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Trabalho Candidíase

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4 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
A candidíase é uma micose que atinge a superfície cutânea e/ou membranas 
mucosas, podendo resultar, por exemplo, em Candidíase oral, Candidíase vaginal, 
entre outros tipos de candidíase. Várias espécies de Candida são colonizadoras da 
microbiota normal da pele, do trato gastrointestinal e geniturinário. 
Como colonizadores, essas espécies não causam infecção a não ser que haja 
um desequilíbrio no mecanismo de defesa. A candidíase consiste em extensa 
variedade de síndromes clínicas causadas por um fungo de gênero Candida, onde a 
Candida albicans é a espécie que mais comumente causa a infecção no ser humano 
e a proposta do presente trabalho é mostrar de forma mais detalhada todos esses 
fatores. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5 
 
2 DESCRIÇÃO, SINONÍMIA E AGENTE ETIOLÓGICO 
 
2.0.1 Candidíase Oral 
 
Avrella, Goulart (2008), apud Melo, et al., (2014), descreve a candidíase como 
termo de um processo infeccioso causado por fungos do gênero Candida. Essas 
manifestações da doença variam de acordo com a região anatômica acometida, se 
divide em três grandes grupos: mucocutânea (mucosa bucal e vaginal), cutânea e 
sistêmica (comprometendo vários órgãos e/ou sistemas. 
Pereira, et al., (2008); Oliveira (2009), apud Melo, et al., (2014) dizem que esses 
fungos do gênero cândida são muito comuns, e que fazem parte da microbiota normal 
do organismo humano e podem ser isolados nas mais diversas regiões anatômicas, 
de 20% a 50 % dos que tem dentes saudáveis desenvolvem colonização por Candida 
ssp. 
De acordo com Regezi, Sciubba (2000), apud Melo, et al., (2014), esta infecção 
atinge principalmente as crianças e as pessoas idosas, numa freqüência de 5% de 
recém-nascidos e pacientes neoplásicos e 10% de idosos com a saúde frágil. 
Cawson, et al., (1997); Regezi, Sciubba (2000), apud Melo, et al., (2014) 
afirmam que essa infecção é comum em pacientes com leucemia em tratamento com 
rádio e quimioterapia (50%), pacientes que apresentam tumores sólidos (70%) e 
pacientes com o vírus HIV. 
Candidas albicans são fungos leveduriformes, cuja espécie mais 
conhecida e normalmente se associa com estados patológicos, onde pode 
encontrar outras espécies C.triipicalis, C glabrata e C krusei são identificadas 
com frequência. (AVRELLA; GOULART, 2008; CROCCO et al., 2004; 
FAVALESSA et al., 2010; FURLANETO, MAIA et al., 2007; GOMPERTZ et 
al., 2008; GOUVÊA-MONDIN, HÖFLING, 2005; JORGE et al., 1997; MÍMICA 
et al., 2009 apud MELO, 2014). 
 De acordo com Dongari-Bagtzoglou, et al., (2009); Moura (2005); Oliveira 
(2009), apud Melo (2014), as espécies do gênero candida vivem em equilíbrio 
dinâmico (parasitas) com o hospedeiro, mas quando essa harmonia é comprometida, 
doenças podem aparecer, uma manifestação inflamatória local ou micoses sistêmicas 
que podem levar a morte. 
Gompertz, et al., (2008); Neto, et al., (2005) apud Melo, et al., (2014), 
descrevem a candidíase oral, como estomatite cremosa ou no popular ‘sapinho’, que 
6 
 
é caracterizada por placas brancas isoladas ou agrupadas fixadas na mucosa. 
Apresentam aparência membranosa, e as vezes, são rodeados por halo eritematoso. 
D’Avila (2006); Pereira-Cenci (2008); Tavares (2009), apud Melo, et al., (2014) 
relata que indivíduos que usam prótese é conhecido como estomatite protética, 
candidíase atrofica ou estomatite por prótese. 
De acordo com Batista et al., (1999); D’Avila, (2006); Gusmão, (2007); Penha 
et al., (2000); Monroy, et al., (2005); Neto et al., (2005); Oliveira, (2009); Silva, et al., 
(2011), Tavares (2009); Vasconcelos, et al., (2010), apud Melo, et al., (2014), a 
estomatite por prótese significa uma condição patológica definida por processo 
inflamatório que afeta cerca de dois terços dos indivíduos, que usam prótese sendo a 
maioria mulheres. 
 
