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UNIVERSIDADE ANHEMBI MORUMBI-UAM ENGENHARIA DE PRODUÇÃO Viviane Alves de Lima Isabela Silva de Oliveira Gabriella Bezerra de Araújo Laura Raquel Vieira dos Santos Felipe Dintem Quintiere FENOMENOS DE TRANSPORTE: Submersão: Forças e Empuxo Associados a Superfícies e Corpos SÃO PAULO 2019 UNIVERSIDADE ANHEMBI MORUMBI-UAM ENGENHARIA DE PRODUÇÃO Viviane Alves de Lima Isabela Silva de Oliveira Gabriella Bezerra de Araújo Laura Raquel Vieira dos Santos Felipe Dintem Quintiere FENOMENOS DE TRANSPORTE: Submersão: Forças e Empuxo Associados a Superfícies e Corpos Relatório elaborado pelos alunos Viviane Alves de Lima R.A.21016381, Isabela Silva de Oliveira RA 20944176; Gabriella Bezerra de Araújo RA: 21022072; Laura Raquel Vieira dos Santos RA: 21136108 e Felipe Dintem Quintiere RA 20939299 solicitado pela Professora Dra. Camila Geromel do curso de Fenômenos de Transporte da Universidade Anhembi Morumbi para composição parcial da nota N1. SÃO PAULO 2019 Sumário INTRODUÇÃO..................................................................................................................................... 1 OBJETIVO ........................................................................................................................................... 2 FORÇAS SOBRE SUPERFÍCIES SUBMERSAS .......................................................................... 2 APLICAÇÕES ................................................................................................................................. 5 EMPUXO SOBRE CORPOS SUBMERSOS ................................................................................... 7 APLICAÇÕES ................................................................................................................................. 9 CONSIDERAÇÕES FINAIS............................................................................................................. 16 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS: ............................................................................................. 17 1 INTRODUÇÃO O trabalho apresentado tendo como tema “Submersão: Forças e Empuxo Associados a Superfícies e Corpos” integra a Atividade Prática Supervisionada (APS), que se define como um trabalho semestral que abrange as variadas disciplinas cursadas até o presente momento, elaborada pelo grupo de alunos do quinto semestre do curso de Engenharia de Produção da Universidade Anhembi Morumbi. Empregando os conceitos estudados em sala de aula na disciplina de Fenômenos de Transportes, onde estuda-se o comportamento dos fluidos agindo sobe determinados sistemas, o grupo de alunos elaborou este trabalho organizando os princípios teóricos que abrangem os temas de Forças sobre superfícies submersas e Empuxo (Teorema de Stevin, Princípio de Arquimedes). Além disso, o grupo complementou a pesquisa teórica dos temas propostos trazendo exemplos da aplicabilidade dessas teorias a equipamentos utilizados na indústria, também foram dados exemplos associados a Exploração de Petróleo e Gás Offshore. Desta forma, o presente trabalho visa a servir como parâmetro para estudantes dessa disciplina compreenderem as influências sofridas em corpos submersos e como isso pode ser aplicado a indústria. Através de pesquisa bibliográfica o grupo trouxe explicações teóricas de forma sintetizada e completa a respeito de como os conceitos estudados se aplicam na prática com uma perspectiva voltada para a engenharia. 2 OBJETIVO O objetivo deste trabalho é trazer referencias teóricas a respeito das forças atuantes em um corpo submerso e como essa teoria é aplica no funcionamento de equipamentos utilizados em indústria, também são exemplificadas suas aplicações em petrolíferas. FORÇAS SOBRE SUPERFÍCIES SUBMERSAS Quando a superfície de um objeto está submergida em um fluido, esses fluidos exercem sobre os diversos pontos da superfície um campo de pressão e de modo consequente um campo de forças Ainda, segundo o Teorema de Stevin: "A diferença de pressão entre dois pontos de um fluido em repouso é igual ao produto do peso específico do fluido pela diferença de cotas dos dois pontos." Sendo a pressão na superfície livre de um líquido dada por: Ao se colocar um objeto em um