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Apostila de Meteorologia Básica - IF 111 – 2013 – DCA/IF/UFRRJ 269 CAPÍTULO 10. PRESSÃO ATMOSFÉRICA Ednaldo Oliveira dos Santos Rafael Coll Delgado 10.1. Introdução Entre os vários fenômenos (precipitação) e elementos meteorológicos (temperatura do ar, umidade, ventos, entre outros), a pressão atmosférica é a menos perceptível no nosso cotidiano. Contudo, diferenças de pressão de um lugar para outro são responsáveis pela formação dos ventos e suas variações tem influência direta nas condições meteorológicas. Como será discutido adiante, a pressão atmosférica está diretamente relacionada a outros elementos meteorológicos. Fisicamente, a pressão representa a razão entre o módulo de uma força F (= massa x aceleração) aplicada perpendicularmente sobre uma área A de superfície, conforme a equação seguinte: A F P (10.1) Assim, a Pressão Atmosférica (P) pode ser definida como o peso (força = massa x gravidade) exercido por uma coluna de ar, com secção transversal reta de área unitária, acima de uma superfície, em dado instante e local (Varejão-Silva, 2006). No Sistema Internacional (SI), a unidade usada para expressar a pressão é o Pascal (Pa), que corresponde à pressão exercida por uma força de 1 Newton (N) aplicada em uma área de 1 metro quadrado (m 2 ). A pressão exercida pela atmosfera ao Nível Médio do Mar (NMM) corresponde a aproximadamente 1013,25 hPa ou 101,33 kPa. Esse valor é igual a uma unidade chamada atmosfera (1 atm), que equivale também a 760 milímetros de mercúrio (760 mmHg), sendo o mmHg outra unidade de medida da pressão (Figura 10.1). O estudo da pressão atmosférica é importante, porque sendo o ar um fluído, sua tendência é se movimentar em direção às áreas de menor pressão, como discutido a seguir. Desta maneira, o movimento da atmosfera está diretamente relacionado com a distribuição da pressão atmosférica, embora existam outras forças que atuam nesse movimento, que modificam significativamente a tendência inicial do ar em mover-se diretamente para as regiões onde a pressão é menor (Varejão-Silva, 2006). Apostila de Meteorologia Básica - IF 111 – 2013 – DCA/IF/UFRRJ 270 Figura 0.1. Esquema mostrando a pressão exercida na coluna da atmosfera. Ao nível médio do mar, uma coluna padrão de ar com base de 1 cm 2 tem massa de pouco mais que 1 kg. A força exercida pelo peso dessa coluna equivaleria a uma carga de mais de 500 toneladas sobre um telhado de 50 m 2 . Por que então o telhado não desaba sobre a ação dessa força? Porque a pressão do ar em qualquer ponto não atua apenas para baixo, mas é a mesma em todas as direções: para cima, para baixo e para os lados. Portanto, a pressão do ar por baixo do telhado contrabalança a pressão sobre o telhado. 10.2. Equilíbrio Hidrostático Com exceção dos processos que envolvem fortes correntes convectivas (por exemplo, as observadas nas nuvens Cumulunimbus - Cb), as componentes verticais do movimento atmosférico são pequenas, e podem ser desprezadas. Assim, uma parcela pode ser considerada em equilíbrio com os movimentos verticais. Apostila de Meteorologia Básica - IF 111 – 2013 – DCA/IF/UFRRJ 271 Nessas condições, o Equilíbrio Hidrostático representa o balanço entre a força do gradiente vertical de pressão (devido a diferenças de pressão em dois locais, distantes na vertical) e a força de gravidade. Esse estado de equilíbrio é um dos mais constantes na atmosfera e acontece em todas as escalas de movimento atmosférico, exceto em pequenas escalas com grande aceleração vertical (< 10 km). Deve-se ressaltar que o equilíbrio hidrostático não impede o movimento vertical, mas apenas sua modificação (aceleração nula). Pode-se representar matematicamente o equilíbrio hidrostático conforme abaixo. Sabe-se que Pressão P (z) é o peso (força) da atmosfera acima de uma altitude (z) por unidade de área: Área F zP (10.2) em que, gravidademassaF , volumedensidademassa e volume = área x ΔZ Assim, pode-se expressar massa = ρ x área x ΔZ. Fazendo as devidas substituições na equação acima, chega-se a seguinte equação: área/gravidadeZáreazP (10.3) Logo, gravidadeZzP (10.4) Apostila de Meteorologia Básica - IF 111 – 2013 – DCA/IF/UFRRJ 272 10.3. Experiência de Torricelli O físico italiano Evangelista Torricelli (1608-1647), em 1643, realizou uma experiência para determinar a pressão atmosférica ao nível do mar. Contudo, naquele