribuir para o tempo de vida longo do conjunto de células de memória. O 
ciclo dessas células pode ser guiado por citocinas. Por causa da sua capacidade de auto- 
renovação, células de memória têm sido comparadas às células-tronco. 
# A manutenção das células de memória é dependente de citocinas, mas não requer o 
reconhecimento do antígeno. A citocina mais importante para a manutenção das células T CD4+ 
e CD8+ de memória é a IL-7, que também desempenha um papel chave no desenvolvimento 
inicial de linfócitos e na sobrevivência de células T imaturas. Uma elevada expressão do receptor 
de IL-7 (CD127) é característica de células T de memória. As células TCD8+ de memória também 
dependem da citocina relacionada com IL-15 para sua sobrevivência. IL-7 e IL-15 induzem a 
expressão de proteínas antiapoptóticas e estimulam a proliferação de baixo nível,mantendo 
as populações de células T de memória por longos períodos. 
4- Explicar a interação antígeno/anticorpo. 
Antígeno: qualquer substancia que pode ser esoecificadamente ligada por uma molécula de 
anticorpo ou receptor de célula T. praticamente qualquer substancia pode ser considerada um 
antígeno, os anticorpos podem reconhecer quase todas as moléculas biológicas, sejam açucares, 
proteínas, ácidos nucleicos, lipídeos etc. 
As células T, entretando, reconhecem principalmente os peptídeos. 
As moléculas que são capazes de estimular respostas imunológicas são conhecidas como 
imunógenos ou antígeno completos. Nem todo antígeno é imunógeno, ou seja, alguns são 
incompletos, pois ligam-se aos receptores Ag, mas não estimula a resposta imunológica, como é 
o caso dos haptenos, que quando sozinhos não conseguem estimular resposta imunológica, mas 
se estiverem ligados a moléculas maiores e carregadoras conseguem estimular. 
Obs: Quando um antígeno é grande d+, o anticorpo não se ligará a toda a molécula antigênica. 
Haverá regiões especificas nas quais ocorre a ligação entre antígeno e anticorpo ( sitio de ligação 
Ag), que chamamos de epítopo. 
O tipo de ligação entre antígenos e anticorpos é reversível e envolve forças moleculares não 
covalentes. Por conta da flexibilidade da molécula de Ac, conferida pela região da dobradiça, um 
único anticorpo pode ligar a mais de um epítopo ( idênticos) simultaneamente, podendo estes 
estarem presentes em uma única molécula de Ag ou em moléculas diferentes. 
A valência de interação de um antígeno depende do numero de epítopos. 
- Antígenos monovalentes irão interagir em um único local de interação. 
- Antígenos polivalentes poderão interagir em mais locais. 
A força de ligação entre o sitio de ligação do anticorpo e o epítopo é a afinidade, e é 
determinante para a estabilidade da interação Ag-Ac. 
A força total de ligação entre as moléculas de Ag-Ac deve considerar, entretando, o resultado de 
todas as interações entre o sitio de ligação do Ac e os epítopos disponíveis. Essa força geral, que 
é muito maior do que a afinidade a qualquer epítopo, é a avidez. 
 Ana Clara Paiva 
A união dos anticorpos a antígenos gera complexos antígeno-anticorpo, denominados 
imunocomplexos. Por vezes há mais antígenos do que 
anticorpos nessa estrutura supramolecular. Assim, os 
anticorpos se ligam aos antígenos que conseguirem, 
mas haverá um excesso de antígenos que ficará 
``boiando``. Quando há mais anticorpos do que 
antígenos na solução, rapidamente os Ag se ligaram ao 
Ac, e os anticorpos restantes é que ficaram ``boiando``. 
Como não serão gerados imunocomplexos contendo 
vários anticorpos ligados a vários antígenos de uma só 
vez, as zonas de excesso de anticorpo ou de antígeno 
geram pequenos imunocomplexos. Se tivemos, porem 
uma zona de equivalência entre moléculas de antígenos 
e de anticorpos, a interação Ag-Ic poderá levar á 
formação de grandes imunocomplexos. 