recipiente contendo água esse objeto estará sujeito a diferentes intensidades de pressões dado que cada ponto terá uma profundidade (h) diferente. Fonte: YouTube FENTRAN - AULA 12 - Forças em superfícies planas submersas 3 Na imagem tem-se uma superfície plana que tem, no lado direito sem contato com o fluido, tem-se a pressão atmosférica que é a mesma em todos os pontos nesse lado. Neste lado o Teorema de Stevin não se aplica já que sempre que tivermos um gás, neste caso a atmosfera, independente da altura do ponto observado, teremos a mesma pressão. Já do lado esquerdo tem-se um fluido no estado líquido, observa-se a pressão aumentando conforme aumenta a profundidade. Para simplificar a análise cria-se uma pressão resultante com o mesmo efeito deste campo de pressão atuante no lado esquerdo da imagem. Fonte: YouTube FENTRAN - AULA 12 - Forças em superfícies planas submersas Na imagem tem-se a força resultante atuando sobre um único ponto, a este ponto é chamado de Centro de Pressão (CP). Já o Centro de Gravidade (CG) corresponde o centro de gravidade da superfície analisada, e ele coincide com o centroide da superfície. 4 Fonte: YouTube FENTRAN - AULA 12 - Forças em superfícies planas submersas Sendo hp a profundidade do Centro de Pressão e h é a profundidade até o Centro de Gravidade. Fonte: BRUNETTI pag. 31. Nesta imagem, em (b) temos uma vista de topo dessa superfície, por meio dessa imagem é possível definir a equação que nos dará o valor da Força resultante que segundo BRUNETTI (pag. 21) é dada pela equação abaixo: 5 APLICAÇÕES Bombas Hidráulicas Recebe energia mecânica fornecida por outra máquina e a transforma em energia hidráulica Emecânica ⇒ Ecinética ⇒ Ehidráulica Comunica ao fluido um acréscimo de energia com a finalidade de transportá-lo de uma posição de menor energia potencial para outra de maior energia potencial. Bombas Alternativas Nas bombas de êmbolo, o órgão que produz o movimento do fluido é um pistão que, em movimentos alternativos aspira e expulsa o fluido bombeado. Esquema de bombas alternativas. (a) de êmbolo, (b) de diafragma. Turbinas Hidráulicas Transforma a energia hidráulica, do escoamento, em energia mecânica que pode ser aproveitada para realizar trabalho. Epressão ⇒ Evelocidade ⇒ Emecânica Turbinas De Ação Transformam energia cinética em energia mecânica à pressão constante, normalmente à pressão atmosférica. Exemplo de turbinas de ação: Turbinas Pelton 6 Turbinas Pelton Máquinas de ação, ou de impulso, escoamento tangencial. Operam em altas quedas (maiores que 300m) e baixas vazões. Podem ser de um (01) jato, dois (02) jatos, quatro (04) jatos, (05 jatos) e seis (06) jatos. O controle da vazão é realizado na agulha e injetor.Turbinas De Reação A água tem a pressão variando desde a entrada da turbina até a saída, havendo a seguinte conversão de energia: Ecinética ⇒ Epressão ⇒ Emecânica Podem ser de dois tipos: - AXIAL: fluxo da água é paralelo ao eixo do rotor. - MISTA: fluxo na entrada do rotor é radial e após interagir com ele sofre um desvio e passa a ser axial na saída. Exemplo de turbinas de reação: Turbinas Francis, Turbinas Hélice, Bulbo e Kaplan. Turbinas Francis Máquinas de reação do tipo misto. Podem ser utilizadas em desníveis desde 20 m até 600 m e médias vazões 7 O controle da vazão é realizado no distribuidor ou sistema de pás móveis. EMPUXO SOBRE CORPOS SUBMERSOS O Empuxo representa a força resultante exercida pelo fluido, sobre um corpo. Como tem sentido oposto à força peso causa efeito de leveza. A força de empuxo apresenta módulo igual ao peso do fluido deslocado pelo corpo, sua direção é vertical e seu sentido é para cima, isto é conhecido como Princípio de Arquimedes. Segundo este princípio: “Todo corpo mergulhado em um fluido sofre, por parte deste, uma força vertical para cima, cuja intensidade é igual ao peso do fluido deslocado pelo corpo.” Onde: =Empuxo (N) =Densidade do fluido (kg/m³) =Volume do fluido deslocado (m³) g=Aceleração da gravidade (m/s²) 8 Figura: Duas abordagens diferentes para a força de empuxo sobre um corpo imerso arbitrário. (a) forças sobre as superfícies, curvas superior e inferior; (b) integração das forças elementares de pressão vertical. Caso o empuxo seja igual ao peso do corpo submerso este corpo permanecerá em equilíbrio. Caso o