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Virgínia Aparecida Barbosa Batista
Mestranda em Ecologia Humana e Problemas Sociais Contemporâneos
Faculdade de Ciências Sociais e Humanas
Universidade Nova de Lisboa
Trabalho realizado para a disciplina de Desenvolvimento Sustentável e Ecoturismo, sob avaliação da Professora Iva Miranda Pires.
Resumo sobre o Livro Primavera Silênciosa de Rachel Carson
Resumo
O livro "Primavera Silenciosa" (Silent Spring), de Rachel Carson teve sua publicação primária nos Estados Unidos no ano de 1962 no momento em que os produtos químicos eram utilizados em larga escala. Carson cuidadosamente estabelece como pesticidas e inseticidas danificam toda a vida existente no local de sua aplicação e não apenas as pragas. Ela utiliza o termo “biocidas” para referir-se aos compostos químicos utilizados, pois seus alvos não estão totalmente definidos e é no nível microscópico onde a destruição ambiental começa. Considerando que os criadores de biocidas erroneamente acreditavam que eles estavam visando insetos, mofo e pragas, uma vez aplicados os produtos químicos não discriminam aqueles que infectam. A autora aponta que a solução para o problema deve ser dois processos acontecendo simultaneamente: primeiro, os especialistas devem trabalhar para uma cura para aqueles já afetados, e segundo eles devem isolar e remover o máximo possível do contaminante do ambiente para evitar mais danos. O livro Primavera Silenciosa é considerado o estopim para os movimentos ambientalistas e continua sendo algo de estudos na atualidade.
Palavras-Chave: Conscientização ambiental. Pesticidas. Saúde humana. 
Introdução
O presente artigo traz uma resenha sobre o livro “Primavera Silenciosa” (Silent Spring), de Rachel Carson. Sendo esse considerado um clássico e impulsor dos movimentos de proteção ambiental no âmbito mundial. Quando publicado pela primeira vez em 1962, Silent Spring, teve um forte impacto em como os indivíduos entendiam sua conexão com o ambiente e seu lugar na cadeia biológica da vida.[1: Rachel Louise Carson (Springdale, 27 de maio de 1907 – Silver Spring, 14 de abril de 1964) foi uma bióloga marinha, escritora, cientista e ecologista norte-americana. Através da publicação de Silent Spring (1962), artigos e outros livros sobre meio ambiente, Rachel ajudou a lançar a consciência ambiental moderna]
A principal questão que Carson busca responder em seu livro é: "Como poderiam seres inteligentes procurar controlar algumas espécies indesejadas por um método que contaminou todo o ambiente e trouxe a ameaça de evento de doença e morte à sua própria espécie?" 
O título Silent Spring, utilizado pela escritora está relacionado ao “silêncio” do ecossistema de florestas e pastagens devido ao envenenamento de plantas, pássaros canoros, insetos e outros invertebrados por conta do uso de pesticidas químicos, sendo o principal utilizado nos Estados Unidos o DDT.[2: O Diclorodifeniltricloroetano (DDT) é reconhecido como um dos 12 poluentes Orgânicos Persistentes (POPs), os quais são substâncias químicas que persistem no meio ambiente, bioacumulam em organismos através da cadeia alimentar. Podem causar efeitos adversos à saúde humana e ao meio ambiente. Além disso, são transportados por longas distâncias, atingindo regiões onde nunca tenham sido produzidos ou usados. (BASTOS et al., 2013)]
O livro descreve o grande conflito químico existente nos Estados Unidos que ocasionaram a morte de uma imensa variedade de organismos vivos. Começando com o apontamento da grande variedade de substâncias químicas utilizadas naquele período juntamente com todos os efeitos documentados que esses produtos exercem nas mais variadas formas de vida. 
A autora aponta as diferentes técnicas que foram usadas para aplicar esses produtos químicos e como eles se movem do ponto de origem através de praticamente todos os pedaços da teia alimentar. 
Por ser o propulsor dos movimentos ambientalista, este livro deve ser lido por todos, principalmente por pessoas com interesses voltados a preservação e a sustentabilidade. A forma de escrita utilizada por Carson é pesada, porém todo assunto relacionado a destruição do meio ambiente e suas consequências causadas pelo próprio ser humano nunca é um assunto leve.
O tema abordado por Carson é de difícil discussão, causando em diversos momentos a sensação de culpa e pesar no decorrer da leitura. Contudo, o mal-estar causado faz-se necessário para que a sociedade perceba o quão necessário é a preservação e a sustentabilidade como princípios nas atitudes humanas para com o meio ambiente. Carson escreve: "Devemos mudar nossa filosofia”.
