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DIREITO CONSTITUCIONAL II
 
Professora Paula
 
 
 
 
V1 –10,00
V2 – 10,00
VT 1– 2,0 arguição
VT 2– 2,0 arguição
VT 3 – (sala) 6,0 Livro: Interpretação e aplicação da Constituição, Luis Roberto
Barroso. Só cáp. 2 da parte II e parte IV.
 
Conteúdo do Semestre:
 
Unidade I - Direitos Sociais
Unidade II - Nacionalidade
Unidade III - Direitos Políticos
Unidade IV - Partidos Políticos
Unidade V - Organização do Estado
Unidade V - Intervenção
 
 
Questionário Direito Social.
 
1- Quais são as dimensões dos direitos fundamentais e em qual
delas os Direitos Sociais estão?
 
R: Os Direitos fundamentais são classificados em três dimensões:
liberdade, igualdade e fraternidade. Integram os direitos de 1ª geração
Os direitos a vida, a liberdade, a propriedade. Os direitos da 2ª geração
Apresentam-se como uma dimensão positiva do Estado no intuito de
patrocinar um “bem estar social”. Os direitos da 3ª geração, chamados
de direitos de fraternidade ou solidariedade, focalizam a sociedade
como um todo, assumindo uma dimensão coletiva ou difusa. Os direitos
sociais estão situados nos de 2ª geração.
 
2- O que significa a dimensão positiva do Estado na efetivação
dos direitos sociais?
 
R: A dimensão positiva do Estado Significa que os indivíduos têm direito
a prestações sociais por parte do Estado, tais como: assistência social,
saúde, educação e trabalho. Assim, os direitos sociais são considerados
fatores de implementação da justiça social, uma vez que se
encontraram vinculados a efetivação de políticas publicas por parte do
Estado. 
 
 
3- Qual a relação entre direitos sociais e igualdade material?
 
R: A relação entre direitos sociais e igualdade material esta vinculada a
efetivação de políticas publicas por parte do Estado que crie condições
favoráveis à aquisição da igualdade real da própria liberdade. 
 
4- Os direitos sociais são normas constitucionais de qual tipo de
eficácia?
 
​R: Os Direitos Sociais são normas constitucionais de eficácia plena.
 
5- Explique a Teoria da Reserva do possível:
​
​R: A Teoria da Reserva do possível esta relacionada a efetividade dos
​direitos sociais de prestação, por assumir grande relevancia economica
​em virtude do fato de estar ligada a distribuição, melhoria e criação de
​bens materiais, depende da capacidade do Estado de dispor
dos ​recursos existentes. Os direitos sociais de prestação encontram-se
​dependentes da disponibilidade economica e orçamentaria do Estado.
 
 
6- De qual forma o poder judiciário pode atuar na efetivação de
políticas Públicas Sociais e o princípio da separação dos
poderes.
 
​R: O poder juduciário pode atuar na efetivação de políticas públicas
​sociais mediante provocação, assim corrigindo eventuais distorções que
​atentem contra a razoabilidade e a proporcionalidade, sendo que esta
​prática resguarda as margens de atuação do legislador e do
​administrador público tendo em vista que o juiz não dirigirá a política
​pública a ser desenvolvida, mas apenas indicará a prioridade
​Constitucional que merece atenção. Quanto ao princípio da separação
​dos poderes, tal incumbência pode ocorrer embora em bases
​excepcionais, poderá atribuir-se ao Poder Judiciário, se e quando os
​orgãos estatais competentes, por discumprirem os encargos
políticos- ​Jurídicos que sobre eles incidem, vieram a comprometer, com
tal ​comportamento a eficácia e a integridade de direitos individuais e ou
​coletivos. 
​
7- Relacione Direitos Sociais e vedação do retrocesso:
​
​R: Para satisfação plena dos direitos sociais de prestação em favor da
​dignidade humana, o Estado deve não somente reconhecer o gozo e o
​exercício desses direitos, mas, também vedar a edição de medidas
​legislativas que importem na redução, anulação ou revogação do núcleo
​essencial já reconhecido aos indivíduos. Segundo essa ideia de vedação
​do retrocesso, após a concretização dos direitos sociais prestacionais
​em nível infraconstitucional, eles assumem o caráter de direitos
​subjetivos a determinadas prestações estatais, de tal forma que não
​mais se encontram na esfera de disponibilidade do legislador ordinário,
​tornando-se direitos adquiridos que não podem mais ser suprimidos ou
​reduzidos. 
 
8- Relacione Direitos Sociais e Mínimos Existencial: ​
 
​R: O padrão minímo de existência.
 
​9-O que significa a dimensão positiva do Estado na efetivação dos
​direitos sociais?
 
​R: a obrigação incumbida ao Estado de fornecer os direitos sociais,
​através da adoção de políticas públicas. 
 
 
10-Contextualize os direitos sociais dentro das dimensões dos direitos
fundamentais:
 
​R: É a possibilidade do Estado de fornecer os serviços incumbidos a ele
​dentro de um orçamento, ou seja, o Estado fornece enquanto lhe for
​possível financeiramente.
 
​Unidade l – Direitos Sociais
 
❖ Poder judiciário na efetivação dos direitos sociais:
​ ​Duas correntes:
Por se tratar de norma programática, o judiciário não pode atuar porque estaria
dessa forma legislando e ferindo o princípio da separação dos poderes.
Normas constitucionais são de eficácia plena por uma interpretação
sistemática
do título lido Art. 5 § 1 CR/88, chegando- se à conclusão de que os direitos
sociais têm aplicação imediata. Sendo assim pode o poder judiciário efetivar
referidos direitos
❖ Reserva do possível, mínimo existencial e vedação do
retrocesso:
 
​Reserva do possível: Dentro de seu orçamento, o Estado faz o
possível.
​Mínimo existencial: Dignidade da pessoa humana, condições básicas
para se ter uma vida digna.
​Vedação do retrocesso: Os direitos fundamentais já enraizados não
podem mais ser suprimidos pelo legislador, tornando- se verdadeiros direitos
adquiridos.
 
1) Conceito: São Direitos que visam reduzir as desigualdades
sociais através de políticas públicas estatais
 
2)- Dimensões
 
1ª Liberdade: Estado liberal, caráter negativo (não fazer)
2ª Igualdade: Estado social, igualdade formal e material, caráter positivo
(fazer, por parte do Estado. Direito social esta na 2º dimensão).
3ª Solidariedade e fraternidade: Proteção dos direitos difusos e coletivos
4ª Proteção dos direitos relativos à engenharia genética, evolução tecnológica
5ª Proteção à paz mundial
Direitos sociais dos trabalhadores (Art. 7º a 11)
Liberdade de associação ou sindical
​
1- Dimensões dos Direitos Fundamentais.
 
​Sindical
Tipos de associação:
​Profissional
 
 
OBS: De acordo com a Constituição Federal, as empresas com mais de
duzentos empregados, é assegurada a eleição de um representante dos
empregados com a finalidade exclusiva de promover-lhes o entendimento
direto com os empregadores nas empresas. (Art. 11)
 
a) Associação Sindical
 
​ ​Prerrogativas:
​1- representação→ Tem capacidade ativa para representar
seus associados;
 
​2- regulamentação→ o sindicato tem que participar de
todos os acordos e convenções coletivas de trabalho;
 
​3- política → o sindicato tem prerrogativas (liberdade) para
eleger seus representantes;
 
​4- financeira → o sindicato pode impor contribuição aos
seus associados;
 
​5- assistencial→ o sindicato presta serviço aos seus
associados, ou coloca serviços a disposição;
 
b) Associação Profissional
​Tem o objetivo de incrementar a profissão promovendo cursos,
palestras, seminários, etc. Para promover a profissão.
​
❖ Peculiaridades dos direitos sindicais:
 
a) Liberdade de constituição art. 8º, I
b) Unicidade sindical art. 8º, II
c) Liberdade de inscrição, art. 8º, V
d) Exercício de atividade sindical na empresa, art. 8º, III, VI, art. 10,
art.11
e) Estabilidade sindical, art. 8º, VIII
 
❖ Contribuição confederativa e sindical, (art.8º, IV)
​ ​
​ ​Contribuições :→ Confederativa- só para filiados
​ ​ ​ ​ → Sindical- fixada por lei ​ ​
 
 
▪ Confederativa.A contribuição confederativa é aquela que só pode ser cobrada do
sindicalizado e é estabelecida pela Assembléia Geral em percentual e
periodicidade estabelecido. É uma contribuição fixada pela Assembléia
Geral descontada em folha só podendo ser cobrada de quem for filiado.
 
▪ Sindical
 
A contribuição sindical é fixada por lei, tem natureza de tributo,
seu valor equivale a um dia do seu trabalho por ano, também
descontada em folha e deve ser paga por todos os integrantes da
categoria independentemente de ser filiado ou não.
 
 
1) Greve art. 9º C.R/88 
​É a abstenção coletiva de trabalho com finalidades reivindicatórias e
caráter pacífico. É um direito relativo pois pode ser limitado (existem certas
categorias que devem manter mínimo de atividade). Características:
➢ Direito de Greve é irrenunciável: o trabalhador não pode
abrir mão do direito, porém pode abster-se de exercê-lo.
➢ Direito de Greve é Relativo: porque pode ser limitado em
alguns pontos.
➢ Caráter pacífico
➢ É um direito coletivo
 
 
✓ Greve do servidor público
O art. 37, VII C.R/88 diz que o servidor público exercerá o direito de
greve nos termos da lei específica. Como a lei nunca foi criada vários
mandados de injunção foram impetrados, e em 2007 o STF deu uma sentença
com base em entendimento concretista e efeito erga omnes, que ordenava que
a greve fosse feita e utilizasse a lei de greve da iniciativa privada. Só não serve
para polícia militar nem forças armadas.
 
