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ANATOMIA DESCRITIVA II APARELHO DIGESTÓRIO

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ANATOMIA DESCRITIVA II APARELHO DIGESTÓRIO 
FARINGE OROFARINGE E LARINGOFARINGE 
• A orofaringe é a continuação caudo-ventral da cavidade da boca, servindo exclusivamente ao aparelho digestório. 
• Seu limite rostral encontra-se no nível do arco palatoglosso, que é uma discreta elevação abaulada ligando a base da língua ao palato mole. 
• Nas paredes laterais da orofaringe estão localizadas as tonsilas palatinas, que nos ruminantes, apresenta uma depressão mais ou menos profunda, que se denomina seio tonsilar.
 • A laringofaringe representa a região comum ao trato respiratório e digestório e a transição para o esôfago. 
ESÔFAGO
 • O esôfago é um tubo muscular que se estende da faringe ao estômago, percorrendo, portanto, a região do pescoço, a cavidade torácica e uma pequena parte inicial da cavidade abdominal. 
• Os alimentos são transportados pelo esôfago por ondas de contração da parede muscular (movimentos peristálticos), realizando a deglutição destes. 
 • O lúmen do esôfago está normalmente fechado, o que produz pregas em sua superfície interna, que durante a passagem do bolo alimentar estendem-se. 
• Sua porção inicial localiza-se dorsal à laringe e acompanha a traquéia ao longo do pescoço, no início inclinando-se para a esquerda, mas reassumindo uma posição simétrica dorsal à traquéia antes ou logo depois de chegar ao tórax. 
• No tórax, segue no mediastino, passando dorsal ao coração antes de penetrar no hiato esofágico do m. diafragma. Segue, então, sobre a margem dorsal do fígado e une-se ao estômago na cárdia. 
• A estrutura do esôfago segue o padrão do canal alimentar. 
• A musculatura possui uma estrutura bastante complexa, sendo estriada na origem do esôfago, e lisa em sua sequencia, porém, a musculatura estriada pode permanecer em todo esôfago, de acordo com a espécie. 
ESTÔMAGO 
• É uma grande dilatação do canal alimentar, localizado caudalmente ao diafragma, na região epigástrica cranial, principalmente no antímero esquerdo, contido entre o esôfago e o intestino delgado. Sua função é armazenar alimentos temporariamente e digeri-los quimicamente. 
• Normalmente, apresenta 02 orifícios, um proximal, na transição esôfago-gástrica, o óstio cárdico, e outro distal, na transição gastroduodenal, o óstio pilórico. 
• A estrutura do estômago é determinada pelo meio de vida e pela alimentação das várias espécies. É classificado de acordo com a mucosa e com o número de cavidades. 
• De acordo com a mucosa, pode ser classificado em: 
 carnívoros.
– Simples (mucosa toda glandular) 
 – Composto (mucosas com partes glandular e aglandular) equídeos, ruminantes, suínos. 
• De acordo com o número de cavidades, pode ser classificado em: 
 carnívoros,– Monocavitário (“animais monogástricos”) 
 equídeos, suínos. ruminantes.– Pluricavitário (“animais poligástricos”) 
ESTÔMAGO MONOCAVITÁRIO 
• Apresenta duas faces e duas curvaturas. 
• A face parietal é convexa e direcionada cranial e dorsalmente e no sentido da esquerda.
 • A face visceral, também convexa, está dirigida em direção oposta. As margens entre estas faces são denominadas curvatura menor (dorsal) e curvatura maior (ventral). 
• A mucosa é claramente dividida em duas partes nas espécies com estômago composto, formando uma área com mucosa semelhante ao do esôfago, que é a parte proventricular (região esofágica). Em equinos e suinos esta região termina subitamente, formando uma margem elevada, irregular e sinuosa, denominada margem pregueada. 
• Abaixo e para a direita desta linha a túnica mucosa possui um caráter totalmente diferente, sendo macia e aveludada e coberta por uma secreção mucosa e é denominada parte glandular (contém as glândulas gástricas). 