Pessoas de todas as gerações podem se beneficiar deste livro porque consciencializa sobre práticas que são insustentáveis e oferece conhecimento crítico de métodos alternativos eficazes para o controle eficaz de pragas.
Primavera Silenciosa
Passou-se mais de meio século desde que Rachel Carson expôs de uma maneira minuciosa o envenenamento das plantações e por consequência dos ecossistemas locais, com pesticidas sintéticos. Publicados semanalmente na revista New Yorker, Carson's Silent Spring foi oficialmente publicado como um livro em setembro de 1962 pela Houghton Mifflin Company, considerada atualmente a editora líder em publicação educacional nos Estados Unidos. O livro, com desenhos que chamavam muito a atenção, trazia duras críticas ao governo e as corporações por cobrirem o planeta com pesticidas causadores de câncer, como o DDT, produto da recém e poderosa agroindústria. 
Uma fábula para amanhã
Carson descreve em forma de fábula uma cidade americana, cujos campos e pomares estão repletos de plantas e belos animais. Desde a época de seus primeiros colonos, a vida natural desta cidade atraiu a admiração de todos que ali moravam ou estavam apenas de passagem.
Corrompendo a beleza do lugar, uma incompreensível praga atinge toda a área, deixando um imenso rastro de doenças e mortes. Doenças inexplicáveis, entre adultos e crianças, confundindo assim todos os médicos da cidade. Um obscuro silêncio reina, já que os pássaros que ali vivem encontram-se morrendo, ou em muitos casos já mortos.
Os animais que vivem nas fazendas não mais se reproduzem, e quando conseguem, seus filhotes vivem por pouquíssimo tempo, morrendo em seguida. As arvores até chegam a florescer, porém já não há existência de abelhas para polinizá-las, ocasionando a falta de frutos. A antes bela vegetação está murcha e os rios estão sem vida.
O culpado por todo esse caos e destruição é facilmente visto; um pó branco e fino. “Um espectro sombrio”, escreve Carson, esgueirou-se sobre nós para silenciar as vozes da primavera. 
A obrigação de suportar
O capítulo começa afirmando que a história da vida na Terra é feita através da interação dos seres vivos entre si e seu habitat, isso significa que a vida é moldada ao longo do tempo pelo ambiente em que ela habita. Mas muito recentemente os humanos se tornaram capazes de alterar o ambiente de maneiras significativas, em muitos casos de formas positivas, porém Carson enfatiza seu ponto de vista de que o trabalho e a natureza dos seres humanos afetaram muito o meio ambiente de maneira amplamente negativa.
Essas alterações têm sido de caráter cada vez mais perigoso e envolvem principalmente contaminações generalizadas do mundo natural, estimulando assim, “uma cadeia de envenenamento e morte” à medida que o veneno passa entre os organismos vivos. A autora enfatiza também como, ao longo da história científica conhecida, o meio ambiente sempre afetou o organismo, mas desta vez os humanos estão afetando o meio ambiente.
Nesse capítulo é apontado dados científicos de como a natureza e suas formas de vida são capazes de adaptar-se as mudanças ambientais, porém a taxa de destruição dos seres humanos para com o meio ambientes é tão acelerada que os organismos não são capazes de recompor-se. Isso é especialmente verdade, pois os organismos evoluem como uma população, não como um indivíduo e quando seuambiente está mudando rapidamente, não há como a população evoluir e ela acaba sendo extinta. 
Uma das inúmeras formas do ser humano causar destruição ao meio ambiente é através da contaminação de grandes fontes de vida. As utilizações desenfreadas de substâncias químicas letais contaminam nossa água, nossa terra e até o ar que respiramos. Carson salienta que o homem proporciona grande alteração na mecânica natural do meio ambiente e muitos dos desenvolvimentos e descobertas destinados a beneficiar a raça humana resultaram em grandes impactos ambientais e genéticos que ameaçam o mundo em que vivemos. 
Os exemplos da intervenção humana vão desde a criação de biocidas como o DDT até o desenvolvimento de bombas atômicas, nos aproximamos da destruição total de toda a vida na Terra. Uma das descrições da autora para representar os insumos químicos é, "os parceiros sinistros e pouco reconhecidos da radiação na mudança da própria natureza do mundo - a própria natureza da vida". Quando faz essa declaração, Carson faz a correlação entre produtos químicos à radiação, seus leitores, na atual conjectura da época, provavelmente estariam familiarizados.
É retratado o uso de produtos químicos nas plantações como a "guerra do homem contra a natureza", guerra essa que resultará em baixas de ambos os lados. A autora acredita que o público simplesmente precisa da informação, uma necessidade que ela está qualificada para preencher. Ela não pede desculpas pela paixão de seu argumento porque vê o futuro das espécies em jogo.
