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1 Direito Empresarial – Unidade nº 4 – Sistema Tributário Nacional 
 
 
Direito 
Empresarial 
 
Unidade Nº 4 – Sistema Tributário 
Nacional 
 
 
Marcia Teodoro 
 
 
 
2 Direito Empresarial – Unidade nº 4 – Sistema Tributário Nacional 
Introdução 
 Nesta unidade final de nossos estudos nos debruçaremos sobre o 
estudo da inserção do conhecimento acerca do direito tributário brasileiro no 
bojo de nossas discussões acerca do direito empresarial. 
 Estudaremos então o Sistema Tributário Nacional, um conjunto de 
disposições constitucionais que regulam a atividade tributária de nosso 
Estado. O ano de sua estipulação é 1966, na figura da lei 5.172, que serve de 
sistematização ao Código Tributário Brasileiro. A Constituição de 1988 fará 
algumas alterações nesta vigência, versando a respeito da matéria tributária. 
Veremos, além disso, os principais instrumentos de tributação, como 
impostos, taxas e contribuições. Observaremos as diferentes situações de sua 
ocorrência, bem como seus respectivos fatos geradores. Vamos lá? 
Bons estudos! 
1. Sistema Tributário Nacional e o Poder de 
tributar 
Trata-se de sistema que corresponde às regras de recolhimento de 
tributos, que tem como objetivo o financiamento das atividades do Estado 
junto à sociedade, através de investimentos nas mais diversas áreas sociais e 
no pagamento de servidores públicos. 
O Poder de tributar corresponde à aptidão atribuída pela Constituição 
da República Federativa do Brasil (CRFB) a instituir, por lei, tributos. Assim, a 
competência tributária corresponde ao “poder” que cada pessoa política 
detém para criar tributos, ou seja, para editar normas tributárias. 
A Constituição de 1988 instituiu a forma de Estado Federal no Brasil e o 
subdividiu em entes federados autônomos entre si, que correspondem às 
pessoas jurídicas de direito público interno, estudadas no primeiro capítulo, ou 
seja, União, Estados-membros, Distrito Federal e Municípios. 
Desta forma, é importante perceber que a competência tributária 
relaciona-se ao poder de instituir tributos e é outorgado pela Constituição aos 
 
 
3 Direito Empresarial – Unidade nº 4 – Sistema Tributário Nacional 
entes federados, que poderão (ou não) se valer do uso dessa competência por 
meio da edição de leis, que atribuirão as especificidades sobre o tributo fixado. 
Assim, a partir da competência outorgada aos entes federados para 
tributar, cabe a cada um deles legislar mediante lei complementar sobre a 
definição dos tributos, suas espécies, fatos geradores, bases de cálculo e 
contribuintes, obrigações, lançamento, crédito, prescrição, decadência e 
demais peculiaridades, conforme dispõe o art. 146 da Constituição Federal. 
Assim, a Constituição dispõe que são tributos de competência da União 
(art. 153, CRFB, 1988): 
 Imposto de importação de produtos estrangeiros; 
 Imposto de exportação, para o exterior, de produtos nacionais ou 
nacionalizados; 
 Imposto sobre renda e proventos de qualquer natureza; 
 Imposto sobre produtos industrializados; 
 Imposto sobre operações de crédito, câmbio e seguro, ou 
relativas a títulos ou valores mobiliários; 
 Imposto sobre propriedade territorial rural; 
 Imposto sobre grandes fortunas, nos termos de lei 
complementar. 
E ainda os Empréstimos Compulsórios (art. 148, CRFB, 1988) e as 
contribuições sociais (art. 149, CRFB, 1988). 
Ademais, compete ainda à União a chamada competência 
extraordinária, que corresponde ao poder de instituir, na iminência ou no caso 
de guerra externa, impostos extraordinários, compreendidos ou não em sua 
competência tributária, os quais serão suprimidos, gradativamente, cessadas 
as causas de sua criação (art. 154, II, CRFB). 
Cabe ainda à União competência residual, que consiste na possibilidade 
de instituição de tributos diversos daqueles dispostos na Constituição 
mediante lei complementar, desde que sejam não-cumulativos e não tenham 
 
 
4 Direito Empresarial – Unidade nº 4 – Sistema Tributário Nacional 
fato gerador ou base de cálculo próprios dos discriminados na Constituição 
(art. 154, I, CRFB, 1988). 
Observe-se que a União deixou de legislar norma complementar a 
respeito o Imposto sobre grandes fortunas, o que confirma o entendimento 
de que a criação dos tributos pelos entes federados refere-se à mera 
faculdade, de forma que cabe a cada ente fazê-lo de acordo com sua própria 
conveniência e interesse. Assim, nada impede que a União, a qualquer 
momento, caso seja de seu interesse, institua por lei complementar o Imposto 
sobre grandes fortunas. 
Compete aos Estados instituir impostos sobre (art. 155, CRFB, 1988): 
 Imposto sobre a transmissão causa mortis e doação, de 
quaisquer bens ou direitos; 
 Imposto sobre operações relativas à circulação de mercadorias e 
sobre prestações de serviços de transporte interestadual e 
intermunicipal e de comunicação, ainda que as operações e as 
prestações se iniciem no exterior; 
 Imposto sobre a propriedade de veículos automotores. 
Compete aos Municípios instituir impostos sobre (art. 156, CRFB, 1988): 
 Imposto sobre propriedade predial e territorial urbana; 
 Imposto sobre transmissão "inter vivos", a qualquer título, por ato 
oneroso, de bens imóveis, por natureza ou acessão física, e de direitos 
reais sobre imóveis, exceto os de garantia, bem como cessão de direitos 
a sua aquisição; 
 Imposto sobre serviços de qualquer natureza, não 
compreendidos no art. 155, II, definidos em lei complementar. 
Ao Distrito Federal, por corresponder a um ente federado híbrido, cabe 
a competência dupla dos Municípios e Estados. 
2. Características da competência tributária 
 
 
5 Direito Empresarial – Unidade nº 4 – Sistema Tributário Nacional 
Ana Flávia Messa (2016) aponta as principais características relativas à 
competência, vejamos. 
Irrenunciabilidade: Não é possível a renúncia à competência tributária 
instituída pela Constituição; 
Inalterabilidade: Corolário da hierarquia das normas, a competência 
tributária instituída pela Constituição não pode ser alterada por normas 
infraconstitucionais; 
Incaducabilidade: Não caduca o exercício da criação de tributos, uma 
vez que posta por regras constitucionais. 
Indelegabilidade: A competência instituída pela Constituição deve ser 
cumprida. Não há a possibilidade de delegação de um ente federado para 
outro. 
Facultatividade: A criação do tributo corresponde a faculdade exercida 
pelo ente federado, conforme seus interesses políticos e econômicos. 
Privatividade: A Constituição especifica a competência de cada ente 
federado, que não podem invadir as competências uns dos outros. 
Limitada: A criação dos tributos deve respeitar a reserva legal, as demais 
regras e princípios constitucionais e sua definição depende de lei que 
determine e descreva seus elementos fundamentais. 
3. Limitações constitucionais ao poder de tributar 
O poder de tributar não é ilimitado e como tal encontra limites em 
regras e princípios de Direito. As regras correspondem a normas expressas e 
objetivas, que cabem em situações específicas. Os princípios são a base do 
ordenamento jurídico ou, nas palavras de Celso Antônio Bandeira de Mello o 
“mandamento nuclear de um sistema, verdadeiro alicerce dele, disposição 
fundamental que se irradia sobre diferentes normas compondo-lhe o espírito 
e servindo de critério para sua exata compreensão e inteligência exatamente 
por definir a lógica e a racionalidade do sistema normativo” (2001, p. 772). 
Alguns dos principais princípios serão analisados neste capítulo. 
3.1. Princípio da legalidade 
 
