Buscar

INTRODUCAO-ATUALIZADA

Prévia do material em texto

Direito Constitucional Esquematizado 
Autor: Pedro Lenza 
Editora: Saraiva 
19ª edição, 2015, SP 
Páginas: 976 
Direito Constitucional Descomplicado 
Autores: Marcelo Alexandrino, Vicente 
Paulo 
Editora: Método 
12ª edição, 2015, SP 
Páginas: 1192 
Constituição Federal de 1988 
Organizador: vários 
Editora: diversas 
Atualizada até a Emenda nº 
90/2015 
CONSTITUIÇÃO 
FEDERAL 
Relação de compatibilidade vertical (STF) 
RELAÇÃO DE COMPATIBILIDADE VERTICAL 
 
 As normas inferiores devem ser compatíveis com as normas superiores, 
mas todas devem ser compatíveis com a Constituição Federal. E o STF 
chamou de estrutura escalonada, hierarquizada onde se aplica a relação de 
compatibilidade vertical. Tudo o que o STF dá nome, desconfie, pode cair em 
concurso. A relação de compatibilidade vertical nada mais é do que dizer que 
as normas inferiores devem ser compatíveis com as superiores e essas 
com a Constituição. vertical. 
Constituição 
Direito 
Público 
Direto 
Privado 
Efeito 
Irradiante 
Para BARROSO (2005, 
p. 43), o que marca o 
estágio atual é 
justamente “a passagem 
da Constituição para o 
centro do sistema 
jurídico, de onde passa a 
atuar como o filtro 
axiológico pelo qual se 
deve ler o direito civil”. 
Neoconstitucionalismo 
(epicentro axiológico do 
ordenamento) 
Breve histórico 
das 
Constituições 
2 
* Alguns doutrinadores consideram como uma nova 
Constituição a Emenda nº 1, outorgada pela junta militar. 
2 
SE LIGA NO MACETE !!! 
 
* O P P O P O O P 
O 
24 
P 
91 
P 
34 
O 
37 
P 
46 
O 
67 
O 
69 
P 
88 
O: outorgada; 
 
P: promulgada 
2 
SE LIGA NO MACETE !!! 
Constituições Promulgadas 
1988 1946 1934 *1891 
Números Pares 
Única 
exceção 
2 
SE LIGA NO MACETE !!! 
Constituições Outorgadas 
1969 1967 1937 *1824 
Números Ímpares 
Única 
exceção 
2 
Banca: FEPESE Órgão: AL/SC - Prova: Técnico Legislativo 
1) Analise o texto abaixo. 
A primeira Constituição Brasileira foi _________ por D. Pedro I 
em 1824 e, entre outras normas, estabelecia o regime seria 
monárquico e constitucional e a existência de quatro podres: 
Executivo, Legislativo, Judiciário e ____________ . 
 
3 
2 
Assinale a alternativa que preenche correta e sequencialmente as 
lacunas 
 
 a) escrita ; Moderador 
 b) outorgada ; Mediador 
 c) outorgada ; Moderador 
 d) promulgada ; Mediador 
 e) promulgada ; Fiscalizador 
3 
 
 
ESTRUTURA DA 
CONSTITUIÇÃO 
FEDERAL 
PREÂMBULO 
CORPO 
CONSTITUCIONAL 
ADCT 
A CONSTITUIÇÃO É DIVIDIDA EM TRÊS PARTES 
É dividida em três partes: 
 
1ª) Preâmbulo – apesar de não ser pacífico, 
consideramos que o preâmbulo não tem força 
normativa, é só uma carta de intenções 
 