Elixires da morte
No terceiro capítulo de seu livro, Carson apresenta os detalhes de como a exposição a produtos químicos lesivos podem prejudicar os seres vivos e todo o meio ambiente. Alegando que toda pessoa é submetida a "elixires da morte", ou seja, substâncias químicas nocivas, ao longo de sua vida.
É apontado que todos os efeitos causados em duas décadas de uso de pesticidas sintéticos não podem evitados, mostrando que todos os seres vivos foram expostos a substâncias nocivas que estarão presentes em toda a sua vida. No primeiro momento a autora apresenta fundamentos para essa afirmação: expondo que resquícios de pesticidas foram detectados no solo, na água e em todas as criaturas vivas que foram estudadas. Posteriormente, ela explana como isso ocorreu.
Durante a Segunda Guerra Mundial, foram desenvolvidos produtos químicos que poderiam ser utilizados como armas, porém percebeu-se que muitos insetos também eram eliminados quando em contato com tais produtos químicos sintetizados.
Carson aponta dois conjuntos de insumos químicos sintéticos extremamente nocivos ao homem e ao meio ambiente; os hidrocarbonetos clorados, incluindo DDT, e inseticidas orgânicos de fósforo. Descrevendo as características desses químicos e todos os seus efeitos quando são inseridos em uma cadeia alimentar. 
Ela também apresenta um assunto que ganhará notoriedade no decorrer de seu livro; a grande possibilidade de os pesticidas serem capazes de causar câncer, principalmente em seres humanos. O capitulo é terminado com a seguinte pergunta: "como, então, podemos ser indiferentes?"
Águas de superfície e mares subterrâneos
No quarto capítulo, Carson descreve de forma vívida a exterminação causada pela humanidade a um dos, quiçá o mais valioso recurso existente na natureza: a água. É ilustrado a maneira desenfreada que o homem está poluindo algo vital a sua sobrevivência. 
Essa poluição libera inúmeros resíduos prejudiciais a vida, sendo eles resíduos químicos e até mesmo radioativos, que se introduzem na terra e chegam até os lençóis freáticos. Por não estar visível, não percebemos tal problema, porém os resíduos químicos se espalham-se nas fontes subterrâneas aumentando cada vez mais o problema.
Neste capitulo, além dos diversos detalhes científicos, é mostrando também de forma simples os passos percorridos pelos produtos químicos no meio ambiente, por exemplo, "o spray que cai diretamente nos córregos ou que escorre pela copa das folhas até o chão da floresta, para se tornar parte do movimento lento de infiltração de umidade começando sua longa jornada até o mar."
Carson cita um relatório realizado pelo United States Fish and Wildlife Service, unidade do Departamento do Interior dos Estados Unidos da América que é dedicado a preservar a vida selvagem, que os animais armazenam o DDT em seu organismo, porém não apenas os animais que vivem próximo ao local onde ouve a pulverização, mas também em animais que vivem a aproximadamente 30 milhas de distância também são afetados. Isso acontece por conta dos lençóis freáticos que levam o veneno a longas distancias.
No presente capítulo é narrado fatos que ocorreram em um distrito próximo a fábrica de pesticidas, Arsenal das Montanhas Rochosas no Colorado. No qual resíduos químicos viajam a vários quilômetros de distância via lençóis freáticos poluindo poços localizados em outras regiões. Um dos casos preocupantes é a formação “espontânea” do ácido diclorofenóxiacético (2,4 – D), um herbicida produzido durante o programa da guerra química e biológica no período da segunda Guerra Mundial, quando em contato com certas substâncias químicas presentes na água, independentemente da supervisão humana.
O capitulo é concluído com o questionamento dos perigos ocasionados pela poluição da água aos seres humanos, tendo a esperança de que caso o homem se conscientize, sejam capazes de abandonar hábitos “tolos” perante ao meio ambiente.
Reinos do solo
No quinto capítulo, Carson expõe a consequência que a contaminação do solo tem sobre o homem e a natureza como um todo. O solo é exposto como algo vivo, cheios de “coisas” vivas, como por exemplo, vastas quantidades de micróbios, insetos, vermes, bactérias e fungos que interagem em ciclos complexos de desenvolvimento, decomposição e fertilização do solo. "A vida não apenas formou o solo, mas outras coisas vivas ... agora existem dentro dele".
A autora busca mostrar uma variedade de exemplos detalhados para que o leitor assimile e tenha maior compreensão sobre o tema. Mostrando o quanto o solo é indispensável a vida: "Pois o solo é, em parte, uma criação da vida, nascida de uma interação maravilhosa entre a vida e a não-vida". Ademais, ela indica a importância do solo nos ciclos da natureza.
