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beatrizsantos Carimbo www.adverum.com.br Estude inteligente, estude Ad Verum APRESENTAÇÃO Caro(a) Aluno(a), A preparação para concursos públicos exige profissionalismo, métrica e inteligência. Cada minuto despendido deve ser bem gasto! Por isso, uma preparação direcionada, focada nos pontos com maior probabilidade de cobrança no seu certame, pode representar a diferença entre aprovação e reprovação. Ciente disso, a Ad Verum Suporte Educacional, empresa do Grupo CERS ONLINE, concebeu o curso INTELIGÊNCIA PDF - OAB, que tem por premissa fundamental “atacar” os pontos nucleares de cada matéria, com vistas a antecipação dos temas com maiores chances de cobrança em sua prova. Fazer isso não é tarefa fácil! É necessário um árduo esforço de pesquisa, levando-se em consideração fatores como banca examinadora e respectivos membros (sempre que possível), retrospecto do concurso, incidência temática de cada disciplina, momento da economia do país, dentre tantos outros, aliados a experiência de Professores de projeção nacional, com larguíssima experiência na análise do perfil dos mais diferentes certames públicos. Para tornar tudo isso uma realidade, a Ad Verum investiu muito em seu Método de Aceleração de Aprendizagem (MAVAA). Hoje, contamos com um SETOR DE INTELIGÊNCIA, responsável por ampla coleta de dados e informações das mais diferentes fontes relacionadas ao universo de cada concurso, de modo a, a partir do processamento dos dados coletados, oferecer aos seus alunos uma experiência diferenciada quando comparada a tudo que ele conhece em matéria de preparação para exames profissionais. Racionalizar o estudo do aluno é mais que um objetivo para Ad Verum, trata-se de uma obsessão. Bom estudo! Francisco Penante CEO Ad Verum Suporte Educacional www.adverum.com.br Estude inteligente, estude Ad Verum SUMÁRIO 1. TEORIA DA CONSTITUIÇÃO E DIREITOS E GARANTIAS FUNDAMENTAIS ............................................................................................... 1 1.1 ASPECTOS GERAIS: ........................................................................... 1 1.2 DIREITOS E DEVERES INDIVIDUAIS E COLETIVOS: ........................ 4 1.3 DIREITOS SOCIAIS: ............................................................................. 7 1.4 DIREITOS DA NACIONALIDADE: ...................................................... 11 1.5 REMÉDIOS CONSTITUCIONAIS: ..................................................... 15 1.6 DIREITOS POLÍTICOS: ...................................................................... 23 2. ORGANIZAÇÃO DO ESTADO ................................................................. 28 2.1 ORGANIZAÇÃO POLÍTICO ADMINISTRATIVA: ................................ 28 2.2 ENTES FEDERADOS E DRISTRIBUIÇÃO DE COMPETÊNCIA: ....... 34 2.3 SEPARAÇÃO DOS PODERES: .......................................................... 38 3. CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDE .................................................. 47 www.adverum.com.br Estude inteligente, estude Ad Verum 1 DIREITO CONSTITUCIONAL Olá querido (a) aluno (a)! Vamos iniciar os estudos de Direito Constitucional para o certame ao qual você irá se submeter: A PRIMEIRA FASE DA OAB. Vamos juntos para a aprovação? Considerada a lei máxima que limita poderes, define os direitos e deveres dos cidadãos e organiza o funcionamento do Estado, a Constituição, além de ser o pacto fundante do ordenamento supremo de um povo, é um organismo aberto, vivo e em constante evolução. Assim sendo, caro (a) aluno (a), é necessário um estudo sobre um dos principais ramos do direito- Direito Constitucional. 1. TEORIA DA CONSTITUIÇÃO E DIREITOS E GARANTIAS FUNDAMENTAIS 1.1 ASPECTOS GERAIS: Estrutura da Constituição: Preâmbulo: É o anúncio prévio do que está por vir. São as primeiras apresentações do texto constitucional, sendo, portanto, uma fonte de interpretação para o leitor. Não tem força normativa. Parte Dogmática: Encontrando-se entre o preâmbulo e as normas da ADCT, a parte dogmática é um corpo fixo. Vai do art.1º ao 250º. Ato das Disposições Constitucionais Transitórias (ADCT): São normas jurídicas temporárias, destinadas a regular situação passageira. Tais normas gozam do mesmo status hierárquico que as normas da parte dogmática, posto que são formalmente constitucionais. O preâmbulo não tem relevância jurídica; sua função é apenas interpretativa, servindo, assim, somente para harmonizar a interpretação do texto constitucional. As normas Constitucionais podem ser divididas em dois tipos: O preâmbulo tem relevância jurídica? ATENÇÃO: A parte dogmática e o ADCT servem como parâmetro de controle de constitucionalidade das leis, ou seja, há inconstitucionalidade de uma nova norma caso vá de encontro àquelas. www.adverum.com.br Estude inteligente, estude Ad Verum 2 a) Originárias: Foram promulgadas em 05 de outubro de 1988. Presunção absoluta de constitucionalidade. b) Derivadas: São as responsáveis pela transformação da Constituição, ou seja, foram necessárias algumas alterações na Carta Magna, as quais foram modificadas por meio de emenda. Presunção relativa de constitucionalidade. Classificação das Constituições: Conteúdo: A Constituição pode ser classificada como: material ou formal. A primeira sintetiza apenas a decisões políticas fundamentais de um povo, já a segunda, é um conjunto de normas que, para serem consideradas constitucionais, devem estar aderidas ao texto, ou seja, escritas. A Constituição brasileira de 1988 é formal. Forma: A Constituição pode ser classificada como: escrita ou não escrita. A primeira é o conjunto de normas que estão de maneira formal e solenemente em apenas um documento, já a segunda é aquela que não está pautada em apenas um único texto, mas sim em textos esparsos, em usos, costumes, convenções, e na própria evolução jurisprudência, ou seja, é uma Constituição dispersa e extravagante. Origem: Uma Constituição pode ser classificada como: promulgada, outorgada, cesarista ou pactuada. A promulgada é a que conta com a participação da população no seu processo político de elaboração. A outorgada é aquela que não conta com a participação da população, visto que são Constituições impostas de maneira unilateral pelo grupo, governante ou agente revolucionário. A cesarista é a Constituição imposta unilateralmente pelo grupo, governante ou agente revolucionário, não sendo, portanto, democrática. A pactuada é aquela a firmada por um acordo, um pacto entre duas forças políticas adversárias. Estabilidade: A Constituição pode ser classificada como: imutável, fixa, rígida, semirrígida ou flexível. A imutável é a que não admite alteração no seu texto. A fixa é aquela que, para que haja alteração, há a dependência da convocação do próprio poder constituinte originário. A rígida admite alteração no seu texto constitucional, entretanto, para que seja alterada, há um procedimento mais formal, solene, complexo e dificultoso do que o processo de alteração das demais normas não constitucionais. A semirrígida é a que compreende a junção da Constituição rígida e flexível, pois a mesma possui uma parte que dispensa formalidade para que haja a alteração, e outra que exige o formalismo contido na Constituição rígida. A flexível é aquela que não há a necessidade de um processo formal, solene, complexo e dificultoso para a sua alteração. Observação: No que diz respeito à origem, a Constituição Cidadã de 1988 é promulgada. Observação: No que diz respeito à estabilidade, a Constituição Cidadã de 1988 é rígida. www.adverum.com.br Estude inteligente, estudeAd Verum 3 Extensão: pode ser classificada como: sintética ou analítica. A sintética é a Constituição mais sucinta, ou seja, se limita a tratar dos princípios básicos estruturantes do Estado. Já a analítica é a Constituição minuciosa, detalhista, rica em previsões longas, ou seja, seu texto é mais extenso. EXERCÍCIO (FGV/TRE-PA/TÉCNICO/2011) Com base no critério da estabilidade, a Constituição Federal de 1988 pode ser classificada como: a) histórica, pois resulta da gradual evolução das tradições, consolidadas como normas fundamentais de organização do Estado. b) cesarista, pois foi formada com base em um plebiscito a respeito de um projeto elaborado pela autoridade máxima da República. c) flexível, por admitir modificações em seu texto por iniciativa de membros do Congresso Nacional e pelo Presidente da República. d) semirrígida, por comportar modificações de seu conteúdo, exceto com relação às cláusulas pétreas. e) rígida, pois só é alterável mediante a observância de processos mais rigorosos e complexos do que os vistos na elaboração de leis comuns. Gabarito Oficial: Letra E. Alternativa A. Incorreta. A Constituição brasileira é dogmática, uma vez que a mesma fixou os principais dogmas do Estado, além de que é uma Constituição elaborada por um dado e determinado momento histórico a partir do qual ela começou a viger. Alternativa B. Incorreta. A Constituição brasileira, por ser aquela que conta com a participação popular no seu processo político de elaboração, deve ser classificada como promulgada. Alternativa C. Incorreta. A Constituição brasileira não é flexível, mas sim, rígida, pelo fato do processo de alteração na Carta Magna ser mais dificultoso. Alternativa D. Incorreta. A Constituição brasileira, de fato, permite modificar o seu texto, entretanto, de uma forma mais dificultosa, complexa. Por este motivo, não é classificada como