tempo, acreditava-se de que "a natureza teria horror ao vácuo". Segundo essa crença, seria impossível manter qualquer região do espaço no vácuo, por algum tempo. A existência do vácuo, inclusive, era considerada um dos "219 erros execráveis" pelos teólogos da época e acreditar nisso era quase uma heresia. Assim, Torricelli queria mostrar que a pressão atmosférica seria capaz de compensar a pressão reinante na base de uma coluna de mercúrio (Hg), mantida em equilíbrio. Para tanto, ele usou um tubo de aproximadamente 100 cm (1 metro) de comprimento, cheio de mercúrio (Hg) e com uma das extremidades tampada. Depois, colocou o tubo na vertical e com o lado tampado para baixo, dentro de um recipiente que também continha mercúrio. Torricelli observou que, após destampar o tubo, o nível do mercúrio desceu e estabilizou-se na posição correspondente a 76 cm (760 mm). Torricelli logo percebeu que acima do mercúrio havia o execrável vácuo. Com essa experiência, Torricelli mostrou que é possível obter vácuo e mantê-lo pelo tempo que se quiser. Notou também que a altura da coluna de mercúrio não era sempre constante, mas variava durante o dia e a noite. Concluiu daí, corretamente, que essas variações mostravam que a pressão atmosférica podia variar e suas flutuações eram medidas pela variação na altura da coluna de mercúrio (Figura 10.2). Portanto, Torricelli não apenas demonstrou a existência da pressão atmosférica, mas também inventou o aparelho capaz de medi-la: o barômetro de mercúrio. Além disso, ainda provou que a natureza não tem nenhum "horror ao vácuo". Apostila de Meteorologia Básica - IF 111 – 2013 – DCA/IF/UFRRJ 273 Figura 0.2. Demonstração da experiência de Torricelli. Fonte: www.if.ufrgs.br. Deve-se notar que a altura da coluna barométrica não depende só da pressão atmosférica, mas também, da temperatura. De fato, tanto o mercúrio, como as demais partes metálicas (cisterna e escala) e de vidro (tubo) dos barômetros convencionais de mercúrio, se dilatam ou se contraem em função de mudanças na temperatura ambiente. Por isso mesmo, barômetros de mercúrio submetidos à mesma pressão atmosférica, porém sob distintas temperaturas, apresentam colunas com alturas diferentes. A altura da coluna barométrica depende, também, do valor local da aceleração da gravidade. Para contornar essas dificuldades, os barômetros de mercúrio têm sua escala confeccionada de modo que forneçam valores corretos da pressão apenas quando colocados sob temperatura de 0 o C e a aceleração da gravidade de 9,80665 m x s -2 (chamadas condições para fins barométricas). Quando tais condições ambientais não são satisfeitas, o que é o caso mais frequente é necessário aplicar correções ao valor da coluna de mercúrio lido na escala (chamado de leitura barométrica), para que se obtenha a pressão real (Pr). Apostila de Meteorologia Básica - IF 111 – 2013 – DCA/IF/UFRRJ 274 Devido à dilatação da coluna de mercúrio em função da temperatura e também devido à aceleração da gravidade, devem ser feitas correções com auxílio de tabelas,que consideram que: # Temperatura do ar de 0 oC, # Altitude de 0 m (NMM), e # Latitude de 45º como referência para a correção da gravidade. Portanto, às leituras barométricas são normalmente aplicadas três correções, como segue: Correção instrumental (Ci) - visa compensar eventuais defeitos de fabricação, devido a erros de subdivisão e comprimento da escala, ajuste do zero, capilaridade, vácuo imperfeito, entre outras. Essa correção consta no certificado de calibragem do instrumento, fornecido pelo fabricante; Correção de temperatura (Ct) - para ajustar a leitura as condições de temperatura de 0 o C; Correção de gravidade normal (Cg) - Pode ser devida a influência das diferenças de altitude (Cga) ou da latitude (Cgl). Essa correção seria para contrabalancear a diferença entre o valor local da aceleração da gravidade e aquele usado para confeccionar a escala do instrumento. O resultado, obtido ao se aplicarem essas correções à leitura barométrica, é que constitui a pressão atmosférica real (Pr). Por isso que durante muito tempo costumou-se expressar a pressão atmosférica em termos da altura da coluna de mercúrio, adotando-se o milímetro de mercúrio (mmHg) como unidade. Porém, as unidades recomendadas no SI, para expressar a pressão são o pascal (Pa) ou milibar (mb), esta última inclusive para intercâmbio internacional de dados