empuxo seja maior que o peso do corpo este corpo é transportado até à superfície. Caso o empuxo seja menor que o peso do corpo este corpo irá afundar. Fonte: Parque da Ciência Graças ao empuxo quando se coloca um corpo em determinada profundidade tem-se a impressão de que este corpo é mais leve, peso aparente Pap do que realmente é quando está fora do fluido, peso real Preal. O empuxo também pode ser obtido pela diferença entre o peso real e o aparente: E = Preal - Pap 9 APLICAÇÕES Medição de nível O nível é uma das variáveis mais comuns e mais amplamente utilizadas em aplicações industriais, é de extrema importância medir essa variável. Segundo Cassiolato (2012), nível é a altura do conteúdo de um reservatório ou tanque de armazenamento, através do qual torna-se possível avaliar o volume estocado de produto, determinando e controlando a quantidade de material em processo físico e/ ou químico, levando ainda em conta a segurança, onde o nível do produto não pode ultrapassar determinados limites. O método de medição de nível por Empuxo, é uma medição indireta, baseia-se no princípio de Arquimedes, onde: “todo corpo mergulhado em um líquido sofre a ação de uma força vertical dirigida de baixo para cima, igual ao peso do volume do líquido deslocado.” Tendo como base a seguinte fórmula: E = V * δ Onde: E = empuxo; V = volume deslocado; δ = densidade ou peso específico do líquido. O medidor é constituído por um deslocador (displacer) com peso conhecido e calibrado, ficando parcialmente ou totalmente submergido. Quando não existe nível onde o medidor por empuxo está instalado, seu deslocador, que está totalmente sem contato com o fluido, terá peso resultante (peso aparente) igual ao seu peso real (W), Já quando existe nível e o fluido entra em contato com o deslocador, atingindo alguma posição, por exemplo, 50% da altura do deslocador, o seu peso aparente passa a ser o peso real (W) menos a força de empuxo (E) sofrida pelo mesmo, desse modo o peso aparente será diminuído, pois as forças de empuxo e peso real têm sentidos contrários. 10 A fórmula utilizada para obter o valor do Peso Aparente (Pap) é a seguinte: Onde: Pap = Peso Aparente W = Peso real do deslocador E = Empuxo sofrido pelo deslocador. Devido à variação do peso aparente do deslocador pela mudança do nível, o sistema de medição de nível por empuxo detecta essa variação de peso e a transforma em sinal de medição pneumático, elétrico, mecânico. Medição da densidade Uma variação na matéria-prima, indicada por uma mudança na densidade, pode ter um resultado prejudicial no funcionamento ou na qualidade do produto. A medição de densidade da matéria-prima pode ser usada para confirmar a pureza do material e pode ser usada para garantir homogeneidade. Se uma peça fabricada não for homogênea, atributos essenciais de desempenho, como força e resistência à ruptura, podem ser afetados. O método mais amplamente usado é a técnica do empuxo, que usa o princípio de Arquimedes: um corpo imerso em fluido indica uma perda aparente de peso igual ao peso do fluido que ele desloca. Este princípio clássico, de cerca de 200 a.C., é exatamente o que é usado atualmente para determinar a densidade de forma gravimétrica. Assim, a medição precisa da densidade é altamente dependente de valores exatos de peso. 11 Medição da densidade e da concentração de suspensões líquidas A determinação automática da densidade de líquidos e da concentração de suspensões líquidas de partículas podem ser de grande utilidade em diversos processos industriais, onde estas variáveis são utilizadas na padronização e no controle do processo e da qualidade do produto processado. No processo de produção do amido de mandioca, por exemplo, a obtenção de uma suspensão de amido padronizada representa uma dificuldade para as fecularias, uma vez que não se utilizam métodos automatizados para se determinar a concentração da suspensão. Foi então criado um dispositivo, Figura 1, para a determinação simultânea e on- line da densidade e da concentração de suspensões líquidas de partículas. O funcionamento do dispositivo desenvolvido é baseado na medida da força resultante entre a força de empuxo que o líquido exerce sobre o sistema submerso bóia-haste e o peso deste sistema, conforme ilustrado na Figura 2. Sendo a força de empuxo proporcional à densidade do líquido, que por sua vez é função da concentração de sólidos em suspensão, a medida contínua da força resultante possibilita a determinação contínua da densidade e da concentração de suspensões líquidas. 