Outro conceito importante para a interação diz respeito ás respostas imunológicas humorais 
primarias e secundarias. 
São chamadas de primarias as respostas decorrentes do primeiro contato entre o organismo e o 
antígeno, na resposta primaria, por exposição natural ou vacinal, ocorre ATIVAÇÃO e 
DIFERENCIAÇÃO dos linfócitos B em plasmócitos e células de memoria. Essa resposta é 
didaticamente dividida em três fases 
1. Consiste no aumento exponencial dos níveis de anticorpos 
2. Fase do platô, na qual a quantidade de anticorpos estabiliza 
3. A ultima fase é a de declínio, em que ocorre redução progressiva dos anticorpos 
circulantes. 
Secundarias, por conseguinte, são as respostas subsequentes. Sendo a mais RAPIDA, mais 
intensa e mais duradoura, pois já existem células de memoria especificas para um determinado 
antígeno. Dessa forma, o tempo para iniciar a síntese de anticorpos é menor, a quantidade de 
antígenos para estimular a resposta é menor e a fase exponencial é maior. 
A fase platô é atingida mais precocemente e dura mais tempo, enquanto a fase de declínio ocorre 
mais lentamente. Podendo portanto ter uma resposta mais eficaz. 
 Características relacionadas aos antígenos, listaremos as três principais: especificidade, 
diversidade e maturação de afinidade. 
Especificidade: alto grau de especificidade é necessário para que anticorpos gerados em resposta 
aos antígenos não reajam com as próprias moléculas estruturalmente similares. Ex: reações 
cruzadas que dão falso-positivo 
Diversidade: decorre do grande numero de especificidade que pode ser gerado em cada 
individuo. Se cada anticorpo é especifico para um antígeno, então temos uma diversidade 
imensa de anticorpos. A diversidade de Ac independe com o contato com o Ag 
Maturação e afinidade: o mecanismo para que tenhamos ligaçõesfortes entre antígenos e 
anticorpos ( alta afinidade e alta avidez) envolve pequenas alterações nas regiões V do anticorpo 
que podem ocorrer no decorrer das respostas humorais ( em particular, em respostas nas 
quais há participação dos linfócitos T auxiliares (Th) ) 
Curiosidades: 
2/3 dos anticorpos produzidos são do tipo IgA pelas células B dos tratos gastrointestinal e 
respiratório, sendo transportados pelo lúmen. 
 Ana Clara Paiva 
Troca de isotipos: quando uma célula B é ativada por um antígeno, ela pode passar por um 
processo chamado `` troca de isotipo``, no qual há alteração estrutural na região Ch, levando à 
produção de um isotipo diferente de anticorpo. As regiões V não sofrem tal alteração. 
5- Descrever o mecanismo de ação das APCs. 
O início e o desenvolvimento das respostas imunológicas adaptativas exigem que os antígenos 
sejam capturados e apresentados aos linfócitos específicos. As células que desempenham esse 
papel são denominadas células apresentadoras de antígenos (APC). 
As APCs mais especializadas são as células dendríticas, que capturam antígenos microbianos 
que se originam do ambiente externo, transportando-os até os órgãos linfoides e apresentando-
os aos linfócitos T virgens, que iniciam as respostas imunes. Outros tipos de células atuam como 
APC em diferentes estágios das respostas celular e humoral. A ativação dos linfócitos pelos 
antígenos leva à geração de inúmeros mecanismos cuja função é eliminar o antígeno. A 
eliminação frequentemente exige a participação de células denominadas células efetoras, tendo 
em vista o fato de que medeiam o efeito final da resposta imunológica, que é livrar-se dos 
microrganismos. Os linfócitos T ativados, os fagócitos mononucleares e outros leucócitos atuam 
como células efetoras em diferentes respostas imunológicas. 