PREÂMBULO DA CF/88 
 
 Nós, representantes do povo brasileiro, reunidos em Assembléia 
Nacional Constituinte para instituir um Estado Democrático, destinado a 
assegurar o exercício dos direitos sociais e individuais, a liberdade, a 
segurança, o bem-estar, o desenvolvimento, a igualdade e a justiça 
como valores supremos de uma sociedade fraterna, pluralista e sem 
preconceitos, fundada na harmonia social e comprometida, na ordem 
interna e internacional, com a solução pacífica das controvérsias, 
promulgamos, sob a proteção de Deus, a seguinte CONSTITUIÇÃO DA 
REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL. 
3 
2) A Assembleia Nacional constituinte instituiu, de acordo com o 
"Preâmbulo" da Constituição Federal, um Estado Democrático 
destinado a assegurar 
 
a) a promoção da integração ao mercado de trabalho 
 
b) a assistência social e a descentralização político-administrativa 
 
c) a liberdade, o bem-estar, o desenvolvimento e a segurança. 
 
d) que a fauna e a flora tenham sua função ecológica ampliada. 
 
e) que o casamento religioso tenha efeito civil, 
independentemente de lei. 
É dividida em três partes: 
 
1ª) Preâmbulo – não tem força normativa 
cogente, é só uma carta de intenções 
 
2ª) Corpo constitucional – arts. 1º a 250 
 
3ª) ADCT – Atos das Disposições 
Constitucionais Transitórias – arts. 1º a 96 . 
São normas que regulam a aplicação das 
próprias regras constitucionais. 
Corpo Constitucional, art. 40 II - compulsoriamente, com 
proventos proporcionais ao tempo de contribuição, aos 70 
(setenta) anos de idade, ou aos 75 (setenta e cinco) anos de 
idade, na forma de lei complementar; (EC nº 88, de 2015) 
 
ADCT, art. 100. Até que entre em vigor a lei complementar de 
que trata o inciso II do § 1º do art. 40 da Constituição Federal, os 
Ministros do Supremo Tribunal Federal, dos Tribunais Superiores 
e do Tribunal de Contas da União aposentar-se-ão, 
compulsoriamente, aos 75 (setenta e cinco) anos de idade, nas 
condições do art. 52 da Constituição Federal. 
(EC nº 88, de 2015) 
 
ALTERAÇÃO DA CONSTITUIÇÃO 
PROCESSO FORMAL 
PROCESSO 
INFORMAL 
(INTERPRETATIVO) 
 REFORMA 
(ART. 60) 
REVISÃO 
CONSTITUCIONAL 
(ART. 3º , ADCT) 
MUTAÇÃO 
CONSTITUCIONAL 
PROCEDIMENTO DE ALTERAÇÃO FORMAL 
REFORMA 
CONSTITUCIONAL 
REVISÃO CONSTITUCIONAL 
SESSÃO BICAMERAL 
 
3/5 DOS MEMBROS 
SESSÃO UNICAMERAL 
 
MAIORIA ABSOLUTA 
MUTAÇÃO CONSTITUCIONAL 
 
 A estabilidade da Constituição Federal garante a 
segurança jurídica, a manutenção das instituições 
democráticas e o respeito aos direitos e garantias 
fundamentais dos cidadãos. Porém, para garantir que o 
texto constitucional acompanhe a evolução da realidade 
social, essa estabilidade não pode impedir o dinamismo do 
ordenamento jurídico constitucional, os anseios e as 
aspirações de toda a população. Sendo assim, as 
modificações da interpretação/significado de um dispositivo 
constitucional, permanecendo intacto seu conteúdo, sem 
alterações ‘físicas’, ‘palpáveis’, materialmente perceptíveis 
do texto, são denominadas de mutação constitucional. 
MUTAÇÃO CONSTITUCIONAL 
 
 Verificamos então que a alteração não está no texto em 
si, mas na interpretação da norma constitucional por meio 
de processos informais, ou seja, são mudanças que não 
estão previstas formalmente no texto constitucional, ao 
contrário do que ocorre com as emendas constitucionais. 
 