• A parte glandular é subdividida em três partes. 
– Região cárdica: estreita zona ao longo da margem pregueada, de cor cinza-amarelada.
 – Região fúndica: próxima a região cárdica, de cor marromavermelhada e manchada, espessa e muito vascularizada, correspondendo ao fundo do estômago do homem e no cão.
 – Região pilórica: restante da túnica mucosa que é mais delgada e possui uma cor cinza-amarelada ou avermelhada. 
• Os suínos apresentam, na extremidade esquerda, o divertículo gástrico que se localiza dorsolateralmente. 
• Além disso, no nível do óstio pilórico há um espessamento da musculatura formando o toro pilórico (é glandular), esta estrutura exerce um papel tanto ativo como passivo no fechamento completo do óstio pilórico, como uma tampa. 
ESTÔMAGO PLURICAVITÁRIO 
• Compreende o estômago dos ruminantes, este possui uma parte aglandular, denominada proventrículo, e uma parte glandular, que corresponde ao estômago dos demais animais domésticos. 
• O proventrículo é dividido em 03 compartimentos: – Rúmen – Retículo – Omaso 
• Funcionam basicamente como câmaras de digestão microbiana da celulose. 
• A parte glandular é representada pelo abomaso, e aí se processa a digestão química, à custa do suco gástrico. 
• O estômago dos ruminantes ocupa quase 3/4 da cavidade abdominal. Ele preenche o antímero esquerdo da cavidade, excetuando-se um pequeno espaço ocupado pelo baço e parte do intestino delgado, e estende-se para dentro da metade direita. 
• A capacidade do estômago varia grandemente com a idade e o tamanho do animal. No bovino de tamanho médio ele comporta cerca de 52-68 Kg, mas o limite extremo é de cerca de 43-104 Kg.
• Todos os compartimentos do estômago dos ruminantes desenvolvem-se a partir de um primórdio que é semelhante ao do estômago simples, exceto que é mais achatado lateralmente e a curvatura menor é convexa.
 • Os tamanhos relativos dos 04 compartimentos modificam-se com a idade.
 • No bezerro recém-nascido o rúmen e o retículo em conjunto possuem cerca da metade da capacidade do abomaso, e permanecem em colapso e sem funcionamento enquanto a dieta for limitada ao leite. 
• Com oito semanas de idade a capacidade conjunta do rúmen e retículo é igual a do abomaso, e com 12 semanas o rúmen e o retículo juntos possuem duas vezes a capacidade do abomaso. O omaso cresce muito lentamente durante este período. 
• Com cerca de um ano e meio de idade, o omaso é aproximadamente igual ao abomaso em capacidade. 
• As quatro partes atingiram agora suas capacidades relativas 80%; retículo=5%; omaso = 7%; abomasodefinitivas: rúmen 7-8 Kg; rúmen capacidade = 8%. Pequenos ruminantes 71%; retículo = 8%; omaso = 2%; abomaso = 19%. 
RÚMEN (PANÇA) 
• É a maior das três porções do proventrículo. Ocupa quase completamente o antímero esquerdo da cavidade abdominal e estende-se desde o diafragma até a entrada da pelve. Medialmente, o rúmen ultrapassa o plano mediano, especialmente sua metade ventral. Sua forma geral é aproximadamente ovóide, comprimida látero-lateralmente.
 • Apresenta, para descrição, duas faces (parietal ou esquerda e visceral ou direita), duas curvaturas (dorsal, ventral) e duas extremidades (cranial e caudal). 
• O rúmen possui sulcos em sua parte externa que correspodem aos pilares do rúmen. Os sulcos da parede do rúmen contêm os grandes ramos vasculares que suprem o órgão e estão cobertos por quantidade variável de tecido adiposo, neles encontram-se também pequenos linfonodos. 
• Os pilares são cristas musculares potentes que acabam dividindo, parcialmente, a cavidade do rúmen nos sacos dorsal e ventral. 