 
6 Direito Empresarial – Unidade nº 4 – SistemaTributário Nacional 
Pressupõe que não há tributo sem lei anterior que o preveja. O termo 
“lei” deve ser entendido em sentido mais amplo, como norma derivada do 
processo legislativo, que deve descrever as situações de incidência dos 
tributos, forma de cobrança, montantes e características gerais que 
possibilitem sua cobrança. 
3.2. Princípio da capacidade contributiva 
Trata-se de critério democrático que tem como objetivo impedir imposições 
excessivas, de caráter confiscatório aos cidadãos. Isso significa que sempre que 
possível, os impostos terão caráter pessoal e serão graduados segundo a capacidade 
econômica do contribuinte, facultado à administração identificar, respeitados os 
direitos individuais e nos termos da lei, o patrimônio, os rendimentos e as atividades 
econômicas do contribuinte (art. 145, §1º, CRFB, 1988). 
Por outro lado, quando não for possível a atribuição de caráter pessoal aos 
impostos, será aplicado caráter real, ou seja, não levarão em consideração a 
pessoalidade do sujeito, mas sim determinado bem ou coisa (SILVA, 2014, p. 63). 
Assim, o princípio da capacidade contributiva busca preservar a harmonia das 
cobranças, de acordo com a capacidade de contribuição de cada contribuinte. 
3.3. Princípio da igualdade/isonomia 
Dentre as limitações ao poder de tributar encontra-se o Princípio da 
igualdade/isonomia, que significa que sem prejuízo de outras garantias asseguradas 
ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios 
instituir tratamento desigual entre contribuintes que se encontrem em situação 
equivalente, proibida qualquer distinção em razão de ocupação profissional ou 
função por eles exercida, independentemente da denominação jurídica dos 
rendimentos, títulos ou direitos (art. 150, CRFB, 1988). 
Assim, pressupõe-se a criação de tributos que respeitem não apenas a 
igualdade formal, mas também material entre os contribuintes. 
3.4. Princípio do não-confisco 
A carga tributária deve se manter no limite do razoável, de forma que preserve 
o patrimônio do contribuinte, sem implicar no fim de suas atividades por causa dos 
tributos. 
3.5. Princípio da irretroatividade 
 
 
7 Direito Empresarial – Unidade nº 4 – Sistema Tributário Nacional 
Não há tributo sem lei anterior que o crie, por isso, a regra do Direito 
Tributário é da irretroatividade da norma. Suas exceções encontram-se no art. 106 do 
CTN, que dispõe sobre a possibilidade de retroação nas seguintes hipóteses: 
 Quando a norma for interpretativa, excluída a aplicação de 
penalidade à infração dos dispositivos interpretados; 
 Tratando-se de ato não definitivamente julgado: 
a) quando deixe de defini-lo como infração; 
b) quando deixe de tratá-lo como contrário a qualquer 
exigência de ação ou omissão, desde que não tenha sido 
fraudulento e não tenha implicado em falta de 
pagamento de tributo; 
c) quando lhe comine penalidade menos severa que a 
prevista na lei vigente ao tempo da sua prática. 
Trata-se de princípio que busca oferecer segurança jurídica à “população no 
que se refere aos seus direitos e deveres, de forma que todos saibam 
antecipadamente o que devem fazer e quais são os limites de atuação das outras 
pessoas e do Estado” (HACK, 2015, p.77). 
3.6. Princípio da anterioridade ou não-surpresa do contribuinte 
Trata-se de princípio que visa garantir segurança jurídica aos 
contribuintes em relação ao tempo, de forma que relaciona a data da 
publicação da lei e a cobrança do tributo que foi instituído ou majorado. 
Por tal dispositivo, em certas situações “o tributo deve ser cobrado 
apenas a partir do exercício financeiro seguinte em que foi publicada a lei”. 
Trata-se da anterioridade do exercício financeiro. Além da observância da 
regra mencionada há ainda o dever de respeitar o lapso temporal de 90 dias 
após a publicação da lei que criou ou aumentou o tributo. Trata-se da 
denominada anterioridade nonagesimal ou noventena (HACK, 2015, p.78 e 79). 
Consigne-se que o exercício financeiro no Brasil coincide com o período 
de um ano, que vai de 1º de janeiro e 31 de dezembro. 
 
 
8 Direito Empresarial – Unidade nº 4 – Sistema Tributário Nacional 
Importante observar que nem todos os impostos são obrigados a respeitar o 
princípio da anterioridade, sendo que aqueles tributos cuja natureza é de 
extrafiscalidade não estão subordinados a ele. Vejamos: 
Exceções ao princípio da anterioridade – Exercício seguinte e nonagesimal: 
II, IE, IOF, Imposto Extraordinário de Guerra, Empréstimo Compulsório 
guerra/calamidade. 
Exceções ao princípio da anterioridade – Exceção apenas ao exercício financeiro: 
IPI, Contr. Seguridade Social, restabelecimento de alíquota ICMS-monofásico, 
restabelecimento alíquota CIDE-combustíveis. 
Exceções ao princípio da anterioridade – Exceção apenas à nonagesimal 
IR, base de cálculo IPVA, base de cálculo IPTU. 
Os demais tributos ficam vinculados a ambas as regras da anterioridade. 
3.7. Princípio da liberdade de tráfego 
É vedado o estabelecimento de limitações ao tráfego de pessoas ou bens, por 
meio de tributos interestaduais ou intermunicipais, ressalvada a cobrança de pedágio 
pela utilização de vias conservadas pelo Poder Público (art. 150, V, CRFB, 1988). 
3.8. Princípio da generalidade 
O tributo é fixado em abstrato, o que significa que deve ser fixado de forma 
geral e abranger toda e qualquer pessoa que possuir capacidade contributiva (art. 
153, § 2º, I, CRFB, 1988). 
3.9. Princípio da uniformidade 
Os tributos devem ser uniformes em todo território nacional. Por este 
princípio é vedado à União instituir tributo não uniforme no território nacional, o que 
garante a não discriminação de Estado em relação a outros e geraria verdadeira 
guerra fiscal e afronta ao princípio do equilíbrio federal (RUSSO. P. 129). 
Nesse sentido se manifesta o art. 151, I da CRFB (1988), vejamos: 
Art. 151. É vedado à União: 
 