​
 
 
 
Unidade II Nacionalidade (Art. 12 C.R/88)
 
1 – Conceito
​A nacionalidade é o vínculo jurídico político que liga um indivíduo a um
Estado, por estar ligada a tal Estado está sujeita a direitos e deveres perante
esse Estado. É o vínculo jurídico-político que liga um indivíduo a um Estado
fazendo com que adquira direitos e deveres.
 
1.1-Definições correlatas:
• Povo: é o conjunto de pessoas que tem vínculo de nacionalidade
com o Estado (nato e naturalizados).
 
• População: é o conjunto de habitantes (residentes) de um
determinado Estado, sejam nacionais ou estrangeiros. 
 
 
• Cidadão: é o nacional no gozo de seus direitos políticos (votar e
ser votado). 
 
 
2 – Espécies de nacionalidade
 
• Primária ou originária: é a que resulta do nascimento (é o caso de
brasileiro nato)
 
• Secundária ou adquirida: resulta da manifestação de vontade da
pessoa (brasileiro naturalizado)
 
 
3 – Nacionalidade primária ou originária (Nascimento)
​São usados dois critérios: ius sanguinis (Sangue)
​ ​ ​ ​ ​ius soli (solo)
 
​Ligada ao nascimento:
​ ​→ Ius sanguinis: analisa a origem sanguínea, será nacional todo
​ ​ descendente de nacional.
 
​ ​→Ius soli: analisa a origem territorial, será nacional quem
​ ​ ​ nascer em território nacional.
 
​3.1 – Nacionalidade originária na C.R/88. Art. 12, I,a,b,c:
 
​ ​Obs: Todas as observações valem para adoção.
 
​ ​Obs1: Será brasileiro nato, quem nascer em em território
​ ​ ​ ​ ​brasileiro desde que seus pais não estejam a
serviço de ​ ​ ​ ​seu País (serviço Público). (Atr.12, I, a) 
​ ​
​ ​Obs2: É território brasileiro: embaixadas e todo transporte
​ ​ ​ ​público é território nacional (Navio e Avião público).
​ ​
​ ​12.I- b→ ius sanguinis + critério funcional: brasileiro nato
​ ​ ​aquele que nasce no estrangeiro é fiho de pai ou mãe
brasileiro, ​ ​ ​desde que esteja serviço do seu País.(serviço
público).
​ ​Obs: Poderá ser também estrangeiro dependendo da lei do País.
​ ​ ​(conhecer a lei do País se aceita ius sanguinis ou ius soli)
​
 
12.I - c→1ª parte: ius sanguinis + registro: nascido no estrangeiro
de pai ou mãe brasileiros. Não esta a serviço da República do
Brasil. Registro em repartição competente (consulado ou
embaixada). Brasileiro Nato
 
12.I - c→ 2ª parte: ius sanguinis + opção confirmativa: nascido no
estrangeiro, de pai brasileiro ou mãe brasileira, (não estão a
serviço do País e nem resgistrado em repartição competente),
registrado no estrangeiro. Tem que residir no Brasil e opte pela
nacionalidade brasileira, após a maioridade será brasileiro nato.
 
Obs:Depois de atingir a maior idade a pessoa pode manifestar a
vontade de se tonar brasileiro nato, pois tem sangue brasileiro.
Diferentemente do naturalizado, que não tem descendência de
brasileiro. 
 
Prazo: Não existe prazo máximo para a opção a qualquer tempo
após a maioridade.
 
• Da fixação da residência até a maior idade civil, o
nascido no estrangeiro, que se fixa no Brasil é
estrangeiro, mas tem nacionalidade provisória
ou suspensiva.
 
• Quando o nascido no estrangeiro faz a opção pela
nacionalidade brasileira os efeitos retroagem até
o momento da fixação da residência no território
Nacional. (efeito ex tunc, ou seja, é retroativo).
 
4 – Nacionalidade Secundária ou adquirida
 
​O que marca a aquisição dessa nacionalidade não é o nascimento e sim
a manifestação de vontade. Manifesta a vontade a partir do pedido de
naturalização. Quem concede a naturalização é o Presidente, chefe do poder
executivo, é um ato discricionário. O fato de alguém preencher os requisitos
para naturalização e fazer o pedido não garante o direito de aquisição da
naturalização. É ato discricionário porque é considerado ato de soberania.
 
 
4.1 Naturalização Tácita (grande naturalização)
 
​Não existe no Brasil. Usada em países que querem aumentar o número
de nacionais e povoar o país. Baixa um decreto dizendo que estrangeiro
residente no país tem prazo X, para manifestar sobre a opção de manter a
nacionalidade originária, se não manifestar adquirirá a nacionalidade do
referido país. No Brasil existiu apenas na Constituição de 1891. Ocorre quando
a Constituição estabelece que todos os estrangeiros residentes no país que
não declararem dentro de determinado período o ânimo de permanecer com a
nacionalidade de origem automaticamente adquirirão a nacionalidade do país
em que residem.
 
4.2 Naturalização expressa (art. 12, II C.R/88)
​Vontade
​
É expressa porque o estrangeiro vai manifestar a vontade de adquirir a
nacionalidade brasileira. Necessidade da manifestação de vontade escrita.
Que pode ser Ordinária ou Extraordinária.
 
4.2.1 Naturalização expressa ordinária (Art. 12, II, a. Art.12, §1º, C.R/88)
São os quase nacionais.
 
​ ​→ Estrangeiros não originários de países de língua portuguesa:
os que na forma da lei adquiram a nacionalidade brasileira, lei 6.815\80 art. 112
(residir 4 anos).
 
​ ​→ Estrangeiros originários de países de língua portuguesa:
requisitos apenas residência por 1 ano ininterrupto e idoneidade moral.
 
​ ​→ Português residente permanentemente no país: quase
nacional, o tratado da Amizade estabelece uma reciprocidade de tratamento,
ele é equiparado a um brasileiro naturalizado. Não perde a nacionalidade
portuguesa, nem adquire a brasileira, é apenas equiparado, não há dupla
nacionalidade.
 
4.2.2 Naturalização expressa extraordinária (quinzenária, art. 12, II, b
C.R/88 )
 
​Estrangeiro de qualquer nacionalidade desde que tenha residência no
país por mais de 15 anos e não tenha condenação penal. Ou seja, se não
preencher requisitos do Estatuto do Estrangeiro esperar e pedir a
extraordinária. O STF entende que se a pessoa sair temporariamente mas não
teve o ânimo de mudar do país isso não irá descaracterizar o tempo
ininterrupto.
 
4.3 Naturalização por radicação precoce e por Curso Superior
 
​Não estão na Constituição. Estavam na Constituição anterior a 88. O
entendimento do STF é que essas modalidades são aceitas por estarem no
Estatuto do Estrangeiro e o art. 12, II, a, diz na forma da lei,
recepcionando o Estatuto. Está no art. 115, §2º da lei 6.825/80.
​Radicação precoce: estrangeiro que vem para o Brasil com idade
menor que 5 anos, requerer até 2 anos após a maioridade.
​Curso superior: estrangeiro que veio para o Brasil antesdos 18 anos e
fez curso superior no Brasil, requerer até 1 ano após a formatura.
 
5- Diferenças de tratamento entre nato e naturalizado
 
​Em regra não poderá ter diferença de tratamento, conforme art. 12, §2º,
​C.R/88 salvo nos casos previstos na Constituição.
​
→5.1 Cargos privativos (art. 12, §3º C.R/88) norteados pelos princípios
​ da ​segurança nacional ou linha de sucessão do Presidente da
​ ​ ​República.
 
→5.2 Conselho da República, art. 89, VII, órgão consultivo do
​ ​ ​ Presidente da Republica.
 
→5.3 Propriedade de empresa jornalística e de radiodifusão, art. 222
​ ​brasileiro nato ou naturalizado há mais de 10 anos, ou pessoa
jurídica ​constituída sobre as leis brasileiras e que tenha sede no país.
 
→5.4 Extradição – consiste na entrega de um indivíduo a um outro
​Estado por ter lá cometido um crime, art.5º LI C.F/88, nenhum brasileiro
​ ​será ​extraditado, salvo o naturalizado em 2 casos: crime
comum ​cometido antes da naturalização, ou tráfico ilícito de drogas
(extradição a ​qualquer momento independente de quando cometeu o
crime).
 
→5.4.1 Princípios da extradição:
 
​- Especialidade: o país que pede a extradição deve limitar qual objetivo
do pedido dele. O país que pede a extradição se compromete a só julgar ou
punir a pessoa pelo que estava no pedido. O extraditado somente pode ser
processado e julgado no país estrangeiro pelo crime objeto do pedido de
extradição. Quando um país pede extradição, instaura-se um processo de
extradição no Brasil, enquanto o processo tramita pode ter pedido de extensão
para ampliar os crimes pelos quais a pessoa é requerida.
 
- Comutação de pena: para extraditar o país requerente tem que se
comprometer a só punir a pessoa com penas que são admitidas na legislação
brasileira, não pode extraditar se for pra cumprir pena de morte ou perpétua,
ou privativa de liberdade por mais de 30 anos. Se a pena prevista no país
requerente for vedada no Brasil deverá tal pena ser comutada para uma que
aqui exista.
​- Dupla tipicidade: o Brasil só concederá a extradição se o fato
também for crime aqui. A extradição só será aceita se a conduta praticada for
crime tanto no Brasil como no país requerente.
 
 
5.4.2 Institutos afins:
 
​→ Extradição: uma pessoa comete um crime em outro país e
foge para o Brasil, o país pede a pessoa para puní-la.
 
​→ Expulsão: um estrangeiro que comete um delito ou um
atentado à ordem jurídica dentro do Brasil. É a retirada a força de um
estrangeiro do território nacional por ter praticado um delito ou atentado contra
a ordem jurídica, geralmente nunca mais pode voltar. Súmula 1 (é vedada
expulsão com mulher e filho brasileiro dependente) e 421 STF(não impede a
extradição o fato de filho ou cônjuge brasileiro).
 