• Na extremidade cranial da cavidade do rúmen há o óstio rumino-reticular, limitado pela prega rumino-reticular, que corresponde ao sulco rumino-reticular externamente. 
• A mucosa do rúmen apresenta cor marrom escura e é dotada de numerosas papilas corneificadas de tamanho e forma variadas. As papilas do rúmen são mais longas e numerosas nos bovinos que nos pequenos ruminantes. Elas estão concentradas principalmente no saco dorsal e os pilares são desprovidos de papilas. 
RETÍCULO (BARRETE)
 • É o segundo compartimento que compõe o proventrículo e encontra-se em íntima relação, tanto morfológica como funcional, com o rúmen. Constituindo, para alguns autores, uma unidade morfo-funcional única denominada rumino-retículo.• O retículo é a menor (nos bovinos) e a mais cranial das quatro porções do estômago dos ruminantes. Tem forma de hemi-esfera nos pequenos ruminantes e apresenta-se mais ou menos piriforme nos bovinos. Sua extremidade ventral está apoiada sobre o processo xifóide do esterno. • Apresenta, para descrição, duas faces (parietal ou diafragmática e visceral) e duas curvaturas (menor e maior).
• A face parietal do retículo situa-se contra o diafragma e o fígado, sendo importante sua relação topográfica com o diafragma, o qual, por sua vez, está em contato com o pericárdio e os pulmões. 
• Corpos estranhos, tais como pregos e arame, que são muitas vezes engolidos pelo bovino, comumente situam-se no retículo e, às vezes, o perfuram e posteriormente atravessam o diafragma e o pericárdio causando a retículo-pericardite traumática. 
• A mucosa do retículo apresenta-se caracteristicamente pregueada à maneira dos favos de uma colméia. As pregas são denominadas cristas do retículo e delimitam espaços tetra, penta ou hexagonais, os quais recebem o nome de células do retículo. As células são subdivididas por pequenas pregas e seu fundo é revestido por papilas corneificadas. 
• A passagem do retículo para o omaso constitui o óstio retículo-omásico. 
OMASO (FOLHOSO) 
• É o terceiro compartimento do proventrículo, situando-se à direita do plano mediano. 
• Apresenta uma face parietal e uma face visceral. 
• A mucosa do omaso forma inúmeras pregas longitudinais delgadas, denominadas lâminas do omaso, que se dispõem como folhas de um livro. Estas lâminas têm alturas variadas e entre elas permanecem espaços, que se denominam recessos interlaminares. As lâminas classificam-se em 1ª, 2ª, 3ª, 4ª e 5ª ordens. 
• A passagem do omaso para o abomaso constitui o óstio omaso-abomásico. 
ABOMASO (COAGULADOR)
 • Realiza a digestão química nos ruminantes e corresponde, morfologicamente, ao estômago dos demais mamíferos domésticos, tem a forma de um saco alongado e repousa sobre o assoalho da cavidade abdominal, à direita do plano sagital mediano. Possui duas faces (parietal e visceral) e duas curvaturas (menor e maior) 
• Sua porção dilatada cranial encontra-se na região xifóidea e é denominada fundo do abomaso. O fundo do abomaso continua-se caudalmente com o corpo do abomaso. 
• A porção terminal do abomaso inclina-se dorsalmente e constitui a parte pilórica, o abomaso termina no piloro, onde se continua com o duodeno. 
• A mucosa do abomaso é lisa, aveludada e apresenta pregas dispostas longitudinalmente denominadas, pregas espirais do abomaso. 
• A camada circular de fibras musculares do abomaso, no nível do óstio pilórico, está bastante desenvolvida, formando uma saliência arredondada denominada toro pilórico. 
• A passagem do abomaso para o duodeno constitui o óstio pilórico. 
• Os ruminantes apresentam um sulco que conduz os alimentos líquidos diretamente do esôfago para o abomaso denominado sulco gástrico (goteira esofágica). Este tem uma grande importância no animal jovem, mas permanece no adulto dividido nos sulcos do retículo e do omaso. 