meteorológicos (WMO, 2008), como segue: 1 mb = 10 3 dyn/cm 2 = 10 2 N/m 2 = 10 2 Pa = 1 hPa Considerando as condições-padrão de temperatura (0 o C) e da aceleração da gravidade (980,665 cm x s -2 ), e ainda, que a pressão normal corresponde a 76 cm de coluna barométrica e que a densidade do mercúrio àquela temperatura é de 13,595 g cm -3 , pode-se aplicar a equação 10.4 e encontra-se: Apostila de Meteorologia Básica - IF 111 – 2013 – DCA/IF/UFRRJ 275 P = 980,665 (cm/s 2 ) x 13,595 (g/cm 3 ) x 76 (cm) = 1013,25 g cm/s 2 cm 2 = 1013,25 mb. Pois dyn = g·cm/s², e dyn/cm 2 = mb. Assim, uma atmosfera (1 atm) corresponde a 760 mmHg, a 1013,25 mb ou a 101,33 kPa. 10.4. Variações da Pressão Atmosférica 10.4.1. Diária Na Região Tropical ocorrem aproximadamente dois máximos (10 e 22 horas) e dois mínimos (4 e 16 horas). Em regiões extratropicais as amplitudes da pressão são superiores às observadas nas regiões tropicais. Esse caráter oscilatório diário da pressão a superfície (conhecida como maré barométrica) é atribuído às marés atmosféricas. Basicamente coincide com as marés oceânicas: 2 baixamar e 2 preamar (Figura 10.3). Essa oscilação é resultado da atração gravitacional da lua. A pressão atmosférica está associada a mudanças nas condições do tempo meteorológico. Figura 0.3. Variação diária da pressão atmosférica. Apostila de Meteorologia Básica - IF 111 – 2013 – DCA/IF/UFRRJ 276 10.4.2. Anual Variação anual da pressão possui defasagem de 180° em relação a temperatura do ar, ou seja, no verão as temperaturas elevadas contrastam com baixas pressões, observando-se o oposto no inverno. No verão o continente está mais quente que o oceano, assim, ocorre tendência de menor pressão sobre o continente, enquanto no oceano adjacente a tendência é de maior pressão (Figura 10.4). L = Low (Baixa Pressão) e H = High (Alta Pressão). Figura 0.4. Variação da Pressão em nível global em janeiro, verão no Hemisfério Sul. No inverno o continente está mais frio que o oceano, desta forma, ocorre maior pressão sobre o continente, e menor pressão no oceano adjacente (Figura 10.5). Apostila de Meteorologia Básica - IF 111 – 2013 – DCA/IF/UFRRJ 277 L = Low (Baixa Pressão) e H = High (Alta Pressão). Figura 0.5. Variação da Pressão em nível global em julho, inverno no Hemisfério Sul. Além das variações acima, também ocorre variação espacial da pressão em função basicamente das propriedades térmicas de continentes ou corpos d’água (oceanos, lagos e rios). 10.5. Isóbaras e Superfícies Isobáricas A partir dos valores de pressão atmosférica plotados em um mapa, podem ser traçadas linhas que unem pontos de mesmo valor de pressão. Tais linhas são chamadas de Isóbaras. De acordo com Varejão-Silva (2006), as isóbaras caracterizam a distribuição espacial da pressão, a qual fornece informações preciosas para a Meteorologia. Sabe-se que através da observação sistemática, e comprova-se por via teórica, que a determinadas configurações do campo da pressão à superfície, estão associadas condições específicas de tempo meteorológico (Figura 10.6). Apostila de Meteorologia Básica - IF 111 – 2013 – DCA/IF/UFRRJ 278 Assim, é possível fazer deduções quanto ao padrão da atmosfera, a partir da análise da disposição das isóbaras, já que o vento (e, portanto, o transporte de calor e de vapor d’água) está intensamente condicionado pela distribuição espacial de pressão. Figura 0.6. Exemplo de mapa contendo isóbaras. Fonte: INMET. Quando se pensa na atmosfera em três dimensões, facilmente concebem-se superfícies que unem pontos de igual valor de pressão: são chamadas superfícies isobáricas. As isóbaras representam, de fato, interseções das superfícies isobáricas com um plano de referência, em geral, o nível médio do mar (NMM). Apostila de Meteorologia Básica - IF 111 – 2013 – DCA/IF/UFRRJ 279 10.6. Centro de Altas (A) e Baixas Pressões (B) Observando-se um mapa, contendo a representação do campo de pressão à superfície do nosso Planeta, constata-se, muitas vezes, a presença de uma ou mais isóbaras fechadas, concêntricas ou não, delimitando uma área onde a pressão é maior que em qualquer outro ponto à sua volta, ou seja, a pressão aumenta na direção do centro. Estes núcleos de pressão mais elevada são denominados de centros de alta pressão, anticiclônicos ou, simplesmente, anticiclones (indicados nas cartas Sinóticas pela letra A), conforme Figura 10.7. Figura 