Repetindo a discussão do capítulo anterior que explanava sobre a água, Carson indica como ocorre a infiltração dos pesticidas no solo e sua interferência nos ciclos naturais. Além desse problema, a autora faz outro apontamento: “não só precisamos nos preocupar com o solo, mas também com a extensão em que os contaminantes do solo são absorvidos pelas plantas”. Ilustrando também o tempo e o prejuízo ao longo dos anos que os pesticidas permanecem em plantas e animais. 
O capitulo pode ser definido pela seguinte afirmação: "Está comunidade de solo, então, consiste em uma teia de vidas entrelaçadas, cada uma relacionada de alguma maneira com as outras”. Em resumo, envenenando o solo, envenenamos a vida.
O manto verde da terra
No sexto capítulo, a autora mostra que, notoriamente, o homem tem o grande defeito do esquecimento, ou apenas lembrar o que lhe é util de imediato. Carson afirma que no dia a dia os seres humanos “esquecem” o quão dependentes são das plantas. Agindo sempre de forma arrogante para com o meio ambiente. 
Cada ser vivo faz parte de uma grande teia que os liga, essa ligação ocorre de forma natural, não devendo haver uma brusca influência em sua associação. No momento que é necessário que haja tal interferência, Carson enfatiza que "devemos fazê-lo com cuidado, com plena consciência de que o que fazemos pode ter consequências remotas no tempo e no lugar". Infelizmente não é essa a realidade quando se tem grande interferência humana.
Carson utiliza como exemplo o extermínio por meio de pesticidas das plantações de artemísias no Oeste Norte-americano, para que fossem substituídos das pastagens. Porém, os responsáveis por tal substituição não pensaram no desequilíbrio que isso causaria, que existia uma correlaçãoentre as artemísias e alguns animais, dentre eles o tetraz, o antílope e o carneiro, para o qual a artemísia era um importante material de pastoreio.
O interesse dos fazendeiros era meramente comercial, a criação de gado. Carson observa: "Poucos parecem ter perguntado se as pastagens são um objetivo estável e desejável nesta região". Além do prejuízo para a vida que ali existia, é necessário perceber que tal mudança, altera também a paisagem e toda uma cadeia de vida ali antes existe. 
Para evitar o uso indiscriminado de herbicidas e pesticidas, Carson propõe a utilização de plantas ou insetos que sejam predadores das “pragas”, por exemplo, usar besouros para conter a erva Klamath.
Carson, como em muitos momentos no decorrer de seu livro, mostra que toda a natureza esta interconectada, que a própria natureza seria capaz de dar a solução para os “problemas” que o homem busca solucionar.
Devastação desnecessária
No sétimo capítulo, Carson expõe em relação as intervenções angustiantes do homem sob a natureza. Enfatizando que qualquer dano causado ao meio ambiente, é um dano a própria vida, a vida humana ou de qualquer espécie que habita o planeta. Afirmando que ela que é "um novo tipo de destruição - a morte direta de ... praticamente todas as formas de vida selvagem por inseticidas químicos pulverizados indiscriminadamente na terra".
Carson retrata dois pontos de vista conflitantes. De um lado existe o ponto conservacionista que temem e apontam o excesso de vidas que se perdem na utilização de insumos químicos. Em contrapartida existe as agências de controle que negam que possam haver perdas de qualquer tipo de vida. Para que o leitor decida qual ponto de vista se enquadrada na realidade, ela utiliza relatórios e testemunhas dos fatos.
É apresentado no capitulo um personagem chamado de “homem com a pistola”, a qual sua única intenção é dominar a natureza, e para que ele consiga tal domínio ele tem como aliado um vendedor de pesticidas capaz mentir as autoridades competentes sobre os danos que seus insumos químicos causam ao meio ambiente. O caso do besouro japonês que chegou ao Centro-Oeste dos Estados Unidos junto com as madeiras importadas da Europa, serviu como base para os argumentos de Carson contra a pulverização de pesticidas.
Na campanha contra os besouros foi utilizado a aldrina, um inseticida sintético do grupo dos organoclorados, resultando posteriormente a sua pulverização, o envenenamento de animais domésticos, aves e seres humanos. Quando questionado, o governo negou que houvesse qualquer ligação entre a utilização da aldrina com os envenenamentos.
Carson utiliza o emocional de seu leitor quando faz a descrição dolorosa do efeito do envenenamento dos tão amados gatos de estimação. Das posições contorcidas e de aparente dor de pássaros e roedores.
O capítulo é direcionado a indagações morais, provocando o leitor de modo aberto, no qual ela mostra a realidade e as consequências da excessiva utilização de pesticidas, não aceitando mais a ignorância como desculpa, pois a verdade já foi retratada.