​→ Deportação: descumprimento de requisitos legais. Consiste
em devolver o estrangeiro ao exterior por ter entrado ou permanecido
irregularmente no Brasil, não se ligando à pratica de crime.
 
​→ Asilo político: É o recebimento do estrangeiro no território
nacional para evitar punição ou perseguição por questões políticas ou
ideológicas.
 
 
6- Perda da Nacionalidade (art. 12, §4º,I e II C.R/88)
 
→Tiver cancelada sua naturalização por sentença judicial (transitada em
julgado): só se aplica ao brasileiro naturalizado, volta a ser estrangeiro.
Requisito é a atividade nociva ao interesse nacional (depende da analise
do caso concreto). A ação de cancelamento da naturalização é de
autoria(propõe) do Ministério Público Federal. Efeito temporal é ex
nunc. (não retroage)
 
→Adquirir outra nacionalidade (naturalização voluntária): aplica-se a
brasileiro nato e naturalizado. Efeito temporal ex nunc (não retroage).
Exceções (casos de dupla nacionalidade): São os casos nos quais a
pessoa vai manisfestar a vontade de adquirir uma outra nacionalidade,
mas não perdera a dela, vai manter as duas.(Art. 12 §4º, II, a e b
C.R/88)
 
a. Reconhecimento de nacionalidade originária: ius
sanguini. A lei estrangeira permite que a pessoa, peça
a nacionalidade porque que tem a descendência e
matem a que a pessoa tem. (depende de o país permitir
ou não) Ex: Italianos
 
b. Imposição de naturalização pela norma estrangeira:
condição para ficar no país ou exercer direitos civis.
 
Obs: brasileiro nato pode perder nacionalidade. Basta ele pedir outra
nacionalidade a outro país. Salvo se o pais aceitar a dupla nacionalidade
ele permanece com dupla nacionalidade.
 
​→ Ter dupla nacionalidade não quer dizer ter dupla cidadania.
​Cidadão é quem vota, e pode ser que o indivíduo tenha nacionalidade,
​mas não seja cidadão.
 
​
 
​Unidade III Direitos Politicos (Art. 14 C.R/88)
 
1 – Conceitos básicos: 
​Direitos políticos são instrumentos por meio dos quais a Constituição
garante o exercício da soberania popular atribuindo poderes aos cidadãos para
participarem dos negócios do Estado. São direitos públicos subjetivos,
o direito de votar e de ser votado.
 
Nacionalidade: é o vínculo jurídico político que liga a pessoa ao Estado.
 
Cidadania: é a titularidade dos direitos políticos de votar e ser votado,
ou seja, cidadão é nacional no gozo de direitos políticos.
 
Sufrágio: é o direito de votar e ser votado. Pode ser executado de duas
formas: Universal, (o direito de votar é concedido a todos os nacionais) que é
concedido a todos e Restrito, (apenas algumas pessoas que preenchem
algumas condições especiais podem votar. Ex: a mulher não podia votar.) que
só é concedido a determinas pessoas.
 
​Voto: é meio de se exercer o sufrágio, ou seja, é o instrumento pelo qual
​se exerce o sufrágio.
 
Escrutínio: é o modo de exercer o voto, (ex: escrutínio aberto ou
fechado).
 
2 – Direitos políticos positivos
 
Conceito:
Diz respeito ao sufrágio, direito de votar e ser votado. Direito de votar é
chamado de capacidade eleitoral ativa e o direito de ser votado é a capacidade
eleitoral passiva. Existem dois tipos de sufrágio, o universal e o restrito. No
sufrágio universal o direito de votar é concedido a todos os nacionais. No
sufrágio restrito apenas algumas pessoas que preenchem condições especiais
podem votar.
 
2.1 Capacidade eleitoral ativa
É a chamada alistabilidade. É o direito de votar em eleições, plebiscitos
e referendos. O alistamento eleitoral e o voto são obrigatórios para maiores
de 18 anos. É facultativo para os analfabetos, maiores de 70 anos e maiores
de 16 anos e menores de 18 anos .
Obs: Idoso é o maior de 60 anos ​Cuidado
(Entre 60 e 70 anos o voto é obrigatório).
 
→ O TSE é o único órgão judiciário que faz regulamentos. No regulamento do
TSE, Resolução (21.920/TSE), estabelece que pode alistar com 15 anos se
comprovar que na data da eleição terá 16 anos. O entendimento do TSE é que
deficientes físicos graves o voto também é facultativo.
 
 
 
São proibidos de alistar:
→ estrangeiros
→ conscritos (é quem está recrutado pelo serviço militar
obrigatório)
 
2.2 Voto (características)
→ Personalíssimos – só a própria pessoa pode exercer, nem
mesmo por procuração.
 
→ Obrigatório (comparecimento)
→Livre (podemos votar em qualquer candidato)
→ Personalíssimo (não pode ser transferido)
→ Secreto (não pode ser dada publicidade ao voto)
→Direto (os eleitores elegem os candidatos diretamente, sem intermediação)
OBS: Existe uma possibilidade de eleição indireta (Art. 81, §19 C.F/88)
→ Periódico
→ Igualitário (todos os votos têm o mesmo valor)
 
 
 
 
2.3) Plebiscito e Referendo:
 
Plebiscito: É uma consulta prévia que se faz ao cidadão sobre determinada
matéria a ser discutida pelo congresso nacional. Ex: Art. 2º, ADCT.
 
Referendo: É uma consulta -posterior sobre determinado ato governamental
para ratifica- lo ou não.
 
3- Capacidade eleitoral passiva: (Elegibilidade) É a possibilidade do cidadão
de ser eleito a um cargo eletivo (ser votado).3.1) Condições de elegibilidade: (Art. 14, § 3º C.F/88).
 
§ 3º São condições de elegibilidade, na forma da lei:
I - a nacionalidade brasileira; (estrangeiro não pode concorrer a cargos
eletivos);
II - o pleno exercício dos direitos políticos; (não pode estar com os direitos
políticos perdidos ou suspensos);
III - o alistamento eleitoral; (capacidade eleitoral ativa, ou, seja só tem
capacidade eleitoral passiva, quem tem capacidade eleitoral ativa, se não pode
votar não pode ser votado); 
IV - o domicílio eleitoral na circunscrição; (Cuidado: → domicilio eleitoral não é
o mesmo de domicilio civil (local onde a pessoa fixa sua residência com
ânimos de ali ser o centro das suas atividades), domicilio eleitoral (local onde
a pessoa tem vínculos sociais. Ex: Mora em Belo horizonte, mas trabalha em
Nova Lima. Para votar em Nova Lima, tem que ser inscrito em Nova Lima para
votar na mesma 
V - a filiação partidária; (no Brasil não existe candidatura avulsa, só concorre a
um cargo se for filiado a um partido. Tem que filiar ao partido no mínimo 1 ano
antes da eleição);
VI - a idade mínima de:
a) trinta e cinco anos para Presidente e Vice-Presidente da República e
Senador;
b) trinta anos para Governador e Vice-Governador de Estado e do Distrito
Federal;
c) vinte e um anos para Deputado Federal, Deputado Estadual ou Distrital,
Prefeito, Vice-Prefeito e juiz de paz; → Cuidado: Com Juiz de paz única
informação que ele precisa é ter 21 anos.
d) dezoito anos para Vereador.
 
Entendimento do TSE: é necessária a comprovação da idade mínima para
elegibilidade em qualquer cargo, no momento da posse.
 
 
4- Direitos políticos negativos
 
​São normas constitucionais que restringem a capacidade eleitoral ativa
ou a capacidade eleitoral passiva.
​ Dois tipos: inelegibilidade e perda/ suspensão dos direitos políticos.
 
Inelegibilidade: É a ausência da capacidade eleitoral passiva, ou seja, impede
de ser votada. Existem dois tipos de inelegibilidade: absolutas e relativas. 
 
4.1) Absolutas: (Art. 14, § 4º C.F/88). § 4º São inelegíveis os inalistáveis e os
analfabetos. ​ É o impedimento eleitoral para qualquer cargo, pois,
relaciona-se às características da pessoa e não do cargo. Ou seja, os
estrangeiros, os conscritos e analfabetos.
 
Entendimento do TSE: 1. No registro da candidatura tem que apresentar
comprovante de escolaridade. 2. Não tendo documentação: fazer carta de
próprio punho, mostrando que não e analfabeto. 3. Não conseguindo fazer a
carta: terá uma audiência com o Juiz Eleitoral, o juiz fará apuração se o
candidato sabe ler e escrever.
 
4.2) Relativas: É aquela que se dá em razão de alguma situação que impede
que a pessoa se candidate a um determinado cargo ou em determinada
eleição, sendo passível de desincompatibilização.
 
Casos das inelegibilidades relativas (Art. 14,§ 5º e 6º C.F/88)
§ 5º O Presidente da República, os Governadores de Estado e do Distrito
Federal, os Prefeitos e quem os houver sucedido ou substituído no curso dos
mandatos poderão ser reeleitos para um único período subseqüente.
 
§ 6º Para concorrerem a outros cargos, o Presidente da República, os
Governadores de Estado e do Distrito Federal e os Prefeitos devem renunciar
aos respectivos mandatos até seis meses antes do pleito.
 
A) Por motivos funcionais (Função): 1- Para mesmo cargo:
Nota ao Art. 14, § 5º Pode haver terceiro mandato desde que
não seja subseqüente. (Presidente, Governador e Prefeitos,
chefes do poder executivo).
 
Obs1: Não existe limite de eleição para os cargos Legislativo.
 
Obs2:A renuncia no segundo mandato, não retira a inelegibilidade.(se
exerceu um dia de madato e resunciar se torna inelegivel).
 
Obs3: Se exercer um segundo mandato. O mesmo não pode terceiro
mandato nem como vice. (isso subsequente)
 
Obs4: Pleitear uma reeleição para o mesmo cargo, não precisa
renunciar.
Obs5: O vice pode substituir (por um tempo, não conta como madato)
e suceder (assumir, pode durar um dia que é considerado um mandato).
Ele substituindo não é considerado um madato, podendo assim se
eleger para o mandato principal, e como reeleição.
 