0.7. Mapa contendo centros de Altas e Baixas Pressões. Fonte: www.mar.mil.br/dhn/chm/meteo/prev/cartas/cartas.htm. Apostila de Meteorologia Básica - IF 111 – 2013 – DCA/IF/UFRRJ 280 Deduz-se, imediatamente, que, por tratar-se de uma área de maior pressão, o ar na superfície, tende a afastar-se dela (há divergência de massa à superfície) e, ao fazê- lo, é substituído pelo ar que provém de camadas mais elevadas da atmosfera (Varejão- Silva, 2006). Devido a isso, pode-se inferir ainda, que sobre um centro de alta pressão, o movimento vertical do ar se verifica de cima para baixo, chamado de movimento subsidente (Figura 10.8). Figura 0.8. Esquema demonstrando Centro de Alta Pressão. Fonte: http://tempoeclimasg.blogspot.com.br/2012/10/entenda-melhor-pressao-atmosferica.html. Também, observando-se o campo de pressão ao nível médio do mar podem ser facilmente encontradas configurações constituídas por uma ou mais isóbaras fechadas que delimitam áreas onde a pressão atmosférica é menor que em qualquer ponto circunvizinho, ou seja, a pressão diminui em direção ao centro. Esses núcleos de menor pressão são chamados de centros de baixa pressão, ciclônicos ou ciclones (indicados nos mapas pela letra B), conforme visualizados na Figura 10.8 anteriormente. Nos centros de baixa pressão, há convergência de massa à superfície e o movimento vertical do ar é necessariamente de baixo para cima, conhecido como movimento ascendente (Figura 10.9). Apostila de Meteorologia Básica - IF 111 – 2013 – DCA/IF/UFRRJ 281 Figura 0.9. Esquema demonstrando Centro de Baixa Pressão. Fonte: http://www.escolanautica.com.br/coluna/ensinando_parte_09.htm.10.7. Variação da Pressão Atmosférica com a Altitude Como discutido no Capítulo 3 (Composição da Atmosfera), nosso Planeta está envolvido por uma fina camada de ar, denominada atmosfera, constituída por uma mistura gasosa, cujos principais componentes são o oxigênio e o nitrogênio. A espessura dessa camada não pode ser perfeitamente determinada, porque, à medida que aumenta a altitude, o ar se torna muito rarefeito, isto é, com baixa densidade. O ar, sendo composto por moléculas, é atraído pela força de gravidade da Terra e, portanto, tem peso (massa x gravidade). Se não o tivesse escaparia da Terra, dispersando-se pelo espaço. Devido ao seu peso, a atmosfera exerce uma pressão, chamada pressão atmosférica, sobre todos os objetos nela imersos. Em geral, a pressão atmosférica muda de ponto para ponto e, em cada ponto, ao longo do tempo. Essa contínua variação da pressão decorre da incessante alteração da massa específica do ar, nas diferentes camadas da atmosfera situadas acima do local em questão, causada principalmente por alterações na temperatura, no conteúdo de vapor d’água, ou em ambas. Apostila de Meteorologia Básica - IF 111 – 2013 – DCA/IF/UFRRJ 282 Na coluna atmosférica que se estende verticalmente acima de um observador, o ar encontra-se em permanente processo de renovação, devido ao vento. Quando, em uma camada qualquer dessa coluna, o ar substituinte possui massa específica diferente daquela que ali se encontrava, o peso dessa camada varia e sua contribuição para a pressão reinante ao nível do observador muda (Varejão-Silva, 2006). À medida que a altitude aumenta, a pressão diminui, pois diminui o peso da coluna de ar acima. Como o ar é compressível, diminui também a densidade com a altura, o que contribui para diminuir ainda mais o peso da coluna de ar à medida que a altitude aumenta. Inversamente, quando a altitude diminui, aumenta a pressão e a densidade. Ou seja, a maior pressão atmosférica é obtida ao nível do mar (altitude nula). Para qualquer outro ponto acima do nível do mar, a pressão atmosférica é menor (Figura 10.10). Figura 0.10. Gráfico mostrando a variação da coluna de ar em diferentes altitudes. Fonte: http://www.prof2000.pt/users/elisabethm/geo7/clima/elementosp.htm. Apostila de Meteorologia Básica - IF 111 – 2013 – DCA/IF/UFRRJ 283 10.8. Ajuste da Pressão ao Nível Médio do Mar Não é correto comparar diretamente valores da pressão atmosférica, quando coletados em locais com diferentes altitudes. Caso isso fosse feito, os valores referentes às localidades mais elevadas, sendo sempre menores que os demais, levariam a resultados incorretos. Por exemplo, dariam a impressão de que o ar tenderia sempre a se deslocar dos locais de menor altitude (onde a pressão é maior) para os