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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ Pós-graduação em Direito Público: Constitucional, Administrativo e Tributário. Resenha do Caso de Harvard: “A crise grega Tragédia ou Oportunidade?” Nome do aluno: Emerson Luiz Schultz Trabalho da disciplina: Tributos em Espécie Tutor: Profª.: Barbara Nogueira Nunes Curitiba/PR 2019 A CRISE GREGA TRAGÉDIA OU OPORTUNIDADE? REFERÊNCIA: ROSCINI, Dante; SCHLEFER, Jonathan; DIMITRIOU, Konstantinos. Harvard A Crise Grega: Tragédia ou Oportunidade?. Estudo de Caso. Harvard Business School. Introdução Trata-se de um estudo de caso da grave crise política e econômica ocorrida na Grécia que comprometeu a estabilidade econômica na região do Euro, que foi trazida a baila para fins de estudo em Harvard. Resumo O governo grego possuía uma máquina pública pesada, com altas folhas de salário representando 32% da economia e pagamento de pensões que absorviam 12% do PIB. As contribuições gregas para os programas de assistência social ficaram por trás dos benefícios pagos, fazendo com que essa parcela do déficit aumentasse de € 3 bilhões em 2000 para € 19 bilhões em 2009. 55 E devido às preocupações com a Turquia, as despesas militares foram altas, com uma média de 3,7% do PIB em relação ao 1,7% da área do euro. No lado da receita, a uma importante causa de evasão fiscal foi a grande presença de microempresas e de trabalhadores autônomos. Além disso, o alto déficit fiscal de 2009 foi em parte causado por um abrandamento da cobrança de impostos durante a temporada eleitoral. Agora, o governo novamente procurou fortalecer o escritório de estatística e atualizar a cobrança de impostos, entre outras coisas, introduzindo o cruzamento eletrônico de recibos e faturas. Aumentou o imposto sobre o valor acrescentado, vendeu vários bancos do setor público e reduziu o investimento em infraestruturas, perdendo, desgraçadamente, alguns fundos de "apoio estrutural" para as infraestruturas da UE. Crítica Essa grave crise econômica e política grega afetou a participação do País na União Europeia que ficou em situação de saia justa, pois teria que decidir se socorria a Grécia, enviando um sinal aos demais países que se encaminhavam para a mesma situação da Grécia, que estimulariam o inadimplemento ou deixava a Grécia sem apoio, correndo o risco de ver o País saindo da UE levando consigo outros países, comprometendo sua formação. Tendo como parâmetro o Brasil, onde vigora a chamada Lei de Responsabilidade Fiscal, Lei Complementar nº 101, que visa impor o controle dos gastos da União, Estados, Distrito Federal e municípios, condicionando-os à capacidade de arrecadação de tributos desses entes políticos, caberia à Grécia impor um controle nos moldes da legislação brasileira, buscando desse modo, atingir os objetivos do plano de governo de arrecadação e investimento, e também o controle da inflação, por meio de políticas monetárias. Outra forma de controlar o déficit orçamentário seria por meio de aumento da fiscalização e o combate a sonegação para aumento da arrecadação de tributos, bem como a diminuição do tamanho do Estado por meio de privatizações e revisão das pensões pagas e mudanças nas regras de concessão de aposentadoria, elevando o tempo de contribuição do trabalhador, e até mesmo aumento de tributos em um primeiro momento, até se atingir a estabilidade econômica e política. O aumento na arrecadação poderá ser usado para pagamento dos empréstimos internacionais e a diminuição da dívida pública, que tanto pesa no PIB e diminui o crescimento da economia.
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