2- para cargos diferentes:
A- § 6º Para concorrerem a outros cargos, o Presidente da
República, os Governadores de Estado e do Distrito Federal e
os Prefeitos devem renunciar aos respectivos mandatos até
seis meses antes do pleito.
 
B) Em razão do parentesco (Art. 14§ 7º C.F/88). Também
chamada inelegibilidade reflexa.
§ 7º São inelegíveis, no território de jurisdição do titular, o cônjuge e os
parentes consangüíneos ou afins, até o segundo grau ou por adoção, do
Presidente da República, de Governador de Estado ou Território, do Distrito
Federal, de Prefeito ou de quem os haja substituído dentro dos seis meses
anteriores ao pleito, salvo se já titular de mandato eletivo e candidato à
reeleição.
 
 
 
Regra: Objetivo da regra é evitar que as famílias assumam o monopólio do
poder. Evitar que o poder político fique na mão de uma só família, evitar
monopólio dos laços familiares no poder político.
 
→ Nota ao Art. A finalidade é impedir que grupos familiares monopolizem
o poder político.
 
→Grau de parentesco: Até segundo grau, ou por adoção e afins (parentes do
cônjuge, por afinidade)
 
→ A inelegibilidade alcança tanto aos companheiros quanto a união homo
afetiva.
 
→por entendimento do STF, não pode o prefeito ser eleito para terceiro
mandato independentemente da jurisdição, o STF chamou esse prefeito como
itinerante ou profissional.
 
→Inelegibilidade é dos parentes do chefe do poder Executivo: Quem são os
parentes? Cônjuge, parentes consangüíneos ou afins.
 
Consangüíneos→ são da nossa descendência.
 
Afins→ são parentes do cônjuge.
 
 
Contagem de grau familiar:
Exceção
Avô
 
Avô
 
3º Grau2º Grau
Tio
2º Grau
1º Grau
4º Grau
Irmão
Primo
Eu
Sogra
1º Grau
2º Grau
1º Grau
CunhadoEu
 
 
 
 
 
​
 
​
​
​ ​
 
 
 
 
 
Obs.: Inelegibilidade até 2º grau (não teria problemas com tio e primo). Só para
chefes do poder executivo.
 
Obs.: Cônjuge: Parente da sogra 1º grau por afinidade, cunhado 2º grau por
afinidade. Para fazer contagem de afinidade coloca-se no lugar do cônjuge. 
 
 
 
 
 
 
​
 
​
​
​ ​
 
 
 
 
→São inelegíveis no território de jurisdição. (Só executivo)
Governador de Minas: o irmão não pode se candidatar a Prefeito de Belo
Horizonte, a Deputado Estadual, Deputado Federal, Vereador (jurisdição de
Minas).
 
Pai
Cônjuge
EX: Deputado Estadual (Legislativo) (exercendo seu mandato), o irmão se
elege Governador, não existe inelegibilidade, é do cargo do executivo para
outros, não dos outros para o executivo.
 
Ex2: Deputado Estadual (exercendo seu mandato), seu irmão é Governador.
Pode se reeleger ao cargo, pois já era deputado e esta concorrendo à
reeleição, (não se torna inelegível).
 
→Grau de parentesco: Até segundo grau, ou por adoção (adoção é filho
legitimo) e afins (parentes do cônjuge, por afinidade)
 
→ A inelegibilidade alcança tanto aos companheiros (cônjuge) quanto a união
homo afetiva.
 
→ A inelegibilidade não acaba com o divórcio sumula vinculante nº 18
A dissolução da sociedade ou do vínculo conjugal, no curso do mandato,
não afasta a inelegibilidade prevista no § 7º do artigo 14 da Constituição
Federal.
 
Obs. 1-Casados e se separam no curso do mandanto (inelegivel)
 2-Casados e separados de corpos a um tempo morando na mesma casa,
não são conjuges mas são companheiros. ( a separação tem que ser de
vez). ​ ​
 
ATENÇÃO → Para território de jurisdição.
Ex: O irmão do Governador de Minas é inelegível para todo e qualquer cargo.
​ ​ ​ ​ ​(Falso ou Verdadeiro).
R: Falso. Ele é inelegível para todo e qualquer cargo para dentro da jurisdição
de Minas Gerais.
 
Obs. O único que vai abranger todo país é o Presidenteda República. (Só no
cargo executivo).
 
→ Exceção: salvo se já titular de mandato eletivo e candidato à reeleição.
 
→por entendimento do STF, não pode o prefeito ser eleito para terceiro
mandato independentemente da jurisdição, o STF chamou esse prefeito como
itinerante ou profissional.
 
 
C)- Militar (Art. 14, § 8º C.F/88)
§ 8º O militar alistável é elegível, atendidas as seguintes condições:
I - se contar menos de dez anos de serviço deverá afastar-se da atividade;
II - se contar mais de dez anos de serviço será agregado pela autoridade
superior e, se eleito, passará automaticamente, no ato da diplomação, para a
inatividade.
 
→ se contar menos de dez anos larga a carreira militar e vai concorrer ao
cargo eletivo, ganhando assume, e se perder não pode mais voltar para a
corporação.
 
→ se contar mais de dez anos vai concorrer ao cargo eletivo, e fica agregado
(afastado temporariamente), ganhou larga o militarismo (e continua
reformado e remunerado não pode voltar mais a ativa), se perder volta e
trabalha normalmente.
 
​
D)- Previsões em L. C. (Art. 14,§9º C.F/88)
§ 9º Lei complementar estabelecerá outros casos de inelegibilidade e os
prazos de sua cessação, a fim de proteger a probidade administrativa, a
moralidade para o exercício do mandato, considerada a vida pregressa do
candidato, e a normalidade e legitimidade das eleições contra a influência do
poder econômico ou o abuso do exercício de função, cargo ou emprego na
administração direta ou indireta.
 
Obs1. Quando a Constituição exige Lei Complementar, tem que ser Lei
Complementar, o quorum de aprovação de Lei Complementar e maior do que,
de Lei Ordinária. Lei Complementar 64/90 (Lei Inelegibilidade). Lei
Complementar 64/90 foi alterada pela Lei 135/2010 (Lei da Ficha Limpa).
 
→ Não pode ter casos de inelegibilidade em Lei Ordinária
 
→Tornou os casos de inelegibilidade mais duros, endureceu a lei a fim de
probidade administrativa e moralidade administrativa.
 
→Principal alteração da Lei ficha limpa (para ser inelegível não precisa mais
de trânsito em julgado basta uma decisão colegiada→ quando a decisão
não é tomada mais por um único Juiz→ 2º instância a partir de então ter uma
decisão condenatória já é inelegível mesmo sem o transito em julgado).
 
→ Não é todo e qualquer processo, acontece inelegibilidade basicamente nos
Processo Penais e de improbidade administrativa. 
 
4.3) Perda e suspensão dos direitos políticos. (Art. 15 C.R/88)
O cidadão ele vai ter os direitos políticos retirados, ou seja, o direito político de
votar e ser votado. (Será retirado)
 
A) Perda: É uma privação definitiva de direitos políticos (Art. 15, I e IV e Art.
12, §4º, II C.R/88)
 
Cuidado→ poder perder direitos políticos e pode suspender direitos políticos→
Não pode caçar (retirada arbitraria → não pode).
 
Art. 15. É vedada a cassação de direitos políticos, cuja perda ou suspensão só
se dará nos casos de: (Só este artigo trata deste assunto).
I - cancelamento da naturalização por sentença transitada em julgado;
(volta a ser estrangeiro, e estrangeiro não tem direitos políticos (Art.12, § 4º, II
C.R/88).
 
IV - recusa de cumprir obrigação a todos imposta ou prestação alternativa, nos
termos do art. 5º, VIII; → chamada ESCUSA DE CONSCIENCIA (ninguém será
privado de direitos por motivo de crença religiosa ou de convicção filosófica ou política, salvo se as
invocar para eximirse de obrigação legal a todos imposta e recusarse a cumprir prestação alternativa,
invocar para eximirse de obrigação legal a todos imposta e recusarse a cumprir prestação alternativa,
fixada em lei);
Obs.- Para os doutrinadores de Direito Constitucional este caso é de perda.
Qualquer doutrinador vai enumerar o inciso IV como perda. Só que o estudo
deste assunto nas doutrinas de Direito Eleitoral, os doutrinadores falam que
não é perda e sim suspensão. Ex: Foi imposto um dever e foi negado, foi
imposta uma prestação alternativa e negado, os direitos políticos neste caso
ficarão suspensos, até o dia em que cumprir o dever, para ter a situação
regularizada. (Ter seus direitos políticos de volta)
 
CUIDADO→ Numa prova de Direito Constitucional se perguntado é perda.
​ ​Numa prova de Direito Eleitoral se perguntado é suspensão.
​ ​Questão aberta discorrer sobre as duas correntes.
 
B)-Suspensão: É a privação temporária dos direitos políticos
​(Art. 15, II, III e V C.R/88)
 
II - incapacidade civil absoluta; (os absolutamente incapazes do C.C, os outros
casos, que já tiveram a capacidade e a perderam, enquanto for incapaz terá
seus direitos políticos suspensos, ex: doentes mentais, coma, etc.. Enquanto
estiver na situação de incapacidade fica suspenso, melhorou volta novamente)
 
Obs.: os menores de 16 anos não entram, pois não tiveram direitos políticos.
Só suspende algo que o individuo já teve.
 