semirrígida, mas sim, rígida. Alternativa E. Correta. A Constituição brasileira, para ser alterada, passa por um processo mais complexo e dificultoso do que o processo de alteração das demais normas não constitucionais. Ou seja, só é alterável mediante a observância de processos mais rigorosos e complexos do que os vistos na elaboração de leis comuns. Grau de dificuldade: Médio. Observação: A Constituição brasileira é um clássico exemplo de Constituição analítica. www.adverum.com.br Estude inteligente, estude Ad Verum 4 1.2 DIREITOS E DEVERES INDIVIDUAIS E COLETIVOS: Caro (a) aluno (a), os direitos e deveres individuais e coletivos estão regulamentados no artigo 5º, caput, da Constituição Federal, e consagra setenta e oito incisos. Diante destes dispositivos, analisaremos aqueles que têm maior relevância no certame o qual você irá se submeter. Art. 5º, caput: “Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade”. Percebe-se que o artigo supracitado visa resguardar alguns direitos, são eles: vida, liberdade, igualdade, segurança e propriedade. a) Direito à vida: A Constituição Federal garante, logo no caput do art. 5º, o direito à vida, este direito deve ser visto como o mais importante direito fundamental do ser humano, afinal, o gozo dos demais direitos depende dessa condição. Registre-se ainda que o dispositivo deve ser analisado conjuntamente com o artigo 1º, III, CF (princípio da dignidade da pessoa humana). Consagra-se, portanto, o direito de não ser morto e ter uma vida digna, não violando os direitos mínimos civilizatórios inerentes ao ser humano. b) Direito à liberdade: O direito à liberdade, por ser um direito inerente à própria natureza humana, foi consagrado em nossa Constituição sobre suas diversas formas, dentre elas, as que merecem maior destaque são: manifestação do pensamento ou opinião, locomoção, expressão de atividade intelectual, artística, científica e de comunicação e informação. Manifestação do pensamento ou opinião Revela uma liberdade que, para ser exercida, não depende de qualquer providência estatal. A CF legitima a manifestação de pensamento, entretanto, veda o anonimato, tal vedação existe para assegurar o direito à resposta. Locomoção Direito de ‘ir, vir e ficar ou permanecer’, desde que a locomoção no território nacional seja em tempo de paz. Expressão de atividade intelectual, artística, científica e de comunicação Assegura que o indivíduo obtenha o poder de revelar a sua sensibilidade, sensação e criatividade, por exemplo, através de uma pintura, música, livro, fotografia etc. Obs.: O direito à vida não é absoluto, sofre limitação por outro, “seu direito começa quando o do outro termina”. Exemplo: Artigo 5º, XLVII, CF - não haverá penas: a) de morte, salvo em caso de guerra declarada, nos termos do art. 84, XIX; www.adverum.com.br Estude inteligente, estude Ad Verum 5 Informação Abrange três aspectos no ordenamento jurídico brasileiro. São elas: o direito de informar, de se informar e de ser informado. c) Direito à igualdade: A Constituição Federal garante, no art. 5º, caput e inciso I, o direito à igualdade. Tal Carta Magna assegura a igualdade de gêneros, ou seja, entre homens e mulheres. Esta garantia possui duas espécies, a igualdade formal e a material, vejamos: Formal: Todos são iguais perante a lei, ou seja, os direitos e obrigações devem estar contidos nos termos da Constituição. Utilizada pelo legislador na elaboração das leis e atos normativos. Material: Medidas que buscam a efetiva igualdade das pessoas são chamadas de atos que consagram a igualdade material, ou seja, são atuações que o Estado deve realizar para sentir, na prática, a igualdade entre os indivíduos. No que diz respeito aos concursos públicos, o STF limita algumas possibilidade de ‘desigualdades’ em relação a sexo, altura, idade, entre outros. Contudo, estes casos devem estar previstos na lei e no edital e é necessário que a distinção decorra do exercício da atribuição ou profissão. d) Direito à segurança jurídica: A segurança jurídica na Constituição Federal de 1988 pode ser vislumbrada no caput do art. 5º, bem como no inciso XXXVI do mesmo dispositivo. A partir desta última previsão tem-se que a lei não prejudicará o direito adquirido- já se incorporou em definitivo ao patrimônio jurídico do titular-, o ato jurídico perfeito- produziu todos os seus efeitos ao tempo da lei anterior- e a coisa julgada- sentença a qual não cabe mais recurso. Atrelado ao direito à segurança jurídica deve-se mencionar também o direito ao devido processo legal, bem como ao contraditório e à ampla defesa. ATENÇÃO: Querido (a), aluno (a), é importante destacar que a lei não poderá estabelecer tratamento desigual sem uma justificativa efetiva. Podemos, neste caso, assimilar a igualdade idealizada por Aristóteles “iguais aos iguais e desiguais aos desiguais na medida das desigualdades”. Ou seja, há a necessidade, em alguns casos, de tratar pessoas de maneira desigual com fim de consagrar a igualdade. Exemplo: Seguir normas de acessibilidade ao meio físico para deficiente, para que estes tenham todos os acessos que os demais têm. www.adverum.com.br Estude inteligente, estude Ad Verum 6 e) Direito à propriedade: O direito de propriedade foi assegurado constitucionalmente no art. 5º, XXII, da Constituição Federal. Entretanto, no inciso seguinte, tal Carta Magna previu que essa propriedade deverá atender a sua função social. Decorre daí a ideia de impor limitações à propriedade no sentido de que ela, além de atender os desejos e interesses de seu titular, pudesse também responder e servir às necessidadesda sociedade. No inciso XXIV, a lei estabelecerá o procedimento para a desapropriação por necessidade ou utilidade pública. No inciso XXV, da referida Carta há o instituto da requisição administrativa. Ainda sobre este viés, no inciso XXVI, o constituinte optou por tutelar a pequena propriedade rural: Inciso XXVI, 5º, CF: “A pequena propriedade rural, assim definida em lei, desde que trabalhada pela família, não será objeto de penhora para pagamento de débitos decorrentes de sua atividade produtiva, dispondo a lei sobre os meios de financiar o seu desenvolvimento”. EXERCÍCIO (FGV/SENADO/TÉCNICO LEGISLATIVO – PROCESSO LEGISLATIVO/2008) A Constituição Federal proíbe a pena de morte no Brasil, exceto na hipótese de: a) condenação por crime de terrorismo. b) em caso de decretação de estado de sítio. c) condenação por crimes hediondos, na forma da lei. d) condenação por crime de tortura. e) em caso de guerra declarada. Gabarito Oficial: Letra E. Alternativa A. Incorreta. Segundo a CF, o crime de terrorismo não é ato que decorre em pena de morte. Alternativa B. Incorreta. Segundo a CF, caso de decretação de estado de sítio não decorre em pena de morte. Alternativa C. Incorreta. Segundo a CF, a condenação em crime hediondo não decorre em pena de morte. Alternativa D. Incorreta. Segundo a CF, a condenação por crime de tortura não decorre em pena de morte. Alternativa E. Correta. Conforme o artigo 5º, inciso XLVII, alínea ‘a’, CF, guerra declarada é hipótese de pena de morte: XLVII - não haverá penas: a) de morte, salvo em caso de guerra declarada, nos termos do art. 84, XIX. Grau de dificuldade: Baixo. www.adverum.com.br Estude inteligente, estude Ad Verum 7 1.3 DIREITOS SOCIAIS: Caro (a) aluno (a), os direitos sociais são aqueles que visam assegurar aos indivíduos condições materiais imprescindíveis para o pleno exercício dos seus direitos, por este motivo, deve, o Estado, realizar uma intervenção na ordem social com o intuito de garantir os critérios de justiça distributiva e, consequentemente, reduzir as desigualdades sociais. A Constituição Federal de 1988, no artigo 6º, descreve de maneira bastante genérica os direitos sociais por excelência, tais como: saúde, trabalho, lazer, entre outros. Vejamos: Art. 6º: “São direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação, o trabalho, a moradia, o transporte, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos desamparados, na forma desta Constituição”. Valido salientar que os direitos sociais são o oferecimento de certas prestações por parte do Estado, as quais possibilitam melhores condições de vida aos mais fracos, são direitos que tendem a realizar, assim como já vimos, a equalização de situações sociais desiguais. Os direitos sociais pertencem à segunda dimensão de Direitos Fundamentais e estão ligados ao valor da igualdade material. Justificam, assim sendo, a existência das escolas públicas, o sistema de saúde público nacional, os benefícios auxiliares e previdenciários, a existência de forças policiais, bem como outras questões que são adquiridas mediante à atuação do Estado brasileiro (normas de eficácia limitada). Destarte, com a Constituição Federal de 1988, foram elencadas as formalidades para que houvesse um Estado de bem-estar social. Diante dos vários direitos sociais previstos no artigo 6º, trataremos, neste capítulo, daqueles que têm maior relevância. Educação: A Constituição Federal, em seu artigo 6º, consagra a educação como sendo um dos direitos sociais mais importantes para o ser humano. Este direito tem o objetivo de desenvolver o mínimo necessário para a sobrevivência dos indivíduos. Para que seja efetivado, o Estado tem o dever de promover políticas públicas de acesso à educação de acordo com os princípios elencados na própria Carta Magna (art. 206). Ainda, por expressa disposição do art. 208, inciso I e § 1º, CF, obriga-se a fornecer educação