• O Sulco do retículo é uma depressão em forma de calha, sendo a 1ª parte do sulco gástrico, o qual se inicia no óstio cárdico, corre ventralmente na parede medial do átrio do rúmen e na curvatura menor do retículo terminando no óstio retículo-omásico. 
• O sulco omaso-abomásico é a segunda parte do sulco gástrico. O espaço entre o sulco e as margens livres das lâminas é o canal do omaso. O sulco do omaso estende-se até o óstio omaso-abomásico. 
INTESTINO
 • O intestino é um tubo músculo-membranáceo que começa no piloro e continua até o ânus. É dividido em intestinos delgado e grosso, localizam-se na cavidade abdominal e sua porção final está na cavidade pélvica. 
INTESTINO DELGADO
 • Estende-se desde o óstio pilórico até o óstio ileal. Divide-se em: duodeno, jejuno, íleo.
 • Duodeno – É o primeiro segmento do intestino delgado, podendo ser dividido sucessivamente em três partes: cranial, descendente e ascendente, separadas por duas flexuras, uma cranial e outra caudal. 
• Parte cranial: é a menor das três partes, inicia-se no piloro e dirige-se em sentido dorso-caudal.
 • Relacionando-se à esquerda inicialmente com o estômago e depois com as alças do jejuno e do intestino grosso 
• À direita relaciona-se principalmente com a face visceral do fígado, à qual está ligada pelo omento menor. 
• Parte descendente: inicia-se na flexura cranial, situada ao nível da borda direita do fígado, dirige-se caudalmente na região sublombar e termina na flexura caudal, situada ao nível da 5ª ou 6ª vértebras lombares.
• Parte ascendente: porção terminal do duodeno, que corre em sentido cranial, paralela à parte descendente. 
• A flexura duodeno-jejunal marca o final da parte ascendente do duodeno e o início do jejuno, marca também o início do mesentério. 
• A mucosa do duodeno apresenta vilosidades, tecidos linfóides isolados agregados (placas de Peyer), além das glândulas duodenais. 
• Os ductos do fígado (ducto colédoco) e do pâncreas (ductos pancreáticos principal e acessório) desembocam no duodeno, formando elevações em sua mucosa denominadas de papilas duodenais, que possuem diferenças entre as espécies. 
• Equinos: apresentam a ampola hepato-pancreática (abertura comum, mas em óstios distintos do ducto colédoco e ducto pancreático principal) e a papila duodenal menor. • Carnívoros: apresentam as papilas duodenais maior e menor. • Bovinos: apresentam as papilas duodenal maior e menor. 
• Pequenos ruminantes: apresentam apenas a papila duodenal maior. • Suínos: apresentam as papilas duodenais maior e menor. 
INTESTINO DELGADO 
Jejuno e Íleo
 • São as duas porções finais do intestino delgado. A prega íleo-cecal marca a transição entre jejuno e íleo, e entre este último e a primeira porção do intestino grosso. 
• Eles formam inúmeras alças, que estão presas pelo mesentério à parede dorsal da cavidade abdominal e ocupam quase toda a metade direita desta cavidade. As alças do jejuno e íleo recobrem o intestino grosso e são envolvidas pelo omento maior.
 • A porção terminal do íleo desemboca no intestino grosso nas diversas espécies, da seguinte forma: 
• Equinos: o óstio ileal abre-se no ceco (óstio íleocecal).
 • Carnívoros: o óstio ileal abre-se no cólon ascendente (óstio íleo-cólico). 
• Ruminantes: o óstio ileal abre-se na junção entre ceco e cólon (óstio íleo-ceco-cólico). 
• Suínos: o óstio ileal abre-se no ceco (óstio íleo-cecal). 
INTESTINO GROSSO 
• Intestino Grosso – Em sua forma mais elementar, o intestino grosso dos mamíferos é um tubo curto, um pouco mais volumoso que o intestino delgado do qual se origina, seguindo um trajeto direto até o ânus. Divide-se em: ceco, cólon e reto. 