III - condenação criminal transitada em julgado, enquanto durarem seus
efeitos;
(só os condenados com o transito em julgado, tem seus direitos suspensos).
Obs. Presos provisórios votam, mas o Estado tem que dar condições para eles
votarem. ​
 
V - improbidade administrativa, nos termos do (art. 37, § 4º)
→Uma conseqüência da condenação em improbidade administrativa é a
suspensão dos direitos políticos, será o prazo fixado na sentença, e enquanto
estiver cumprindo não votar não é votado.
Art. 37. Administração, pública direta, indireta e indireta, de qualquer dos
poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios
obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade,
publicidade e, também, ao seguinte: 
§ 4° Os atos de improbidade administrativa importarão a suspensão dos
direitos políticos, a perda da função pública, a indisponibilidade dos bens e o
ressarcimento ao erário, na forma e gradação previstas em lei, sem prejuízo da
ação penal cabível.
 
5)- Servidor-público e mandato eletivo: (Art. 38 C.R/88)
 
Art. 38. Ao servidor público da administração direta, autárquica e fundacional,
no exercício de mandato eletivo, aplicam-se as seguintes disposições:
 
I - tratando-se de mandato eletivo federal, estadual ou distrital, ficará afastado
de seu cargo, emprego ou função; (tem que afastar do seu cargo se eleito.)
 
II - investido no mandato de Prefeito, será afastado do cargo, emprego ou
função, sendo-lhe facultado optar pela sua remuneração; (pode optar qual
salário receber)
 
III - investido no mandato de Vereador, havendo compatibilidade de horários,
perceberá as vantagens de seu cargo, emprego ou função, sem prejuízo da
remuneração do cargo eletivo, e, não havendo compatibilidade, será aplicada a
norma do inciso anterior; (se tem compatibilidade de horário exerce os dois
e recebe duas remunerações).
 
IV - em qualquer caso que exija o afastamento para o exercício de mandato
eletivo, seu tempo de serviço será contado para todos os efeitos legais, exceto
para promoção por merecimento;
 
V - para efeito de benefício previdenciário, no caso de afastamento, os valores
serão determinados como se no exercício estivesse.
 
​Unidade IV- Partidos Políticos (Art.17. C.F/88)
 
Art. 17. É livre a criação, fusão, incorporação e extinção de partidos políticos,
resguardados a soberania nacional, o regime democrático, o pluripartidarismo,
os direitos fundamentais da pessoa humana e observados os seguintes
preceitos:
 
Introdução
 
O que é partido político: São pessoas jurídicas de (natureza) → direito
privado, que são organizadas por pessoas com uma ideologia comum.
 
​No Brasil existem hoje 31 partidos políticos. → O partido político é
financiado, existe um repasse da União para partido político→ quando um
partido político é criado ele tem direito ao fundo partidário→ fundo tem receita
de várias fontes, este fundo é dividido entre os partidos políticos→ hoje no
Brasil pelo simples fato de um partido político ter sido criado e autorizado,passa a ter direito a R$ 318.000.000,00 
Partido Político→ é pessoa jurídica e precisa ter personalidade jurídica. É
pessoa jurídica de direito privado, adquire personalidade jurídica quando é
registrado no cartório civil de registro de pessoa jurídica.
→ Lei 9096/95 art. 8º. O requerimento de registro de partido político, dirigido
ao cartório competente do Registro Civil das pessoas jurídicas, da capital
Federal, deve ser subscrito pelos seus fundadores, em número nunca inferior a
cento e um, com domicilio eleitoral em, no mínimo um terço dos Estados, e
será acompanhado de: 
 
1º) O partido político é registrado em cartório competente do Registro Civil das
pessoas jurídicas, da capital Federal Brasília, partido tem caráter Nacional. 
 
2º) O registro no cartório civil não é o único registro do partido político art.17 §
2º Os partidos políticos, após adquirirem personalidade jurídica, na forma da lei
civil, registrarão seus estatutos no Tribunal Superior Eleitoral. Depois tem que
registrar no STE (Para fins de Controle o registro)
 
3º) →Para adquirir personalidade jurídica (Cartório Civil)
 →Registro no TSE (para fins de controle. Para o TSE ter como controlar 
 este Partido, até mesmo para evitar desvio de verbas. (TSE sede em Brasília).
 
→Filiação partidária é uma condição para elegibilidade (não existe
candidatura avulsa no Brasil.
 
Caput Art. 17. É livre a criação, fusão, incorporação e extinção de partidos
políticos, resguardados a soberania nacional, o regime democrático, o
pluripartidarismo, os direitos fundamentais da pessoa humana e observados
os seguintes preceitos: (Caput Atr. 17. traz liberdade partidária, o partido é
livre tem um estatuto, neste estatuto quem decide como vai funcionar e o
próprio partido dentro da lei. O Estado não ditará como o partido tem que
funcionar.
I - caráter nacional; (partido político não pode ter caráter regional e nem local,
tem que ser nacional).
Lei 9096/95 Art. 7º O partido político, após adquirir personalidade jurídica na forma da lei
civil, registra seu estatuto no Tribunal Superior Eleitoral.
 
 § 1º Só é admitido o registro do estatuto de partido político que tenha caráter nacional,
considerando-se como tal aquele que comprove o apoiamento de eleitores correspondente a,
pelo menos, meio por cento dos votos dados na última eleição geral para a Câmara dos
Deputados, não computados os votos em branco e os nulos, distribuídos por um terço, ou
mais, dos Estados, com um mínimo de um décimo por cento do eleitorado que haja votado em
cada um deles.
 
​§ 2º Só o partido que tenha registrado seu estatuto no Tribunal Superior Eleitoral pode
participar do processo eleitoral, receber recursos do Fundo Partidário e ter acesso gratuito ao
rádio e à televisão, nos termos fixados nesta Lei.
 
 
 
 § 3º Somente o registro do estatuto do partido no Tribunal Superior Eleitoral assegura a
exclusividade da sua denominação, sigla e símbolos, vedada a utilização, por outros partidos,
de variações que venham a induzir a erro ou confusão.
 
II - proibição de recebimento de recursos financeiros de entidade ou governo
estrangeiros ou de subordinação a estes; (receber recursos de estrangeiros e
entidades estrangeiras é ferir a soberania do país) 
 
III - prestação de contas à Justiça Eleitoral;
 
IV - funcionamento parlamentar de acordo com a lei. (9096/95 Lei de partidos
políticos)
 
Art. 17.§ 1º (1ª parte) - É assegurada aos partidos políticos autonomia para
definir sua estrutura interna, organização e funcionamento, e para adotar os
critérios de escolha e o regime de suas coligações eleitorais. (...)
 
Obs. Princípio da chamada Autonomia Partidária, tem liberdade de funcionar,
com quem vai coligar, respeitando a lei sempre.
 
§ 3º - Os partidos políticos têm direito a recursos do fundo partidário e acesso
gratuito ao rádio e à televisão, na forma da lei.
 
→(Fundo partidário: É um fundo que se compõe de várias receitas. O que
pode ser receita de fundo partidário? doções de pessoas jurídicas e físicas,
multas que são impostas pelos descumprimentos as leis eleitorais, e repasse
da União por impostos pagos pelo povo, parte vai para o fundo partidário.
 
→Divisão do fundo partidário art. 41.a da Lei 9096/95 
​5%- é dividido igualmente entre os partidos registrados.
​95%- é divido entre os partidos que tem mais representantes na
​Câmara. Quanto mais representantes mais o partido ganha.
 
→Direito de antena: é o direito gratuito a rádio e televisão. A união subsidia o
acesso ao rádio e a televisão através de isenção de impostos.
 
Imunidade tributária: Art.150. IV.c.C.R/88- Sem prejuízo de outras garantias
asseguradas ao contribuinte, é vedado a União, aos Estados, ao Distrito
Federal e aos Municípios. 
VI - instituir impostos sobre:
c) patrimônio, renda ou serviços dos partidos políticos, inclusive suas
fundações, das entidades sindicais dos trabalhadores, das instituições de
educação e de assistência social, sem fins lucrativos, atendidos os requisitos
da lei;
 
3- Verticalização das Coligações Partidárias
 
Conceito:
​Verticalização: significa que partidos políticos com candidatos
opostos à Presidência da Republica não podem regionalmente apoiar o
mesmo candidato ao cargo do Estado. 
​→Verticalização é a regra pela quais partidos políticos com candidatos
opostos à presidência da república não podem regionalmente apoiar o mesmo
candidato do estado.
Justificativa: Art. 17,1, ou seja, caráter nacional, se um partido diverge em
âmbito nacional não teria como convergir no âmbito regional.
 
➢ 2002. Res. 20993 do TSE determinando a verticalização, se os
partidos são opostos no âmbito federal não podem se coligar no
âmbito estadual e municipal. Fundamentos para determinar
art.17, I, C.R/88
 
➢ EC/52 de 08/03/2006: Alterou o Art. 17, §1°, CR, acabou a
obrigatoriedade da verticalização.
 
Art.17. É livre a criação, fusão, incorporação e extinção de partidos políticos,
resguardados a soberania nacional, o regime democrático, o pluripartidarismo,
os direitos fundamentais da pessoa humana e observados os seguintes
preceitos: 
 
➢ Art. 2° da EC 52: Determinou a aplicação nas eleições de 2002, já
finda.
 
➢ ADI - 3685-e ADI 3686→ Buscando a inconstitucionalidade da
EC/52.
 
➢ STF: Inconstitucionalidade do Art. 2° e constitucionalidade da não
obrigatoriedade da verticalização.
 
Fidelidade partidária: Pela fidelidade partidária STF e TSE entendem que o
mandato pertence ao partido político e não ao candidato.
 
→ Se o parlamentar mudar de partido depois de eleito isso vai caracterizar a
infidelidade partidária. Pena: casacão do mandato. Não pode mudar de
perdido depois de eleito. 
→Justificativas: Pelo STF e STJ: "E um desvio ético/ político", causa
desequilíbrio de representatividade no parlamento e mais, é uma fraude à
vontade popular.
→Justificativas para a mudança de partido: 1ª Provar perseguição política, 2ª
mudança de orientação ideológica do partido.
→Casos permitidos a saída dos partidos políticos: Motivos justificadores
para mudar de partido político Lei 9096 de partidos políticos. (justifica)
 
Causas justiçadoras para mudança de partido:
 
1º- Mudança de orientação de Partido. (Quando o partido muda a sua
orientação política Ex: Partido de esquerda muda para direita).
Obs. Quem julga é o TSE
 
2º- Comprovada perseguição política. (Se o parlamentar provar que esta sendo
politicamente perseguido, poderá mudar de partido e não será infiel).
 