 
9 Direito Empresarial – Unidade nº 4 – Sistema Tributário Nacional 
I - instituir tributo que não seja uniforme em todo o território 
nacional ou que implique distinção ou preferência em relação 
a Estado, ao Distrito Federal ou a Município, em detrimento de 
outro, admitida a concessão de incentivos fiscais destinados a 
promover o equilíbrio do desenvolvimento socioeconômico 
entre as diferentes regiões do País; 
Perceba-se que o artigo ressalva a possibilidade de a União exercer política de 
incentivos fiscais para promover o equilíbrio entre as regiões do País, o que não 
contraria o princípio da uniformidade, mas solidifica o princípio da igualdade entre os 
entes federados. 
3.10. Princípio da progressividade 
De acordo com este princípio a alíquota cresce à medida que se eleva a 
quantidade ou valor da coisa tributada, em contraste com a relação constante dos 
impostos simplesmente proporcionais. Os tributos podem ser fiscais ou extrafiscais. 
Fiscal: A alíquota varia em função do aumento da base de cálculo. Vejamos o 
tema na Constituição da República Federativa do Brasil: 
Art. 156. Compete aos Municípios instituir 
impostos sobre: 
I - propriedade predial e territorial urbana; 
§ 1º Sem prejuízo da progressividade no tempo a 
que se refere o art. 182, § 4º, inciso II, o imposto previsto 
no inciso I poderá: 
I - ser progressivo em razão do valor do imóvel; e 
II - ter alíquotas diferentes de acordo com a 
localização e o uso do imóvel (CRFB, 1988). 
Ou seja, quem tem mais, paga mais. 
Extrafiscal: Alíquota em função do princípio da função social. Nesses casos o 
objetivo do Estado não é apenas a arrecadação, mas também a regulação da 
economia ou do aproveitamento de imóveis rurais. Nesse sentido, a título deexemplo, a Constituição da República apresenta: 
 
 
10 Direito Empresarial – Unidade nº 4 – Sistema Tributário Nacional 
Art. 182. A política de desenvolvimento urbano, executada pelo 
Poder Público municipal, conforme diretrizes gerais fixadas em 
lei, tem por objetivo ordenar o pleno desenvolvimento das 
funções sociais da cidade e garantir o bem- estar de seus 
habitantes. 
§ 4º É facultado ao Poder Público municipal, mediante lei 
específica para área incluída no plano diretor, exigir, nos 
termos da lei federal, do proprietário do solo urbano não 
edificado, subutilizado ou não utilizado, que promova seu 
adequado aproveitamento, sob pena, sucessivamente, de: 
I - parcelamento ou edificação compulsórios; 
II - imposto sobre a propriedade predial e territorial urbana 
progressivo no tempo; 
III - desapropriação com pagamento mediante títulos da dívida 
pública de emissão previamente aprovada pelo Senado 
Federal, com prazo de resgate de até dez anos, em parcelas 
anuais, iguais e sucessivas, assegurados o valor real da 
indenização e os juros legais. (CRFB) [grifo nosso]. 
Ou seja, opera de acordo com a necessidade do Estado. 
3.11. Princípio da não-cumulatividade 
Nos tributos indiretos, com incidência em etapas sucessivas, compensa-
se o que for devido em cada operação com o montante cobrado 
anteriormente. 
Assim, o valor recolhido nas operações anteriores serve de crédito nas 
operações seguintes. 
Trata-se de princípio de aplicação obrigatória no IPI, ICMS, nos Impostos 
Residuais e nas Contribuições Sociais de Seguridade Residuais. 
4. Principais espécies tributárias 
Conforme entendimento do Supremo Tribunal Federal há cinco 
espécies de tributos, quais sejam impostos, taxas, contribuições de melhoria, 
 
 
11 Direito Empresarial – Unidade nº 4 – Sistema Tributário Nacional 
empréstimos compulsórios e contribuições especiais. Estudaremos as quatro 
espécies mais relevantes ao empreendedor. 
4.1. Impostos 
Imposto é o tributo cuja obrigação tem por fato gerador uma situação 
independente de qualquer atividade estatal específica, relativa ao contribuinte 
(art. 16, CTN). Isso significa dizer que seu fato gerador é não vinculado, ou seja, 
tem como fato gerador uma situação ou um fato relativo ao particular, como 
por exemplo ser proprietário de um veículo automotor (IPVA) ou proprietário 
de um imóvel (IPTU). 
São tributos de competência privativa de cada ente federado e sua 
destinação não é afetada por órgão, despesa ou fundos, o que significa dizer 
que a receita auferida pela Fazenda Pública não é atrelada a uma determinada 
despesa autorizada, deixado livre sua utilização de acordo com a conveniência 
e necessidades do ente federativo. 
4.2. Taxas 
Trata-se de tributo de competência comum entre União, Estados, 
Distrito Federal e Municípios, que instituem as taxas pela prestação de 
serviço público ou exercício do poder de polícia (art. 145, CRFB). 
O fato gerador das taxas abarca o exercício do poder de polícia ou a 
utilização, efetiva ou potencial, de serviços públicos específicos e divisíveis, 
prestados ao contribuinte ou postos a sua disposição (art. 145, II, CRFB, 
1988). 
Como regra geral sua destinação não é afetada, devendo os créditos 
advindos das obrigações tributárias comporem o orçamento público para 
utilização, de acordo com a necessidade e interesse do ente federativo 
correspondente. Por outro lado, a norma poderá vinculá-la, desde que o faça 
com relação ao mesmo serviço ou exercício do poder de polícia que 
ocasionou o pagamento. A título de exemplo, a Constituição em seu art. 98 
destina as taxas correspondentes a custas e emolumentos a custeio 
exclusivo de serviços afetos às atividades específicas da Justiça. 
 
 
12 Direito Empresarial – Unidade nº 4 – Sistema Tributário Nacional 
Os serviços prestados são aqueles específicos e divisíveis, ainda que 
apenas colocados à disposição, como por exemplo a taxa de incêndio, de 
coleta de lixo ou de esgoto sanitário. 
Para uma melhor compreensão das hipóteses da aplicação das taxas, 
importante se faz a compreensão sobre Poder de Polícia. 
Nesse sentido, 
[...] considera-se poder de polícia atividade da administração 
pública que, limitando ou disciplinando direito, interesse ou 
liberdade, regula a prática de ato ou abstenção de fato, em 
razão de interesse público concernente à segurança, à 
higiene, à ordem, aos costumes, à disciplina da produção e 
do mercado, ao exercício de atividades econômicas 
dependentes de concessão ou autorização do Poder Público, 
à tranquilidade pública ou ao respeito à propriedade e aos 
direitos individuais ou coletivos (art. 78, CTN). 
Ou seja, há cobrança de taxa nos casos do exercício de poder de 
polícia como, por exemplo, na expedição de alvarás, taxas de fiscalização de 
controle e fiscalização ambiental, fiscalização sanitária, dentre outros. 
Por fim, as principais características das taxas, segundo a professora 
Fabiana Alves Pinto (2012, p. 12) são: 
a) Possuem como fato imponível fatos de conteúdo 
econômico (verbo mais complemento); b) vinculados a uma 
contraprestação estatal; c) desvinculados de qualquer 
prestação financeira mediata ou futura por parte do poder 
público; d) destinação específica ao pagamento das despesas 
e estrutura necessária para a prestação de serviço público; e) 
objetiva remunerar o Poder Público pela prestação de 
serviços específica e divisível, prestado ou posto à disposição 
do contribuinte; f) evitar gastos do orçamento com a 
prestação de serviços públicos de interesse particular; g) 
caráter fiscal; h) competência constitucional (PINTO, 2012 p. 
12). 
Assim, a taxa é uma “espécie tributária vinculada a uma 
contraprestação estatal” (PINTO, 2012, p. 12) 
 