• Ceco – É um órgão tubular de fundo cego está em transição com o íleo e o cólon, mais ou menos cilíndrico e difere-se nas diversas espécies. 
• Equinos: possui cintas musculares transversais, os haustros ou saculações, essas cintas aumentam à direita do plano sagital mediano e apresenta, para descrição anatômica, uma base ou raiz, um corpo e um ápice. Possui cintas musculares longitudinais chamadas de tênias. 
• Carnívoros: é contorcido, situa-se principalmente à direita do plano sagital mediano. 
• Ruminantes: possui a superfície lisa, situa-se na metade direita da cavidade abdominal, sua transição com o cólon é evidente apenas pela entrada do íleo neste. 
• Suínos: é cilíndrico, apresenta tênias e haustros, e somente nesta espécie ele situa-se à esquerda do plano sagital mediano. 
 Cólon 
• É a maior parte do intestino grosso, começa no orifício ceco-cólico e termina no reto no nível da entrada pélvica (não há nenhuma linha natural de demarcação entre o cólon e o reto). Além disso, é o local onde há as maiores variações entre as espécies. Subdivide-se em cólon ascendente, cólon transverso e cólon descendente. 
• Equinos: cólon ascendente ou maior (cólon ventral direito flexura esternal cólon ventral esquerdo flexura pélvica cólon dorsal esquerdo flexuradiafragmática cólon dorsal direito) cólon transverso cólon descendente ou menor (alguns autores chamam de cólon flutuante ou sigmóide).
• Carnívoros: cólon ascendente cólon transverso cólon descendente.
• Ruminantes: cólon ascendente (alça proximal alça espiral alça distal) cólon transverso cólon descendente.
• Suínos: cólon ascendente (alça espiral ou helicoidal alça distal) cólon transverso cólon descendente.
 Reto 
– É a porção final do intestino grosso, é demarcado pelo promontório sacral (borda caudal da última vértebra lombar, disco intervertebral e borda cranial da primeira vértebra sacral).
 – Apenas a metade cranial do reto é coberta por peritônio. 
– Sua porção caudal é retroperitoneal e está revestida por adventícia (tecido conjuntivo frouxo e tecido adiposo), a qual se prende às vértebras coccígeas. 
 • O tubo digestório termina no ânus, este é um orifício natural revestido internamente pela mucosa anal e externamente pela pele. 
• Na constituição de sua parede entram os músculos esfíncteres externo e interno do ânus, os quais mantêm fechado o orifício anal. O músculo esfíncter interno é formado por fibras musculares lisas, dispostas circularmente sob a mucosa anal. O músculo esfíncter externo envolve o interno, é formado por fibras estriadas esqueléticas e situa-se sob a pele. 
ANATOMIA DESCRITIVA II APARELHO DIGESTÓRIO 
GLÂNDULAS SALIVARES 
• Os animais domésticos possuem glândulas salivares bem desenvolvidas. 
• Além dos três pares de glândulas salivares maiores (parótida, mandibular e sublingual), existem ainda pequenas glândulas distribuídas pelas paredes da cavidade da boca (glândulas bucais dorsais e ventrais) 
• Os carnívoros possuem ainda a glândula zigomática. 
Glândula Parótida
 • É uma das três glândulas maiores, situando-se entre a mandíbula e a base da orelha. A sua superfície apresenta-se demarcada por pequenos lóbulos agrupados compactamente, é envolvida pela fáscia parotídica.
 • O ducto parotídico é formado pela confluência de vários ductos coletores e emerge da glândula ao nível de sua borda cranial, próximo à extremidade ventral. Acompanha o ramo bucal ventral do nervo facial, o ducto perfura o músculo bucinador e abre-se no vestíbulo da boca na papila parotídica. 
Glândula Mandibular 
• Geralmente é menor que a parótida, é mais compacta e fica próxima ao ângulo da mandíbula, no cão é uma estrutura ovóide muito regular e moderadamente grande, é também muito maior nos herbívoros, nos quais localiza-se mais profundamente.