3º- Criação de outro partido Político.
 
4º - Incorporação ou fusão de partido.
 
Cláusula de barreira: (Inconstitucional) O funcionamento Parlamentar do
partido fica condicionado a representativade que ele tem na Câmara dos
Deputados, ou seja, partidos que tem representatividade maior terão mais
acesso ao fundo partidário, mais acesso a ao radio e TV, aquelesque têm
representatividade menor, terão menos acesso ao fundo partidário, acesso ao
radio e a TV, o que não tem representatividade nenhuma não terão acesso a
nada.
1- Inconstitucional
2- Condiciona o funcionamento parlamentar do partido ao
desempenho eleitoral por ele obtido. Ofendendo Pluralismo
Político o Estado Democrático de Direito, e as minorias.
 
 
Lei 9096 art.13
Art. 13. Tem direito a funcionamento parlamentar, em todas as Casas
Legislativas para as quais tenha elegido representante, o partido que, em cada
eleição para a Câmara dos Deputados obtenha o apoio de, no mínimo, cinco
por cento dos votos apurados, não computados os brancos e os nulos,
distribuídos em, pelo menos, um terço dos Estados, com um mínimo de dois
por cento do total de cada um deles. *** O STF , na Ação Direta de
inconstitucionalidade n° 1351/3, de 7-12-2006, declarou a inconstitucionalidade deste artigo.
 
Art. 1º, V, C.R/88 A República Federativa do Brasil, formada pela união
indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em
Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos:
 
V - o pluralismo político.? Cláusula de barreira fere o pluralismo político.
Fera a Democracia politica.( em uma Democracia temos que proteger as
minorias, a clausula não proteje, massacra as minorias). 
 
Princípio da anualidade eleitoral (anterioridade) Art. 16 C.R/88:
 
Maldade do artigo→ como cai em prova de concurso.
 
Art. 16. A lei que alterar o processo eleitoral entrará em vigor na data de sua
publicação, não se aplicando à eleição que ocorra até um ano da data de sua
vigência. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 4, de 14/09/93) 
 
? A lei que altera o processo eleitoral só pode ser aplicada um ano depois da
sua vigencia.
 
​→Questão de Prova OAB e Concursos Publicos:
→ Lei sobre a anualidade ou anterioridade eleitoral possui vacatio legis de
uma ano? Verdadeiro ou falso?
 
R: Falso, lei de efeito imediato entra em vigor na data da publicação, e fica
suspensa por um ano. 
 
Obs. Vacatio Legis: “a Lei Vaga", que é o período que decorre entre o dia da
publicação de uma lei e o dia em que ela entra em vigor, ou seja, que tem seu
cumprimento obrigatório.
 
 
​Unidade V - Organização do Estado
Art. 18. A organização político-administrativa da República Federativa do Brasil
compreende a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, todos
autônomos, nos termos desta Constituição.
§ 1º - Brasília é a Capital Federal.
§ 2º - Os Territórios Federais integram a União, e sua criação, transformação
em Estado ou reintegração ao Estado de origem serão reguladas em lei
complementar.
§ 3º - Os Estados podem incorporar-se entre si, subdividir-se ou desmembrar-
se para se anexarem a outros, ou formarem novos Estados ou Territórios
Federais, mediante aprovação da população diretamente interessada, através
de plebiscito, e do Congresso Nacional, por lei complementar.
§ 4º- A criação, a incorporação, a fusão e o desmembramento de Municípios,
far-se-ão por lei estadual, dentro do período determinado por Lei
Complementar Federal, e dependerão de consulta prévia, mediante plebiscito,
às populações dos Municípios envolvidos, após divulgação dos Estudos de
Viabilidade Municipal, apresentados e publicados na forma da lei. (Redação
dada pela Emenda Constitucional nº 15, de 13/09/96)
 
 
1) Formas de Estado: (3 formas)
 
→Estado Unitário: é um Estado completamente centralizado só existindo um
poder para o mesmo povo. Obs. Normalmente o Estado unitário necessita que
seu território não seja muito grande. Quando um território é grande há
dificuldade em ser centralizado. Ex: Brasil colônia, Mônaco.
 
→Estado Federação: têm-se vários centros de poder, sendo que apenas um
tem soberania, enquanto os outros terão autonomia. Na federação temos
vários centros de poder, o Brasil hoje é uma federação, temos vários centros
de poderes, como cidadãos, somos regidos pelo poder municipal, estadual e
federal, cada um no seu âmbito. Tem vários poderes que estão regendo,
organizando e administrando, mas somente uma terá a soberania, os outros
têm autonomia, a soberania fica a cargo da União (na Federação o ente
Federal é o que tem a Soberania). Ex1. A união não pode interferir nas
finanças do município pois o município tem uma autonomia. Federação é o
modelo mais comum no mundo hoje. Ex2. Brasil hoje.
 
→Confederação: é uma união de Estados soberanos regidos por um tratado,
ou seja, os Estados se unem, e não cede a soberania. Ex. MERCOSUL.
 
→Diferença entre Federação e Confederação: Federação, os estados
quando se unem perdem a soberania e mantêm a autonomia. Na
Confederação, todos mantêm a soberania e um tratado os regulamenta.
 
2) Surgimento da federação:
 
→A) Por agregação: Também conhecido como movimento centrípeto. Ocorre
quando vários estados soberanos cedem à soberania para um ente central
mantendo a autonomia. Ex. EUA
 
→B) Por segregação: Também conhecido como movimento centrífugo (do
centro para fora) Ocorre quando um Estado unitário se descentraliza criando
vários entes autônomos e preservando a soberania. Ex. Brasil.
 
 
2.1) Tipos de federalismo:
 
→A) Quanto à repartição de competência:
❖ Dualista: A distribuição de competências é horizontal, não
existindo áreas de atuação comum entre os entes
federativos.
 
→De cooperação: A distribuição de competências é vertical, existindo áreas
de atuação comuns entre os entes federativos. Ex. Brasil
 
→B) Quanto à concentração de poder:
❖ Federalismo centrípeto ou centralizado: Há uma
concentração do poder no ente central. Ex. Brasil.
 
❖ Federalismo centrífugo ou descentralizado: O poder
está concentrado na periferia. (não é o ente central) Ex.
EUA
 
Obs.: O Brasil é quanto à formação da federação classificado como centrífugo,
já para a concentração do poder, é centrípeto.
 
3) Federação brasileira
 
15/11/1889: Decreto Nº 1 em consolidde na constituição de 91 e foi mantida na
CR/88. Atrs. 1º e 18º.
Obs. Território não compõe a federação, território faz parte da união (é um
braço da união). É uma descentralização da União.
 
3.1) Fundamentos : Art. 1º, I ao V. CR/88
Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união
indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se
em Estado democrático de direito e tem como fundamentos:
I - a soberania;
II - a cidadania;
III - a dignidade da pessoa humana;
IV - os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa;
V - o pluralismo político.
Parágrafo único. Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio
de representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta
Constituição.
 
3.2) Objetivos:Art. 3º,I ao IV, CR/88
 
Art. 3º Constituem objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil:
I - construir uma sociedade livre, justa e solidária;
II - garantir o desenvolvimento nacional;
III - erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e
regionais;
IV - promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e
quaisquer outras formas de discriminação.
 
→ Os objetivos indicam uma atuação, sempre verbo primitivo, (construir,
garantir, erradicar).
 
❖ Atr. 3º é norma de eficácia limitada, programática que depende
de lei infraconstitucional instituído programas para
implementação de políticas publicas.
 
3.3) Princípios nas relações internacionais: Art. 4°, CR, I ao X.
 
Art. 4º A República Federativa do Brasil rege-se nas suas relações internacionais
pelos seguintes princípios:
I - independência nacional;
II - prevalência dos direitos humanos;
III - autodeterminação dos povos;
IV - não-intervenção;
V - igualdade entre os Estados;
VI - defesa da paz;
VII - solução pacífica dos conflitos;
VIII - repúdio ao terrorismo e ao racismo;
IX - cooperação entre os povos para o progresso da humanidade;
X -concessão de asilo político.
Parágrafo único. A República Federativa do Brasil buscará a integração econômica,
política, social e cultural dos povos da América Latina, visando à formação de uma
comunidade latino americana de nações.
 
→As relações internacionais são regidas pela boa convivência entre os povos.
 
 
4) Características de uma federação:
→Descentralização política:
→Numa federação assegura- se a participação das vontades parciais
(estados) na vontade geral, o que no Brasil se dá através do senado.
→ Numa Federação existem vários núcleos de poder político que possuem
autonomia para estabelecer sua organização.
 
Federação→ Vários centros de poder, se tem somente 1 centro de poder →
Estado Unitário.
 
 
4.2) Autonomia:
→ Direito dado a uma nação (país) de se governar de acordo com seus
próprios regimentos ou leis. 
 
→ Ter Tríplice capacidade (três capacidade do ente federativo), capacidade de:
 
→ Auto organização: É o poder do ente federativo de gerar suas próprias
normas.
→Autogoverno: É o poder do ente federativo de escolher seus próprios
representantes no governo.
→Auto administração: É o poder de o ente federativo decidir como prestar os
seus serviços públicos. (poder que ele terá de gerir os seus próprios serviços
públicos).
 
União → tem supremacia → Soberania além da tríplice capacidade.
 
4.3) Participação:
 
Estado Membro→ representa a vontade parcial.
União→ representa a vontade geral.
 