de maior, ou seja, que o vento sopraria permanentemente subindo as encostas. Essa conclusão, por ser baseada em uma premissa falsa, iria ser contrariada pelas observações da direção do vento (Varejão-Silva, 2006). Para que possam ser comparados, os valores da pressão à superfície, observados em locais com altitudes distintas, é imprescindível que o efeito do relevo seja eliminado. Isso é feito aplicando-se uma correção aos valores obtidos da pressão atmosférica, para que se ajuste a um dado nível de referência. De forma geral, o nível médio do mar (NMM) é definido com nível de referência, porque nosso Planeta é coberto com aproximadamente de 68% por água dos oceanos e mares. Em locais com altitudes positivas, essa correção consiste em adicionar certo incremento ao valor da pressão observada na superfície, para compensar a camada atmosférica que passaria a existir sobre esse mesmo local, caso fosse hipoteticamente deslocado de sua altitude real até o NMM. Quando os locais possuem altitudes negativas, a pressão observada seria diminuída para compensar a camada de ar teoricamente deixaria de existir acima deles (Varejão-Silva, 2006). Esse ajuste mencionado acima é referido de forma geral como “redução da pressão ao nível médio do mar”. Apostila de Meteorologia Básica - IF 111 – 2013 – DCA/IF/UFRRJ 284 10.9. Instrumentos Medidores e Registradores da Pressão Atmosférica A Pressão atmosférica é a exercida pela camada de moléculas de ar sobre a superfície. A pressão é a força por unidade de área, neste caso a força exercida pelo ar em um determinado ponto da superfície (Pereira et al., 2002; Varejão-Silva, 2006). Se a força exercida pelo ar aumenta em determinado ponto, consequentemente a pressão também aumentará. A pressão atmosférica é medida e registrada por meio de equipamentos conhecidos como, respectivamente, barômetros e barógrafos. As diferenças de pressão têm origem térmica, que estão relacionadas com a radiação solar e os processos de aquecimento das superfícies e das massas de ar. Formam-se a partir de influências de fatores naturais, como: continentalidade, maritimidade, latitude, altitude. As unidades utilizadas para expressar a pressão atmosférica são: polegada ou milímetros de mercúrio (mmHg), atmosfera (atm), milibar (mbar), hectopascal (hPa) quilopascal (kPa), sendo as três últimas, as mais utilizadas no meio científico. 10.9.1. Medidores O instrumento utilizado para medir a pressão atmosférica é conhecido por barômetro. A palavra “barômetro” deriva de duas palavras gregas, “barros” (peso) e “metron” (medida). Há dois tipos de barômetros mais usados: barômetros de mercúrio (Hg) e barômetros aneróides. A palavra aneróide deriva do grego “a neros” (não líquido) e do sufixo “oid” (semelhante). O barômetro aneroide, portanto, não contém líquido, ao contrário do barômetro de mercúrio, que utiliza um líquido (mercúrio). Apostila de Meteorologia Básica - IF 111 – 2013 – DCA/IF/UFRRJ 285 Barômetro Aneróide a. Finalidade: Medir a pressão atmosférica do ar no momento da observação (mmHg). b. Constituição: O órgão sensível do barômetro aneróide (Figura 10.11) é chamado de cápsula aneróide. Consiste numa cápsula de metal, flexível, oca, selada e com vácuo interno. A cápsula é impedida de ser esmagada pela pressão atmosférica por funcionar como uma mola, mas responde as variações da pressão, variando sua dimensão. Tais variações são transmitidas a um ponteiro que indica a pressão sobre uma escala. É compensado para variações de temperatura, contudo é menos preciso que o barômetro de Hg, e deve ser frequentemente conferido com este. São portáteis, de transporte e manuseio mais fácil que o barômetro de Hg. c. Funcionamento: Conforme a pressão varia, a cápsula sofre deformações, contraindo-se quando a pressão aumenta ou expandindo-se quando diminui. Um ponteiro indica a pressão numa escala circular em mmHg ou mb. d. Leitura: A leitura é feita diariamente em todas as observações. O barômetro aneroide é menos preciso que o de mercúrio, porém, não necessita de correções a sua leitura, como é feita no barômetro de Hg. A pressão fornecida é a pressão real. e. Instalação: O barômetro aneroide é instalado no escritório do posto, protegido das intempéries (insolação direta, ventos e mudanças bruscas de temperatura) que prejudicam o seu funcionamento. Figura 0.11. Barômetro aneróide. Fonte: http://www.cesareodoc.it/cdvertiamo/scienze/pressioneatmosfeica.htm#. Apostila de Meteorologia Básica - IF 111 – 2013 – DCA/IF/UFRRJ 286 Barômetro de mercúrio (Hg) Finalidade: Medir a pressão atmosférica do ar no momento da observação (mmHg). Constituição: Construído de acordo com a experiência de Torricelli. Consiste de uma pequena cuba ou cisterna cheia demercúrio e de uma coluna de vidro (tubo) de aproximadamente 90 cm de comprimento, por onde o mercúrio se expande conforme as variações da pressão. Todo barômetro de Hg possui em sua estrutura um termômetro para medir a temperatura no momento da observação. A leitura é feita em uma escala fixa existente no tubo (mmHg ou mb), tomando-se por base onde termina a coluna de mercúrio. Esta escala fornece a pressão em números inteiros (por exemplo: 754 mmHg, 1012 mb, etc.). Caso queira-se maior precisão, com inclusão de centésimos, o aparelho possui uma escala móvel (vernier). A leitura da pressão obtida neste barômetro necessitará de algumas correções. Tipos de correções: As correções são devidas a dilatação que ocorre na coluna de mercúrio em função da temperatura do ar e também devido à aceleração da gravidade que varia com a altitude e latitude e alteram o peso da coluna de mercúrio. As correções serão feitas através de tabelas que consideram a temperatura do ar 0°C como referência e a altitude de 0 m e latitude de 45° como referência da correção da aceleração da gravidade. Caso a leitura do barômetro tenha sido feita em um local cuja temperatura era de 0°C, a altitude de 0 m e a latitude de 45°, nenhuma correção seria necessária, pois o local encontra-se nas referências estabelecidas. A leitura do barômetro seria a pressão real. Em locais fora destes padrões serão feitas correções. # Correção instrumental (Ci): Envolve todos os erros referentes à subdivisão e comprimento da escala, ajuste do zero do vernier, capilaridade, vácuo imperfeito, entre outros intrínsecos ao instrumento. Pressão barométrica (Pb) + Ci = Leitura aparente (Pa) Apostila de Meteorologia Básica - IF 111 – 2013 – DCA/IF/UFRRJ 287 # Correção de temperatura (Ct): t > 0°C ( - ); t < 0°C ( + ). Leitura aparente (Pa) + Ct = Leitura barométrica reduzida a 0°C (P0°) # Correção de gravidade normal (Cg): Em relação à altitude (Cga): > NMM ( - ); < NMM ( + ). Em relação à latitude (Cgl): Lat > 45° ( + ); Lat < 45° ( - ). Leitura barométrica reduzida a 0°C (P0°) + Cga + Cgl = Pressão real Leitura: A leitura é feita diariamente em todas as observações. Feitas as leituras dos barômetros, faz-se as correções necessárias. Instalação: O barômetro de Hg é instalado no escritório do posto protegido das intempéries (insolação direta, ventos e mudanças bruscas de temperatura) que prejudicam o seu funcionamento. O barômetro de Hg é mais utilizado que o barômetro aneroide (Figura 10.12). A altura vertical da coluna de mercúrio não depende da inclinação do tubo. A pressão atmosférica pode ser expressa em função de certo comprimento dessa coluna. Este comprimento deve, no entanto, ser corrigido, de forma a referir-se a condições padrão de temperatura e aceleração da gravidade (Varejão-Silva, 2006). Apostila de Meteorologia Básica - IF 111 – 2013 – DCA/IF/UFRRJ 288 Figura 0.12. Barômetro de mercúrio. Fonte: http://www.iag.csic.es/museo/fichas/ficha29.htm. 10.9.2. Registrador O barógrafo realiza um registro contínuo de medições de pressão atmosférica durante certo período, utilizando geralmente um dispositivo aneroide (Figura 10.13). É constituído por uma pilha de cápsulas aneróides fixas paralelamente umas às outras, de modo a provocar um movimento vigoroso do ponteiro. A expansão ou contração das cápsulas é amplificada por um sistema de alavancas apropriado e este movimento é transmitido ao ponteiro, que descreve um arco sobre um gráfico enrolado em volta de um tambor cilíndrico. O tambor roda à razão de uma volta por dia ou por semana, por meio de um mecanismo de relógio, realizando assim um registro contínuo da pressão atmosférica numa estação meteorológica. Apostila de Meteorologia Básica - IF 111 – 2013 – DCA/IF/UFRRJ 289 Figura 0.13. Barógrafo aneróide. Fonte: http://www.all.biz/pt/bargrafos-meteorolgicos-anerides- bgg1072139. a. Finalidade: Registrar a pressão atmosférica, fornecendo informação gráfica e contínua de toda variação da pressão em determinado intervalo de tempo. b. Órgão sensível: O órgão sensível do barógrafo aneroide