2.0.2 Candidíase Vulvovaginal e Perianal 
 
Segundo Sobel (1994), apud Costa, et al., (2003), a candidíase é uma infecção 
causada por fungos normalmente oportunistas podendo casualmente apresentar-se 
como primária, essas manifestações clinicas podem causar infecções superficiais ou 
espalhar-se, raramente provoca septicemia, endocardite e meningite e sua 
apresentação pode levar desde uma simples irritação e inflamação para supuração 
aguda ou crônica até uma resposta granulomatosa. 
 De acordo com Sobel, et al., (1998), apud Rosa, Rumel (2004), a chamada 
candidíase vulvovaginal é definida por uma inflamação da vagina devido à presença 
por Candida sp, pacientes podem ter ou não sintomas. 
Hurly (1981), apud Rosa, Rumel (2004), enfatizam que alguns microbiologistas 
concordam que a Candida possa ser encontrada na vagina fazendo parte da flora 
normal e não causam sintomas. 
Para De Pauw (2000), apud Costa, et al., (2003), o agente etiológico da 
candidíase são leveduras do gênero Candida que possui mais de duzentas espécies 
conhecidas. Apenas algumas delas são consideradas para o homem; C. albicans a 
mais conhecida, C. glabratta, C. tropicalis, C. krusei, C. parapsitosis, C. kefyr, C. 
guilliermondii, C. pseudotropicalis, C. dubliniensis e C. lusitaniae podendo aparecer 
como responsáveis por muitos casos de candidíase. 
De acordo com Wade (1993), apud Costa (2003), diversas espécie de Candida 
são encontradas como comensais (parasitas) ou podendo também ser isoladas do 
7 
 
solo, água e dos alimentos consequência da possível contaminação de origem 
humana ou animal. 
Segundo Calderone (2001); Drago, et al., (2000), apud Costa, et al., (2003) 
essas infecções no homem, na maioria das vezes, é de caráter endógeno. A 
integridade tecidual é mantida devido ao equilíbrio parasito-hospedeiro, e também 
pela manutenção da microbiota autóctone, pela resposta do próprio sistema imune do 
hospedeiro e ainda por fatores de capacidade de aderência e a produção de toxinas 
e enzimas. 
Fidel (2002), apud Holanda, et al., (2006), enfatizam que a candidíase 
vulvovaginal junto com a candidíase oral são consideradas as formas mais comuns 
de infecção por fungos oportunistas. 
Segundo Dan, et al., (2002); Martins, et al. (2004); Rivero, et al., (2003), apud 
Holanda, et al., (2006), muitos estudos apontam que C. albicans é mais frequente do 
que as não C. albicans, respondendo por 80 % a 90% dos casos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
8 
 
2.1 HOSPEDEIRO E RESERVATÓRIO: O HOMEM 
 
Segundo Winner, Hurley (1964), apud Álvares et al., (2007), as leveduras 
Candida estão amplamente distribuídas na natureza, ocupando diversos hábitats, ao 
contrário de outras espécies do gênero, de distribuição limitada. 
De acordo com Ghannoum, Radwan (2000), apud Álvares et al., (2007), C. 
albicans estão muito bem adaptadas ao corpo humano, por isso podem colonizá-lo 
sem produzir sinais de doença em condições de normalidade fisiológica. “Colonizam 
as mucosas de todos os seres humanos no decorrer ou pouco depois do nascimento, 
havendo sempre o risco de infecção endógena”. (BROOKS et al. 2000, apud 
ÁLVARES et al., 2007). 
 “As leveduras do gênero Candida, em particular a C. albicans, são patógenos 
oportunistas frequentemente isolados das superfícies mucosas de indivíduos 
normais”. (MORAGUES, 2003, apud ÁLVARES, et al. 2007). 
Fernandes, Machado, (1996); Nardin, (2000), apud Álvares, et al. (2007), 
ressaltam que a expressão da relação parasita/hospedeiro depende do balanço entre 
a virulência do microrganismo e as defesas do hospedeiro, como consequência, o 
tempo de incubação dificilmente pode ser precisado. Tanto fatores locais como 
sistêmicos podem contribuir paraa invasão tecidual por C. albicans e por leveduras 
não - C. albicans e do ponto de vista do hospedeiro, a colonização prévia por levedura 
e a posterior diminuição da capacidade de resposta imunológica observada em 
doenças imunossupressoras, DM, gestantes e usuárias crônicas de corticoides 
parecem favorecer a infecção. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
9 
 
2.2 VETORES 
 
Segundo a Sociedade Brasileira de Infectologia - 1980, (2019) os agentes 
causadores (patógeno e vetores) são: Candida albicans, Candida tropicalis e outras 
espécies de Candida, sendo a Candida albicans a que causa a maioria das infecções. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
10 
 
