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Resumo Rejeição de transplantes

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REJEIÇÃO DE TRANSPLANTE 
• OBJETIVO: Compreender a resposta imunológica aos aloenxertos e os mecanismos 
efetores das reações de rejeição de transplantes. 
 
Transplante 
• É a transferência de células, tecido ou órgãos de um organismo para outro. 
Nesse processo, o nome de doador, é designado para aquele de onde se extrai 
o enxerto, e receptor, para aquele que recebe o enxerto. Via de regra, esta 
prática é feita com a finalidade de restabelecer uma função perdida ou de 
reconstrução de uma parte do corpo. As transfusões de sangue, que se realizam 
todos os anos em milhões de pessoas, são o tipo comum de transplantes. 
• Para a realização de transplante é requisito a existência de compatibilidade. 
Essa compatibilidade abrange fatores que vão desde a proporcionalidade física 
a histocompatibilidade tecidual. 
• A histocompatibilidade é determinada a partir de genes polimórficos 
herdados de ambos os pais e expressos de maneira codominante. As moléculas 
de MHC são responsáveis por quase todas as reações de rejeição. 
• Existem duas vias de reconhecimento de tecido transplantados: o 
Reconhecimento Direto e o Reconhecimento Indireto. Para compreender os 
mecanismos de reconhecimentos é importante ressaltar sobre os eventos que 
ocorrem durante o fenômeno de Apresentação de Antígeno. 
• Naturalmente, ao longos dos processos de seleção positiva e negativa 
durante o processo de constituição de repertório no timo (mecanismos 
estudados em capítulos anteriores) sobrevivem os tímócitos caracterizados por 
apresentarem TCRs restritos ao MHC próprio e tolerantes a antígenos próprios. 
Os timócitos com características diferentes dessas não sobrevivem. 
• Dessa forma, os linfócitos T maduros e recirculantes pelos tecidos linfoides 
usam desse mesmo processo de reconhecimento aprendido durante a fase de 
reconstituição de repertório, em que reconhecem o MHC próprio em seguida 
averiguam sobre o peptídeo apresentado se é próprio ou não. 
• Contudo, no caso dos MHC das células transplantadas, inclusive células 
apresentadoras que foram transferidas juntamente com o enxerto, ao 
apresentarem antígenos aos TCRs dos linfócitos T próprios são reconhecidos 
total ou parcialmente em suas estruturas molecular como um MHC não 
próprio. 
• MHC alogênicos podem ser reconhecidos inespecificamente como não 
próprios por uma parcela importante de linfócitos T próprio. 
 
Reconhecimento Direto 
• Esse reconhecimento é caracterizado pela reação cruzada, com alta afinidade, 
entre o TCR do linfócitos T próprio do organismo receptor diretamente com o 
MHC normal da superfície das células do enxerto. 
• Com efeito, o complexo MHC alogênico ligado a um peptídeo pode imitar 
estruturalmente um MHC próprio ligado a um peptídeo estranho particular. 
Podendo, dessa forma, ser reconhecidos por muitos TCRs próprios diferentes. 
• É importante ressaltar que o reconhecimento do MHC alogênico pode ser 
reconhecido por ambos tipos de linfócitos T. Por um lado, os linfócito TCD4+ 
reconhecem os MHC classe II alogênicos da superfície de célula APC veiculada 
para dentro do organismo receptor pelo enxerto. Por outro lado, os linfócitos 
TCD8+ reconhecem os MHC classe I alogênicos da superfície de células nucleadas 
do enxerto. 
 
Reconhecimento Indireto 
• Moléculas codificadas por genes polimórficos do doador, inclusive de áreas 
lesionadas, podem ser fagocitas pelas APC do organismo receptor. Em seguida, 
são processadas e apresentadas a um linfócitos TCD4+ próprio específico para 
aquele antígeno. Assim, reconhecido o resíduo polimórfico do doador como 
peptídeos estranho ao organismo do receptor, é desencadeado a montagem 
de uma resposta imunológica típica TH1 contra o enxerto. 
• Teoricamente, é possível uma montagem de resposta imunológica de 
reconhecimento indireto via linfócitos TCD8+. Para tanto, seria necessário que as 
células dendríticas próprias realizassem apresentação cruzada do antígeno 
alogênico fagocitado, com isso, após o processamento, o antígeno alogênico 
seria apresentado via MHC classe I para os linfócitos TCD8+, ao mesmo tempo 
que houvesse o estímulo de IFN-γ liberado pela TH1. 
• As moléculas de MHC são as proteínas mais polimóficas do genoma. Cada 
molécula do MHC alogênica pode gerar múltiplos peptídeos estranhos, e cada 
um pode ser reconhecido por especificidade de linfócitos T diferentes. 
 
Classificação da Rejeição 
• A rejeição de enxertos é classificada de acordo com as característica 
histopatológicas ou no curso temporal da rejeição após o tlansplante. Dessa 
forma os padrões histopatológicos são classificados em rejeição hiperaguda, 
aguda e crônica. 
 
Rejeição Hiperaguda 
• Trata-se de um processo iniciado por Anticorpos pré-existentes na circulação 
do organismo receptor e que se ligam as superfícies endoteliais do enxerto 
minutos após a anastomoses dos vasos sanguíneos do receptor e do enxerto. 
• A ligação dos anticorpos nas superfícies do endotélio do enxerto desencadeia 
a via clássica do sistema complemento o que induz muitas alterações teciduais 
que provocam a formação de trombose intravascular, conduzindo a lesões 
isquêmicas irreversíveis. 
 
Rejeição Aguda 
• Essa modalidade de rejeição pode ser mediada tanto os linfócitos TCD4+ e TCD8+, 
quanto por anticorpos que são produzidos durante os dias ou semanas após o 
transplante. 
• Enquanto os linfócitos TCD8+ destroem diretamente os endotélios do vasos, os 
linfócitos TCD4+ são importantes para a produção de citocinas que medeiam a 
inflamação. 
• Via de regra, ocorre ativação inespecífica de linfócitos e as células alvos dos 
linfócitos TCD8+são removidas pelos macrófagos e neutrófilos. 
• Os anticorpos, por sua vez, ao se ligarem a superfície do endotélio ativam o 
sistema complemento, que, ao cabo, conduzem a necrose transmural dos vasos 
do enxerto. 
 
Rejeição Crônica 
• Em geral é observada após 6 meses do transplante e mediada sobretudo pelo 
estímulo dos linfócitos TCD4+ inespecíficos e secretores de citocinas. 
A depender do grau de compatibilidade entre doador e receptor, bem como, 
do uso de imunossupressores a rejeição crônica pode ser um processo muito 
lento, podendo perdurar por décadas. 
• Essa rejeição é decorrente do acúmulo de pequenas lesões vasculares, que 
em virtude da tentativa de reparação e liberação de citocinas provoca a 
multiestratificação da camada muscular lisa dos vasos, o que, ao cabo, pode 
levar a lesões isquêmicas.

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