E nenhum pássaro canta
Agora não mais utilizando da poética de outrora a autora descreve a chegada da primavera com o canto dos pássaros que utilizou no primeiro capítulo, “Uma fábula para amanhã”, Carson regressa ao “silêncio” da primavera (pássaros), resultado do uso excessivo dos inseticidas sintéticos nas plantações.
Para ilustrar o capítulo é utilizado a história do pássaro “robin”, que sua chegada representa o fim do inverno e o início da primavera. O robin foi uma das principais vítimas dos pesticidas utilizados na tentativa de salvar os olmos, árvores muito utilizadas na carpintaria e para fins medicinais, que estariam sendo destruídos por besouros. A morte dos robins e outras espécies de pássaros dá-se por sua alimentação, pois alimentam-se de minhocas que comem folhas envenenadas dos olmos. [3: O tordo americano (Turdus migratorius) é um pássaro migratório do gênero Turdidae, a família mais ampla dos tordos. O robin americano é amplamente distribuído em toda a América do Norte, passando do sul do Canadá ao centro do México e ao longo da costa do Pacífico. É a ave do estado de Connecticut, Michigane Wisconsin. (PRYNCE, H. 2009)]
Outro animal citado no capítulo é a águia, símbolo nacional americano, que mesmo não sendo atingida diretamente pelos pesticidas, por exemplo o DDT, afeta suas futuras gerações, causando esterilidade ou mortalidade de seus filhotes. Usando apelo emocional, Carson busca fomentar a população a proteger e lutar contra a extinção de seu símbolo nacional.
Carson utiliza argumentos persuasivos contra a utilização desmedida de pesticidas, deixando aos leitores a seguinte questão: Quem tem o direito de decidir se e como os produtos químicos serão usados?
Rios de morte
O nono capítulo, inicia-se com o retrato do efeito de pesticidas, em especial o extermínio do salmão rio Miramichi, em New Brunswick, Canadá, em 1953. Por haver uma grande população de lagartas que estavam destruindo das florestas de bálsamo, foi utiliza o DDT para dar fim a essa praga. No entanto, insetos e larvas que serviam de alimento para os peixes foram dizimados, ocasionando assim a perda de milhares de toneladas de peixes mortos às margens, devido às chuvas que carregavam por sua vez o DDT para as águas. Nesse contexto, não apenas os peixes foram mortos, mas também "as repetidas pulverizações alteraram completamente o ambiente da corrente".
Outro exemplo citado no capítulo foi a contaminação do rio Colorado abaixo de Austin, Texas, levando à incalculável morte de peixes por 200 milhas. Carson afirma que essas mortes são apenas os efeitos conhecidos do uso de pesticidas, porém a grande possibilidade que haja outros desconhecidos pelo homem, haja vista que esses produtos químicos permanecem na lama no fundo dos rios durante anos.
O capítulo foi encerado com o seguinte questionamento: "Quando o público se tornará suficientemente ciente dos fatos para exigir tal ação?"
Indiscriminadamente procedendo dos céus
Carson, no décimo capítulo, tem por objetivo mostrar ao leitor o quão arriscado é o uso de pesticidas e evidenciar sua intenção ela utiliza a palavra veneno, para assim, causar maior impacto e preocupação à população.
É feita a crítica ao imenso descuido do uso de aviões para a pulverização de pesticidas cujo objetivo era a eliminação da formiga-de-fogo e da mariposa cigana. Porém a quantidade de veneno não era medida, havendo um grande excesso e recusa de órgãos supervisores para a contenção da utilização excessiva de insumos químicos.[4: A espécie Wasmannia auropunctata pertence ao gênero Wasmannia e é conhecida como “pequena-formiga-de-fogo” ou “pixixica”, dado à sua semelhança com as formigas do gênero Solenopsis. É uma espécie de grande importância econômica, por estar associada a cochonilhas que infestam plantações de cacau (Theobroma cacao). O maior problema dessa espécie, no entanto, não é devido à proliferação de insetos sugadores, mas ao incômodo ocasionado aos trabalhadores nas plantações, pelas picadas dolorosas e à própria infestação, já que sua população alcança milhares de indivíduos.][5: A limantria é uma mariposa, da família Lymantriidae e da ordem Lepidoptera. É autóctone da Europa com distribuição pela Ásia e Norte de África. Foi introduzida acidentalmente na América em 1869. É um inseto que provoca desfolha intensa levando a um crescimento reduzido ou mesmo à morte do seu hospedeiro. Pode atacar cerca de 300 espécies de árvores e arbustos. O sobreiro é a árvore mais atacada.]