2.3 MODO DE TRANSMISSÃO 
 
Segundo Felix et al., (2017); Tozzo, Grazziotin (2012), apud Soares et al., 
(2018), a transmissão do agente etiológico pode ocorrer por meio de contato com 
mucosas e secreções em pele de portadores ou doentes, contato sexual, água 
contaminada e transmissão vertical durante o parto normal. 
Para Mayer et al., (2013), apud Soares et al., (2018), o primeiro contato dos 
humanos com a espécie C. albicans, na maioria dos casos, ocorre ao nascimento, 
durante a passagem pelo canal vaginal. Nesse processo, o fungo coloniza a cavidade 
oral e as porções do trato gastrointestinal inferior do recém-nascido, onde passa a 
residir como comensal (não causam efeitos perigosos óbvios ao hospedeiro). 
De acordo com Baley et al., (1986) apud Campos et al., (2004), a aquisição de 
Candida albicans pode advir se por transmissão vertical (infecção ou doença a partir 
da mãe para o seu feto no útero ou recém-nascido durante o parto), embora a 
aquisição nosocomial (infecção hospitalar) também ocorra. 
Peixoto et al., (2014), apud Soares et al., (2018) enfatiza que após o primeiro 
contato dos humanos com a espécie C. albicans ao nascimento, durante a passagem 
pelo canal vaginal, a C. albicans começa a fazer parte da microbiota normal dos 
indivíduos saudáveis. 
Apesar de sua transmissão ocorrer durante a relação sexual ela já 
não é considerada a principal forma de transmissão, visto que esses 
organismos podem fazer parte da flora endógena (ou seja, aquela que se 
origina no interior do organismo) em até 50% das mulheres que não 
apresentam os sintomas característicos da doença. Os fatores 
predisponentes da candidíase vulvovaginal são: gravidez, diabetes mellitus 
(descompensada), obesidade, uso de contraceptivos orais de altas 
dosagens, uso de antibióticos, corticoides ou imunossupressores, hábitos de 
higiene e vestuário inadequados (diminuem a ventilação e aumentam a 
umidade e o calor local), contato com substâncias alérgicas e/ou irritantes 
(por exemplo: talco, perfume, desodorantes), e alterações na resposta 
imunológica (imunodeficiência). (Sociedade Brasileira de Infectologia – 1980, 
2019). 
 Sobel et al., (1998), apud Soares et al., (2018), ressaltam que a Candidíase 
Vulvovaginal não é considerada uma infecção sexualmente transmissível porque 
mulheres virgens podem, sim, desenvolver a infecção, uma vez que Candida spp. faz 
parte da microbiota normal da vagina. Porém, a relação sexual tem sido citada como 
11 
 
um fator importante na transmissão do microrganismo, já que ela é mais frequente em 
mulheres sexualmente ativas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
12 
 
2.4 PERÍODO DE INCUBAÇÃO 
 
“O período de incubação da candidíase é desconhecido” (BRASIL - 
MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2010, p.109) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
13 
 
2.5 SUSCETIBILIDADE E IMUNIDADE 
 
Segundo Lima, et al., (2004), Karkowskaluleta; Rapala-Kozik; Kozik, (2009), 
apud Rossi et. al., (2011) a grande maioria das infecções fúngicas nos seres humanos 
é provocada por fungos oportunistas. A Candida é um fungo diploide e polimórfico 
encarregado do progresso de várias patologias. 
De acordo com Romani; Pucetti; Bistoni (1996), apud Costa, et al., (2008), 
encontramos a imunidade à C. albicans presente em indivíduos adultos 
imunocompetentes, resultado do comensalismo do fungo nas mucosas 
gastrintestinais do hospedeiro. Odds (1988) apud Costa, et al., (2008), ressaltam que 
como comensal, esse fungo, assintomaticamente, coloniza a superfície epitelial, 
aparentemente, na forma de blastoconídio e como consequência dessa exposição, 
vários indivíduos saudáveis desenvolvem imunidade específica à C. albicans, 
detectável por testes cutâneos e a resposta de linfócitos do sangue periférico contra 
seus antígenos, tal como pela presença de anticorpos específicos no soro e secreção 
mucosa. 
Imunidade inata e adaptativa (celular e humoral) estão envolvidas na 
proteção contra a infecção por C. albicans. Embora cada uma possa 
contribuir de maneira diversa nos diferentes sítios de infecção, a imunidade 
inata por meio de macrófagos e neutrófilos, domina a proteção contra 
candidemia, enquanto a imunidade celular ativada, predominantemente, por 
citocinas das células T CD4+, protege as mucosas da infecção. Em relação 
à imunidade humoral, existem controvérsias, entre estudos clínicos e 
modelos em animais, e há dados discordantes acerca do papel efetivo dos 
anticorpos contra infecções por C. albicans. (FIDEL JÚNIOR 2002, apud 
COSTA, et al., 2008) 
Candida albicans é um fungo com capacidade patogênica, sendo o 
sistema imune um importante modulador desta resposta. A contenção da 
invasão do patógeno no hospedeiro exige uma resposta rápida, geralmente 
exercida pelo sistema imune inato, o qual desenvolve prontamente e precede 
a expansão clonal de linfócitos antígenosespecíficos. O sistema imune inato 
consiste de células Natural Killer, complemento, proteínas plasmáticas e 
células fagocíticas. (ISMAIL et al., 2002 apud ROSSI et al., 2011) 
A resposta imune inata, também inclui as superfícies epiteliais, como a 
pele e os revestimentos dos tratos gastrintestinal, respiratório e 
genitourinário, que proporcionam uma barreira física contra esse 
14 
 