12 Para ser possível a utilização do dispositivo no processo de produção do amido de mandioca será necessária a construção de uma curva que relaciona a densidade da suspensão de amido com a concentração de sólidos presentes na mesma. EXEMPLOS ASSOCIADOS A EXPLORAÇÃO DE PETRÓLEO E GÁS OFFHORE Para a produção ode petróleo no mar seja possível as petrolíferas precisam recorrer ao auxílio de um conjunto de estruturas denominados por sistema de produção offshore. Sendo este sistema composto por: plataforma, risers e o sistema de ancoragem. A plataforma está localizada no local de produção dos poços para que o petróleo possa ser escoado e processado ali mesmo. Já os risers correspondem a dutos verticais de transporte do óleo que vem do poço até a plataforma. Como a 13 plataforma está sujeita aos ventos e ondas que podem provocar deslocamentos essas plataformas precisam de um sistema de ancoragem para garantir que elas permaneçam localizadas no poço de produção. Neste trabalho focaremos nas linhas de ancoragem que podem ser relacionadas com a teoria de empuxo apresentada anteriormente. Linhas de ancoragem: São estruturas que ligamas plataformas ao fundo do mar com objetivo de manter as plataformas o mais próximo possível das suas posições originais. Quando a plataforma sofre deslocamento causado por agentes ambientais, como os ventos e as ondas, esta plataforma sofre um deslocamento horizontal, este deslocamento é inversamente proporcional à rigidez do sistema de ancoragem. Portanto, se a rigidez do sistema de ancoragem for maior que o deslocamento horizontal a plataforma se movimentará menos. Também ocorre um movimento vertical nessas plataformas resultante do empuxo da parte submersa dela. Em plataformas do tipo TLP (tension leg platform) o sistema de ancoragem é vertical, este sistema é requerido pois a parte submersa da plataforma produz um empuxo em excesso as estruturas ligantes, também chamadas de tendões, graças ao empuxo são tracionadas. Esse sistema serve para manter a plataforma o mais próximo possível da posição original. 14 Semi-Submersível São plataformas formadas por fluturadores (pontoons), contraventamentos (bracings) e colunas e convés (Upper Hull). Os Flutuadores são os principais responsável pelo empuxo, são eles quem garantem a flutuabilidade da plataforma, por estarem localizados submersos eles reduzem os movimentos de onda sofridos pela plataforma. 15 Figura: Semissubmersível 16 CONSIDERAÇÕES FINAIS A partir da resumida apresentação teórica do tema e seus subtemas propostos, com o desenvolvimento da teoria e exemplificação destes é possível observar como as forças atuam em um corpo submerso na água e concluir que o Princípio de Arquimedes foi e ainda é essencial para a existência de diversos equipamentos industriais. O objetivo do trabalho aqui relatado obteve o máximo de aproveitamento uma vez que foi possível realizar o levantamento teórico necessário para compreensão do tema proposto bem como suas aplicabilidades. 17 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS: FENTRAN - AULA 12 - Forças em superfícies planas submersas. YouTube: [s. n.], 2015. https://www.youtube.com/watch?v=JSwRzhwOHX0&list=PL7jXiHIZusCCHN32eIt- B4_wkHw9qzZZY&index=19&t=0s. BRUNETTI, Franco. Mecânica dos Fluidos. São Paulo: Pearson, 2008. AMORIM, Tailand Oliveira. PLATAFORMAS OFFSHORE:UMA BREVE ANÁLISE DESDE A CONSTRUÇÃO AO DESCOMISSIONAMENTO. Uezo, Rio de Janeiro, p. 1-70, 5 dez. 2019. PAES, Sabrina S. et al. UM DISPOSITIVO SIMPLES PARA A DETERMINAÇÃO SIMULTÂNEA E CONTÍNUA DA DENSIDADE DE LÍQUIDOS E DA CONCENTRAÇÃO DE SUSPENSÕES LÍQUIDAS. Scielo, São Paulo, 5 dez. 2014. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/cta/v24n2/v24n2a17.pdf. Acesso em: 6 maio 2019. MOÇO, Maria Eduarda et al. A eficácia do medidor de nível por empuxo em sua aplicabilidade. Essência Editora, São Paulo, 5 dez. 2014. Disponível em: http://www.essentiaeditora.iff.edu.br/index.php/BolsistaDeValor/article/viewFile/6746/4448. Acesso em: 6 maio 2019.
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