3 
Ano: 2014 Banca: IBFC Órgão: TRE-AM 
Prova: Analista Judiciário - Área Administrativa 
 
3) Por “mutação constitucional”, entende-se: 
 
 a) A inserção de emendas constitucionais no texto da 
Constituição. 
 b) A superveniência de uma nova Carta Política. 
 c) A nova interpretação dada à Constituição, atribuindo novos 
sentidos ao seu texto. 
 d) O exercício do Poder Derivado Decorrente. 
JULGAR OS ITENS 
 
4) O preâmbulo da Constituição Federal não faz parte 
do texto constitucional propriamente dito e não possui 
valor normativo. 
 
 
5) As normas previstas no Ato das Disposições 
Constitucionais Transitórias possuem natureza de 
norma constitucional. 
1 
1 
6) O fenômeno de reforma da Constituição por meio da 
alteração formal do seu texto é denominado mutação 
constitucional. 
 
7) Denomina-se mutação constitucional o processo 
informal de revisão, atualização ou transição da 
Constituição sem que haja mudança do texto 
constitucional. 
2 
1 
 
O que é reversão jurisprudencial 
(reação legislativa)? 
STF. Plenário. ADI 5105/DF, Rel. Min. Luiz 
Fux, julgado em 1º/10/2015 (Info 801).Resposta 
 
 É a possibilidade do legislador, por emenda 
constitucional ou lei ordinária, superar/contrariar a 
jurisprudência. Porém, há limitações. 
Proposta por meio de 
emenda constitucional 
Proposta por lei ordinária 
A invalidação somente 
ocorrerá nas restritas 
hipóteses de violação aos 
limites previstos no art. 60, e 
seus §§, da CF/88, ou 
seja, não pode ofender uma 
cláusula pétrea ou o 
processo legislativo para 
edição de emendas. 
O Congresso Nacional deverá 
comprovar que as premissas fáticas 
e jurídicas sobre as quais se fundou 
a decisão do STF no passado não 
mais subsistem. 
 
É uma mutação constitucional pela 
via legislativa. 
BLOCO DE CONSTITUCIONALIDADE 
(ADI 514/PI) 
Normas Constitucionais 
Originárias 
Normas 
Constitucionais 
Derivadas (E.C.) 
Tratados Internacionais sobre Direitos 
Humanos (art. 5º § 3º CF) 
EC 45/2004 
ABOLIDAS 
OU 
REVOGADAS 
MODIFICADAS PARA 
AMPLIAÇÃO DA 
PROTEÇÃO DE DIREITOS 
MODIFICADAS 
ATINGINDO O NÚCLEO 
ESSENCIAL DA NORMA 
ART. 60 § 4 º 
NORMAS 
CONSTITUCIONAIS 
E. Constitucional 
Nova “Lei Maior” 
Art. 60§ 4º Não será objeto de deliberação a proposta de emenda 
tendente a abolir: 
 
I - a forma federativa de Estado; 
II - o voto direto, secreto, universal e periódico; 
III - a separação dos Poderes; 
IV - os direitos e garantias individuais. 
CESPE/UNB - TRIBUNAL DE CONTAS DO DF – AUDITOR 
 
Acerca dos métodos e princípios de interpretação e aplicação 
das normas constitucionais, julgue o item a seguir. 
 
8) A unidade da Constituição, como princípio hermenêutico, está 
ancorada na idéia de que, à exceção das normas configuradoras 
de cláusulas pétreas — cuja supremacia é decorrente do sistema 
de constituição rígida —, todas as demais estão no mesmo grau 
de hierarquia, o que equivale a dizer que os valores por ela 
abrigados têm igual proteção constitucional. 
 
 
2 
CESPE/UNB - TRIBUNAL DE CONTAS DO DF – AUDITOR 
 
Acerca dos métodos e princípios de interpretação e aplicação 
das normas constitucionais, julgue o item a seguir. 
 