básica gratuita. ATENÇÃO: Os direitos sociais tem alcance aos brasileiros natos e aos naturalizados. ATENÇÃO: O STF editou a súmula vinculante de número 12, para evitar a violação do disposto no artigo 206, VI, da CF: “A cobrança de taxa de matrícula nas universidades públicas viola o disposto no art. 12, VI, da Constituição Federal”. www.adverum.com.br Estude inteligente, estude Ad Verum 8 B OAB – FGV – XXIV EOU | 2017: Maria, maior e capaz, reside no Município Sigma e tem um filho, Lucas, pessoa com deficiência, com 8 (oito) anos de idade. Por ser uma pessoa humilde, sem dispor de recursos financeiros para arcar com os custos de um colégio particular, Maria procura a Secretaria de Educação do Município Sigma para matricular seu filho na rede pública. Seu requerimento é encaminhado à assessoria jurídica do órgão municipal, para que seja emitido o respectivo parecer para a autoridade executiva competente. A partir dos fatos narrados, considerando a ordem jurídico-constitucional vigente, assinale a afirmativa correta. A) O pedido formulado por Maria deve ser indeferido, uma vez que incumbe ao Município atuar apenas na educação infantil, a qual é prestada até os 5 (cinco) anos de idade por meio de creches e pré- escolas. Logo, pelo sistema constitucional de repartição de competências, Lucas, pela sua idade, deve cursar o Ensino Fundamental em instituição estadual de ensino. B) O parecer da assessoria jurídica deve ser favorável ao pleito formulado por Maria, garantindo ao menor uma vaga na rede de ensino municipal. Pode, ainda, alertar que a Constituição da República prevê expressamente a possibilidade de a autoridade competente ser responsabilizada pelo não oferecimento do ensino obrigatório ou mesmo pela sua oferta irregular. C) O pleito de Maria deve ser deferido, ressalvando-se que Lucas, por ser pessoa com deficiência, necessita de atendimento educacional especializado, não podendo ser incluído na rede regular de ensino do Município Sigma. D) A assessoria jurídica da Secretaria de Educação do Município Sigma deve opinar pela rejeição do pedido formulado por Maria, pois incumbe privativamente à União, por meio do Ministério da Educação e Cultura (MEC), organizar e prestar a educação básica obrigatória e gratuita dos 4 (quatro) aos 17 (dezessete) anos de idade. GABARITO: alternativa B. Comentários: Alternativa A: errada, pois compete ao Município “manter, com a cooperação técnica e financeira da União e do Estado, programas de educação infantil e de ensino fundamental” (art. 30, VI, da CF/88). Alternativa B: correta, consoante art. 208, § 2º, da CF. Alternativa C: errada, pois, sendo pessoa com deficiência e necessitando de atendimento educacional especializado, Lucas deve ser, preferencialmente, inserido na rede regular de ensino (art. 208, III, da CF/88). Alternativa D: errada, pois retrata competência do Estado, de modo geral (art. 208, I, da CF), destacando-se que compete ao Município manter os programas de educação infantil e ensino fundamental, conforme art. 30, www.adverum.com.br Estude inteligente, estude Ad Verum 9 VI, da CF/88. Frise-se, ainda, que os sistemas de ensino devem ser organizados de forma colaborativa entre União, Estados-membros, Municípios e Distrito Federal, nos termos do art. 211 da CF/88. Saúde: Somente a partir do século XX com o surgimento da Organização Mundial de Saúde, foi que este direito passou a ser tratado, pela ordem constitucional brasileira, como fundamental. Pelo fato de estar intimamente relacionado ao direito à vida, o artigo 196 da CF dispõe que: “A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviçospara sua promoção, proteção e recuperação”. A Constituição Federal de 1988, no seu artigo 6º, bem como no seu artigo 196, estabelece que o Estado deve agir na efetiva aplicação da saúde, seja esta preventiva (medidas com intuito de abster qualquer ato que prejudique a saúde, ou seja, prevenindo-as) ou curativa (medidas e prestações estaduais visando o tratamento delas). Importante destacar que de acordo com a Constituição Federal, a aplicação deste direito deve ser de maneira imediata. Trabalho: De acordo com a CF/88, o trabalho deve ser tido como um direito social, e não mais como uma obrigação social, tal como previa a Constituição de 1946. Conforme o 6° artigo do rol dos direitos sociais, e dos artigos 7° ao 11° há a previsão dos principais direitos para os trabalhadores. Pelo fato do trabalho ser o meio mais expressivo de se obter uma existência digna, o artigo 170 da CF funda a ordem econômica na valorização do trabalho humano e na livre iniciativa, com objetivo de garantir uma existência digna a todos. Moradia: O direito à moradia foi inserido na Carta Magna através de Emenda Constitucional e, atualmente, encontra-se no artigo 6º da CF. Este direito não é necessariamente o direito de possuir uma casa própria, mas sim de ter um teto ou abrigo em condições adequadas para assegurar uma habitação digna, além de preservar a intimidade pessoal dos membros da família (art. 5, X e XI). Lazer: De acordo com a Constituição Federal, o direito a lazer é uma forma de promoção social e está relacionado com o direito ao descanso dos empregados, bem como ao resgate de energias. O Estado, por sua vez, deve fornecer cinema, museu, teatro, praças e outras formas de entretimento, com intuito de promover benefícios e causar satisfação ao indivíduo. www.adverum.com.br Estude inteligente, estude Ad Verum 10 EXERCÍCIO (FGV/ PGE-RO– Técnico da Procuradoria/2015) Irineu informou ao seu amigo Edson que pretendia ingressar com uma ação em face do Estado para que lhe fosse oferecido um direito social previsto na Constituição da República Federativa do Brasil. É correto afirmar que os direitos sociais: a) podem exigir, para a sua efetividade, o oferecimento de certas prestações por parte do Estado; b) não podem beneficiar uma única pessoa, já que são destinados à sociedade; c) são emanações diretas da cidadania, a qual permite a integração do indivíduo à sociedade; d) asseguram a liberdade do indivíduo perante os poderes constituídos; e) somente estão ao alcance dos brasileiros natos, os quais estão integrados à sociedade brasileira. Gabarito Oficial: Letra A. Alternativa A. Correta. Os direitos sociais pertencem à segunda dimensão de Direitos Fundamentais, o qual está ligado ao valor da igualdade material. Não são meros poderes de agir – como o são as liberdades públicas -, mas sim poderes de exigir, chamados, também, de direitos de crédito, como exemplo, o lazer. Alternativa B. Incorreta. Os direitos sociais são de segunda geração e tem o objetivo de promover a igualdade. Os direitos sociais fazem parte dos direitos fundamentais do indivíduo, sendo assim pode beneficiar tanto uma única pessoa, como todos. Alternativa C. Incorreta. Não é necessário ser cidadão para que o indivíduo tenha gozo dos direitos sociais, um claro exemplo é o direito à saúde, que abrange a todos os cidadãos, assim como preceitua o artigo 196 da CF. Observação: ser cidadão está relacionado à capacidade eleitoral, ou seja, aos direitos políticos e não aos direitos sociais. Alternativa D. Incorreta. O direito à liberdade, de acordo com a Constituição Federal de 1988, está previsto no rol dos direitos individuais, sejam eles, o de primeira geração. Por este motivo não faz parte dos direitos sociais, mas sim, aos direitos individuais. Alternativa E. Incorreta. Os direitos sociais abrangem todos os brasileiros, sejam eles natos ou naturalizados. Grau de dificuldade: Médio. www.adverum.com.br Estude inteligente, estude Ad Verum 11 1.4 DIREITOS DA NACIONALIDADE: Querido (a) aluno (a), devemos entender que a nacionalidade é um vínculo de natureza política e jurídica que une um indivíduo a determinado Estado soberano, ou seja, é um direito (1º geração) que está associado a própria identidade do indivíduo. Espécies de nacionalidade: Originária ou primária: É aquela que advinda do nascimento. Poderá ser ius sanguinis: a nacionalidade do ascendente determina a nacionalidade do descendente; ius soli: a nacionalidade é uma consequência do lugar do nascimento; ou critério misto: a nacionalidade é junção do ius sanguinis com o ius soli, ou seja, há a uma união das nacionalidades admitindo que o indivíduo tenha duas. Secundária ou derivada: Decorre de um ato bilateral. Acontece por uma manifestação de vontade. Conflito de nacionalidade: Positivo: Indivíduo que tem mais de uma nacionalidade (polipátrida). Negativo: Indivíduo que não possui nenhuma nacionalidade (apátrida). Os brasileiros na constituição federal de 1988: Brasileiro nato: Os brasileiros natos são aqueles que estão previstos na Constituição Federal de 1988 no art. 12, I, alíneas “a”, “b” e “c”. São natos: 1. Os nascidos na República Federativa do Brasil, ainda que de país estrangeiros, desde que estes não estejam a serviço de seu país. (critério territorial) ATENÇÃO: O Brasil adota o critério misto (espécie originária). É adotado o critério de origem territorial como regra geral, mas o critério sanguíneo também é admitido em algumas circunstâncias. ATENÇÃO: Dupla nacionalidade ≠ Dupla cidadania O indivíduo poderá, por exemplo, ter duas nacionalidades, entretanto poderá exercer somente uma cidadania. ATENÇÃO: Se a questão afirmar que o indivíduo nasceu no mar territorial, é importante ter em mente que a área federal é de doze milhas náuticas contadas da costa na maré baixa. www.adverum.com.br Estude inteligente, estude Ad Verum 12 2. Os nascidos no estrangeiro, de pai brasileiro ou mãe brasileira, desde que qualquer deles esteja a serviço da República Federativa do Brasil. (critério sanguíneo). 