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Resumo Guyton Cap 62

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Resumo Guyton Cap. 62 
Princípios Gerais da Função Gastrointestinal – motilidade, controle nervoso e circulação sanguínea.
O trato alimentar fornece ao corpo água, eletrólitos, vitaminas e nutrientes. Isso requer (1) movimentação do alimento pelo trato alimentar; (2) secreção de soluções digestivas e digestão de alimentos; (3) absorção de água, eletrólitos, vitaminas e demais produtos da digestão; (4) circulação de sangue pelos órgãos gastrointestinais para transporte das substancias absorvidas; (5) controle de todas essas funções pelos sistemas nervoso e hormonal locais.
Princípios Fisiológicas:
Motilidade
Secreção e Digestão
Absorção
Excreção
Função Primária: degradar alimentos através de processos químicos (liberação de enzimas, íons e detergentes biológicos) e mecânicos (mastigação e propulsão), visando transforma-los em micromoléculas que possam ser absorvidas pelo TGI.
Função Excretora: armazenam e excretam substâncias que resultam da digestão, do metabolismo hepático (colesterol), esteroides e metabólitos de fármacos (moléculas lipossolúveis).
Glândulas Anexas: originadas pelas invaginação das células epiteliais – Glândulas de Brunner (Duodeno – HCO3). Ligam-se ao TGI por ductos – glândulas salivares e pâncreas.
Estômago + Cólon = armazenamento
Intestino Delgado = digestão e absorção
Esfíncteres = isolam uma região da outra/impedem o refluxo.
Princípios Gerais da Motilidade Gastrointestinal
*Anatomia fisiológica da parece gastrointestinal:
Parede intestinal de fora pra dentro: (1) camada serosa; (2) muscular lisa longitudinal; (3) muscular lisa circular; (4) submucosa; (5) mucosa.
*O músculo liso gastrointestinal funciona como sincício: no interior de cada feixe as fibras musculares se conectam, eletricamente, por meio de grande quantidade de junções comunicantes Gap, com baixa resistência à movimentação dos íons da célula muscular para a seguinte. É dessa forma que os sinais elétricos desencadeiam as contrações musculares, podem passar prontamente de uma fibra para a seguinte em cada feixe, porém, mais rapidamente, ao longo do feixe do comprimento do feixe do que radialmente.
*Os feixes de fibra muscular lisa ficam separados parcialmente uns dos outros por TC Frouxo, porém se conectam uns aos outros em diversos pontos, formando uma rede. Assim, cada camada muscular funciona como um sincício – quando o potencial de ação é disparado em qualquer ponto na massa muscular, ele, em geral se propaga em todas as direções no músculo.
*Atividade Elétrica do Músculo Liso Gastrointestinal:
O músculo liso gastrointestinal é excitado por atividade elétrica intrínseca, contínua e lenta.
Essa atividade consiste em: ondas lentas e potenciais em ponta.
Ondas Lentas: 
As contrações musculares acontecem de forma rítmica, e o ritmo é determinado pela frequência das ondas lentas do potencial de membrana do músculo liso. NÃO SÃO POTENCIAIS DE AÇÃO. São variações lentas e ondulares do potencial de repouso da membrana.
Sua intensidade varia de 5 a 25 milivolts e sua frequência de 3 a 12.
Elas parecem ser causadas por interações complexas entre as células do músculo liso e células especializadas, denominadas células intersticiais de Cajal, que suspostamente atuam como marcapassos elétricos das células do músculo liso. As células intersticiais de Cajal formam uma rede entre si e se conectam às camadas de músculo liso com contatos do tipo sináptico.
Os potenciais de membrana das células de Cajal passam por mudanças cíclicas, devido a canais iônicos específicos que, periodicamente, se abrem permitindo correntes de influxo e que podem gerar atividade de onda lenta.
Estimulam o disparo temporário de potenciais em ponta e estes, de fato, provocam a contração muscular.
Potenciais em Ponta:
São verdadeiros potenciais de ação. Ocorrem quando o potencial de repouso da membrana do músculo liso gastrointestinal fica mais positivo do que -40 milivolts (o potencial de repouso normal da membrana das células musculares lisas do intestino é -50 a -60 milivolts). Assim, toda vez que os picos de ondas lentas ficam, temporariamente, mais positivos que -40 milivolts, os potenciais de ação em ponta são gerados.
Quanto maior o potencial de onda lenta, maior a frequência dos potenciais em ponta. 
Tem duração de 10 a 40 vezes mais tempo que os potenciais de ação nas grandes fibras nervosas.