8) A unidade da Constituição, como princípio hermenêutico, está 
ancorada na ideia de que, à exceção das normas configuradoras 
de cláusulas pétreas — cuja supremacia é decorrente do sistema 
de constituição rígida —, todas as demais estão no mesmo grau 
de hierarquia, o que equivale a dizer que os valores por ela 
abrigados têm igual proteção constitucional. 
CESPE/UNB - TRIBUNAL DE CONTAS DO DF – AUDITOR 
 
Acerca dos métodos e princípios de interpretação e aplicação 
das normas constitucionais, julgue o item a seguir. 
 
8) A unidade da Constituição, como princípio hermenêutico, está 
ancorada na ideia de que, à exceção das normas configuradoras 
de cláusulas pétreas — cuja supremacia é decorrente do sistema 
de constituição rígida —, todas as demais estão no mesmo grau 
de hierarquia, o que equivale a dizer que os valores por ela 
abrigados têm igual proteção constitucional. 
9) Não é cláusula pétrea, nos termos da Constituição Federal: 
 
a) a forma federativa de Estado; 
 
b) o voto direto, obrigatório, periódico, secreto e universal; 
 
c) igualdade entre homens e mulheres, salvo as exceções 
estabelecidas na própria Constituição Federal, sempre em 
benefício das mulheres; 
 
d) a independência e harmonia entre os poderes; 
 
e) a liberdade de manifestação do pensamento. 
2 
Art. 60§ 4º Não será objeto de deliberação a proposta de emenda 
tendente a abolir: 
I - a forma federativa de Estado; 
II - o voto direto, secreto, universal e periódico; 
III - a separação dos Poderes; 
IV - os direitos e garantias individuais. 
Art. 7º XX - proteção do mercado de trabalho da mulher, mediante 
incentivos específicos, nos termos da lei; 
 10) Considerando os limites de reforma da Constituição Brasileira 
(CF) de 1988, assinale a alternativa correta. 
 
 
 a) É inaceitável alterar a CF para readequar a forma federativa 
do Estado brasileiro. 
 
 b) É inaceitável alterar a CF para readequar a separação dos 
Poderes do Estado brasileiro. 
5 
 c) Quanto ao procedimento de reforma, existe limitação formal, 
inexistindo limitação material. 
 
 d) A CF não pôde sofrer emenda constitucional por cinco anos, 
contados de sua promulgação, em razão de limitação temporal. 
 
 e) É inaceitável alterar a CF para restringir direitos fundamentais 
individuais. 
5 
Ano: 2014 Banca: FGV Órgão: SEFAZ- MT 
Prova: Auditor Fiscal Tributário da Receita Municipal 
 
11) Os direitos e garantias fundamentais podem sofrer 
limitações que atinjam seu núcleo essencial. 
1 
2 
Ano: 2015 Banca: AOCP Órgão: TRE-AC 
Prova: Técnico Judiciário - Área Admistrativa 
 
12) De acordo com a Constituição Federal, no que tange às 
cláusulas pétreas, NÃO será objeto de deliberação a proposta de 
emenda tendente a 
 
a) ampliar os direitos e garantias individuais. 
b) abolir o voto obrigatório. 
c) desfazer a forma federativa de Estado. 
d) alterar o regime de governo. 
e) dispor sobre a competência dos órgãos judiciais. 
3 
A forma republicana de 
governo é um princípio 
sensível na CF/88? 
Definição 
 
 Princípios sensíveis, indispensáveis para a identidade 
jurídica da Federação. Se infringidos ensejam a mais 
grave sanção que se pode impor a um Estado Membro 
da Federação: a intervenção, retirando-lhe a autonomia 
organizacional, que caracteriza a estrutura federativa. 
Estão elencados no art. 34, VII, alíneas a a e, 
da Constituição Federal. 
CAPÍTULO VI 
DA INTERVENÇÃO 
 
Art. 34. A União não intervirá nos Estados nem no Distrito 
Federal, exceto para: 
 
VII - assegurar a observância dos seguintes princípios 
constitucionais: 
 
a) forma republicana, sistema representativo e regime 
democrático; 
b) direitos da pessoa humana; 
 
c) autonomia municipal; 
 
d) prestação de contas da administração pública, direta e indireta. 
 