se constitui por um conjunto de cápsulas aneroides sobrepostas, compensadas para variações de temperaturas. c. Mecanismo de transmissão: Vai transmitir até ao mecanismo de registro as deformações amplificadas mecanicamente das cápsulas (órgão sensível). d. Mecanismo de registro: É composto de um tambor de relojoaria, de uma pena e de um diagrama. Registra a deformação das cápsulas em um diagrama denominado de barograma, que é afixado em volta do tambor de relojoaria. Na horizontal do barograma tem-se o tempo (dias da semana, horas e minutos) e na vertical a escala de pressão (mmHg ou mb). O barograma pode ser diário ou semanal em função da duração da corda do tambor de relojoaria. Digrama diário: Trocar diariamente antes da 1ª observação (12:00h GMT); Diagrama semanal: Trocar às 2a feiras, antes da 1 observação (12:00h GMT). e. Funcionamento: Conforme a pressão atmosférica varia a cápsula sofre deformações, contraindo-se quando a pressão aumenta ou expandindo-se quando a pressão diminui. A pressão atmosférica irá ser registrada no barograma. Como no barômetro aneroide, a pressão registrada é a real, não necessitando de correções. Apostila de Meteorologia Básica - IF 111 – 2013 – DCA/IF/UFRRJ 290 f. Instalação: O barógrafo aneroide é instalado no escritório do posto protegido das intempéries (insolação direta, ventos e mudanças bruscas de temperatura) que prejudicam o seu funcionamento. 10.9.3. Instrumentação automática Além da instrumentação convencional, abaixo destaca-se os sensores eletrônicos capazes de medir a pressão atmosférica em escalas temporal de horas e minutos. Medida: Medida da frequência pelo Sistema Automático de Aquisição de Dados da estação meteorológica automática; Tempo: Amostragem a cada cinco segundos; Valor: O valor é instantâneo usado em relatórios meteorológicos, sendo a média de um minuto. Destaca-se o equipamento Barometric Pressure Sensor da empresa Vaisala modelos PTB110 (S32100/ S32200/ S32300), onde os registros da pressão variam (500 a 1100 hPa) de acordo com os três modelos mencionados abaixo (Figura 10.14). Figura 0.14. Sensor medidor de temperatura e pressão atmosférica. Fonte: http://www.ammonit.com/images/stories/download- pdfs/DataSheets/AirPressure/EN_DS_Barometer_Vaisala_PTB110_40.pdf. Apostila de Meteorologia Básica - IF 111 – 2013 – DCA/IF/UFRRJ 291 a. Descrição: Projetado tanto para medições da pressão atmosférica e também para a temperatura do ar; b. Órgão sensível: Sensor capacitivo de pressão absoluta de silicone desenvolvido pela Vaisala. O sensor combina características de elasticidade a estabilidade mecânica de silício monocristalino com o princípio de detecção capacitiva. c. Exatidão: Apresenta excelente estabilidade em longo prazo do registro da pressão barométrica e minimiza ou elimina a necessidade da instrumentação tradicional. d. Aplicação: É adequado a uma variedade de aplicações no que tange ao monitoramento ambiental, agricultura e hidrologia, apresentando baixo consumo de energia. Apostila de Meteorologia Básica - IF 111 – 2013 – DCA/IF/UFRRJ 292 Referências do Capítulo GRIMM, A.M., 2007. Meteorologia Básica. Apostila de Curso. Universidade Federal do Paraná. 110p.Disponível em: http://fisica.ufpr.br/grimm/aposmeteo. PEREIRA, A.R. ANGELOCCI, L.R.; SENTELHAS, P. C. Agrometeorologia: fundamentos e aplicações práticas. Guaíba, Agropecuária, 2002. VAREJÃO-SILVA, M.A., 2006. Meteorologia e Climatologia. Versão Digital. Acesso: www.asasdaamazonia.com.br/.../Meteorologia_Climatologia.pdf. 552p. WMO, 2008. Guide to Meteorological Instruments and Observing Practices. WMO, Geneve. Apostila de Meteorologia Básica - IF 111 – 2013 – DCA/IF/UFRRJ 293 Exercícios Resolvidos Teóricos 1) Explique o que é pressão atmosférica. Resposta: A pressão é a força por unidade de área, neste caso a força exercida pelo ar, ou seja, a força peso da coluna de ar, acima de determinada superfície. 2) O que representa o equilíbrio hidrostático? Resposta: Representa o balanço entre a força do gradiente vertical de pressão e a força de gravidade. 3) Explique a relação entre pressão e altitude. Resposta: A medida que a altitude aumenta, a pressão diminui, pois o peso da coluna de ar diminui. Como o ar é compressível, diminui também a densidade do ar com a altura, o que contribui para diminuir ainda mais o peso da coluna de ar à medida que a altitude aumenta. 