Nas fibras nervosas, PA é causado pela rápida entrada de íons sódio pelos canais de sódio para dentro das fibras.
Nas fibras de músculo liso gastrointestinal, PA é causado pela grande quantidade de íons cálcio entre juntamente com quantidades menores de íons sódio – canais de cálcio-sódio. Esses canais se abrem e se fecham mais lentamente que os rápidos canais de sódio das grandes fibras nervosas – longa duração dos PA.
*
Potencial de repouso da membrana também pode variar. Em condições normais ele é -56 milivolts. Quando o potencial fica menos negativo (despolarização), as fibras musculares ficam mais excitáveis. Quando o potencial fica mais negativo (hiperpolarização), as fibras ficam menos excitáveis.
Os fatores que despolarizam a membrana são: (1) estiramento do músculo; (2) estimulação pela acetilcolina, liberada pelas terminações nervosas parassimpáticas; (3) estimulação por diversos hormônios gastrointestinais específicos.
Os fatores que hiperpolarizam a membrana são: (1) efeito da norepinefrina, epinefrina; (2) estimulação dos nervos simpáticos que secretam norepinefrina em seus terminais.
*
Íons Cálcio e a Contração Muscular: a contração do músculo liso ocorre devido à entrada de cálcio nas fibras. Esses íons agem por meio do controle com calmodulina que ativa os filamentos de miosina na fibra e fazem a actina e miosina serem mutuamente atraídas, causando a contração muscular.
As ondas lentas não estão associadas à entrada de cálcio na fibra do músculo liso (somente íons sódio). Portanto, as ondas lentas não causam contração muscular. Nos potenciais em ponta, os íons cálcio entram nas fibras e provocam a contração muscular.
Controle Neural do TGI – Sistema Nervoso Entérico
*O TGI possui sistema nervoso próprio, o sistema nervoso entérico. Importante no controle dos movimentos e da secreção gastrointestinal.
*SNE é composto por dois plexos: o plexo externo ou mioentérico ou plexo de Auerbach, entre as camadas musculares longitudinal e circular; o plexo interno ou submucoso ou plexo de Meissner, na submucosa.
*O plexo mioentérico = controla quase todos os movimentos gastrointestinais.
Estimulação resulta em (1) aumento da contração da parede intestinal; (2) aumento da intensidade das contrações rítmicas; (3) ligeiro aumento no ritmo do coração; (4) aumento na velocidade de condução das ondas excitatórias. Não é inteiramente excitatório, porque alguns de seus neurônios são inibitórios, como por exemplo, os esfíncteres intestinais que impedem a movimentação do alimento pelo TGI (esfíncter pilórico; esfíncter da valva ileocecal).
*O plexo submucoso = controla a secreção gastrointestinal e o fluxo sanguíneo local.
Controle da secreção, absorção, contração do local do músculo submucoso. 
*As fibras extrínsecas simpáticas e parassimpáticas se conectam com o plexo mioentérico e com o submucoso. Embora, o TGI possa funcionar sem eles, o TGI é influenciado por ele.
*Acetilcolina excita o TGI. Norepinefrina e Epinefrina inibem o TGI.
Controle Autônomo do TGI:
SNA Parassimpático: aumenta a atividade do TGI. A inervação se divide em cranianas e sacrais.
*Cranianas estão quase todas nos nervos vagos. Extensa inervação do esôfago, estômago e pâncreas, e menos intensa no intestino, até o intestino grosso proximal.
*Sacrais se origina no segundo, terceiro e quarto segmentos sacrais da medula e passa pelos nervos pélvicos para a metade distal do intestino grosso até o ânus. # Reflexos de defecação
*
SNA Simpático: inibe a atividade do TGI. Originam-se da medula espinhal, entre os T5 e L2. 
*Gânglio Celíaco e Gânglios Mesentéricos Superior e Inferior (onde os corpos dos neurônios ficam)e a partir daí as fibras saem e inervam igualmente todo o intestino. 
*Inerva igualmente todo o TGI. Terminais secretam principalmente norepinefrina e epinefrina, seus efeitos resultam na inibição da musculatura lisa e excitação da musculatura mucosa.
Fibras Nervosas Sensoriais Aferentes do Intestino:
*Se originam no intestino e transmitem os sinais sensoriais do TGI para o bulbo cerebral que desencadeia sinais vagais reflexos que retornam ao TGI. Podem causar estímulo ou inibição dos movimentos ou secreção intestinal.
*Podem ser estimulados por (1) irritação da mucosa intestinal, (2) distensão excessiva do intestino, (3) presença de substâncias químicas específicas. 