Os linfócitos e as APCs estão concentrados em órgãos linfoides anatomicamente definidos, onde 
interagem entre si para iniciar as respostas imunológicas. Os linfócitos também estão presentes 
no sangue; do sangue podem recircular através dos tecidos linfoides e ser guiados até os locais 
de exposição 
Os APCs são capazes de capturar esses agentes exógenos, processa-los e apresentar porções 
desses aos linfócitos 
OBS: Apenas as APCs ``profissionais`` são especializadas o suficiente para capturar antígenos 
extracelulares, transporta-los aos linfonodos e ativar linfócitos T virgens 
6- Conceituar imunidade ativa e passiva 
Ambas as forma de imunidade fornecem resistência à infecção e são específicas para antígenos 
microbianos, mas apenas as respostas imunológicas ativas geram uma memória imunológica. 
Imunidade ativa 
Induzida pela exposição a um antígeno, visto que o indivíduo imunizado desempenha um papel 
ativo na resposta ao antígeno. 
Natural - exposição a infecções. 
Artificial (antígenos) : Micro-organismo vivo atenuado; Vírus inativado; Proteína purificada: 
engenharia genética; Toxóide; Bactéria inativada; Polissacarídeo; Polissacarídeo conjugado à 
proteína 
funções: 
Ativam células dendríticas, que passam a apresentar mais MHC para serem reconhecidos 
por linfócitos; 
o Aumentam a expressão de coestimuladores e citocinas; 
o Estimula migração das células dendríticas para gânglios linfáticos, onde estão os linfócitos. 
Imunidade passiva: 
Conferida pela transferência de soro ou de linfócitos de um indivíduo especificamente imunizado, 
processo conhecido como transferência adotiva. O receptor dessa transferência torna-se imune 
(temporariamente) ao antígeno específico sem nunca ter sido exposto ou ter respondido a ele. 
 Ana Clara Paiva 
Constitui um meio de se conferir resistência sem a necessidade de se esperar o desenvolvimento 
de uma resposta imunológica ativa. 
Natural 
Artificial - Injeção de Ig pré formados 
Vantagem - Proteção imediata 
Desvantagens: Micro-organismo vivo atenuado; Vírus inativado; Proteína purificada: engenharia 
genética; Toxóide; Bactéria inativada; Polissacarídeo;Polissacarídeo conjugado à proteína 
o Ativam células dendríticas, que passam a apresentar mais MHC para serem reconhecidos 
por linfócitos; 
o Aumentam a expressão de coestimuladores e citocinas; 
o Estimula migração das células dendríticas para gânglios linfáticos, onde estão os linfócitos. 
o Feto em desenvolvimento: IgG maternos. 
o Após o nascimento: IgA no colostro. o Deficiência na síntese do Ig (defeito nas células B). 
o Curto período de proteção; 
o Doença do soro, choque anafilático; 
o Risco de Hepatite e SIDA. 
7- Caracterizar a ativação dos linfócitos TCD8 por antígenos proteicos e seus mecanismos de 
ação 
Visão geral da ativação dos linfócitos T: a ativação inicial dos linfócitos T ocorre principalmente 
nos órgãos linfoides secundários, nos quais essas células normalmente circulam e onde podem 
encontrar os antígenos apresentados pelas células dendríticas maduras. Os linfócitos T são 
gerados no timo antes da exposição ao antígeno. Os linfócitos T virgens, que não foram 
reconhecidos e responderam aos antígenos, circulam por todo o corpo em estado de repouso e 
adquirem habilidades funcionais só depois de terem sido ativados. 
Essa ativação dos linfócitos virgens ocorre em órgãos linfoides especializados, onde os linfócitos 
virgens e as APC se encontram. Antígenos proteicos que cruzam as barreiras epiteliais ou são 
produzidos nos tecidos são capturados por células dendríticas imaturas e transportados para os 
gânglios linfáticos. A resposta imune inata resultante leva à ativação das células dendríticas e à 
expressão de co-estimuladores, como as proteínas B7. As células dendríticas que encontraram 
microrganismos e internalizaram seus antígenos começam a amadurecer e migram para as 
zonas de células T dos gânglios linfáticos regionais (órgãoslinfoides secundários) por quimiocinas 
que ativam o receptor de quimiocina CCR7 nas células, assim como as células T virgens. No 
momento em que as células dendríticas maduras atingem às áreas da célula T, elas exibem não 
apenas peptídeos derivados dos antígenos acoplados às moléculas MHC como também 
expressam os co-estimuladores. 