3. Os nascidos no estrangeiro de pai brasileiro ou de mãe brasileira, desde que sejam registrados em repartição brasileira competente ou venham a residir na República Federativa do Brasil e optem, em qualquer tempo, depois de atingida a maioridade, pela nacionalidade brasileira. São os consulados, embaixadas ou repartições diplomáticas. Brasileiro naturalizado: Os brasileiros naturalizados são aqueles que estão previstos no art. 12, inciso II, alíneas “a” e “b”, da Constituição Federal de 1988. São naturalizados: 1. Os que, na forma da lei, adquiram a nacionalidade brasileira, exigidas dos originários de países de língua portuguesa apenas residência por um ano ininterrupto e idoneidade moral. 2. Quaisquer estrangeiros, residentes ininterruptamente no Brasil, há mais de quinze anos, requerendo a identidade nacional, desde que nesse período não tenha sofrido condenação penal. ATENÇÃO: São consideradas a serviço da República Federativa do Brasil todas as pessoas que estejam trabalhando tanto pela Administração Pública direta, quanto pela Administração pública indireta. O que se entende por repartição brasileira competente? ATENÇÃO: Os originários de países de Portugal, Angola, Moçambique, Guiné Bissau, Goa, Macao, São Tomé, Príncipe, Timor Leste, Cabo Verde, Açores, não precisarão seguir todos os requisitos previstos no Estatuto do Estrangeiro, é necessário, apenas, possuir residência por um ano ininterrupto no Brasil e possuir idoneidade moral. ATENÇÃO: Saídas meramente temporárias não quebram a continuidade dos quinze anosininterruptos. www.adverum.com.br Estude inteligente, estude Ad Verum 13 Mesmo com a possível a existência de distinções (que, de fato, existem), não é a lei que tem o poder de estabelecê-las, mas sim a própria Constituição. Cumpre, por fim, salientar que uma vez naturalizado brasileiro, o indivíduo possui todos os deveres e direitos concedidos ao brasileiro nato, exceto algumas funções públicas, como: Presidente e Vice-Presidente da República; Presidente da Câmara dos Deputados; Presidente do Senado Federal; Ministro do Supremo Tribunal Federal; carreira diplomática; oficial das Forças Armadas; Ministro de Estado da Defesa. B OAB – XXVI EOU | 2018: Afonso, nascido em Portugal e filho de pais portugueses, mudou-se para o Brasil ao completar 25 anos, com a intenção de advogar no estado da Bahia, local onde moram seus avós paternos. Após cumprir todos os requisitos exigidos e ser regularmente inscrito nos quadros da OAB local, Afonso permanece, por 13 (treze) anos ininterruptos, laborando e residindo em Salvador. Com base na hipótese narrada, sobre os direitos políticos e de nacionalidade de Afonso, assinale a afirmativa correta. A) Afonso somente poderá se tornar cidadão brasileiro quando completar 15 (quinze) anos ininterruptos de residência na República Federativa do Brasil, devendo, ainda, demonstrar que não sofreu qualquer condenação penal e requerer a nacionalidade brasileira. B) Uma vez comprovada sua idoneidade moral, Afonso poderá, na forma da lei, adquirir a qualidade de brasileiro naturalizado e, nessa condição, desde que preenchidos os demais pressupostos legais, candidatar-se ao cargo de prefeito da cidade de Salvador. C) Afonso poderá se naturalizar brasileiro caso demonstre ser moralmente idôneo, mas não poderá alistar-se como eleitor ou exercer quaisquer dos direitos políticos elencados na Constituição da República Federativa do Brasil. D) Afonso, por ser originário de país de língua portuguesa, adquirirá a qualidade de brasileiro nato ao demonstrar, na forma da lei, residência ininterrupta por 1 (um) ano em solo pátrio e idoneidade moral. Comentários: Resposta correta: alternativa “B”. Alternativa A: INCORRETA, pois, no caso de Afonso, os requisitos seriam os descritos no art. 12, II, “a”, da CF/88. Alternativa B: CORETA, pois o cargo de prefeito não é privativo de brasileiro nato (art. 12, § 3º, da CF/88), de modo que Afonso, preenchendo os requisitos para a aquisição da qualidade de brasileiro naturalizado, poderá concorrer ao cargo (art. 12, §§ 1º e 2º, da CF/88). A lei poderá estabelecer distinção entre brasileiro nato e naturalizado? www.adverum.com.br Estude inteligente, estude Ad Verum 14 Alternativa C: INCORRETA. Art. 12, § 1º, da CF/88: “Aos portugueses com residência permanente no País, se houver reciprocidade em favor de brasileiros, serão atribuídos os direitos inerentes ao brasileiro, salvo os casos previstos nesta Constituição”, sendo possível que Afonso se aliste como eleitor, bem como exerça outros direitos políticos. Alternativa D: INCORRETA, pois, na hipótese de Afonso, preenchidos os requisitos da residência ininterrupta por 1 (um) ano em solo pátrio e idoneidade moral, por ser originário de país de língua portuguesa, poderá ser considerado brasileiro naturalizado (art. 12, II, a, da CF/88), e não brasileiro nato (são brasileiros natos aqueles descritos no art. 12, I, da CF/88. Afonso não se enquadra em nenhuma dessas hipóteses). Perda da nacionalidade brasileira: Querido (a) candidato (a), após ter em mente o que é brasileiro nato e naturalizado, é necessário que aprendamos as causas de perda destas nacionalidades. É importante salientar que tanto o brasileiro nato, quanto o naturalizado podem vir a perder a nacionalidade brasileira. O primeiro caso decorre do fato do brasileiro adquirir outra nacionalidade através de uma naturalização voluntária, já o segundo caso é na hipótese de sentença judicial. De acordo com o art. 12, § 4º: Será declarada a perda da nacionalidade do brasileiro que: I – tiver cancelada sua naturalização, por sentença judicial, em virtude de atividade nociva ao interesse nacional; II – adquirir outra nacionalidade, salvo nos casos: a) de reconhecimento de nacionalidade originária pela lei estrangeira; b) de imposição de naturalização pela norma estrangeira, ao brasileiro residente em Estado estrangeiro, como condição para permanência em seu território ou para o exercício de direitos civis. O inciso I, aplica-se a apenas ao brasileiro nato, já o inciso II, aplica-se tanto ao brasileiro nato, quanto ao naturalizado. Dependerá da formulação de um requerimento perante o Ministério da Justiça, e, posteriormente, a decisão do Presidente da República, por meio de decreto, além de que deve estar o brasileiro domiciliado no Brasil. Caso o brasileiro adquira outra nacionalidade fora desses permissivos constitucionais e venha a perder a nacionalidade brasileira, poderá ele readquiri-la? www.adverum.com.br Estude inteligente, estude Ad Verum 15 EXERCÍCIO (FGV/ OFICIAL DE CHANCELARIA– MRE/2016) Os amigos Ednaldo e José Carlos travaram intensa discussão a respeito de sua relação com a República Federativa do Brasil. Ednaldo, com 35 anos de idade, nascera na Áustria e era filho de pai brasileiro e mãe austríaca, os quais trabalhavam em uma organização civil protetora dos animais. Ednaldo nunca residiu em território brasileiro. José Carlos, 21 anos de idade, filho de pais austríacos, por sua vez, nasceu no Brasil na época em que os seus pais trabalhavam na embaixada austríaca, tendo em seguida viajado para a Áustria, de onde nunca mais saiu. À luz da sistemática constitucional e da análise das informações fornecidas na narrativa acima, é correto afirmar, a respeito dos dois amigos, que: a) José Carlos não pode ser considerado brasileiro nato; b) Ednaldo é brasileiro nato; c) José Carlos é brasileiro nato; d) Ednaldo será brasileiro nato caso venha a residir no Brasil; e) os amigos somente podem vir a naturalizar-se brasileiros. Gabarito Oficial: Letra A. Alternativa A. Correta. Segundo a CF, José Carlos não é considerado brasileiro nato, pois os pais estavam no Brasil a serviço da Áustria. Alternativa B. Incorreta. Segundo a CF, Ednaldo não será brasileiro nato. Ele nasceu no exterior, filho de pai brasileiro, mas que não estava a serviço da República Federativa do Brasil. Somente seria brasileiro nato caso tivesse sido registrado em repartição brasileira competente ou viesse a residir no Brasil a qualquer tempo e optasse pela nacionalidade brasileira após atingir a maioridade. Alternativa C. Incorreta. Segundo a CF, José Carlos não é considerado brasileiro nato, pois os pais estavam no Brasil a serviço da Áustria. Alternativa D. Incorreta. Segundo a CF, Ednaldo deve residir no Brasil E optar, a qualquer tempo, depois de atingida a maioridade, pela nacionalidade brasileira (Art. 12 I "c"). Alternativa E. Incorreta. José Carlos não cumpriu os requisitos para que o estrangeiro se naturalize brasileiro. Grau de dificuldade: Alto. 1.5 REMÉDIOS CONSTITUCIONAIS: Querido (a) aluno (a), os Remédios Constitucionais estão postos à disposição dos indivíduos, como instrumentos, para provocar a intervenção das autoridades competentes, com objetivo de sanar as ilegalidades cometidas contra os direitos e interesses individuais. Vejamos quais são: www.adverum.com.br Estude inteligente, estude Ad Verum 16 Habeas corpus: O art. 5º, LXVIII, do Texto Maior, preceitua que caberá habeas corpus sempre que alguém sofrer ou se achar ameaçado de sofrer violência ou coação, em sua liberdade de locomoção, por ilegalidade ou abuso de poder. Assim, torna-se nítido quevisa proteger o direito de locomoção: direito de ir, vir e ficar ou permanecer (CF, art. 5º, XV). Remédio Constitucional Legitimidade Ativa Habeas Corpus -Pelo Ministério Público; -Por qualquer pessoa (o estrangeiro - ainda que em trânsito-, o absolutamente incapaz, o analfabeto etc.). Sim! Desde que seja em favor de terceira pessoa física, sendo denominado como impetração em favor de terceiro. Este mesmo raciocínio está direcionado ao Ministério Público e à Defensoria Pública, ou seja, são instituições que podem impetrar o habeas corpus, mas não têm o condão de ser pacientes, uma vez que não exercem o direito de locomoção. Remédio Constitucional Polo Passivo Habeas Corpus -Autoridades públicas (delegado de polícia, juiz, tribunal, membro do Ministério Público etc.); -Autoridades particulares (hospitais, clínicas psiquiátrica etc.). No que tange as espécies, o habeas corpus poderá ser preventivo ou repressivo. O preventivo é no caso em que há uma ameaça em sua liberdade de locomoção, por ilegalidade ou abuso de poder. Já o repressivo acontece quando a lesão já foi praticada, ou seja, o objetivo é reparar o dano causado ao direito de ir, vir e ficar ou permanecer. Neste caso, o indivíduo deverá pleitear um alvará de soltura. Importante salientar que no habeas corpus há a possibilidade de haver a tutela preventiva, entretanto devem ser preenchidos os requisitos do fumus boni iuris e periculum in mora. ATENÇÃO: Segundo o STF, cabe habeas corpus contra decisão judicial que autoriza a quebra de sigilo bancário e fiscal em procedimento criminal. Pessoa jurídica pode impetrar habeas corpus? www.adverum.com.br Estude inteligente, estude Ad Verum 17 Por fim, abordaremos as hipóteses de não cabimento. Vejamos a posição do STF: Não é caso para a impetração do ‘habeas corpus’ as hipóteses descritas nas súmulas 692 a 695 do STF. De um modo geral, são casos em que não está em cheque a liberdade de locomoção: 692 – Não se conhece de “habeas corpus” contra omissão de relator de extradição, se fundado em fato ou direito estrangeiro cuja prova não constava dos autos, nem foi ele provocado a respeito. 693 – Não cabe “habeas corpus” contra decisão condenatória a pena de multa, ou relativo a processo em curso por infração penal a que a pena pecuniária seja a única cominada. 694 – Não cabe “habeas corpus” contra a imposição da pena de exclusão de militar ou de perda de patente ou de função pública. 695 – Não cabe “habeas corpus” quando já extinta a pena privativa de liberdade. Habeas data: Este Remédio Constitucional, querido (a) aluno (a), tem previsão constitucional no inciso LXXII do art. 5º, CF e tem objetivo de assegurar o conhecimento de informações constante de registro ou banco de dados de entidades governamentais ou de caráter público, além do que serve também para retificação de dados, quando não se faça por processo sigiloso, judicial ou administrativo. Remédio Constitucional Legitimidade Ativa Habeas Data Qualquer pessoa física ou jurídica, de direito público ou de direito privado, nacional ou estrangeira, residente ou apenas em trânsito no território nacional. Remédio Constitucional Polo Passivo Habeas Data São as entidades governamentais da Administração Pública direta e indireta, bem como pessoas jurídicas de direito privado que sejam detentoras de registros ou bancos de dados de caráter público. ATENÇÃO: O habeas corpus possui algumas características pertinentes, são elas: 1. Dispensa a figura do advogado e, consequentemente, de procuração; 2. Juntamente com o habeas data, trata-se de uma ação gratuita. ATENÇÃO: Para ser cabível ‘habeas data’, a informação deve ser de caráter pessoal. Exceção: referentes a familiares de presos políticos desaparecidos durante o regime militar. www.adverum.com.br Estude inteligente, estude Ad Verum 18 Por fim, veremos as hipóteses de não cabimento. São elas: -Informação sobre terceiros; - Acesso à prova objetiva; - Acesso de certidões denegadas (mandado de segurança). Mandado de Segurança: A previsão constitucional está no art. 5º, incisos LXIX e LXX da Constituição Federal e, no âmbito infraconstitucional, na Lei n. 12.016/09, conhecida como nova lei do mandado de segurança. O mandado de segurança- individual ou coletivo- visa resguardar direito líquido e certo, não amparado por habeas corpus ou habeas data e quando o responsável pela ilegalidade ou abuso de poder for uma autoridade pública, ou um agente de pessoa jurídica de direito privado no exercício de atribuições do poder público. Remédio Constitucional Legitimidade Ativa Mandado de Segurança Individual O impetrante é o titular do direito líquido e certo, podendo ser: -Pessoas físicas ou pessoas jurídicas; - De direito público ou de direito privado; - Nacionais ou estrangeiras; - Residentes ou em trânsito no território nacional; - Entes despersonalizados; Mandado de Segurança Coletivo - Partido político com representação no Congresso Nacional (tanto interesse dos seus membros, como também das finalidades partidárias); - Organização sindical, entidade de classe ou associação legalmente constituída e em funcionamento a pelo menos um ano, em defesa dos interesses de seus membros ou associados. Já no polo passivo é possível encontrar as pessoas públicas ou as pessoas privadas. Isso porque no inciso LXIX do art. 5º da Carta Magna, há o cabimento nos casos em que o responsável pela ilegalidade ou abuso de poder for uma autoridade pública, ou agente de pessoa jurídica de direito privado no exercício de atribuições do poder público. Importante destacar que o art. 1º, § 1º, da Lei n. 12.016/09, afirma que se equiparam às autoridades os representantes ou órgãos de partidos políticos e os administradores de entidades autárquicas, assim como os dirigentes de pessoas jurídicas ou as pessoas naturais no exercício de atribuições do poder público, somente no que disser respeito a essas atribuições. ATENÇÃO: O habeas data é um remédio gratuito e sua impetração deve ser realizada por um advogado. www.adverum.com.br Estude inteligente, estude Ad Verum 19 Sim! Conforme o art. 6º, caput, da Lei n. 12.016/09, é obrigatória, na petição inicial, a inclusão da jurídica a qual se vincula a pessoa coatora. Além do que é a autoridade coatora (pessoa jurídica) que possui competência para recorrer de uma eventual sentença que seja contrária à posição adotada no ato questionado em juízo. No que tange as espécies, caro aluno, o mandado de segurança poderá ser preventivo ou repressivo. O preventivo é no caso em que há uma ameaça ao direito líquido e certo, neste caso não há que se falar em prazo para a impetração. Já o repressivo acontece quando a lesão já foi praticada, ou seja, já houve a violação ao direito líquido e certo, neste caso há um prazo de cento e vinte dias contados da ciência do ato impugnado pelo interessado, para o ajuizamento da ação (este prazo tem natureza decadencial). Importante salientar que no mandado de segurança há a possibilidade de haver a tutela preventiva, entretanto devem ser preenchidos os requisitos do fumus boni iuris e periculum in mora. No caso da tutela preventiva, há uma diferença envolvendo o mandado de segurança individual do coletivo. Esta diferença consiste no fato do mandado de segurança individual não haver a necessidade de oitiva (ouvida) da outra partem para a concessão da tutela, já no coletivo o juiz deve ouvir a autoridade coatora com pelo menos setenta e duas horas antes da autorização desta medida. Por fim, abordaremos as hipóteses de não cabimento do mandado de segurança. Vejamos o art. 5ºda Lei n. 12.016/09: Não se concederá mandado de segurança quando se tratar: I – De ato do qual caiba recurso administrativo com efeito suspensivo, independentemente de caução; II – De decisão judicial da qual caiba recurso com efeito suspensivo; III – De decisão judicial transitada em julgado. Ação popular: A ação popular está disposta no art. 5º, LXXIII, da Carta Magna e na Lei nº 4.717/65. Tal remédio visa anular ato lesivo ao patrimônio público, ou de entidade de que o Estado participe, à moralidade administrativa, ao meio ambiente, ao patrimônio histórico e cultural. ATENÇÃO: Não pode confundir a autoridade coatora com o réu da ação! Autoridade coatora é o agente responsável pela prática do ato e com competência para o seu desfazimento. Já o réu é a pessoa jurídica à qual está vinculada a autoridade coatora. É necessário incluir a pessoa jurídica, a qual o réu está vinculado, na petição inicial? www.adverum.com.br Estude inteligente, estude Ad Verum 20 Remédio Constitucional Legitimidade ativa Ação Popular Qualquer cidadão (Obs.: não é qualquer pessoa, mas sim qualquer CIDADÃO). No caso da legitimidade ativa, a prova da cidadania para ingresso em juízo será feita com o título eleitoral ou documento correspondente. Percebe-se que os estrangeiros, apátridas e brasileiros com os direitos políticos perdidos ou suspensos não podem figurar na condição de autor da ação popular. Remédio Constitucional Polo passivo Ação Popular Pessoas públicas ou privadas e entidades referidas no art. 1º, contra as autoridades, funcionários ou administradores que houverem autorizado, aprovado, ratificado ou praticado o ato impugnado, ou que, por omissão, tiverem dado oportunidade à lesão, e contra os beneficiários diretos do mesmo (Obs.: poderá haver litisconsórcio passivo necessário). No que tange as espécies, caro aluno, a ação popular poderá ser preventiva ou repressiva. A preventiva é quando houver a ameaça de lesão ao patrimônio comum, já a repressiva é quando a lesão já ocorreu. Há, ainda, a possibilidade de haver a tutela preventiva, porém devem ser preenchidos os