microrganismo, pois interagem com o fungo e formam mecanismos imunes 
inatos nestes locais (ROMANI, 2002 apud ROSSI et al., 2011). 
“A expressão dos receptores e o reconhecimento pelo sistema imune geram 
respostas efetoras para a eliminação do patógeno e ativação da resposta imune 
adaptativa.” (CONCHON-COSTA; FELIPE; GAZIRI, 2008; LOYOLA, et al., 2007; 
NETEA, et al., 2008 apud ROSSI, et al., 2011 p. 19). 
De acordo com Mencacci et al. (1999), apud Costa, et al., (2008), a capacidade 
de C. albicans constituir uma infecção alastrada no hospedeiro envolve a neutropenia 
como fator predisponente principal, enquanto a competência do fungo para persistir 
no organismo envolve, principalmente, depressão da imunidade celular adaptativa no 
hospedeiro. 
Um claro entendimento dos diferentes mecanismos de defesa 
envolvidos na infecção por C. albicans é essencial para o desenvolvimento 
de estratégias tanto para a prevenção e controle, como para o tratamento das 
infecções por este fungo. Conforme o exposto, mecanismos da resposta 
imune inata e adquirida formam um sistema integrado de defesa do 
hospedeiro, no qual numerosas células e moléculas funcionam 
coletivamente. A resposta imune inata é de suma importância na resolução 
da doença, além de influenciar o tipo de resposta específica que se 
desenvolverá subsequentemente. Igualmente, a resposta imune adquirida 
pode intervir durantea imunidade inata, uma vez que citocinas produzidas 
por células Th modulam a ação de células efetoras. Os fagócitos participam 
em ambas as interações e a utilização de moduladores da resposta imune 
produzem efeitos anti-infecciosos por modificar a resposta do hospedeiro a 
microrganismos patogênicos. (COSTA, et al., 2008). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
15 
 
2.6 DIAGNÓSTICO 
 
A candidíase consiste em uma extensa variedade de síndromes clínicas, 
ocasionadas por um fungo do gênero Candida, espécies diferentes de leveduras, que 
vivem normalmente no ser humano, ressalta Peixoto, et al., (2014), o gênero Candida 
compreende espécies leveduriforme medindo aproximadamente de 2 a 6µm e se 
reproduzem por brotamento; a maior parte das espécies forma pseudo-hifas e hifas 
nos tecidos. “As colônias têm coloração branca ao um tom de creme, e possuem 
superfície lisa ou rugosa”. (PEIXOTO, et al., 2014) 
Barbeado, Sgarbi (2010), ressaltam que para que se alcance a identificação do 
patógeno é importante que o tipo e a qualidade da amostra biológica, deve ser 
submetida ao laboratório de micologia, e dever ser de boa qualidade, pois a assepsia 
antes da coleta e a quantidade da amostra são fatores primordiais para o sucesso do 
diagnóstico fúngico por leveduras do gênero Candida. Ainda de acordo com 
Barbeado, Sgarbi (2010), apud Peixoto, et al., (2014), tais procedimentos utilizados 
para a coleta de amostras são estabelecidos de acordo com a manifestação clínica, 
por exemplo, como os pedaços de pele e unhas, raspados de mucosa oral, vaginal ou 
anal, secreção do trato respiratório, sangue, líquor, urina, fezes, dentre outros. 
Ao exame clínico, na maioria das vezes, é possível que se faça o 
diagnóstico da candidíase mucocutânea. A necessidade de cultura é pouco 
comum. Por meio da escarificação das lesões e aplicação de uma preparação 
hidróxido de potássio (KOH) ou coloração de Gram pode-se confirmar o 
diagnóstico identificando-se leveduras em brotamento ou pseudo-hifas. Se a 
patologia for recorrente ou resistente ao tratamento prévio, deve-se pedir a 
cultura para identificar se o agente é uma espécie mais resistente, como a C. 
glabrata ou a C. krusei. A endoscopia digestiva alta é reservada para suspeita 
de esofagite e caso apareça lesões em forma de placas ou ulcerações, a 
biópsia comprovará invasão da mucosa com leveduras em brotamento e 
pseudo-hifas. Quanto à candidíase vulvovaginal, o diagnóstico é clínico, 
sendo o exame de alta confiança para a identificação da patologia, 
apresentando ótima correlação com a cultura positiva para a Candida. 
Entretanto, apenas a cultura positiva não confirma, necessariamente, a 
candidíase vulvovaginal. (KAUFFMAN et al., 2005, PAIVA et al.,2009, 
BOATTO et al 2007., LINHARES et al., 2005., apud PEIXOTO, et al., 2014) 
Segundo Peixoto, et al., (2014), definir corretamente o diagnóstico da 
candidíase disseminada é um dos pontos de maior importância para o sucesso 
16 
 