A pulverização dos pesticidas para a eliminação das formigas e mariposas foi considerada um "tratamento imprudente em larga escala", pois o equilíbrio da população desses insetos se dava de forma natural, não necessitando de interferência. Nesse sentido, ouve um movimento dos moradores que entraram com uma ação judicial, porém a Suprema Corte dos Estados Unidos recusou o caso.
Por consequência do excessivo uso de “veneno”, foram perdidas populações de abelhas,aves, animais de estimação, e até mesmo de rebanhos de gado. Além do mais, Carson mostra além das perdas dos animais, a contaminação do leite que posteriormente será ingerido por seres humanos. Fazendo a pergunta: "Quem está salvaguardando o consumidor?" A autora afirma que a população não está amparada nem mesmo por órgãos governamentais.
Para lá dos sonhos dos Bórgias
O título do capítulo faz menção aos Bórgias, família nobre hispano-italiana da Renascença, famosa por uma incansável busca de poder, utilizando o veneno como uma de suas principais armas. Carson acredita que a população é enganada quanto ao real risco dos agrotóxicos, estando esses venenos presentes na atual realidade e alimentação humana.
O uso de pesticidas tornou-se algo normal na vida do homem, uma ferramenta “simples” para acabar com seres indesejados. Nesse sentido, o homem demonstra a total falta de preocupação e precaução para o uso dos agrotóxicos, gerando sérios ricos a sua própria saúde e do meio em que vive por lidar com um conjunto de venenos, sem saber seus efeitos colaterais. A autora se faz a seguinte pergunta: isso é responsabilidade do consumidor individual ou daqueles que produzem e comercializam esses produtos?
Devemos lembrar que a utilização de insumos químicos ao longo dos anos faz com que haja um acúmulo progressivo no corpo de qualquer ser vivo exposto. A maioria não sabe que isso está acontecendo. Não nos dando conta que grande parte de nossa alimentação foi exposta ao DDT, e que assim, simplesmente lavar e cozinhar não afasta os efeitos do veneno. 
Fazendo a pergunta "O governo não nos protege?", Carson informa que Food and Drug Administration (FDA) é responsável pelo controle e regulamento do comércio interestadual, porém não tem uma grande equipe. Outro problema relacionado a FDA são os seus testes em ambientes controlados, o que não mostra o real meio em que o agrotóxico é utilizado. No dia a dia, por total experiência, é utilizado produtos em excesso, como o pensamento “de quanto mais melhor”, causando assim "empilhamento de substâncias químicas de muitas fontes diferentes".[6: A Food and Drug Administration (FDA) é responsável por proteger a saúde pública, garantindo a segurança, eficácia e segurança de medicamentos humanos e veterinários, produtos biológicos, dispositivos médicos, suprimento de alimentos do nosso país, cosméticos e produtos que emitem radiação. O FDA também fornece informações de saúde precisas e baseadas na ciência para o público.]
Carson considera que as pessoas devem preocupar-se mais com que ingerem em seu dia-a-dia, e que haja maior cobrança e comprometimento dos órgãos governamentais. Nesse contexto a autora afirma que a educação é a base para uma mudança de pensamentos e atitudes.
O preço humano
Ao invés da ameaça de doença como varíola e a invasão de pragas que causam prejuízos ao homem, que foram controladas de forma efetiva no decorrer dos séculos, agora a preocupação é outra. Carson inicia o capítulo deixando bem claro que o responsável por toda a devastação deixada por produtos químicos é unicamente o homem. "Hoje estamos preocupados com um tipo diferente de perigo que se esconde em nosso ambiente - um risco que nós mesmos introduzimos em nosso mundo moderno." 
Sabendo que o ser humano e o ecossistema vivem interconectados, que a sobrevivência homem depende da utilização dos recursos naturais e de sua preservação, Carson lança a seguinte pergunta aos seus leitores: “Ele pode escapar de uma poluição que agora está tão completamente distribuída em todo o mundo?"
Através de uma janela estreita
Nos capítulos anteriores Carson apontou os problemas causados de forma geral aos seres vivos pelo uso excessivo de produtos químicos. No presente capítulo, a autora mostra quais os efeitos dos pesticidas e sua interferência no ciclo celular. Empregando a analogia a qual se é visto todo o universo "através de uma janela estreita", Carson enfatiza que devemos tratar o tema com extrema cautela, pois os pesticidas tem o poder de nos afetar em nível celular, sendo elas capazes de assumir inúmeras formas e funções dentro de um organismo tendo finalidades básicas de absorção e produção de energia, reprodução e manutenção de celular. Sem células, não pode existir vida.
Inúmeros produtos químicos, incluindo o DDT, têm a capacidade de interferência no ciclo energético das células. Desse modo, funções importantes tais como crescimento, respiração e reprodução são gravemente afetados, pois esses produtos podem interferir na oxidação, que é essencial para muitos processos corporais. Carson faz novamente um comparativo da exposição de pesticidas com a radiação (tema de grande repercussão na época em que Silent Spring foi publicado), sendo capaz de resultar em danos cromossômicos e mutações. 