 
13 Direito Empresarial – Unidade nº 4 – Sistema Tributário Nacional 
4.3. Contribuições de Melhoria 
A contribuição de melhoria é instituída para fazer face ao custo de 
obras públicas de que decorra valorização imobiliária, tendo como limite total 
a despesa realizada e, como limite individual, o acréscimo de valor que da obra 
resultar para cada imóvel beneficiado (art. 81, CTN). 
Trata-se de tributo de competência comum, que pode ser instituído 
pela União, Estados, Distrito Federal e Municípios, de acordo com o ente que 
realizar obra que valorize bem imóvel do contribuinte. 
Tem como fato gerador vinculado à realização de obra pública que 
valorize o imóvel do contribuinte, razão pela qual é caracterizado como tributo 
vinculado. 
Cobrado apenas após o término da obra, sua destinação não é afetada, 
tendo em vista que seu objetivo precípuo é “recompor” os cofres públicos que 
dispenderam valores para realização da obra. 
Ademais, cumpre salientar que a contribuição relativa a cada imóvel 
deve ser determinada pelo rateio da parcela do custo da obra a que se refere 
à alínea “c”, do inciso I, pelos imóveis situados na zona beneficiada em função 
dos respectivos fatores individuais de valorização (art. 82, §1º, CTN). 
Por fim, por ocasião do respectivo lançamento, cada contribuinte deve 
ser notificado do montante da contribuição, da forma e dos prazos de seu 
pagamento e dos elementos que integram o respectivo cálculo (art. 82, §2º, 
CTN). 
4.4. Empréstimo Compulsório 
Trata-se de tributos instituídos privativamente pela União, mediante lei 
complementar para atender a despesas extraordinárias, decorrentes de 
calamidade pública, de guerra externa ou sua iminência; e no caso de 
investimento público de caráter urgente e de relevante interesse nacional (art. 
148, CTN). 
Seu fato gerador é definido em lei complementar e, tendo em vista se 
tratar de hipótese extraordinária,pode contar com mesma base de cálculo de 
imposto já existente. 
 
 
14 Direito Empresarial – Unidade nº 4 – Sistema Tributário Nacional 
Naturalmente sua destinação é afetada, uma vez que sua arrecadação 
necessariamente deve ter seu uso vinculado à situação que justifica a 
instituição da cobrança, seja a causa guerra, hipótese de calamidade ou 
investimento. 
Por se tratar de hipótese de empréstimo, a lei deve fixar, 
obrigatoriamente, o prazo do empréstimo e as condições de seu resgate, que 
deve ser realizado apenas em dinheiro (art. 15, CTN). 
5. Tributos em espécie 
Analisaremos agora alguns dos principais tributos em espécie, com foco 
nos impostos mais relacionados às atividades empresariais. 
5.1. Aquisição e alienação da propriedade 
Veremos a seguir uma listagem e detalhamento de tributos que recaem 
sobre a aquisição ou alienação de imóveis no Sistema Tributário Brasileiro. 
Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural - ITR 
Trata-se de imposto de caráter extrafiscal, que tem como objetivo 
“incentivar a utilização adequada da propriedade rural e do solo” (PINTO, 2012, 
p. 95). De competência da União, tem como fato gerador a propriedade, o 
domínio útil ou a posse de imóvel localizado fora da zona urbana do Município 
(art. 29, CTN). 
Sua base de cálculo é o valor fundiário do imóvel e seu contribuinte é o 
proprietário do imóvel, o titular de seu domínio útil ou seu possuidor a 
qualquer título (art. 31, CTN). Suas alíquotas são progressivas tendo em vista 
seu caráter extrafiscal (art. 153, §4º, CF/88). 
Apesar da competência da União, pode o Município se responsabilizar 
pela fiscalização e arrecadação do valor correspondente sobre o tributo, caso 
em que o município tem, em troca, a totalidade dos valores arrecadados, ao 
contrário do que ocorre quando União arrecada, caso em que compete ao 
Município apenas 50% desse valor (PINTO, 2012, p. 95). 
Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana – IPTU 
 
 
15 Direito Empresarial – Unidade nº 4 – Sistema Tributário Nacional 
Sendo de natureza fiscal, é imposto de competência dos Municípios e 
tem como fato gerador a propriedade, o domínio útil ou a posse de bem 
imóvel por natureza ou por acessão física, localizado na zona urbana do 
Município (art. 32, CTN). 
O contribuinte é o proprietário do imóvel, o titular do seu domínio útil, 
ou o seu possuidor a qualquer título (art. 34, CTN). 
Sua base de cálculo é o valor venal do imóvel, sendo que para sua 
determinação não se considera o valor dos bens móveis mantidos, em caráter 
permanente ou temporário, no imóvel, para efeito de sua utilização, 
exploração, aformoseamento ou comodidade (art. 33, CTN). As alíquotas do 
IPTU são estabelecidas em lei municipal. 
5.2. Renda 
Neste tópico veremos o detalhamento relativo ao imposto que recai 
sobre os diferentes tipos de renda e provento. 
Imposto sobre a Renda e Proventos de Qualquer Natureza - IR 
Trata-se de imposto de natureza fiscal, de competência da União, sobre 
a renda e proventos de qualquer natureza, que tem como fato gerador a 
aquisição da disponibilidade econômica ou jurídica de renda, assim entendido 
o produto do capital, do trabalho ou da combinação de ambos; e demais 
proventos de qualquer natureza (art. 43, CTN). 
Sua base de cálculo é o montante, real, arbitrado ou presumido, da 
renda ou dos proventos tributáveis e seu contribuinte é o titular da 
disponibilidade da respectiva renda, sem prejuízo de atribuir a lei essa 
condição ao possuidor, a qualquer título, dos bens produtores de renda ou 
dos proventos tributáveis. Suas alíquotas devem ser previstas em lei, 
progressivas em relação às pessoas físicas e fixadas com base no lucro real, 
presumido ou arbitrado, em relação às pessoas jurídicas, com a possibilidade 
de incidência de alíquota adicional caso ultrapassado montante previsto em 
lei. 
Vale a pontar que a incidência do imposto independe da denominação 
da receita ou do rendimento, da localização, condição jurídica ou 
nacionalidade da fonte, da origem e da forma de percepção, sendo que na 
 