Controle Hormonal do Motilidade TGI:
*Hormônios são liberados na circulação porta e exercem sua função no órgão-alvo.
	Hormônio
	Estímulo para secreção
	Locais de secreção
	Ações
	Gastrina 
	Proteína
Distensão do estômago
Nervo
(ácido inibe secreção)
	Células G do antro estomacal, duodeno e jejuno.
	*Estimula a secreção gástrica de ácido e o crescimento da mucosa.
	Colecistocinina CCK
	Proteína
Gordura
Ácido
	Células I do duodeno, jejuno e íleo.
	*Estimula secreção de enzima pancreática, bicarbonato pancreático, contração da vesícula biliar, crescimento do pâncreas exócrino.
*Inibe esvaziamento gástrico e apetite.
	Secretina 
	Ácido
Gordura
	Células S do duodeno, jejuno e íleo.
	Pouco efeito na motilidade do TGI
*Estimula secreção de pepsina, bicarbonato pancreático, bicarbonato biliar, crescimento do pâncreas exócrino.
*Inibe secreção de ácido gástrico.
	Peptídeo inibidor gástrico GIP
	Proteína
Gordura
Carboidrato 
	Células K do duodeno e jejuno
	*Estimula liberação de insulina
*Inibe secreção de ácido gástrico.
	Motilina
	Gordura
Ácido
Nervo
	Estômago
Células M do duodeno e jejuno
	*Estimula a motilidade gástrica e intestinal.
Fluxo Sanguíneo do TGI: Circulação Esplâncnica
*Inclui o fluxo sanguíneo pelo próprio intestino, pelo baço, pâncreas e fígado. 
*Todo o sangue que passa pelo intestino, baço e pâncreas fui, imediatamente, para o fígado por meio da veia porta.
*No fígado, o sangue passa pelos sinusoides hepáticos e, finalmente, deixa o órgão por meio das veias hepáticas que desembocam na veia cava inferior. Esse fluxo de sangue pelo fígado, antes de cair na veia cava, permite que as células reticuloendoteliais, revestindo os sinusoides hepáticos, removam bactérias e outras partículas que poderiam entrar na circulação sanguínea do TGI, evitando, assim, o transporte direto de agentes, potencialmente prejudiciais para o restante do corpo.
*Os nutrientes não lipídicos e hidrossolúveis, absorvidos no intestino (como carboidratos e proteínas), são transportados no sangue venoso da veia porta para os mesmos sinusoides hepáticos. Aqui, as células reticuloendoteliais e as células hepáticas, absorvem, armazenam ¾ dos nutrientes.
*Quase todas as gorduras, absorvidas pelo trato intestinal, não são transportadas no sangue porta, mas sim, pelo sistema linfático intestinal e, então, são levadas ao sangue circulante sistêmico, por meio do ducto torácico, sem passar pelo fígado. 
*Circulação de sangue arterial no intestino inclui: aa. Mesentérica Superior e Inferior, que suprem as paredes do intestino delgado e grosso, por meio do sistema arterial arqueado; a. Celíaca que supre sangue ao estômago.
*As artérias se ramificam no intestino: funções secretoras e absortivas no intestino.
*Vilosidades intestinais: pequena arteríola e vênula interconectadas por sistema de múltiplas alças capilares. As paredes das arteríolas são muito musculosas e ativas no controle do fluxo sanguíneo para o vilo.
Causas do aumento no fluxo sanguíneo na atividade GI:
*Fluxo sanguíneo está diretamente relacionado ao nível local de atividade.
*Substâncias vasodilatadoras são liberadas pela mucosa do trato intestinal durante o processo digestivo. São na sua maioria hormônios (CCK, Peptídeo Vasoativo Intestinal, Gastrina e Secretina).
*Algumas glândulas GI também liberam na parede intestinal duas cininas: #calidina e #bradicinina – potentes vasodilatadores.
*A intensa atividade metabólica da parede intestinal causa redução da concentração de O2 que pode aumentar o fluxo de sangue intestinal, através da vasodilatação; e também causa isquemia e aumenta a concentração de adenosina que é um importante vasodilatador.
Controle Nervoso do Fluxo Sanguíneo:
*SNA Parassimpático: estômago e parte inferior do cólon. Aumenta o fluxo sanguíneo local e da secreção glandular.
*SNA Simpático: efeito direto em todo o trato digestivo. Diminuição do fluxo sanguíneo (vasoconstricção) > isquemia > escape autorregulatório predomina (vasodilatação).

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