Carson evidencia que a exposição aos pesticidas pode causar doenças físicas e mentais. E que para evitar tal afirmação é necessário que o homem tenha cautela com a utilização exacerbada de produtos químicos nocivos ao homem. Pois somo nós os verdadeiros responsáveis pela perpetuação de nossa espécie, ou tanto de nossa própria extinção. 
Um em cada quatro
O capítulo tem por importância os riscos causados pelo câncer, tendo como foco principal os agentes cancerígenos que o próprio homem criou.
Um dos exemplos citados foi o início das indústrias e sua liberação de fuligem ao ar, no qual tardaram os estudos sobre seus malefícios. Juntamente com a fuligem, o arsênico, o urânio e o lindano, deixando um grande rastro de doenças. Outro exemplo utilizado foram os pesticidas utilizados para exterminar ácaros e carrapatos, que a curto prazo não causavam malefícios, porém acumulava-se no corpo humana, desenvolvendo o câncer anos mais tarde.[7: O arsênico é um metal de ocorrência natural, sólido, cristalino, de cor cinza-prateada. Exposto ao ar, perde o brilho e torna-se um sólido amorfo de cor preta. Esse metal é utilizado como agente de fusão para metais pesados, em processos de soldagens e na produção de cristais de silício e germânio. Na forma de arsenito é usado como herbicida e como arsenato, é usado nos inseticidas.No homem produz efeitos nos sistemas respiratório, cardiovascular, nervoso e hematopoiético. No sistema respiratório ocorre irritação com danos nas mucosas nasais, laringe e brônquios. Exposições prolongadas podem provocar perfuração do septo nasal e rouquidão característica e, a longo prazo, insuficiência pulmonar, traqueobronquite e tosse crônica. No sistema cardiovascular são observadas lesões vasculares periféricas e alterações no eletrocardiograma. No sistema nervoso, as alterações observadas são sensoriais e polineuropatias, e no sistema hematopoiético observa-se leucopenia, efeitos cutâneos e hepáticos. Tem sido observada também a relação carcinogênica do arsênico com o câncer de pele e brônquios.][8: É um minério comum que pode ser encontrado em toda a crosta terrestre. O urânio existe na natureza na forma de minerais como a uraninita, a zeunerita, a torbenita, a pechblenda, carnotita e a autunita.Quando um indivíduo é exposto ao elemento, ele pode ser contaminado tanto por inalação, quanto por absorção da pele. Os efeitos são dor de cabeça, vômito, queimaduras, diarreias, náuseas, sem contar que atinge vários sistemas do corpo humano. É um elemento químico que não pode ser eliminado pelo organismo, ou seja, ele acumula-se no corpo e fica retido nos ossos. A exposição a radiação causada por urânio pode causar doenças como o câncer.][9: O hexaclorociclohexano (HCH) é um inseticida organoclorado caracterizado por uma mistura de vários isômeros, principalmente α, β, γ e δ. Na composição percentual do HCH técnico normalmente encontram-se 65 a 70% de alfa-HCH (α-HCH); 7 a 10% de beta-HCH (β-HCH); 14 a 15% de gama-HCH (γ-HCH) e cerca de 10% de outros isômeros e compostos. As vias de exposição humana ao lindano e outros isômeros do hexaclorociclohexano são ingestão, inalação e contato dérmico. A população geral pode ser exposta por ingestão de alimentos contaminadoscom resíduos de agrotóxicos e contato cutâneo durante o uso de xampus e loções contendo lindano para tratamento de sarnas e piolhos. Também é possível ser exposto por ingestão de água e inalação de ar contaminados, e contato da pele com terra ou água de locais de disposição de resíduos perigosos contendo essas substâncias. O HCH foi detectado no leite materno, o qual constitui uma possível rota de exposição para bebês.]
Carson observa que antes, se referindo a anos anteriores a 1960, apenas idosos morriam de câncer, porém com a interferência humana e invenções dos mais variados produtos químicos, as causas de mortalidade infantil, tem por maior responsável o câncer.
No momento em que o livro é escrito, Carson encontra-se com câncer de mama, para a autora a doença deve ser combatida através da cautela, argumentando que a prevenção não é um objetivo irracional.
A natureza revida
O homem luta incansavelmente contra as pragas, porém sempre fracassam. Os insetos se adaptam os venenos utilizados, morrendo os mais fracos e tornando-se mais resistentes os descendentes daqueles que sobreviveram, até mesmo imunes aos venenos utilizados. Carson afirma que os produtos químicos falham pois eles não podem levar em conta os sistemas complexos e precisos do meio ambiente. A própria natureza foi a criadora de um controle eficaz sobre os seres vivos, não o homem. 