 
16 Direito Empresarial – Unidade nº 4 – Sistema Tributário Nacional 
hipótese de receita ou de rendimento oriundos do exterior, a lei estabelecerá 
as condições e o momento em que se dará sua disponibilidade, para fins de 
incidência do imposto referido neste artigo (art. 43, §§1º e 2º, CTN). 
5.3. Consumo 
Neste tópico veremos uma listagem e detalhamentos de impostos que 
recaem sobre as relações de consumo no Sistema Tributário Brasileiro. 
Imposto sobre Produtos Industrializados - IPI 
Imposto de competência da União, tem como fato gerador o seu 
desembaraço aduaneiro, quando de procedência estrangeira, que contará 
com base de cálculo sobre o preço normal do produto, acrescido do montante 
do imposto sobre a importação; das taxas exigidas para entrada do produto 
no País; ou dos encargos cambiais efetivamente pagos pelo importador ou 
dele exigíveis (art. 46 e 47, CTN). 
Outro fato gerador é sua saída dos estabelecimentos de importador, 
industrial, comerciante ou arrematante. Nesse caso, sua base de cálculo é o 
valor da operação de que decorrer a saída da mercadoria; e, na falta, o preço 
corrente da mercadoria, ou sua similar, no mercado atacadista da praça do 
remetente (art. 46 e 47, CTN). 
Por fim, ainda pode apresentar como base de cálculo sua arrematação, 
quando determinado bem for apreendido ou abandonado e levado a leilão, 
caso em que sua base de cálculo será o preço da arrematação (art. 46 e 47, 
CTN). 
Suas alíquotas são fixadas de maneira seletiva, em função da 
essencialidade do produto, nos termos do art. 153, §3º, CTN. 
Saliente-se que apenas é “considerado industrializado produto que, de 
alguma forma, sofre transformação, montagem ou beneficiamento, ou seja, 
que de alguma forma tenha sido alterado ou acrescentado alguma coisa ao 
seu conteúdo” (PINTO, 2012, p. 90). 
O contribuinte do imposto é o importador ou quem a lei a ele 
equiparar; o industrial ou quem a lei a ele equiparar; o comerciante de 
produtos sujeitos ao imposto, que os forneça aos contribuintes definidos no 
inciso anterior; ou o arrematante de produtos apreendidos ou abandonados, 
 
 
17 Direito Empresarial – Unidade nº 4 – Sistema Tributário Nacional 
levados a leilão. E, para os efeitos deste imposto, considera-se contribuinte 
autônomo qualquer estabelecimento de importador, industrial, comerciante 
ou arrematante. 
Aplica-se ao imposto o Princípio da não-cumulatividade, de forma que o 
montante devido deve resultar da diferença a maior, em determinado período, 
entre o imposto referente aos produtos saídos do estabelecimento e o pago 
relativamente aos produtos que nele entrarem, sendo que o saldo verificado, 
em determinado período, em favor do contribuinte transfere-se para o 
período ou períodos seguintes. (art. 49, CTN). Isso significa que o imposto, “por 
ter caráter não cumulativo, deverá repassar seu valor, como uma espécie de 
compensação ao sujeito seguinte da cadeia e assim por diante, até que o 
referido produto não passe mais por processo de industrialização” (PINTO, 
2012, p. 90). 
Ademais, trata-se de imposto seletivo em função da essencialidade dos 
produtos, o que significa dizer que produtos mais importantes, como aqueles 
usados para subsistência como arroz e feijão, são menos tributados do que 
aqueles produtos cuja importância é menor ao dia-a-dia, como carros e 
cigarros. 
Imposto sobre operações relativas à circulação de mercadorias e sobre 
prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de 
comunicação - ICMS 
Trata-se de imposto de competência estadual, ainda que as operaçõese as prestações se iniciem no exterior, que incide sobre 
I - operações relativas à circulação de mercadorias, inclusive o 
fornecimento de alimentação e bebidas em bares, 
restaurantes e estabelecimentos similares; 
II - prestações de serviços de transporte interestadual e 
intermunicipal, por qualquer via, de pessoas, bens, 
mercadorias ou valores; 
III - prestações onerosas de serviços de comunicação, por 
qualquer meio, inclusive a geração, a emissão, a recepção, a 
transmissão, a retransmissão, a repetição e a ampliação de 
comunicação de qualquer natureza; 
 
 
18 Direito Empresarial – Unidade nº 4 – Sistema Tributário Nacional 
IV - fornecimento de mercadorias com prestação de serviços 
não compreendidos na competência tributária dos Municípios; 
V - fornecimento de mercadorias com prestação de serviços 
sujeitos ao imposto sobre serviços, de competência dos 
Municípios, quando a lei complementar aplicável 
expressamente o sujeitar à incidência do imposto estadual 
(art. 2º, lei complementar 87 de 1996). 
 § 1º O imposto incide também: 
I – sobre a entrada de mercadoria ou bem importados do 
exterior, por pessoa física ou jurídica, ainda que não seja 
contribuinte habitual do imposto, qualquer que seja a sua 
finalidade; 
II - sobre o serviço prestado no exterior ou cuja prestação se 
tenha iniciado no exterior; 
III - sobre a entrada, no território do Estado destinatário, de 
petróleo, inclusive lubrificantes e combustíveis líquidos e 
gasosos dele derivados, e de energia elétrica, quando não 
destinados à comercialização ou à industrialização, 
decorrentes de operações interestaduais, cabendo o imposto 
ao Estado onde estiver localizado o adquirente. 
Saliente-se que a caracterização do fato gerador independe da natureza 
jurídica da operação que o constitua (art. 2º, lei complementar 87 de 1996). 
Sua base de cálculo corresponde ao valor de saída da mercadoria e sua 
alíquota é fixada pela legislação estadual, geralmente definida em 17% ou 18% 
(art. 155, §2º, CRFB). 
Trata-se de imposto pautado pelo princípio da não-cumulatividade 
razão pela qual pode o contribuinte creditar do valor do ICMS pago na 
operação anterior, seja qual for sua modalidade (PINTO, 2012, p. 100). 
Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza – ISSQN 
O Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza, de competência dos 
Municípios e do Distrito Federal, tem como fato gerador a prestação de 
serviços definidos em Lei Complementar n. 116/2003, ainda que esses não se 
 
 
19 Direito Empresarial – Unidade nº 4 – Sistema Tributário Nacional 
constituam como atividade preponderante do prestador. Trata-se de definição 
taxativa, que exclui qualquer serviço fora do rol determinado. 
Seu caráter é “arrecadatório ou fiscal devendo ser pago pelo prestador 
de serviços ao município do local de sua sede ou por eventual responsável 
descrito pela lei”. 
Sua base de cálculo é o preço do serviço prestado, com incidência 
cumulativa (art. 7º, Lei Complementar, 116/2003) e suas alíquotas são 
dispostas pelos municípios. 
Todas as especificidades sobre este tributo constam na Lei 
Complementar 116 de 2003. 
5.4. Comércio exterior 
Neste tópico, nossa listagem e detalhamento terão como objeto 
verificar os diferentes impostos pressupostos na legislação brasileira e que 
regulamentam atividades ligadas ao comércio exterior. 
Impostos sobre a Importação - II 
Trata-se de imposto de competência da União, sobre a importação de 
produtos estrangeiros, que tem como fato gerador a entrada destes no 
território nacional (art. 19, CTN). 
Sua base de cálculo é: 
I - quando a alíquota seja específica, a unidade de 
medida adotada pela lei tributária; 
II - quando a alíquota seja ad valorem, o preço normal 
que o produto, ou seu similar, alcançaria, ao tempo da 
importação, em uma venda em condições de livre 
concorrência, para entrega no porto ou lugar de entrada do 
produto no País; 
III - quando se trate de produto apreendido ou 
abandonado, levado a leilão, o preço da arrematação (art. 20, 
CTN). 
 