requisitos do fumus boni iuris e periculum in mora. Mandado de injunção: Este remédio constitucional está disposto no art. 5º, LXXI, Constituição Federal e na Lei 13.300/16. Conceder-se-á o mandado de injunção sempre que a falta de norma regulamentadora torne inviável o exercício dos direitos, liberdades e ATENÇÃO: Considera-se ato lesivo tanto uma comissão (ação), quanto uma omissão. , à moralidade administrativa, ao meio ambiente, ao patrimônio histórico e cultural. Lembrando que este ato lesivo poderá ser tanto um ato comissivo (ação), quanto um ato omissivo (omissão). ATENÇÃO: O cidadão não está limitado ao seu domicílio eleitoral. Exemplo: O sujeito estar inscrito perante a justiça eleitoral no município de Recife-Pernambuco, mas pode ajuizar uma ação popular no município de Poções-Bahia. ATENÇÃO: - O legislador isentou o seu autor do pagamento de custas judiciais e da condenação nos honorários de sucumbência, desde que tenha agido de boa-fé. - Para o ajuizamento da ação indispensável à figura do advogado. www.adverum.com.br Estude inteligente, estude Ad Verum 21 garantias constitucionais, bem como as prerrogativas inerentes à nacionalidade, à soberania e à cidadania. Remédio Constitucional Legitimidade ativa Mandado de Injunção Individual Pessoas naturais ou jurídicas que se afirmam titulares dos direitos, das liberdades ou das prerrogativas referidos no art. 2o e, como impetrado, o Poder, o órgão ou a autoridade com atribuição para editar a norma regulamentadora. Mandado de Injunção Coletivo - Ministério Público, quando a tutela requerida for especialmente relevante para a defesa da ordem jurídica, do regime democrático ou dos interesses sociais ou individuais indisponíveis; - Partido político com representação no Congresso Nacional; - Organização sindical, entidade de classe ou associação legalmente constituída e em funcionamento há pelo menos 1 (um) ano, para assegurar o exercício de direitos, liberdades e prerrogativas em favor da totalidade ou de parte de seus membros ou associados, na forma de seus estatutos e desde que pertinentes a suas finalidades, dispensada, para tanto, autorização especial; - Defensoria Pública, quando a tutela requerida for especialmente relevante para a promoção dos direitos humanos e a defesa dos direitos individuais e coletivos dos necessitados. Remédio Constitucional Polo passivo Mandado de Injunção Poder, órgão ou autoridade. Válido salientar que a Lei 13.300/16 trouxe uma novidade: possibilidade de impetrar o mandado de injunção em face de omissão parcial. Tal possibilidade já era acolhida pela doutrina, entretanto agora é positivado. Observemos o parágrafo único do artigo segundo da Lei 13.300 que traz o conceito de omissão parcial: Parágrafo único. Considera-se parcial a regulamentação quando forem insuficientes as normas editadas pelo órgão legislador competente. EXERCÍCIO: (FGV/SEFAZ-RJ/AGENTE TRIBUTÁRIO/2008) Conceder-se-á habeas-data: a) para assegurar a integridade moral do cidadão. b) quando o responsável pela ilegalidade for autoridade pública. c) para proteger o direito líquido e certo não amparado por habeas corpus. www.adverum.com.br Estude inteligente, estude Ad Verum 22 d) para a retificação de dados, quando não se prefira fazê-lo por processo sigiloso, judicial ou administrativo. e) quando o responsável pela ilegalidade for agente de pessoa jurídica no exercício de atribuições de Poder Público. Gabarito Oficial: Letra D. De acordo com o artigo 5º, LXXII, ‘b’, CF: Conceder-se-á habeas data: a) para assegurar o conhecimento de informações relativas à pessoa do impetrante, constantes de registros ou bancos de dados de entidades governamentais ou de caráter público. b) para a retificação de dados, quando não se prefira fazê-lo por processo sigiloso, judicial ou administrativo; Alternativa A. Incorreta. A alternativa não corresponde com a Constituição Federal vigente. Alternativa B. Incorreta. Os responsáveis pela ilegalidade podem ser: entidades governamentais da Administração Pública direta e indireta, bem como pessoas jurídicas de direito privado que sejam detentoras de registros ou bancos de dados de caráter público. Alternativa C. Incorreta. A alternativa não corresponde com a Constituição Federal vigente. Alternativa D. Correta. Segundo a CF, o habeas data será concedido para a retificação de dados, quando não se prefira fazê-lo por processo sigiloso, judicial ou administrativo. Alternativa E. Incorreta. Os responsáveis pela ilegalidade podem ser: entidades governamentais da Administração Pública direta e indireta, bem como pessoas jurídicas de direito privado que sejam detentoras de registros ou bancos de dados de caráter público. Grau de dificuldade: Baixo. EXERCÍCIO A respeito dos Direitos e Garantias Fundamentais e dos Remédios Constitucionais, assinale a afirmativa incorreta. a) O Habeas Corpus será concedido sempre que alguém sofrer ou se achar ameaçado de sofrer violência ou coação em sua liberdade de locomoção, por ilegalidade ou abuso de poder. b) O Mandado de Segurança coletivo pode ser impetrado por partido político com representação no Congresso Nacional. www.adverum.com.br Estude inteligente, estude Ad Verum 23 c) A Ação Popular pode ser proposta por qualquer pessoa, desde que vise a anular ato lesivo ao patrimônio público, proteger a moralidade, o meio ambiente e o patrimônio histórico e cultural. d) O Habeas Data poderá servir deinstrumento para a retificação de dados, quando não se prefira fazê-lo por processo sigiloso, judicial ou administrativo. e) O Mandado de Segurança pode ser proposto tanto contra ato de autoridade pública quanto contra ato de agente de pessoas jurídicas privadas no exercício de atribuições do poder público. Gabarito Oficial: Letra C. De acordo com o artigo o art. 5º. LXXIII, CF: Qualquer cidadão é parte legítima para propor ação popular, que vise a anular ato lesivo ao patrimônio público ou de entidade de que o Estado participe, à moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural, ficando o autor, salvo comprovada má-fé, isento de custas judiciais e do ônus da sucumbência; Alternativa A. Correta. A alternativa se encontra totalmente correta. Alternativa B. Correta. A alternativa se encontra totalmente correta. Alternativa C. Incorreta. Assim como vimos, a ação popular não pode ser impetrada por qualquer pessoa. O polo ativo deve ser o CIDADÃO e a prova da cidadania para ingresso em juízo será feita com o título eleitoral ou documento correspondente. Alternativa D. Correta. A alternativa se encontra totalmente correta. Alternativa E. Correta. A alternativa se encontra totalmente correta. Grau de dificuldade: Alto. 1.6 DIREITOS POLÍTICOS: Querido (a) aluno (a), quando se fala em direitos políticos, deve-se ter em mente que se referem a um conjunto de regras que determinam as relações sócio-políticas de uma sociedade. O titular do Poder Constituinte é o cidadão, sente ele, quem deve exercer a vontade política, diretamente ou indiretamente, de acordo com o modelo de democracia adotado pela Constituição brasileira. Pode-se entender como democracia direta, aquela que se realiza quando o cidadão, em pleno gozo de seus direitos políticos, impõe algumas manifestações, são elas: participação em referendos, plebiscitos, ajuizamento de ação popular, dentre outras. Já a democracia indireta, dar-se-á a quando os atos da vida política do país são realizados pelos representantes eleitos. www.adverum.com.br Estude inteligente, estude Ad Verum 24 Direito político positivo: 1. Capacidade eleitoral ativa: Direito de votar. Para que este direito seja concretizado é necessário que o indivíduo preencha as chamadas condições de alistabilidade, a qual é adquirida perante a Justiça eleitoral. Com o título de eleitor em mãos, o cidadão adquire o direito de poder votar, de participar de referendos, plebiscito, de propor ação popular, de apresentar projetos de leis populares. São desta forma, intervenções do cidadão na vida política do país. 2. Plebiscito e Referendo: Estes institutos são realizados por meio de consultas populares. O plebiscito é uma consulta prévia que se faz aos cidadãos a respeito de determinada matéria a ser, posteriormente, discutida pelo Poder Público. Já o referendo é uma consulta posterior sobre determinado ato governamental para ratificá-lo, ou para conceder-lhe eficácia (condição suspensiva), ou para retirar a eficácia (condição resolutiva). 3. Ação Popular: Como já vimos este remédio constitucional é um exercício de direito político ativo, uma vez que de acordo com o art. 5°, LXXIII, da Magna Carta, somente poderá ser proposta pelo cidadão. 4. Iniciativa popular de apresentação de projetos de lei: O cidadão pode apresentar projetos de lei complementar e ordinária, desde que satisfaçam os seguintes requisitos firmados pelo art. 61, § 2º, da CF: o projeto deve ser subscrito por, no mínimo, um por cento do eleitorado nacional + esses eleitores devem estar distribuídos pelo menos por cinco Estados brasileiros + e, em cada um desses Estados, o número de eleitores não pode ser inferior a três décimos por cento dos eleitores locais. ATENÇÃO: O art. 14, da CRFB/88 dispõe que a soberania popular será exercida pelo sufrágio universal e pelo voto direto e secreto na forma da lei. ATENÇÃO: O alisamento eleitoral é obrigatório para os maiores de dezoito anos, e facultativos para os analfabetos, os maiores de setenta e para os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos. PARA FIXAR: Plesbicito: Consulta PRÉVIA. Referendo: Consulta POSTERIOR. www.adverum.com.br Estude inteligente, estude Ad Verum 25 5. Sufrágio: E do Direito Público subjetivo de votar e de ser votado. 