e) aplicação do mínimo exigido da receita resultante de impostos 
estaduais, compreendida a proveniente de transferências, na 
manutenção e desenvolvimento do ensino e nas ações e serviços 
públicos de saúde. (Redação dada pela Emenda Constitucional 
nº 29, de 2000) 
Art. 18. A organização político-administrativa da República Federativa do Brasil 
compreende a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, todos 
autônomos, nos termos desta Constituição. 
BRASÍLIA – CAPITAL 
FEDERAL 
SOBERANIA 
AUTONOMIA 
* Ao DF foi atribuída 
apenas as competências 
legislativas dos Estados e 
Municípios, e não a 
competência material 
(administrativa). 
CAPACIDADES DA AUTONOMIA FEDERATIVA 
Auto-organização Autogoverno Autoadministração 
Criação de normas 
Ter governo próprio, 
a ser eleito pela 
respectiva população 
Autonomia para 
organizar e prestar os 
serviços que lhe são 
próprios. 
CESPE/UNB - Órgão: TJ-RO - Prova: A. Judiciário 
A capital do Brasil é ente autônomo da Federação? 
Ano: 2015 Banca: Prefeitura do Rio de Janeiro - RJÓrgão: 
Câmara Municipal do Rio de Janeiro 
Prova: Analista Legislativo - Orçamento e Finanças 
 
13) De acordo com o entendimento doutrinário, os princípios que 
visam assegurar uma unidade de princípios organizativos tida 
como indispensável para a identidade jurídica da Federação 
denominam-se: 
 
 a) princípios constitucionais programáticos 
 b) princípios constitucionais motores 
 c) princípios constitucionais utilitários 
 d) princípios constitucionaissensíveis 
4 
BLOCO DE CONSTITUCIONALIDADE 
(ADI 514/PI)*** 
Normas Constitucionais Originárias 
Normas Constitucionais Derivadas (E.C.) 
Tratados Internacionais sobre 
Direitos Humanos (art. 5º § 3º CF) 
EC 45/2004 
*** Bloco de constitucionalidade 
 
 Consiste no conjunto de normas que funcionam como 
parâmetro para a realização do controle de constitucionalidade. 
 No conceito de bloco de constitucionalidade inserem-se 
normas que não estão necessariamente expressas no texto 
constitucional. Trata-se de um conceito que permite ao intérprete 
ampliar o conceito de normas constitucionais para além 
daquelas previstas expressamente na Constituição, não se 
restringindo mais àquelas prescritas no ordenamento 
jurídico. 
As constituições codificadas 
apresentam incompatibilidade com 
o bloco de constitucionalidade? 
1 
Classificação das Constituições 
QUANTO À 
FORMA 
Escrita 
Não Escrita / 
Consuetudinária 
Codificada / 
Orgânica 
Legal / Inorgânica 
Escritas - Formadas por um conjunto de regras 
formalizadas por um órgão constituinte, em documentos 
escritos solenes. Podem ser: 
 
 Codificadas / Orgânicas - quando sistematizadas em 
um único texto. Apresentam incompatibilidade com a 
ideia de bloco de constitucionalidade. 
 Legais / Inorgânica - quando se apresentam esparsas 
ou fragmentadas. As normas escritas com natureza 
constitucional também estão fora do catálogo principal 
da CF/88 caracterizando o bloco de 
constitucionalidade. 
Não-Escritas / Consuetudinária - Não são 
solenemente elaboradas por órgão encarregado 
especialmente desse fim. São sedimentadas 
pelos usos, costumes, jurisprudência, etc. 
1 
PC/MG – Delegado de Polícia 
 
14) O “bloco de constitucionalidade” se constitui a partir de 
 
a) princípios, normas escritas e não escritas, fundamentos 
relativos à organização do Estado, direitos sociais e econômicos, 
direitos humanos reconhecidos em tratados e convenções 
internacionais dos quais o país seja signatário. 
 
b) normas escritas, emendas constitucionais de 
lastro formal, direitos fundamentais consagrados 
pela Constituição, de reconhecimento e aplicação 
internos. 
 