 • O ducto mandibular emerge da face lateral da glândula e corre rostralmente por grande extensão na região intermandibular, até alcançar o assoalho da cavidade da boca, onde se abre na carúncula sublingual.
 Glândula Zigomática
 • É resultante da fusão das glândulas bucais dorsais em uma massa única, é conhecida como glândula zigomática devido à sua posição medial à extremidade rostral do arco zigomático. 
• Sua tumefação pode causar protusão do bulbo do olho ou saliência da mucosa oral perto do último dente molar superior, onde os ductos abrem-se no vestíbulo. 
FÍGADO 
• É a maior glândula no corpo. Está situado obliquamente na superfície abdominal do diafragma, a sua maior parte está à direita do plano sagital mediano. 
• Ele é mantido em sua posição anatômica em grande parte pela pressão das outras vísceras e por sua íntima aplicação e inserção ao diafragma. 
• O fígado é dividido por fissuras em lobos e apresenta, para descrição anatômica, duas faces e quatro margens. 
• A face diafragmática é convexa, lisa e está em contato com o diafragma. 
• A face visceral é côncava e nela encontra-se o hilo hepático (área irregular, na qual penetram a veia porta, os ramos da artéria hepática e os nervos hepáticos, e saem os vasos linfáticos e os ducto hepáticos), a fossa da vesícula biliar e outras impressões. 
• Os equinos não possuem vesícula biliar.
• A fossa da vesícula biliar situa-se no lobo quadrado do fígado e serve de demarcação entre os lobos hepáticos quadrado e direito. 
• Entre o processo caudado do lobo caudado do fígado e o lobo hepático direito ou a porção lateral do lobo hepático direito há a impressão renal, a qual é ausente em suínos. 
• A vesícula biliar apresenta-se com a forma de uma bolsa piriforme a qual está alojada numa depressão da face visceral do fígado (fossa da vesícula biliar) e tem por funções armazenar e concentrar a bile produzida pelos hepatócitos. É constituída de fundo, corpo e colo da vesícula biliar, continuando-se este último segmento com o ducto cístico. 
• Didaticamente a drenagem da bile é feita da seguinte forma: ductos hepáticos direito e esquerdo ductos biliares ducto hepáticoambos formam o ducto hepático comum papilacomum + ducto cístico = ducto colédoco (bilífero) duodenal maior. 
• A desembocadura dos ductos hepáticos direito e esquerdo ou, ainda do ducto hepático comum (quando presente) no ducto cístico varia enormemente nas várias espécies e até mesmo dentro da mesma espécie, no entanto, o ducto colédoco sempre se forma. 
PÂNCREAS
 • O pâncreas é uma glândula muito menor que o fígado, e está em íntima relação topográfica com o duodeno na parte dorsal da cavidade abdominal. É amarelado e possui uma certa semelhança com uma glândula salivar e o timo. 
• Combina funções exócrina e endócrina, o componente exócrino é certamente o maior e produz um suco pancreático, o qual é lançado na parte proximal do duodeno através de um ou mais ductos. É convencionalmente considerado como sendo constituído de um corpo e dois lobos.
• Equinos: possui o ducto pancreático principal que desemboca, ao lado do ducto colédoco, na papila duodenal maior; e o ducto pancreático acessório que desemboca na papila duodenal menor.
 • Carnívoros: o ducto pancreático principal (inconstante) une-se ao ducto colédoco e desembocam na papila duodenal maior; e o ducto pancreático acessório desemboca na papila duodenal menor. 
• Ruminantes: os bovinos geralmente apresentam apenas o ducto pancreático acessório o qual desemboca na papila duodenal menor; os pequenos ruminantes possuem o ducto pancreático principal, este une-se ao ducto colédoco e ambos desembocam na papila duodenal maior.
 • Suínos: geralmente apresentam apenas o ducto pancreático acessório que desemboca na papila duodenal menor.

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