 
20 Direito Empresarial – Unidade nº 4 – Sistema Tributário Nacional 
O contribuinte do imposto é o importador ou quem a lei a ele 
equiparar; e, ainda, o arrematante de produtos apreendidos ou abandonados 
(art. 22, CTN). 
Pode-se considerar como momento em que o bem ingressa no 
território nacional como aquele em que “o contribuinte declara a respectiva 
importação e esta é submetida à análise da autoridade aduaneira”. Ademais, o 
ingresso dos bens deve ser definitivo para que seja passível de ser tributado 
(PINTO, 2012, p. 87). 
Por se tratar de um tributo com caráter de extrafiscalidade o Poder 
Executivo pode, nas condições e nos limites estabelecidos em lei, alterar as 
alíquotas ou as bases de cálculo do imposto, a fim de ajustá-lo aos objetivos 
da política cambial e do comércio exterior (art. 21, CTN). 
Imposto sobre a Exportação - IE 
Imposto, também de competência da União, opera sobre a exportação, 
para o estrangeiro, de produtos nacionais ou nacionalizados tem como fato 
gerador a saída destes do território nacional (art. 23, CTN). 
Sua base de cálculo dispõe o Código Tributário Nacional: 
I - quando a alíquota for específica, será a unidade de 
medida adotada pela lei tributária; 
II - quando a alíquota for ad valorem, o preço normal 
que o produto, ou seu similar, alcançaria, ao tempo da 
exportação, em uma venda em condições de livre 
concorrência. 
Parágrafo único. Para os efeitos do inciso II, considera-
se a entrega como efetuada no porto ou lugar da saída do 
produto, deduzidos os tributos diretamente incidentes sobre a 
operação de exportação e, nas vendas efetuadas a prazo 
superior aos correntes no mercado internacional o custo do 
financiamento (art. 24, CTN). 
A lei ainda pode adotar como base de cálculo a parcela do valor ou do 
preço apontados acima, excedente de valor básico, fixado de acordo com os 
critérios e dentro dos limites por ela estabelecidos (art. 24, CTN). 
 
 
21 Direito Empresarial – Unidade nº 4 – Sistema Tributário Nacional 
Nessa hipótese o contribuinte é o exportador ou quem a lei a ele 
equiparar (art. 27, CTN). 
Também em virtude de seu caráter extrafiscal, o Poder Executivo pode, 
nas condições e nos limites estabelecidos em lei, alterar as alíquotas ou as 
bases de cálculo do imposto, a fim de ajustá-los aos objetivos da política 
cambial e do comércio exterior. 
5.5. Mercado Financeiro 
Neste tópico, nossa listagem detalhará os impostos que recaem sobre 
as atividades ligadas ao setor financeiro, ao mercado, portanto, e que estão 
previstos na legislação brasileira. 
Imposto sobre Operações de Crédito, Câmbio e Seguro, e sobre 
Operações Relativas a Títulos e Valores Mobiliários - IOF 
Trata-se de imposto vinculado ao mercado financeiro, de competência 
da União, sobre operações de crédito, câmbio e seguro, e sobre operações 
relativas a títulos e valores mobiliários, que tem como fato gerador: 
I - quanto às operações de crédito, a sua efetivação pela 
entrega total ou parcial do montante ou do valor que constitua 
o objeto da obrigação, ou sua colocação à disposição do 
interessado; 
II - quanto às operações de câmbio, a sua efetivação pela 
entrega de moeda nacional ou estrangeira, ou de documento 
que a represente, ou sua colocação à disposição do 
interessado em montante equivalente à moeda estrangeira ou 
nacional entregue ou posta à disposição por este; 
III - quanto às operações de seguro, a sua efetivação pela 
emissão da apólice ou do documento equivalente, ou 
recebimento do prêmio, na forma da lei aplicável; 
IV - quanto às operações relativas a títulose valores 
mobiliários, a emissão, transmissão, pagamento ou resgate 
destes, na forma da lei aplicável. 
Parágrafo único. A incidência definida no inciso I exclui a 
definida no inciso IV, e reciprocamente, quanto à emissão, ao 
 
 
22 Direito Empresarial – Unidade nº 4 – Sistema Tributário Nacional 
pagamento ou resgate do título representativo de uma mesma 
operação de crédito (art. 63, CTN). 
Sua base de cálculo é: 
I - quanto às operações de crédito, o montante da obrigação, 
compreendendo o principal e os juros; 
II - quanto às operações de câmbio, o respectivo montante em 
moeda nacional, recebido, entregue ou posto à disposição; 
III - quanto às operações de seguro, o montante do prêmio; 
IV - quanto às operações relativas a títulos e valores 
mobiliários: 
a) na emissão, o valor nominal mais o ágio, se houver; 
b) na transmissão, o preço ou o valor nominal, ou o valor da 
cotação em Bolsa, como determinar a lei; 
c) no pagamento ou resgate, o preço (Art. 64, CTN). 
É mais um exemplo de extrafiscalidade de tributo, em que o Poder 
Executivo pode, nas condições e nos limites estabelecidos em lei, alterar as 
alíquotas ou as bases de cálculo do imposto, a fim de ajustá-lo aos objetivos 
da política monetária (art. 65, CTN). 
Por fim, cumpre apontar que o contribuinte do imposto é qualquer das 
partes na operação tributada, como dispuser a lei (Art. 66, CTN). 
6. Fato Gerador e Obrigação Tributária 
Fato gerador é a situação definida em lei que origina a obrigação 
tributária. Será fato gerador da obrigação principal a situação definida em lei 
como necessária e suficiente à sua ocorrência (art. 114, CTN). E será fato 
gerador da obrigação acessória qualquer situação que, na forma da legislação 
aplicável, imponha a prática (fazer) ou a abstenção (não fazer) de ato que não 
configure obrigação principal (art. 115, CTN). 
6.1. Obrigação Principal e obrigação acessória 
A obrigação tributária é principal ou acessória. 
 