6. Voto: O voto é o instrumento político através do qual o direito do sufrágio se manifesta, ou seja, é o ato que tem por finalidade concretizar e tornar exequível o direito de sufrágio. São características constitucionais do voto: pessoal, livre, sigiloso, direto, periódico e com valor igual para todos. 7. Capacidade eleitoral passiva: Importante destacar que nem todas as pessoas que detém o direito do voto poderão ser candidatos. Vejamos o artigo 14, § 3º, da CRFB/88, o qual traz as condições de elegibilidade. São condições genéricas de elegibilidade, com base no art. 14, § 3º, CF: I – a nacionalidade brasileira (a nacionalidade originária só é exigida para os cargos do art. 12, § 3º); II – o pleno exercício dos direitos políticos (não pode estar sofrendo nenhuma das restrições do art. 15); III – o alistamento eleitoral (que gera a capacidade eleitoral ativa); IV – o domicilio eleitoral na circunscrição; V – a filiação partidária (pois não se admite candidatura avulsa no país); VI – a idade mínima de: a) trinta e cinco anos para Presidente e Vice-Presidente da República e Senador; b) trinta anos para Governador e Vice-Governador de Estado e do Distrito Federal; c) vinte e um anos para Deputado Federal, Deputado Estadual ou Distrital, Prefeito, Vice-Prefeito e juiz de paz; d) dezoito anos para Vereador. Observação: De acordo com entendimento consolidado pelo Tribunal Superior Eleitoral, a idade mínima deve ser comprovada no ato da posse, salvo a do vereador que deve ser comprovada no registro de candidatura. Direito político negativo: São limitações do exercício da cidadania, ou seja, situações que o indivíduo não poderá participar da vida política ativa ou passiva do país e dividem-se em dois principais núcleos: as inelegibilidades (art. 14 da CRFB/88) e a perda e suspensão de direitos políticos. Agora estudaremos cada uma dessas situações jurídicas. Vamos juntos? ATENÇÃO: O voto é obrigatório para os maiores de dezoito anos, e facultativos para os analfabetos, os maiores de setenta e para os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos. ATENÇÃO: As idades mínimas, previstas no o art. 12, § 3º, VI, da CF, possuem uma alta incidência na prova da Ordem. Cuidado para não cair em “pegadinhas”! www.adverum.com.br Estude inteligente, estude Ad Verum 26 1. Inelegibilidade Absoluta: Prevista no art. 14, § 4º, CF, a inelegibilidade absoluta veda o sujeito de se eleger para qualquer cargo, são os casos dos inalistáveis (estrangeiros e conscritos) e dos analfabetos. 2. Inelegibilidade relativa: Prevista no artigo 14, parágrafos 5º, 6º e 7º da CF/88, a inelegibilidade relativa, privam os cidadãos de serem eleitos apenas para alguns cargos eletivos. Vejamos: § 5º O Presidente da República, os Governadores de Estado e do Distrito Federal, os Prefeitos e quem os houver sucedido, ou substituído no curso dos mandatos poderão ser reeleitos para um único período subsequente (reeleição). § 6º Para concorrerem a outros cargos, o Presidente da República, os Governadores de Estado e do Distrito Federal e os Prefeitos devem renunciar aos respectivos mandatos até seis meses antes do pleito (desincompatibilização). § 7º São inelegíveis, no território de jurisdição do titular, o cônjuge e os parentes consangüíneos ou afins, até o segundo grau ou por adoção, do Presidente da República, de Governador de Estadoou Território, do Distrito Federal, de Prefeito ou de quem os haja substituído dentro dos seis meses anteriores ao pleito, salvo se já titular de mandato eletivo e candidato à reeleição (inelegibilidade reflexa). 3. Inelegibilidade reflexa: Prevista no art. 14, § 7º, CF, a inelegibilidade reflexa atinge os familiares, ou seja, são inelegíveis o cônjuge e os parentes consanguíneos ou afins, até o segundo grau ou por adoção, do Presidente da República, de Governador de Estado ou Território, do Distrito Federal, de Prefeito ou de quem os haja substituído dentro dos seis meses anteriores ao pleito, salvo se já titular de mandato eletivo e candidato à reeleição. Assim, sendo, não poderão cônjuge, companheiro, pai/mãe, avô/avó, filhos, netos, irmãos, sogros, genros, noras, cunhados se eleger nos casos previstos no art. 14, § 7º, C. Vejamos a tabela abaixo: CARGO INELEGIBILIDADE DA FAMÍLIA Prefeito Vereador, Prefeito e Vice-Prefeito pelo mesmo Município; Governador de Estado Vereador, Prefeito e Vice-Prefeito pelos municípios localizados no mesmo Estado e também aos cargos de: Deputado Estadual, Deputado Federal, Senador, Governador e Vice- Governador do mesmo Estado; Presidente da República Não poderão se candidatar a nenhum cargo eletivo no país. www.adverum.com.br Estude inteligente, estude Ad Verum 27 4. Renúncia: Este mecanismo é utilizado para afastar a inelegibilidade reflexa, vejamos quais são as regra: ►►Caso o titular do Poder Executivo esteja no primeiro mandato e renunciar até seis meses antes do pleito eleitoral: Neste caso, fica afastada a inelegibilidade reflexa e seus familiares podem concorrer a qualquer um dos pleitos eleitorais, até mesmo ao cargo que era ocupado pelo renunciante. ►► Caso o titular do Poder Executivo esteja no segundo mandato e renunciar até seis meses antes do pleito eleitoral: Neste caso, ficará afastada a inelegibilidade reflexa para os demais cargos, porém a família não poderá concorrer ao cargo eletivo antes ocupado pelo renunciante, uma vez que ficaria caracterizado três mandatos consecutivos na mesma família. 5. Perda e suspenção: A perda ou suspensão dos direitos políticos constituem exceção à plenitude do voto, ou seja, é uma anulação dos direitos políticos positivos caracterizados pelo direito de sufrágio (votar e ser votado). A perda é a privação definitiva dos direitos políticos positivos e a suspensão é a privação temporária dos respectivos direitos, que o simples passar do tempo afastará. Conforme o art. 15, da CF, são privações dos direitos políticos, conforme: I - cancelamento da naturalização por sentença transitada em julgado (perda); II - incapacidade civil absoluta (suspensão); III - condenação criminal transitada em julgado, enquanto durarem seus efeitos (suspensão); IV - recusa de cumprir obrigação a todos imposta ou prestação alternativa, nos termos do art. 5º, VIII (perda); V - improbidade administrativa, nos termos do art. 37, § 4º (suspensão). EXERCÍCIO: (FGV/OAB NACIONAL/2010) De acordo com a Constituição da República, são inalistáveis e inelegíveis: a) somente os analfabetos e os conscritos. b) os estrangeiros, os analfabetos e os conscritos. c) somente os estrangeiros e os analfabetos. d) somente os estrangeiros e os conscritos. ATENÇÃO: A cassação – ato arbitrário de retirada de direitos políticos – é vedada pela Constituição. www.adverum.com.br Estude inteligente, estude Ad Verum 28 Gabarito Oficial: Letra D. De acordo com o artigo o art. 14º, § 1 e 2º, CF: § 1º O alistamento eleitoral e o voto são: I - obrigatórios para os maiores de dezoito anos; II - facultativos para: a) os analfabetos; b) os maiores de setenta anos; c) os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos. § 2º - Não podem alistar-se como eleitores os estrangeiros e, durante o período do serviço militar obrigatório, os conscritos. Alternativa A. Incorreta. De acordo com o § 4º o analfabeto é somente inelegível, ou seja, não podem ser votados, mas podem votar. Alternativa B. Incorreta. Somente os estrangeiros e os conscritos são inalistáveis e inelegíveis. Os analfabetos somente são inelegíveis, ou seja, não podem ser votados, mas podem votar. Alternativa C. Incorreta. Os estrangeiros são inalistáveis e inelegíveis. Porém, os analfabetos somente são inelegíveis, ou seja, não podem ser votados, mas podem votar. Alternativa D. Correta. Somente os estrangeiros e os conscritos são inalistáveis e inelegíveis. Grau de dificuldade: Médio. 2. ORGANIZAÇÃO DO ESTADO 2.1 ORGANIZAÇÃO POLÍTICO ADMINISTRATIVA: De acordo com o artigo 18, da Constituição Federal, a organização político-administrativa da República Federativa do Brasil compreende a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, todos autônomos, nos termos desta Constituição. Cada uma dessas ordenações jurídicas tem uma série de competências indispensáveis à consecução das suas finalidades. Assim, como visto, o Estado Brasileiro possui quatro entidades que no âmbito interno não são soberanas, mas sim autônomas, possuindo, cada uma, suas competências. Competência da União: Art. 20 a 24, CF. Competência dos Estados: Art. 25 a 28, CF. Competência dos Municípios: Art. 29 a 31, CF. Competência do Distrito Federal: Artigo 32, CF. A autonomia de cada uma das unidades integrantes da nossa federação (União, Estados, Distrito Federal e Municípios) garante o poder de auto- organização. Porém, existem limites a essa autonomia, vejamos as principais: www.adverum.com.br Estude inteligente, estude Ad Verum 29 1. A Constituição do Estado (leia-se: SP, MG, RJ, PA, PR, SC, RS, BA, etc.) não pode condicionar a nomeação, a exoneração e a destituição dos Secretários de Estado à prévia aprovação da Assembleia Legislativa (Poder Legislativo Estadual). 2. A Constituição do Estado não pode fixar a maior ou a menor o quórum para aprovação de emendas à Constituição do Estado. 3. A Constituição do Estado não pode tratar de matérias de iniciativa privativa do Chefe do Executivo. 