1 
c) princípios não escritos, unidade, solidez, valoração de normas 
constitucionais que podem ser desmembradas para melhor 
efetivação dos direitos consagrados. 
 
d) conteúdo específico das normas constitucionais e 
infraconstitucionais, estabilidade, dinamicidade, dirigismo, 
garantismo, além de todas as normas constitucionais de caráter 
programático. 
TRATADOS E 
CONVENÇÕES 
INTERNACIONAIS 
 
TRATADOS E 
CONVENÇÕES 
INTERNACIO
NAIS 
REGRA LEI NACIONAL 
NORMA 
SUPRALEGAL 
SE 
DIREITOS 
HUMANOS 
EMENDA 
CONSTITUCIONAL 
2 
** LEI 
NACIONAL PARA TODOS OS ENTES FEDERATIVOS 
ESTADOS 
LEI FEDERAL 
LEI ESTADUAL 
DF LEI DISTRITAL 
MUNICÍPIOS LEI MUNICIPAL 
LEI FEDERAL 
LEI ESTADUAL 
UNIÃO 
Banca: ESAF 
Órgão: Receita Federal 
Prova: Auditor Fiscal da Receita Federal 
 
15) Tratado internacional incorporado ao direito interno brasileiro 
não pode conter norma concessiva de isenção tributária de 
imposto estadual porque violaria a autonomia do estado-membro. 
2 
D. H. 
Antes de 2004 
Após 2004 
CONVENÇÃO SOBRE OS DIREITOS DAS PESSOAS COM DEFICIÊNCIA 
(DECRETO 6949/09) 
Promulga a Convenção Internacional sobre os Direitos das Pessoas com 
Deficiência e seu Protocolo Facultativo, assinados em Nova York, em 30 
de março de 2007. 
 
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso da atribuição que lhe confere o 
art. 84, inciso IV, daConstituição, e Considerando que o Congresso Nacional 
aprovou, por meio do Decreto Legislativo no 186, de 9 de julho de 2008, 
conforme o procedimento do § 3º do art. 5º da Constituição, a Convenção 
sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência e seu Protocolo Facultativo, 
assinados em Nova York, em 30 de março de 2007; 
BLOCO DE 
CONSTITUCIONALIDA
DE (ADI 514/PI) 
NORMAS 
SUPRALEGAIS 
NORMAS 
LEGAIS 
(Art. 59 II a VII CF) 
NORMAS 
INFRALEGAIS 
Normas Constitucionais Originárias 
Normas Constitucionais Derivadas (EC ) 
Tratados Internacionais sobre Direitos 
Humanos (art. 5º § 3º CF) 
Demais Tratados Internacionais sobre 
Direitos Humanos NÃO aprovados 
conforme art. 5º § 3º CF 
Leis Complementares 
Leis Ordinárias 
Leis Delegadas 
Medidas Provisórias 
Decretos Legislativos 
Resoluções 
Decretos Regulamentares 
Instruções Normativas 
Portarias etc 
Regulamentam ou dão executoriedade `as normas legais 
EC 45/2004 
16) Os tratados internacionais de direitos humanos incorporados 
ao ordenamento jurídico brasileiro pelo procedimento anterior ao 
previsto atualmente, em razão da edição da Emenda 
Constitucional n.º 45/04, possuem status 
 
a) supralegal, paralisando a eficácia de todo o ordenamento 
infraconstitucional em sentido contrário. 
 
b) constitucional, equivalendo a emendas constitucionais, desde 
que aprovados por 3/5 (três quintos) dos membros de cada Casa 
do Congresso Nacional. 
1 
c) de lei ordinária, podendo ser revogados por lei posterior. 
 