 
23 Direito Empresarial – Unidade nº 4 – Sistema Tributário Nacional 
Obrigação principal é aquela que surge com a ocorrência do fato 
gerador e tem por objeto o pagamento de tributo ou penalidade pecuniária. 
Ou seja, trata-se de obrigação que tem como objetivo um pagamento em 
dinheiro aos cofres públicos e que se extingue com o crédito dela decorrente 
(art. 113, §1º, CTN). 
A obrigação acessória, por outro lado, decorre da legislação tributária e 
tem por objeto as prestações, positivas ou negativas, nela previstas no 
interesse da arrecadação ou da fiscalização dos tributos. Significa dizer que se 
referem a obrigações de fazer ou não fazer, como é o caso de emissão de nota 
fiscal, por exemplo (art. 113, §2º, CTN). 
Apesar da nomenclatura sugerir que obrigações principais e acessórias 
seriam necessariamente conectadas, não é a realidade, uma vez que ambas 
obrigações são independentes uma da outra, de forma que cada qual, se não 
cumprida, ensejará repercussões legais próprias no que se refere a eventual 
cumprimento. 
Assim, a obrigação acessória, pelo simples fato da sua inobservância, 
converte-se em obrigação principal relativamente à penalidade pecuniária, 
exatamente por referirem-se a obrigações diferentes na relação tributária. 
6.2. Sujeitos da Relação Tributária 
O protagonismo da relação tributária é aferido aos sujeitos ativo e 
passivo. 
Sujeito ativo da obrigação é a pessoa jurídica de direito público, titular 
da competência para exigir o seu cumprimento, como é o caso da União, dos 
Estados, do Distrito Federal e Municípios, de acordo com sua competência ou 
eventual delegação (art. 120, CTN). 
6.3. Sujeito Passivo 
Sujeito passivo da obrigação principal é a pessoa obrigada ao 
pagamento de tributo ou penalidade pecuniária, que será o próprio 
contribuinte, quando tenha relação pessoal e direta com a situação que 
constitua o respectivo fato gerador; ou a figura do responsável, quando, sem 
revestir a condição de contribuinte, sua obrigação decorra de disposição 
expressa de lei (art. 121, CTN). 
 
 
24 Direito Empresarial – Unidade nº 4 – Sistema Tributário Nacional 
Por outro lado, o sujeito passivo da obrigação acessória é a pessoa 
obrigada às prestações que constituam o seu objeto (art. 122). 
A capacidade tributária passiva independe da capacidade civil das 
pessoas naturais; de achar-se a pessoa natural sujeita a medidas que 
importem privação ou limitação do exercício de atividades civis, comerciais ou 
profissionais ou da administração direta de seus bens ou negócios; ou mesmo 
de estar a pessoa jurídica regularmente constituída, bastando que configure 
uma unidade econômica ou profissional (art. 126, CTN). 
Imprescindível apontar que é a lei que define o sujeito passivo das 
obrigações tributárias, de forma que eventuais convenções particulares, 
relativas à responsabilidade pelo pagamento de tributos, não podem ser 
opostas à Fazenda Pública para modificar a definição legal do sujeito passivo 
das obrigações tributárias correspondentes (art. 123, CTN). Isso significa dizer, 
por exemplo, que em um contrato de locação de imóveis, ainda que as partes 
acordem que o pagamento relativo ao IPTU corresponde à obrigação a ser 
cumprida pelo inquilino, referida cláusula só terá validade entre as partes 
contratantes e não perante o fisco, que deve buscar o cumprimento da 
obrigação perante o proprietário do imóvel, por ser este o sujeito passivo 
definido em lei . 
7. Solidariedade 
Obrigação solidária é aquela que se caracteriza pela pluralidade 
subjetiva – ativa ou passiva -; nelas, cada um dos obrigados possui direitos e 
obrigações à totalidade da prestação, como se fosse unos (CORTEZ, 2010, p. 
131). 
Assim, são solidariamente obrigadas ao pagamento dos tributos as 
pessoas que tenham interesse comum na situação que constitua o fato 
gerador da obrigação principal e aquelas expressamente designadas por lei 
(art. 124, CTN). 
Nesse sentido, 
Art. 125. Salvo disposição de lei em contrário, são os seguintes 
os efeitos da solidariedade: 
 
 
25 Direito Empresarial – Unidade nº 4 – Sistema Tributário Nacional 
I - o pagamento efetuado por um dos obrigados aproveita aos 
demais; 
II - a isenção ou remissão de crédito exonera todos os 
obrigados, salvo se outorgada pessoalmente a um deles, 
subsistindo, nesse caso, a solidariedade quanto aos demais 
pelo saldo; 
III - a interrupção da prescrição, em favor ou contra um dos 
obrigados, favorece ou prejudica aos demais. 
Assim, a solidariedade, seja legal ou em virtude de interesse comum na 
situação que constitua o fato gerador da obrigação principal, obriga mais de 
uma pessoa ao pagamento da totalidade de determinado tributo. 
8. Extinção da Relação Tributária 
A extinção da relação tributária refere-se às hipóteses que põe fim ao 
vínculo entre o fisco e o contribuinte e são dispostas expressamente no art. 
156, do Código Tributário Nacional. Iremos nos aprofundaremos nas formas 
mais relevantes ao empreendedor e mencionaremos as demais. 
8.1. Pagamento 
A primeira forma de extinção que será abordada é o pagamento, forma 
mais usual de extinção do crédito tributário, se caracteriza pela entrega, por 
parte do contribuinte, de quantia correspondente ao crédito tributário ao 
fisco. 
O pagamento, apesar de se tratar da forma mais comum de extinção do 
crédito tributário conta com algumas regras específicas no CTN. 
1. Em primeiro lugar, importa apontar que a imposição de penalidade 
não ilide o pagamento integral do crédito tributário, ou seja, o pagamento do 
tributo não pressupõe o pagamento da multa, muito menos sua extinção. 
Tratam-se de obrigações diferentes e como tal devem ser cumpridas(art. 157, 
CTN). 
2. O pagamento de um crédito não importa na presunção do 
pagamento de sua totalidade, se parcial, ou de outros créditos, ainda que 
referentes ao mesmo ou a outros tributos (art. 158, CTN). 
 