​Numa federação, as vontades parciais devem participar da vontade
geral e no Brasil se dá pelo Senado. (que é a representação do Estado
Membro).
 
1ª) Atua como pessoa jurídica de Direito Publico interno, sendo um ente
federativo dotado de Autonomia.
 
*Soberania: Poder político, de que dispõe o Estado, de exercer o comando e o
controle, sem submissão aos interesses de outro Estado:
*Autonomia: Direito dado a uma nação (país) de se governar de acordo com seus
próprios regimentos ou leis. 
*Supremacia: Superioridade absoluta; poder ou autoridade suprema; hegemonia:
 pretender supremacia. Preeminência.
 
4.4) Soberania do Estado federal:
→ Numa federação apenas um ente mantém a supremacia. Sendo no Brasil: a
República Federativa do Brasil. Ente federal (Republica Federativa do Brasil)
possui a soberania, que é a supremacia.
 
4.5) Proteção da Constituição CRF:
→Numa federação deve existir um órgão de cúpula que protegerá a
constituição para manter o equilíbrio federativo. No Brasil, é o STF.
 
4.6) Indissolubilidade do pacto federativo: Art. 1º C.R/88
​ ​Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel (...)
 
→ Não se admite o direito de secessão (separação).
→ Uma vez que os estados entrarm numa federação não podem sai desta
federaçã, não podem quebrar o pacto federeativo, pois o mesmo é indissoluvel.
→ Um ente federativo não pode se separar da Federação sob pena de quebrar
o equilíbrio federativo.
 
 
Obs. O ente federativo que quiser se separar terá uma punição.
Art. 34. A União não intervirá nos Estados nem no Distrito Federal, exceto para:
​I - manter a integridade nacional; (se o ente federativo pretender se separar da
federação a União pode intervir e assumir o poder, a sanção será a intervenção).
 
4.6.1) Direito de secessão: É o direito de separação de um ente federativo,
inexistindo no Brasil, sob pena de intervenção federal. Art. 34, I.
​
4.7) Distribuição de competências (núcleo da pirâmide):
→ Numa federação cada ente federativo terá um âmbito de poderes que serão
exercidos.
→É o âmbito no qual cada ente federativo pode exercer as suas atribuições.
 
5) União (Ente federativo Federal):
 
Obs. Quando se fala em União vai depender do contexto. Para saber se é
União Republica Federativa do Brasil (dotada de Soberania) ou União ente
federativo Federal (dotado de autonomia).
 
 
 
 
 
 
Dupla
Posição
2ª) Atua como pessoa jurídica de direito publico externo, sendo a
Republica Federativa do Brasil dotada de Soberania.
 
 
 
Ex. Art. 21 CR/88
Art. 21. Compete à União:
II - declarar a guerra e celebrar a paz; (Soberana)
III - assegurar a defesa nacional; (Soberana)
VII - emitir moeda; (autônoma)
X - manter o serviço postal e o correio aéreo nacional; (Autônoma)
 
Interno= Autonomia
Externo= Soberania
 
5.1) Leis nacionais e leis federais: (ambas são feitas pela União)
​Qual a Diferença entre elas?
→Quando a União faz uma lei representando a Republica Federativa do Brasil,
teremos uma lei Nacional.
→Quando a União faz uma lei para atingir apenas a União, ente federativo
federal, temos uma lei Federal.
 
Ex. Código Civil→ lei Nacional. (Aplica-se aos Municípios, Distrito Federal aos
Estados Membros e a União). 
 
Lei Nacional: É aquela que se aplica a toda federação alcançando todo
território nacional.
Ex. Todos os Códigos são leis Nacionais.
 
 
Lei Federal: É aquela que se aplica apenas à União como ente federativo
dotado de autonomia.
Ex: Lei 8112/90. (Só se aplica a servidor publico Federal).
 
Obs. Sendo servidor Estadual (a lei 8112/90 não se aplica) não posso
reivindicar que seja aplicada a lei de um servidor Público Federal.
 
5.2) Bens da União: Art. 20 e 26 CR/88 (artigos e-numerativos).
 
​Bens públicos: (pessoas jurídicas de direito público) 
 
→Uso comum: são bens de livre acesso a todos, tais como: ruas, praças,
praia, etc. 
 
→Uso especial: Bens utilizados para administração e prestação de serviços
públicos, afetados aos serviços públicos. Ex. Fórum, Delegacia, Hospitais
Municipais, etc.
 
→ Uso dominicais: Bens sujeitos (passiveis) à alienação. Patrimônio
desafetado (não estão sendo usados para nada) pode ser alienado livremente.
Ex. Lote vago da prefeitura.
 
6) Estado membro:
→ É um dos entes federativos dotado de autonomia.
 
Autonomia = tríplice capacidade 
 
6.1) Auto organização: Possibilidade de o ente federativo elaborar suas
próprias normas. (capacidade do estado membro criar suas próprias leis). (Leis
estaduais, constituição Estadual)→ O Estado Membro pode elaborar sua
constituição Estadual → Com base no poder Constituinte Derivado
Decorrente.
Art.11 ADCT
Art. 11. Cada Assembleia Legislativa, com poderes constituintes, elaborará a Constituição do Estado, no
prazo de um ano, contado da promulgação da Constituição Federal, obedecidos os princípios desta.
 
Art. 25 CR/88
Art. 25. Os Estados organizam-se e regem-se pelas Constituições e leis que adotarem, observados os
princípios desta Constituição.
→ Os Estados Membros ao exercerem seu poder de auto - organização tem
que respeitar o Princípio da Simetria→ Respeito aos parâmetros da
Constituição Federal.
→ Os Estados Membros ao elaborarem suas normas, além de respeitar o
Princípio da Simetria, têm também que respeitar os Princípios
Constitucionais Sensíveis. Art. 34, VII CR/88
→ Se o Estado desrespeitar estes princípios ao elaborar suas leis haverá a
intervenção Federal.
 
Art. 34. A União não intervirá nos Estados nem no Distrito Federal, exceto para:
VII - assegurar a observância dos seguintes princípios constitucionais:
a) forma republicana, sistema representativo e regime democrático;
b) direitos da pessoa humana;
c) autonomia municipal;
d) prestação de contas da administração pública, direta e indireta;
e) aplicação do mínimo exigido da receita resultante de impostos estaduais, compreendida a
proveniente de transferências, na manutenção e desenvolvimento do ensino e nas ações e
serviços públicos de saúde
 
6.2) Auto governo:
→Possibilidade de escolher seus próprios representantes.
→Pode Legislativo: Deputados Federais, Deputados Estaduais e Senadores.
→Poder Executivo: Governador e Vice- Governador.
Art. 27.
Art. 27. O número de Deputados à Assembléia Legislativa corresponderá ao triplo da
representação do Estado na Câmara dos Deputados e, atingido o número de trinta e seis, será
acrescido detantos quantos forem os Deputados Federais acima de doze.
 
6.3) Auto administração: É o poder do ente federativo de prestar os seus
próprios serviços públicos.
 
6.4) Bens dos estados: Art. 26.
 
 
Art. 26. Incluem-se entre os bens dos Estados:
I - as águas superficiais ou subterrâneas, fluentes, emergentes e em depósito, ressalvadas,
neste caso, na forma da lei, as decorrentes de obras da União;
II - as áreas, nas ilhas oceânicas e costeiras, que estiverem no seu domínio, excluídas aquelas
sob domínio da União, Municípios ou terceiros;
III - as ilhas fluviais e lacustres não pertencentes à União;
III - as ilhas fluviais e lacustres não pertencentes à União;
IV - as terras devolutas não compreendidas entre as da União.
 
 
7) Municípios: Pessoa Jurídica de direito publico interno dotado de
autonomia com tríplice capacidade
→ Auto- governo
→ Auto- organização
→ Auto- administrção.
 
Auto Organização→ Capacidade do ente federativo elaborar suas próprias
normas.
 
​ ​*Leis Organicas
​ ​*Leis Municipais
 
Lei Organica: Art 29 CR/88
Art. 29. O Município reger-se-á por lei orgânica, votada em dois turnos, com o interstício
mínimo de dez dias, e aprovada por dois terços dos membros da Câmara Municipal, que a
promulgará, atendidos os princípios estabelecidos nesta Constituição, na Constituição do
respectivo Estado e os seguintes preceitos:
 
→Lei organica não é constituição, mas é como se fosse. Atenção: Municipio
não tem constituição e sim lei organica, mas como lei organica que é todas as
leis municipais tem que respeitar a lei organica. Não é constituição mas tem
uma superioridade de conteudo sobre as leis municipais. Toda lei que o
municipio vai fazer tem que respeitar a lei organica. 
 
Lei Orgânica→ Votada em 2 turnos( na mesma casa= Câmara Municipal)
​ ​ →10 dias de interstício(intervalo)
​ ​ → Quórum de 2/3 dos membros
​ ​ →Promulgada pela Câmara de Vereadores
​ ​ →Principio da simetria (respeito à Constituição Federal/
Constituição Estadual).
​ ​ → Não há sanção ou veto do executivo.
 
 
Auto Governo: Poder de eleger seus representantes
​ ​ ​→ Legislativo= Vereadores ​
​ ​ ​→ Executivo ​= Prefeito e Vice
 
Art.29, inciso X→ Julgamento do Prefeito (crimes) perante o Tribunal de Justiça
(Foro Privilegiado).
​ ​ → Crimes da Justiça comum local
​ ​ → Verbas. Não Prestação de contas (Justiça Comum Estadual)
​ ​ → Verbas Federais (Justiça Federal) com Prestação de Contas
​ ​ → Crime doloso contra a vida (Tribunal de Justiça) 2ª Instância
​ ​ → Crime Eleitoral (TER)
​ ​ →Crime de responsabilidade (infração Político Administrativa)
julgado na (Câmara dos Vereadores).
 