4. A Constituição do Estado não pode subordinar a nomeação do Procurador-geral de Justiça do Estado à prévia aprovação de seu nome pela Assembleia Legislativa. 5. A Constituição do Estado não pode outorgar ao Governador do Estado imunidade à prisão em flagrante, à prisão preventiva e à prisão temporária. Tampouco pode estabelecer a irresponsabilidade, na vigência do mandato, pelos atos estranhos ao exercício de suas funções. 6. A Constituição do Estado não pode condicionar a eficácia de convênio celebrado pelo Poder Executivo à prévia aprovação do Poder Legislativo. 7. A Constituição do Estado não pode estabelecer prazo para que os detentores de iniciativa privativa apresentem projeto de lei ao Poder Legislativo. 8. A Constituição do Estado não pode outorgar competência para que a Assembleia Legislativa julgue as próprias contas e as dos administradores dos Poderes Executivo e Judiciário. Essa competência já foi outorgada aos Tribunais de Constas dos Estados pela CF/88. 9. A Constituição do Estado não pode estabelecer a Monarquia como Forma de Governo, nem o Parlamentarismo como Sistema de Governo. 10. A Constituição do Estado não pode definir os crimes de responsabilidade do governador, tampouco cominar as respectivas penas. (Súmula 722). 11. A Constituição do Estado não pode estabelecer que a perda do mandato de parlamentar será decidida em votação aberta, em desrespeito ao modelo federal, previsto no artigo 55, § 2o da CF/88. Intervenção: A intervenção é uma medida através da qual se quebra excepcionalmente e temporariamente a autonomia de determinado ente federativo, na atual ordem constitucional, a regra é de não haver intervenção, entretanto há casos específicos que opróprio ordenamento jurídico admite a supressão temporária da autonomia administrativa de um ente federado. Há duas espécies de intervenção. A primeira é a federal, realizada pela União nos Estados, no Distrito Federal e nos Municípios localizados em Territórios (arts. 34 e 35, CF). A segunda é a estadual e é realizada pelos Estados nos Municípios (art. 35, CF). À luz do art. 36 da CF, a decretação da intervenção dependerá: no caso de garantir o livre exercício de qualquer dos poderes nas unidades da Federação, de solicitação do Poder Legislativo ou do Poder Executivo coacto ou impedido, ou de requisição do Supremo Tribunal Federal, se a coação for exercida contra o Poder Judiciário; no caso de desobediência à ordem ou decisão judiciária, de requisição do Supremo Tribunal Federal, do Superior Tribunal de Justiça ou do Tribunal Superior Eleitoral; em caso de violação de algum dos princípios constitucionais sensíveis (artigo 34, VII), e no caso de www.adverum.com.br Estude inteligente, estude Ad Verum 30 recusa à execução de lei federal, de provimento pelo Supremo Tribunal Federal, de representação do Procurador-Geral da República. Valido salientar que há a existência de duas intervenções, a primeira, chamada de espontânea, intervenção que, por não depender de nenhuma provocação, pode ser decretada de ofício pelo Presidente da República (incisos I, II, III e V do art. 34 da CF). A segunda é denominada provocada, a qual é aquela cuja decretação depende de “provocação” ou de determinadas exigências (incisos IV, VI e VII, art. 34 CF). C OAB – XXV EOU | 2018: O Estado Alfa deixou de aplicar, na manutenção e no desenvolvimento do ensino, o mínimo exigido da receita resultante de impostos estaduais, compreendida a proveniente de transferências. À luz desse quadro, algumas associações de estudantes procuram um advogado e o questionam se, nessa hipótese, seria possível decretar a intervenção federal no Estado Alfa. Com base na hipótese narrada, assinale a afirmativa correta. A) A intervenção federal da União no Estado Alfa pode ser decretada, ex officio, pelo Presidente da República. B) A intervenção federal não é possível, pois, por ser um mecanismo excepcional, o rol previsto na Constituição que a autoriza é taxativo, não contemplando a situação narrada. C) A intervenção da União no Estado Alfa dependerá de requerimento do Procurador-Geral da República perante o Supremo Tribunal Federal. D) A intervenção federal não seria possível, pois a norma constitucional que exige a aplicação de percentual mínimo de receita na educação nunca foi regulamentada. Comentários: Resposta correta: alternativa “C”. Alternativa A: INCORRETA, porquanto a situação narrada no enunciado não se enquadra nas hipóteses de decretação ex officio de intervenção federal pelo Presidente da República (incisos I, II, III e V do art. 34 da CF). Alternativa B: INCORETA, pois a situação em comento encontra-se expressamente contemplada pelo rol de hipóteses em que se autoriza a intervenção federal (art. 34, VII, e, da CF). Alternativa C: CORRETA. Art. 34, VII, e, c/c art. 36, III, ambos da CF. Alternativa D: INCORRETA, pois o percentual mínimo da receita a ser empregado na educação, pelos Estados-membros, é de 25% (vinte e cinco por cento), conforme prevê expressamente o art. 212 da CF. Referente à intervenção estadual, o art. 35 da CF, estabelece que o Estado intervenha em seus Municípios quando: I – Deixar de ser paga, sem motivo de força maior, por dois anos consecutivos, a dívida fundada; II – Não forem prestadas contas devidas, na forma da lei; www.adverum.com.br Estude inteligente, estude Ad Verum 31 III – Não tiver sido aplicado o mínimo da receita municipal na manutenção e desenvolvimento do ensino e nas ações e serviços públicos de saúde; IV – O Tribunal de Justiça der provimento à representação para assegurar a observância de princípios indicados na Constituição Estadual, ou para prover a execução de lei, de ordem ou de decisão judicial. Referente ao § 1º do art. 36, CF o decreto de intervenção federal ou estadual deverá especificar a amplitude, o prazo e as condições de execução e, se couber, nomeará interventor. Ainda, neste dispositivo, o decreto deverá ser apreciado pelo Congresso Nacional (federal) ou pela Assembleia Legislativa de Estado (estadual), no prazo de 24 horas. Quando estiverem cessados os motivos da intervenção, salvo impedimento legal, as autoridades afastadas de seus cargos a estes deverão voltar. Estado de defesa: O estado de defesa, disposto no artigo 136, CF, é uma circunstância de emergência na qual o Presidente da República concretiza poderes particulares para interromper momentaneamente algumas garantias individuais asseguradas pela Constituição cuja suspensão se justifica para restabelecer a ordem em situações de crise institucional e nas guerras. Art. 136. O Presidente da República pode, ouvidos o Conselho da República e o Conselho de Defesa Nacional, decretar estado de defesa para preservar ou prontamente restabelecer, em locais restritos e determinados, a ordem pública ou a paz social ameaçada por grave e iminente instabilidade institucional ou atingidas por calamidades de grandes proporções na natureza. O objetivo principal do estado de defesa é preservar ou restabelecer a ordem e a paz social. Este instituto dá-se a partir de decreto emitido pelo Presidente da República, sem necessidade de autorização anterior do Congresso. Contudo até 24 horas depois de decretado o estado de defesa deve o Presidente apresentar a justificativa perante o Congresso e este poderá confirmar ou revogar a medida. A OAB – XXVI EOU | 2018: Durante ato de protesto político, realizado na praça central do Município Alfa, os manifestantes, inflamados por grupos oposicionistas, começam a depredar órgãos públicos locais, bem como invadem e saqueiam estabelecimentos comerciais, situação que foge do controle das forças de segurança. Diante do quadro de evidente instabilidade social, o Presidente da República, por Decreto, institui o ATENÇÃO: A intervenção estadual deve ser decretada pelo respectivo Governador. ATENÇÃO: A duração do estado de defesa deverá ser de no máximo 30 dias, sendo admitida apenas uma prorrogação, pelo mesmo período. www.adverum.com.br Estude inteligente, estude Ad Verum 32 estado de defesa no Município Alfa por prazo indeterminado, até que seja restaurada a ordem pública e a paz social. No Decreto, ainda são fixadas restrições aos direitos de reunião e ao sigilo de correspondência e comunicação telefônica. Acerca do caso apresentado, assinale a afirmativa correta. A) Durante o estado de defesa, podem ser estabelecidas restrições aos direitos de reunião e ao sigilo de correspondência e comunicação telefônica, mas o referido decreto não poderia estender-se por prazo indeterminado, estando em desconformidade com a ordem constitucional. B) Ao decretar a medida, o Chefe do Poder Executivo não poderia adotar medidas de restrição ao sigilo de correspondência e comunicação telefônica, o que denota que o decreto é materialmente inconstitucional. C) O decreto é formalmente inconstitucional, porque o Presidente da República somente poderia decretar medida tão drástica mediante lei previamente aprovada em ambas as casas do Congresso Nacional. D) O decreto presidencial, na forma enunciada, não apresenta qualquer vício de inconstitucionalidade, sendo assegurada, pelo texto constitucional, a possibilidade de o Presidente da República determinar, por prazo indeterminado, restrições aos referidos direitos. Comentários: Resposta correta: alternativa “A”. Alternativa A: CORRETA, conforme art. 136, § 1º, I, e § 2º, da CF/88. Alternativa B: INCORETA, pois é possível a adoção de medidas de restrição
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