Tanto as células TCD4+ quanto as TCD8+ de memória, são heterogêneas e podem ainda ser 
adicionalmente subdivididas em subtipos com bases em suas propriedades de endereçamento e 
funções. As células T de memórias centrais, expressam o receptor da quimiocina CCR7 e 
lelectina-L, e se dirigem (holming) principalmente nos gânglios linfáticos. Elas tem capacidade 
limitada de desenvolver funções, quando em contato com o antígeno; esse contato, porém, induz 
a sua proliferação, gerando muitas células efetoras em pouco tempo. 
As células T de memórias efetoras, não expressam CCR7 ou selectina-L, e se dirigem (holming) 
para os sítios periféricos (especialmente tecidos das mucosas). Sua estimulação antigênica, 
induz a produção de citocinas efetoras, como IFN-γ, ou rapidamente se tornam citotóxica; 
 Ana Clara Paiva 
porém, elas não proliferam muito. Dessa forma, essas células efetoras é preparada para executar 
uma resposta rápida a uma exposição repetida de microrganismo, mas, geralmente, a eliminação 
deste depende de mais células efetoras, que ficará a cargo das células T de memórias centrais 
 
Após o processamento antigênico, a localização do antígeno irá determinar por qual molécula o 
MHC ele será representado. 
Os antígenos foram fagocitados, serão degradados em peptídeos, no interior de vesículas, e 
apresentados na superfície celular associados ao MHC2 
Se os antígenos estiverem no citosol célular, os mesmos serão clivados por complexosmultienzimaticos e associados ao MHC1 
O processo de reconhecimento dos antígenos pelos linfócitos T é altamente especifico 
Esse evento de reconhecimento ocorre nos órgãos linfoides secundários onde os linfócitos serão 
ativados e proliferarão após encontrarem as células dendríticas, APC´s que migram do sitio 
infeccioso 
As resposta mediada pelos linfócitos T ocorre alguns dias após o contato com o antígeno. 
 Esse tempo é necessário para que os linfócitos clonafos específicos se proliferem e tornem-se 
células efetoras. 
Diferente da imunidade inata, composta por células que reconhecem os patógenos, em seu local 
de entrada no organismo, através de receptores de reconhecimento padrão (PRR- Pathogen 
Recognition Receptor) 
 Esse receptor ligam-se a estruturas compartilhadas por patógenos ativando rapidamente as 
células naquele local. 
Os linfócitos T que reconhecem os complexo peptídeos -MHC especifico irão processar por 
diversas etapas de ativação até se tornar efetora ( 3 etapas) 
1 sinal: reconhecimento inicial pelo TCR do complexo peptídeo MHC expresso na superfície da 
APC 
2 sinal: interação das moléculas co-estimuladoras, como B7-1 (CD80) e B7-2 (CD86) expressas 
nas APCs com CD28 nos linfócitos T 
3 sinal: secreção de citocinas pelas APCs que atuam nos linfócitos 
Após 1 e 2 sinais, ocorrerá a produção da citocina IL-2 e a expressão do seu receptor de alta 
afinidade (CD25) que favorecem a expressão dos linfócitos específicos 
Em um transplante, pode-se utilizar anticorpos que bloqueiam as CD25 e/ou células co-
estimuladoras, inibindo a proliferação e ativação de linfócitos. 
Após a ativação e seleção clonal dos linfócitos T nos órgãos linfoides secundários ocorre a 
diferenciação destes linfócitos em células T efetoras e aquisição de moléculas de adesão que 
permitem seu endereçamento para o sitio infecioso 
Além disso, essa interação e migração é dependente de quimosinas secretadas no sitio infecioso 
1. reconhecimento pelas TCR do complexo peptídeo MHC 
2. interação molecular co-estimuladora + CD28 linfocitos T 
3. secreção de citocinas pelas APCs 
após 1 e 2, ocorre a produção da IL-2 e expressão do receptor CD25 ( expande os linfócitos)

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