4) Explique a relação entre pressão atmosférica e a radiação solar na variação anual. Resposta: A variação anual possui defasagem de 180° em relação a temperatura, ou seja, no verão as temperaturas elevadas contrastam com baixas pressões, observando-se o oposto no inverno. Apostila de Meteorologia Básica - IF 111 – 2013 – DCA/IF/UFRRJ 294 Práticos 5) Em um posto meteorológico situado a 520m de altitude e na latitude de 22°S, fez-se uma leitura barométrica e obteve-se 744,50 mmHg. A temperatura do ar no momento da observação era de 24°C. Qual a pressão real em kPa (pressão atmosférica do ar), sabendo-se que a correção instrumental é de -0,15 mmHg? Altitude = 520m Latitude = 22°S Pb = 744,50 mmHg tar = 24°C Pr = ? (Correção Instrumental) Ci = -0,15 mmHg Leitura aparente (Pa) Pa = Pb + (±Ci) Pa = Pb - Ci Pa = 744,50 – 0,15 Pa = 744,35 mmHg Correção em relação à altitude (Cga) = 0,07 (Tabela B) Correção em relação à latitude (Cgl) = 1,38 (Tabela C) Correção em relação a temperatura (Ct) = 2,91 (Tabela A) Leitura barométrica reduzida a 0°C (P0°) P0°C = Pa + (±Ct) P0°C = 744,35 – 2,91 P0°C = 741,44 mmHg Apostila de Meteorologia Básica - IF 111 – 2013 – DCA/IF/UFRRJ 295 Pressão real Pr = 741,54 + (-1,38) + (-0,07) Pr = 739,99 mmHg Lembrando: 760 mmHg = 101,3 kPa 760 mmHg ----------- 101,3 kPa 739,99 mmHg ----------- Pr (kPa) = 98,63 kPa Formulário: Pa = Pb + (±Ci) P0°C = Pa + (±Ct) Pr = P0°C + (±Cgl) + (±Cga) Tabela A. Correção de temperatura expressa em milímetros (Ct). Termômetro do Barômetro (°C) Alturas barométricas aparentes 715 720 725 730 735 740 745 750 23,5 2,73 2,75 2,77 2,79 2,81 2,83 2,85 2,87 23,6 2,75 2,76 2,78 2,80 2,82 2,84 2,86 2,88 23,7 2,76 2,78 2,80 2,81 2,83 2,85 2,87 2,89 23,8 2,77 2,79 2,81 2,83 2,85 2,87 2,88 2,90 23,9 2,78 2,80 2,82 2,84 2,86 2,88 2,90 2,92 24,0 2,79 2,81 2,83 2,85 2,87 2,89 2,91 2,93 24,1 2,80 2,82 2,84 2,86 2,88 2,90 2,92 2,94 24,2 2,81 2,83 2,85 2,87 2,89 2,91 2,93 2,95 24,3 2,83 2,85 2,87 2,89 2,91 2,93 2,95 2,96 24,4 2,84 2,86 2,88 2,90 2,92 2,94 2,96 2,98 24,5 2,85 2,87 2,89 2,91 2,93 2,95 2,97 2,99 Apostila de Meteorologia Básica - IF 111 – 2013 – DCA/IF/UFRRJ 296 Tabela B. Correção de gravidade (altitude) expressa em milímetros (Cga). Altitude (m) Alturas barométricas reduzidas a 0 ° C 580 600 620 640 660 680 700 720 740 760 780 100 0,01 0,01 0,01 001 0,02 200 0,03 0,03 0,03 0,03 0,03 0,03 300 0,04 0,04 0,04 0,04 0,04 400 0,05 0,05 0,05 0,06 0,06 0,06 500 0,06 0,07 0,07 0,07 0,07 0,07 600 0,08 0,08 0,08 0,08 0,09 700 0,09 0,09 009 0,10 0,10 0,10 800 0,10 0,10 0,11 0,11 0,11 0,12 900 0,11 0,12 0,12 0,12 0,13 1000 0,12 0,13 0,13 0,13 0,14 0,14 1100 0,13 0,14 0,14 0,15 0,15 0,16 1200 0,15 0,15 0,16 0,16 0,16 1300 0,15 0,16 0,16 0,17 0,17 0,18 1400 0,16 0,17 0,18 0,18 0,19 0,19 1500 0,18 0,18 0,19 0,19 0,20 1600 0,18 0,19 0,19 0,20 0,21 0,21 1700 0,19 0,20 0,21 0,21 0,22 0,23 1800 0,20 0,21 0,22 0,23 0,23 Apostila de Meteorologia Básica - IF 111 – 2013 – DCA/IF/UFRRJ 297 Tabela C. Correção de gravidade (latitude) expressa em milímetros (Cgl). Latitude (°) Alturas barométricas reduzidas a 0 ° C 680 690 700 710 720 730 740 750 760 10 1,65 1,68 1,70 1,73 1,75 1,78 1,80 1,83 1,85 11 1,63 1,66 1,68 1,70 1,73 1,75 1,78 1,80 1,83 12 1,61 1,63 1,66 1,68 1,70 1,73 1,75 1,77 1,80 13 1,58 1,61 1,63 1,65 1,68 1,70 1,72 1,75 1,77 14 1,56 1,58 1,60 1,62 1,65 1,67 1,69 1,72 1,74 15 1,53 1,55 1,57 1,59 1,61 1,64 1,66 1,68 1,70 16 1,49 1,52 1,54 1,56 1,58 1,60 1,63 1,65 1,67 17 1,46 1,48 1,50 1,52 1,55 1,57 1,59 1,61 1,63 18 1,42 1,45 1,47 1,49 1,51 1,53 1,55 1,57 1,59 19 1,39 1,41 1,43 1,45 1,47 1,49 1,51 1,53 1,55 20 1,35 1,37 1,39 1,41 1,43 1,45 1,47 1,49 1,51 21 1,31 1,33 1,35 1,37 1,39 1,41 1,42 1,44 1,46 22 1,27 1,29 1,30 1,32 1,34 1,36 1,38 1,40 1,42 23 1,22 1,24 1,26 1,28 1,30 1,31 1,33 1,35 1,37 24 1,18 1,20 1,21 1,23 1,25 1,27 1,28 1,30 1,32 25 1,13 1,15 1,17 1,18 1,20 1,22 1,23 1,25 1,27 26 1,08 1,10 1,12 1,13 1,15 1,16 1,18 1,20 1,21 27 1,04 1,05 1,07 1,09 1,10 1,11 1,13 1,14 1,16 28 0,98 1,00 1,01 1,03 1,04 1,06 1,07 1,09 1,10 Apostila de Meteorologia Básica - IF 111 – 2013 – DCA/IF/UFRRJ 298 Exercícios Propostos 1) Defina centros de alta e baixa pressão. 2) O que são isóbaras? 3) Explique com suas palavras o experimento de Torriccelli. 4) Como se dá o nome de superfícies que unem pontos de igual valor de pressão? 5) Ao nível do mar a pressão foi 760 mmHg. Qual seria a pressão a 275m de altitude?