 
Vereador- Art. 29, VIII
​VIII - inviolabilidade dos Vereadores por suas opiniões, palavras e votos no exercício
do mandato e na circunscrição do Município;
 
​ ​→ Imunidade Material- não poderá ser respónsabilizado por
opinioes, palavras e votos(no exercicio do mandato) no limite do municipio. 
 
 
Auto Administração: Poder do município prestar os seus próprios serviços
públicos. ​ ​ ​ ​ ​ ​
 
​ ​ ​
8) Distrito Federal: Ente federativo dotado de autonomia ≠ Município≠
Estado Membro.
→ Territorio escolhido para se estabelecer a Capital Federal.
 
Triplice Capacidade: Auto organização;
​ ​ ​ Auto Governo;
​ ​ ​ Auto administração;
 
→Auto Organização: Art 32 CR/88 ​ ​
Art. 32. O Distrito Federal, vedada sua divisão em Municípios, reger- se-á por lei orgânica,
votada em dois turnos com interstício mínimo de dez dias, e aprovada por dois terços da
Câmara Legislativa, que a promulgará, atendidos os princípios estabelecidos nesta
Constituição. ​
 
→Capacidade do ente federativo de elaborar suas leis.
✓ Lei Orgânica
✓ Leis Distritais ​
 
→Autonomia Parcialmente tutelada pela União: Art 32 § 4º
§ 4º - Lei federal disporá sobre a utilização, pelo Governo do Distrito Federal, das polícias civil
e militar e do corpo de bombeiros militar.
 
→ Art.21, XIII- A União organiza e mantém o poder judiciario e Ministerio
Publico do Distrito Federal.
 
→ Auto Governo: 
✓ Governador e Vice
✓ Deputados Distritais
✓ Deputados Federais
 
 
9) Territórios: Art.33 CR/88
9) Territórios: Art.33 CR/88
Art. 33. A lei disporá sobre a organização administrativa e judiciária dos Territórios.
 
​→Não compõe a Federação, não é ente federativo- É uma autarquia
federal que pertence a União. A partir de 1988, não temos mais territórios.
 
Art.33, § 1º: § 1º - Os Territórios poderão ser divididos em Municípios, aos quais se aplicará
no que couber, o disposto no Capítulo IV deste Título.
→ Os territórios poderão ser divididos em Municípios. (Esses municípios serão
entes federativos).
→ Os territórios tem os 3 poderes. Art. 84 CR/88
Art. 84. Compete privativamente ao Presidente da República:
 
Art. 84, XIV
XIV - nomear, após aprovação pelo Senado Federal, os Ministros do Supremo Tribunal Federal
e dos Tribunais Superiores, os Governadores de Territórios, o Procurador-Geral da
República, o presidente e os diretores do banco central e outros servidores, quando
determinado em lei;
 
Executivo: Governador nomeado pelo Presidente da República.
 
 
Art.45, § 2º :
Art. 45. A Câmara dos Deputados compõe-se de representantes do povo, eleitos, pelo sistema
proporcional, em cada Estado, em cada Território e no Distrito Federal. 
§ 2º - Cada Território elegerá quatro Deputados. 
 
Legislativo: Cada Território elegerá quatro Deputados.
 
→ Lei disporá sobre eleição de Deputados nos Territórios
→Judiciário: + 100 mil habitantes - Justiça Federal no território
​ ​- 100 mil habitantes - Justiça Federal mais próxima.
 
Art. 33 § 3º: Art. 33. A lei disporá sobre a organização administrativa e judiciária dos
Territórios. 
§ 3º - Nos Territórios Federais com mais de cem mil habitantes, além do Governador
nomeado na forma desta Constituição, haverá órgãos judiciários de primeira e segunda
instância, membros do Ministério Público e defensores públicos federais; a lei disporá sobre as
eleições para a Câmara Territorial e sua competência deliberativa.
 
 
10) Repartição de Competência:
 
10.1- Competencias → São as modalidades de poder que os entes federativos
possuem para exercer suas funções.
 
10.2- Principio Basisco → Predominancia do Interesse
 
 
 
✓ Geral→ União
✓ Regional→ Estados Membros/DF
✓ Local→ Município
 
Predominancia
 Do
 Interesse ​
 
 
 
 
 
10.3- Competência material ou administrativa e Competência legislativa.
 
→ Competência legislativa: Poder para Legislar
 
→ Competência material ou administrativa: Poder para exercer funções
 governamentais.
 
10.4- Tipos de Competência
 
A) Exclusiva→ Competência indelegável,é uma competência
exercida por um ente federativo não podendo ser delegada.
​Obs. Competência material
 
​União→ Art. 21
​ ​Art. 21. Compete à União:
​
​Municipio → Art. 30, III e seguintes. ​
​ ​Art. 30. Compete aos Municípios:
III - instituir e arrecadar os tributos de sua competência, bem como aplicar suas rendas,
sem prejuízo da obrigatoriedade de prestar contas e publicar balancetes nos prazos fixados em
lei;
 
B) Competência Comum ou paralela→ Todos os entes federais terão a
competência comum.
Obs. (Competência material.) Art. 23 CR/88
 
"Artigo 23 - É competência comum da União, dos Estados, do Distrito
Federal e dos Municípios:
I- zelar pela guarda da Constituição, das leis e das instituições democráticas
e conservar o patrimônio público;
II - cuidar da saúde e assistência pública, da proteção e garantia das
pessoas portadoras de deficiência;
III - proteger os documentos, as obras e outros bens de valor histórico,
artístico e cultural, os monumentos, as paisagens naturais notáveis e os
sítios arqueológicos;
IV - impedir a evasão, a destruição e a descaracterização de obras de arte e
deoutros bens de valor histórico, artístico ou cultural;
V - proporcionar os meios de acesso à cultura, à educação e à ciência;
VI - proteger o meio ambiente e combater a poluição em qualquer de suas
formas;
VII - preservar as florestas, a fauna e a flora;
VIII - fomentar a produção agropecuária e organizar o abastecimento
alimentar;
IX - promover programas de construção de moradias e a melhoria das
IX - promover programas de construção de moradias e a melhoria das
condições habitacionais e de saneamento básico;
X - combater as causas da pobreza e os fatores de marginalização,
promovendo a integração social dos setores desfavorecidos;
XI - registrar, acompanhar, fiscalizar as concessões de direitos de pesquisa
e exploração de recursos hídricos e minerais em seus territórios;
XII - estabelecer e implantar política de educação para a segurança do
trânsito.
Parágrafo Único- Lei complementar fixará normas para a cooperação entre
a União e os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, tendo em vista o
equilíbrio do desenvolvimento e do bem-estar em âmbito nacional."
 
 
C) Competência Remanescente ou Residual→ Art. 25 § 1º CR/88.
 
Não é competência da União nem do Município, a Residual é do Estado
Membro.
​Obs. Competência tanto material quanto legislativa. É uma competência
dos Estados Membros de caráter residual, pois, são as competências que
sobrarem depois de analisadas as competências da União e dos Municípios. 
 
Art. 25.
 § 1º - São reservadas aos Estados às competências que não lhes sejam vedadas por
esta Constituição.
 
 
D) Competência Privativa → Art. 22 CR/88
Art. 22. Compete privativamente à União legislar sobre: 
Parágrafo único. Lei complementar poderá autorizar os Estados a legislar sobre questões
específicas das matérias relacionadas neste artigo.
 
Obs.1- Competência legislativa da União.
Obs.2- Só pode se delegada para Estado Membro. Mediante Lei
Complementar.
 
E) Competencia Concorrente→ Art. 24 CR/88 § 1º, 2º
Art. 24. Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente
sobre:
§ 1º - No âmbito da legislação concorrente, a competência da União limitar-se-á a
estabelecer normas gerais.
 
§ 2º - A competência da União para legislar sobre normas gerais não exclui a competência
suplementar dos Estados.
 
Estdos Membros/ DF→ Norma especifca
 
 
 
 
Suplementar Complementar→ Quando o Estado Membro Complementa a
lei geral federal, complementando com normas especificas.
 
Suplementar Supletiva→ Quando não existe a norma geral federal o
Estado terá uma competencia plena para fazer sua lei. (temporária).
Art. 24 § 2º CR/88 → Suplementar
​Obs. Lei federal geral superveniente, suspende a lei estadual.
Competencia Concorrente Art. 24§ 4º
Art. 24. Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente
sobre:
§ 4º - A superveniência de lei federal sobre normas gerais suspende a eficácia da lei
estadual, no que lhe for contrário.
 
Art.24 → O Município não tem competencia concorrente, mas se cumular
(juntar, reunir) com o art 30, terá competencia concorrente.
 
 
 
União
Estado Membro
Distrito Federal
 
 
 
Município→ Art. 30, I e II. Poderá legislar desde que seja assunto de
interesse local
Art. 30. Compete aos Municípios:
I - legislar sobre assuntos de interesse local;
II - suplementar a legislação federal e a estadual no que couber;
 
 
 
 
 
10.5) Distrito Federal Art. 32 CR/88.
 
Possui competência cumulativa, ou seja, acumula as competências do
Estado e Município. 
 
Art. 32. O Distrito Federal, vedada sua divisão em Municípios, reger-se-á por lei orgânica,
votada em dois turnos com interstício mínimo de dez dias, e aprovada por dois terços da
Câmara Legislativa, que a promulgará, atendidos os princípios estabelecidos nesta
Constituição.
§ 1º - Ao Distrito Federal são atribuídas as competências legislativas reservadas aos
Estados e Municípios.
§ 2º - A eleição do Governador e do Vice-Governador, observadas as regras do art. 77, e
dos Deputados Distritais coincidirá com a dos Governadores e Deputados Estaduais, para
mandato de igual duraçã
§ 3º - Aos Deputados Distritais e à Câmara Legislativa aplica-se o disposto no art. 27.
§ 4º - Lei federal disporá sobre a utilização, pelo Governo do Distrito Federal, das polícias
civil e militar e do corpo de bombeiros militar.
Competência Concorrente

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