terapêutico, pois apenas o diagnóstico clínico não é definitivo e satisfatório, os sinais 
e sintomas não são tão específicos, assim, os sintomas de febre e leucocitose seriam 
os principais achados que indicam a infecção fúngica, porém apenas 80% dos 
pacientes apresentam sinais de hipertermia e em 50% dos pacientas a leucocitose 
não se manifesta. 
De outra maneira, a apresentação clínica de uma candidemia é 
muitas vezes igual à apresentação de uma bacteremia, ou seja, a 
comprovação de uma disseminação geralmente é encontrada em 
hemocultura ou em outros lugares estéreis do corpo, como os cateteres 
vasculares que podem ser o local de entrada da Candida spp. para a corrente 
sanguínea, dessa maneira quando retirados, deve ser feita uma avaliação de 
cultura da ponta distal do cateter, pela técnica de rolamento para detecção e 
avaliação do mesmo. (PEIXOTO, ROCHA et al.,2014) 
 
2.6.1 Candidíase Oral 
 
 Segundo, Neto, Danesi (2005) apud Peixoto, et al., (2014), a Candida Albicans 
é um microrganismo presente na flora da região orofaríngea, e sua transformação de 
microrganismo comensal para patógeno está relacionada a fatores locais e sistêmicos 
do organismo. Alguns medicamentos podem desenvolver este tipo de levedura, de 
acordo com Mcphee, Papadakis, (2013) apud Peixoto, et al., (2014), a candidíase 
pode ocasionar disfunção das células T, principalmente em pacientes com sistema 
imunológico debilitado. 
 
2.6.2 Candidíase Vulvovaginal 
 
A candidíase vulvovaginal é uma infecção da vulva e da vagina, ocasionada 
por várias espécies de Candida, que podem tornar-se patogênicas sob determinadas 
condições que alteram o ambiente vaginal, afirma, Holanda, et al., (2005) apud 
Peixoto, et al., (2014). 
Diagnóstico Laboratorial (exames realizados): Exame direto do 
conteúdo vaginal ou Papanicolau. Cultura: só tem valor quando realizada em 
meios específicos; deve ser restrita aos casos nos quais a sintomatologia é 
muito sugestiva e todos os exames anteriores sejam negativos; também é 
indicada nos casos recorrentes, para identificar a espécie de cândida 
responsável. Teste do pH vaginal: é um teste simples e rápido, feito com uma 
17 
 
fita de papel indicador de pH colocada em contato com a parede vaginal, 
durante um minuto; deve-se tomar cuidado para não tocar o colo, que possui 
um pH básico, o que pode causar distorções na interpretação. O simples 
achado de cândida na citologia oncótica em uma paciente assintomática, não 
permite o diagnóstico de infecção clínica, e, portanto, não justifica o 
tratamento. Nos casos de candidíase recorrente, a mulher deve ser 
aconselhada e orientada a realizar o teste anti-HIV, além de serem 
investigados os fatores predisponentes citados anteriormente. (SOCIEDADE 
BRASILEIRA DE INFECTOLOGIA - 1980, 2019) 
 