Carson critica a arrogância humana em pensar que é capaz de controlar a natureza, esquecendo que as próprias defesas naturais são idealizadas para manter o equilíbrio são interrompidas, causando desequilíbrio, que muitas vezes é assolador tanto para a natureza quanto para a humanidade.
No momento que é exterminado uma espécie existente em uma cadeia alimentar, pode ocorrer a propagação de doenças, pois pragas portadoras de patogênicos intensificam-se sem seus predadores naturais. Nesse sentido, Carson acredita que deve haver mais investimento em soluções biológicas mais compatíveis com as comunidades ecológicas, pois só assim haverá o mínimo de interferência ambiental.
Os ribombos de uma avalancha
Carson apresenta que a pulverização intensiva de pesticidas teve por resultado a tão famosa Teoria da evolução das espécies e a seleção natural propostas por Charles Darwin. O inseto mais apto sobrevive. Por serem animais de vida curta, a resistência se desenvolve ao longo de gerações, ao contrário do homem, que sofre gravemente a exposição a pesticidas.[10: Charles Darwin (1809-1882) foi um naturalista inglês, autor do livro “A Origem das Espécies”. Formulou a teoria da evolução das espécies, anteviu os mecanismos genéticos e fundou a biologia moderna. É considerado o pai da “Teoria da Evolução das Espécies”. O livro teve sua primeira edição esgotada em um dia. A obra destituiu a vida humana de qualquer superioridade em relação aos animais e enterrou o conceito de divindade, abrindo caminho para a ciência moderna.]
Por viverem um curto período, a proliferação de insetos resistentes tornou-se uma crise de saúde, pois vetores de doenças, por exemplo, carrapatos, mosquitos e baratas, não são mais eliminados por inseticidas. Por consequência indústrias fabricantes de pesticidas devem mudar as fórmulas de seus produtos constantemente.
Por viver em constante corrida pelo fim de pragas, o homem interfere no equilíbrio ambiental natural, e acaba por colocar em risco sua própria existência
 
A outra estrada
Carson apresenta o último capítulo referindo-se ao poema de Robert Frost "The Road Not Taken" (1915), retratando a solução dos problemas gerados por pesticidas como uma estrada com duas escolhas.[11: Robert Lee Frost (São Francisco, Califórnia, 26 de março de 1874 — Boston, 29 de janeiro de 1963) foi um dos mais importantes poetas dos Estados Unidos do século XX. Frost recebeu quatro prêmios Pulitzer.]
Por primeira escolha está o uso indiscriminado de pesticidas sintéticos e por consequência imensuráveis desastres ambientais. E como segunda opção, buscar alternativas biologicamente corretas baseadas no conhecimento de organismos vivos para que assim haja a preservação do meio ambiente e do próprio homem. 
Carson mostra a importância da utilização de predadores naturais para que o próprio ecossistema corrija os problemas causados por pesticidas; desenvolver pesquisas para que possa tornar os insetos (pragas) estéreis, tendo suas populações gradativamente reduzidas; desenvolver pesquisas relacionadas a utilização de bactérias que afetem somente os insetos (pragas) para que adoeçam e morram.
Carson deixa bem claro em seu livro que está apenas nas mãos dos seres humanos a recuperação do que foi destruído por falta de conscientização. É válido também lembrar que os ciclos seguirão em constante movimento, e caso o homem continue esse ciclo de destruição, acabará por destruir-se.
Conclusão
O livro Primavera Silenciosa (Silent Spring), de Rachel Carson, continua extremamente atual mesmo após 57 anos da sua primeira publicação, no qual foi o propulsor dos movimentos ambientalistas até a atualidade. Sua investigação sobre os perigos dos pesticidas desempenhou um papel imprescindível na proibição do pesticida DDT nos Estados Unidos, 10 anos após sua publicação em 1972.
Além de expor ao mundo o grave problema ambiental provocado por pesticidas que exterminou uma grande variedade de animais, principalmente aqueles que não eram o principal alvo dos pesticidas, Carson abriu os olhos da população sobre os reais problemas e consequências do uso desmedidos de agrotóxicos à saúde humana e aos ciclos naturais.
O livro também nos leva a considerar sobre o real valor da Educação Ambiental, posto que possui influência na atitude comportamentais dos seres humanos. Dado que, sua conduta interfere no meio ambiente em que vive, seja de forma positiva ou negativa.
“É irônico pensar que o homem possa determinar seu próprio futuro com algo aparentemente tão trivial quanto a escolha de um spray de insetos."
Rachel Carson
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