 
26 Direito Empresarial – Unidade nº 4 – Sistema Tributário Nacional 
3. Quando a legislação tributária não dispuser a respeito, o pagamento 
é efetuado na repartição competente do domicílio do sujeito passivo (art. 159, 
CTN). 
4. Quando a legislação tributária não fixar o tempo do pagamento, o 
vencimento do crédito ocorre trinta dias depois da data em que se considera 
o sujeito passivo notificado do lançamento. Observe-se que a regra é a fixação 
do prazo para pagamento fixado por lei, que também pode conceder 
desconto pela antecipação do pagamento, nas condições que estabeleça (art. 
160). 
5. O crédito não integralmente pago no vencimento é acrescido de juros 
de mora, seja qual for o motivo determinante da falta, sem prejuízo da 
imposição das penalidades cabíveis e da aplicação de quaisquer medidas de 
garantia previstas nesta Lei ou em lei tributária (art. 161, CTN). 
6. Cabe à lei fixar os juros de mora, caso contrário os juros devem ser 
calculados à taxa de um por cento ao mês. Art. 161, 𝟏º, CTN) 
7. O pagamento deve ser feito em dinheiro (art. 162, CTN) e caso seja 
realizado através de cheque, somente se considera extinto com o resgate 
deste pelo fisco. 
8. Existindo simultaneamente dois ou mais débitos vencidos do mesmo 
sujeito passivo para com a mesma pessoa jurídica de direito público, relativos 
ao mesmo ou a diferentes tributos ou provenientes de penalidade pecuniária 
ou juros de mora, a autoridade administrativa competente para receber o 
pagamento determinará o pagamento em primeiro lugar, relativo aos débitos 
por obrigação própria, e em segundo lugar aos decorrentes de 
responsabilidade tributária; depois, as contribuições de melhoria, taxas e por 
fim impostos, nesta ordem; na ordem crescente dos prazos de prescrição, ou 
seja, os mais antigos têm preferência em relação aos mais novos; e na ordem 
decrescente dos montantes, o que significa dizer que os de maior valor têm 
preferência em relação aos de menor valor. Na prática o fisco não aplica esta 
regra, uma vez que os pagamentos atualmente são pagos nos bancos e já têm 
destinação específica. 
8.2. Pela compensação 
 
 
27 Direito Empresarial – Unidade nº 4 – Sistema Tributário Nacional 
Ocorre quando o fisco e o contribuinte são ao mesmo tempo 
devedores entre si. Nesses casos é possível a compensação dos débitos, de 
forma que a fazenda pública abate do montante a receber o que lhe é devido. 
A possibilidade deve ser prescrita em lei que autorize a compensação 
de créditos tributários com créditos líquidos e certos, vencidos ou vincendos, 
do sujeito passivo contra a Fazenda pública (art. 170, CTN). 
Mister salientar que a hipótese é vedada antes do trânsito em julgado 
de respectiva decisão judicial, se o tributo for objeto de contestação judicial 
pelo sujeito passivo (art. 170-A, CTN). 
III - a transação; 
Trata-se de acordo entre o Poder Público e o contribuinte, desde que 
autorizado por lei, após a instauração do litígio, mediante concessões mútuas, entre 
os litigantes. 
IV - remissão; 
Trata-se do perdão da obrigação tributária, autorizado por lei, seja em 
sua forma total ou parcial, desde que atenda: 
I - à situação econômica do sujeito passivo; 
II - ao erro ou ignorância excusáveis do sujeito passivo, quanto 
a matéria de fato; 
III - à diminuta importância do crédito tributário; 
IV - a considerações de eqüidade, em relação com as 
características pessoais ou materiais do caso; 
V - a condições peculiares a determinada região do território 
da entidade tributante (art. 172, CTN). 
Na prática dificilmente se faz possível a extinção por remissão, uma vez que a 
Fazenda Pública, para isso, deve comprovar que o perdão não causará prejuízos nas 
contas públicas. 
V - a prescrição e a decadência; 
Ambos institutos se referem à inércia da Fazenda Pública. 
 
 
28 Direito Empresarial – Unidade nº 4 – Sistema Tributário Nacional 
A decadência corresponde à perda do Direito em si da Fazenda Pública 
buscar créditos tributários pendentes. Ou seja, é a perda do direito de 
constituir o crédito tributário, que se extingue após 5 (cinco) anos, contados: 
I - do primeiro dia do exercício seguinte àquele em que o 
lançamento poderia ter sido efetuado; 
II - da data em que se tornar definitiva a decisão que houver 
anulado, por vício formal, o lançamento anteriormente 
efetuado. 
Parágrafo único. O direito a que se refere este artigo extingue-
se definitivamente com o decurso do prazo nele previsto, 
contado da data em que tenha sido iniciada a constituição do 
crédito tributário pela notificação, ao sujeito passivo, de 
qualquer medida preparatória indispensável ao lançamento 
(art. 173, CTN). 
A prescrição, por outro lado, corresponde à perda da pretensão da 
Fazenda Pública em buscar os créditos tributários em juízo. Significa que a 
ação para a cobrança do crédito tributário prescreve em cinco anos, contados 
da data da sua constituição definitiva (art. 174). 
VI - a conversão de depósito em renda; 
Ocorre nas hipóteses em que o sujeito passivo deposita em juízo 
valores que considera devidos à Fazenda Pública com o intuito de questionar 
os valores sobre os quais está sendo cobrado. 
Nesses casos, após o trânsito em julgado os valores depositados são 
convertidos em renda. 
VII - o pagamento antecipado e a homologação do lançamento nos 
termos do disposto no artigo 150 e seus §§ 1º e 4º; 
VIII - a consignação em pagamento, nos termos do disposto no § 2º do 
artigo 164; 
IX - a decisão administrativa irreformável, assim entendida a definitiva 
na órbita administrativa, que não mais possa ser objeto de ação anulatória; 
X - a decisão judicial passada em julgado. 
 
 
29 Direito Empresarial – Unidade nº 4 – Sistema Tributário Nacional 
XI – a dação em pagamento em bens imóveis, na forma e condições 
estabelecidas em lei. 
Assim, ensejadas as hipóteses listadas, extingue-se o crédito tributário, 
e encerra-se eventual relação existente entre os sujeitos ativo e passivo. 
Síntese 
 Chegamos ao final de nossos estudos. Nesta ultima unidade nos 
debruçamos a respeito das questões basilares do direito tributário. 
Observamos a constituição do Sistema Tributário Brasileiro, as relações 
estabelecidas entre o Estado e os entes sujeitos à tributação. 
 Além disso, nos situamos quanto às diferentes situações que detém 
fato gerador de tributo e conhecemos as principais espécies de impostos no 
contexto brasileiros. Bem como as situações em que há extinção da relação 
tributária. E assim encerramos as questões básicas que são imprescindíveis 
para a introdução ao direito empresarial. 
 Nesta unidade você teve a oportunidade de: 
 Situar-se quanto ao Sistema Tributário Nacional e a conformação do 
poder de tributar do Estado; 
 Compreender as características atribuídas à administração para a 
competência tributária; 
 Observar os princípios que se consolidam como limitações 
constitucionais ao poder de tributar; 
 Conhecer e conceituar as principais espécies tributárias; 
 Estudar os conceitos de “Fato Gerador” e “Obrigação Tributária”; 
 Compreender as circunstâncias que supõe a obrigação solidária; 
 Estudar as circunstâncias que supõe a extinção da relação tributária. 
 
 
 
30 Direito Empresarial – Unidade nº 4 – Sistema Tributário Nacional 
Bibliografia: 
AMARO, Luciano. Direito Tributário Brasileiro. 23 ed. São Paulo: Saraiva. 2019. 
BRASIL. Constituição Federal de 1988. Promulgadaem 5 de outubro de 1988. 
Disponível em 
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Acesso realizado em 16 de abril de 2019. 
BRASIL. Lei Complementar n. 87 de 13 de setembro de 1996. Disponível em 
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BRASIL. Lei complementar 116 de 31 de julho de 2003. Disponível em 
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