2.6.3 Candidíase Perianal 
 
 De acordo com Ferrazza et al., (2005) apud Melo, et al., (2016), essa patologia 
é uma inflamação da mucosa genital, e se desenvolve em decorrência de infecção por 
leveduras do gênero Candida albicans presentes na microbiota da vagina ou trazidas 
por meio da auto transmissão para região perianal. “Os mecanismos de doença 
parecem estar relacionados à falha de equilíbrio da microbiota local, transmissão 
sexual de agentes etiológicos e ao crescimento exacerbado da Candida do trato 
gastrointestinal ou vaginal”. (ACHKAR et al., 2010, apud MELO, et al., 2016). 
“As principais manifestações clínicas associadas são pruridos, ardor ou dor; 
corrimento branco, grumoso e com aspecto caseoso semelhante a leite coalhado, e 
as lesões se estendem pelo períneo, região perianal e inguinal”. (ÁLVARES et al., 
2007; HOLANDA et al., 2007, apud MELO, et al., 2016). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
18 
 
2.7 TRATAMENTO 
 
2.7.1 Candidíase Oral 
 
Peixoto, et al., (2014) enfatiza que os medicamentos indicados para o 
tratamento das infecções por Candida albicans são os antifúngicos, como por exemplo 
o uso da Nistatina sob a forma de suspensão, aplicada topicamente sobre área 
afetada, podendo ser administrado em doses de 200.000 a 600.000 unidades, 
recomendado o uso de três a quatro vezes por dia, com instrução para bochechar e 
deglutir, outro medicamento utilizado é o Clotrimazol sob a forma de pastilha oral ou 
comprimidos de 10mg, que são recomendados durante 14 dias, cinco vezes por dia. 
“A Nistatina (agente poliênico) é o fármaco de primeira escolha, devido a sua eficácia, 
ausência de efeitos colaterais graves (via oral) e custo reduzido em comparação 
outras drogas”. (NETO, DANESI 2005, apud PEIXOTO, et al., 2014) 
 
2.7.2 Candidíase Vulvovaginal 
 
De acordo com Shiozawa, et al.,(2007); Sogimig, Manual de Ginecologia e 
Obstetrícia (2012), apud Peixoto, et al., 2014, o tratamento da candidíase vulvovaginal 
tem o objetivo da melhora dos sintomas e pode ser realizado por via oral ou tópica, o 
tratamento oral, é indicado a administração dos seguintes fármacos: Fluconazol (150 
mg) em dose única, Cetoconazol (200 mg) uma vez dia, por 14 dias ou Cetoconazol 
(400 mg) uma vez por dia, por 14 dias. Já o tratamento local, por via intravaginal, 
engloba o uso de Clotrimazol (100 mg/comprimido) durante 7 dias, ou o uso de 
Terconazol 0,8% - creme (aplicação completa de 5 g) durante três dias, ou ainda o 
uso de Ácido Bórico (600 mg/supositório) duas vezes por dia por período de 14 dias. 
Em casos recorrentes de manifestação vulvovaginal, poderá ser 
prescrito um tratamento antifúngico mais longo com o intuito de erradicar o 
agente causador, conforme ressalva Shiozawa, Cechi et al., (2007) apud 
Peixoto, Rocha et al., (2014), destaca ainda que a profilaxia pode ser local 
ou por via oral, no casos de tratamento local, preconiza-se o uso de 
Clotrimazol (duas cápsulas de 100 mg) duas vezes por semana durante seis 
meses ou o uso de Terconazol 0,8% - creme (aplicação completa de 5 g) 
durante sete dias, já nos casos que engloba o tratamento por via oral é 
indicado o uso de Cetoconazol (duas cápsulas de 200 mg) durante cinco dias 
19 
 
após a menstruação e por período de seis meses, ou o uso de Fluconazol 
(150 mg) administrados durante um mês, ou ainda o uso de Itraconazol (uma 
cápsula de 200 mg) durante um mês.(SHIOZAWA,et al, 2007; SOGIMIG, 
MANUAL DE GINECOLOGIA E OBSTETRÍCIA, 2012 apud, PEIXOTO, 
ROCHA et al., 2014) 
 
2.7.3 Candidíase Perianal 
 
De acordo com, Shiozawa, et al., (2007); Sogimig, Manual de Ginecologia e 
Obstetrícia, 2012, apud Peixoto, Rocha et al., 2014, para o tratamento da candidíase 
perianal, devem ser seguidas as mesmas orientações e recomendações no caso de 
candidíase vulvovaginal, como o uso de: Fluconazol (150 mg) em dose única, 
Cetoconazol (200 mg) uma vez dia, por 14 dias ou Cetoconazol (400 mg) uma vez por 
dia, por 14 dias. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
20 
 
2.8 MEDIDAS PREVENTIVAS 
 
2.8.1 Candidíase Oral 
 
Segundo Sequeira (2009), apud Silva (2013), facilitar a comunicação e 
divulgação de informações importantes e efetivas para a prevenção de patologias 
orais significa melhorar a qualidade de vida das crianças, adultos e principalmente dos 
idosos, estratégia de comunicação é importante quando se deseja ensinar ao público 
em geral. 
“Para a prevenção é necessária uma adequada higienização da boca e limpeza 
manual das próteses com escova e dentifrício e ainda associada a agentes químicos”. 
(RAHAL, 2003; NETO et al. 2005, apud SILVA, 2013) 
Segundo o MS é necessário que o profissional de saúde oriente o 
paciente sobre os cuidados com a saúde bucal, que desenvolva ações 
educativas de prevenção e estimulem a população a realizar o exame clínico 
da boca e que faça um acompanhamento adequado de adaptação de 
próteses bucais. (BRASIL, 2002, apud SILVA, 2013). 
Segundo Hellwig (2019), existem algumas medidas preventivas que podem ser 
tomadas para reduzir o risco de candidíase oral: 
• A candidíase oral em adultos está associada à AIDS. Faça um teste 
de HIV e siga as diretrizes de prevenção recomendadas: use preservativos e 
outras proteções e evite o uso de agulhas não estéreis; 
• Se você estiver em alto risco ou propenso a candidíase oral, você 
pode receber medicações antifúngicas como medida preventiva; 
• Se você é propenso a candidíase oral, evite o uso excessivo de 
enxaguatórios bucais e sprays bucais. Estes podem perturbar o equilíbrio 
normal de cândida e bactérias na sua boca; 
• Se o seu bebê tiver uma tendência a desenvolver candidíase na 
boca e usar uma mamadeira, use tetas descartáveis; 
• Evite o uso desnecessário de antibióticos; 
• Se você deve tomar antibióticos, considere o consumo de iogurte 
ou o uso de comprimidos acidófilos durante o tratamento com antibióticos por 
várias semanas depois; 
• Diminuir o consumo de açúcar e alimentos e bebidas que 
contenham levedura, como pão, vinho e cerveja; 
• Se você usar um inalador de cortisona, lave a boca completamente 
após cada uso. (Hellwig, 2019) 
21 
 
2.8.2 Candidíase Vulvovaginal e Perianal 
 
Segundo Colombo (2003), apud Almeida et al. (2016), a profilaxia da Candida 
albicans é um assunto ainda bastante controverso. Considerando que a C. albicans 
invasiva ocorre frequentemente como exposição a procedimentos médicos invasivos 
e antibioticoterapia prolongada, decorrência de imunodepressão. 
“Medidas como: higiene íntima adequada, o uso de roupas mais folgadas, 
atividade sexual saudável, dentre outras são de grande utilidade para se prevenir 
Candida albicans”. (COSTA et. al. 2003; LINHARES et. al. 2005, apud NERY 2010). 
Para Acosta (2015), as Medidas de Prevenção das Vaginites, incluindo a 
Candida albicans são: 
• Banhar-se diariamente com sabonete suave e água quente; 
• Usar roupas íntimas de algodão, principalmente nos exercícios 
físicos; 
 • Trocar a roupa íntima todos os dias; 
 • Evitar o uso de meia-calça por muito tempo, especialmente em dias 
quentes e úmidos; 
• Use papel higiênico branco sem perfume ou outro tipo de tinta que 
possa causar irritação; 
• Evite o uso de produtos de higiene íntima (desodorantes, talcos, etc) 
e produtos para banho em banheira; 
• Evitar ducha íntima mais de uma vez ao mês; 
• Sempre que puder, tome um banho e com a área genital seca, deite 
na cama sem roupa, e deixar a área genital respirar; 
• Dê preferência aos absorventes sem perfume (normais ou internos); 
• Praticar o sexo seguro para ajudar a prevenir as formas de vaginite 
decorrentes de doenças sexualmente transmissíveis. (ACOSTA, 2015) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
22 
 
2.9 CARACTERÍSTICAS EPIDEMIOLÓGICAS 
 
Segundo Banerjee, et al., (1991) apud Colombo, Guimarães (2003), ressalta 
que o gênero Candida corresponde por cerca de 80% das infecções fúngicas 
relatadas e documentadas, o qual representa um grande desafio aos médicos de 
diferentes especialidades, devido às dificuldades diagnósticas e terapêuticas das 
infecções causadas por tais agentes. 
As leveduras do gênero Candida têm grande importância pela alta 
frequência com a qual colonizam e infectam o hospedeiro humano, assim 
especifica Dignami et al., (2003), apud Colombo, Guimarães (2003), tais 
espécies de Candida são encontradas no tubo gastrointestinal em 20 a 80% 
da população adulta saudável e em mulheres a porcentagem é de 20% a 30% 
das que apresentam colonização por Candida na vagina. 
Tais microrganismos tornam-se patogênicos, quando ocorrem 
alterações nos mecanismos de defesa do hospedeiro e ou o 
comprometimento das barreiras anatômicas, por procedimentos invasivos, 
essas alterações dos mecanismos de defesa do hospedeiro podem ser 
decorrentes de mudanças fisiológicas através de características como a 
prematuridade, a infância, e o envelhecimento frequentemente, mais 
associadas a doenças degenerativas, neoplásicas, imunodeficiências 
congênitas adquiridas e imunodepressão. (DIGNAMI et al., 2003, apud 
COLOMBO, GUIMARÃES, 2003) 
 De acordo com, Dignani et al., (2003) apud Colombo, Guimarães (2003), as 
infecções por Candida, envolvem um amplo espectro de doenças superficiais e 
invasivas, o que acomete pacientes expostos, a uma diversidade de fatores de risco, 
como infecções de pele e mucosas. Ainda de acordo com Dignani, el al., (2003), apud 
Colombo, Guimarães (2003), pacientes saudáveis, apresentampequenas alterações 
locais de resposta do hospedeiro no sítio da infecção, quando expostos por Candida, 
como o exemplo de mulheres que desenvolvem candidíase vaginal e de outra forma, 
as infecções sistêmicas por Candida podem comprometer vísceras como resultado de 
disseminação hematogênica da levedura pelo organismo, complicações infecciosas 
que acometem mais pacientes críticos, portadores de doenças degenerativas e/ou 
neoplásicas. 
 Silva, Longatto (2000), apud Acosta (2015), ressaltam que no Brasil dentro dos 
casos de infecções vaginais, a Candidíase, correspondem a 24,30%. 
23 
 
Patel, Gillespie, Sobel, (2004), apud Acosta (2015), destacam que a candidíase 
é a segunda causa mais frequente de vulvovaginite no período de atividade menstrual, 
ocorrendo com mais prevalência durante a gravidez, a espécie mais comum de 
Candida é a albicans, sendo responsável por 85% dos casos de candidíase 
vulvovaginal e dentre os fatores relacionados, está a ocorrência de candidíase vaginal, 
que prevalecem em idade superior a 45 anos, diabetes tipo 1, uso de antibióticos. 
Em 90% das mulheres a candidíase vulvovaginal é causada por um 
sobrecrescimento de Candida albicans. As restantes surgem devido a outras 
espécies de Candida sp. (C. glabrata, C. krusei, C. tropicalis). Cerca de 75% 
das mulheres terão pelo menos um episódio na sua vida e 40-45% terão dois 
ou mais. 10 a 20% são portadoras assintomáticas, sendo que na gravidez 
pode atingir os 40%. (AGUIAR 2002, apud ACOSTA, 2015) 
O índice de prevalência de Candidíase vaginal relatada na literatura varia de 
25 a 37%, assim destaca Acosta (2015) e ainda ressalta que a incidência não se 
conhece muito bem realmente, por ser uma enfermidade não notificada e ocultada por 
erros de diagnóstico e estudos pouco representativos da população geral, sendo 
assim afeta entre 70 a 75% das mulheres em idade fértil e estima-se que 40 a 50% 
destas apresentam recorrência, 5 a 8% dessas mulheres desenvolvem um quadro 
mais grave, a CVV recorrente (quatro ou mais episódios ao ano), é estimado que, na 
média, 20% (10 a 80%) das mulheres apresentem sinais assintomáticos por cândida. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
24 
 
3 CONCLUSÃO 
 
Após o término desse trabalho pudemos concluir que a candidíase é uma 
infecção fúngica de grande importância na saúde pública pois corresponde à infecção 
micótica mais prevalente. São diversas as espécies já conhecidas como agentes 
causais, embora a mais bem estudada seja a C. albicans. 
Vale destacar a seriedade dessa patologia e sua associação com fatores locais 
e sistêmicos predisponentes, tais como, paciente recém-nascido, prótese superior e 
imunossupressão, pacientes neoplásicos e AIDS. A atuação dos referidos fatores na 
etiopatogenia da lesão comprova a diversidade de situações clínicas que exigem o 
conhecimento necessário para o diagnóstico dos tipos de candidíase, que pode ser 
estabelecido a partir dos dados clínicos e o laboratorial. O diagnóstico correto e 
tratamento precoce desta afecção é de suma importância visando assim a prevenção 
de complicações mais graves. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
25 
 
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