d) infralegal, prevalecendo sempre as leis internas sobre o direito 
internacional. 
 
e) supraconstitucional, pois os tratados derivam do direito natural, 
precedente do direito positivado. 
1 
CRFB 
NORMAS 
SUPRA 
LEGAIS 
LEIS 
NORMAS 
INFRALEGAIS 
Prisão do Dep. 
Infiel 
CPC 
 Estabelece a 
regulamentação 
da Prisão do Dep. 
Infiel. 
Inaplicável 
Prisão do Dep. 
Infiel 
Regulamen 
tação legal 
do 
CPC 
Prisão do Dep. Infiel 
(S. Vinculante 25) 
(Pacto de San José da 
Costa Rica) 
(Leis anteriores ou 
posteriores ao Pacto) 
Controle de 
Convencionalidade 
ou 
Supralegalidade 
(Súmula Vinculante 25) 
É ilícita a prisão civil de depositário infiel, 
qualquer que seja a modalidade do depósito 
FUNDAMENTO: a Constituição permite que o ordenamento jurídico 
consagre a prisão civil por dívida em duas hipóteses já comentadas, 
mas ela não estabelece penalidade. Ela não estabelece tipos penais, 
ou seja, não prevê a prisão nesses casos. Ela só diz que é possível. Ou 
seja, para que a prisão efetivamente ocorra, é necessário que haja 
uma regulamentação legal, que é o caso do CPC, que trata da prisão 
civil por dívida. Então, quando se diz que o tratado tem status 
supralegal, é como se ele impedisse essa regulamentação legal, 
como se obstaculizasse o legislador ordinário de fazer isso. Na verdade, 
o que esse tratado inviabiliza é a aplicação da lei e não da Constituição. 
O QUE É DUPLO CONTROLE 
VERTICAL DE 
CONSTITUCIONALIDADE? 
RESPOSTA 
Expressão trazida por Luis Flávio Gomes, ocorre 
quando uma lei para ser válida passa por um duplo 
processo de compatibilidade vertical, ou seja, deve ser 
compatível com a Constituição, assim como com os 
Tratados Internacionais de Direitos Humanos (com 
status de EC ou norma supralegal). 
17) O status normativo supralegal dos Tratados Internacionais de direitos 
humanos subscritos pelo Brasil torna inaplicável a legislação infraconstitucional 
com ele conflitante, seja ela anterior ou posterior ao ato de adesão. 
 
18) Diante da supremacia da Constituição, a adesão do Brasil a Tratado 
Internacional de direitos humanos não revoga os dispositivos constitucionais 
que o contrarie. 
 
19) Os Tratados Internacionais de direitos humanos incorporados no direito 
interno antes da Emenda Constitucional n. 45/04 não podem ser submetidos aoprocedimento especial de aprovação previsto no art. 5º, § 3º, da Constituição, 
visando a conferir-lhes estatura de Emenda Constitucional. 
1 
1 
1 
JULGAR O ITEM 
A Emenda Constitucional nº 45, trouxe modificações quanto à 
incorporação ao direito interno dos tratados internacionais de 
direitos humanos e sua aplicação no Brasil. Em face dessas 
alterações, julgue: 
 
20) somente as normas decorrentes de tratados e convenções 
internacionais sobre direitos humanos, aprovados no Congresso 
Nacional em dois turnos e por três quintos dos votos, são 
expressamente reconhecidas como equivalentes às emendas 
constitucionais 
1 
JULGAR O ITEM 
 
21) De acordo com a jurisprudência do STF, desde 2004 
os tratados sobre direitos humanos podem ser 
incorporados ao ordenamento jurídico nacional com 
força de emenda constitucional. 
2 
2 
O que significa PNDH e qual a sua 
natureza Jurídica? 
2 
 RESPOSTA 
 
 O PNDH é o resultado de um compromisso assumido pelo 
Brasil no Tratado de Viena durante a Conferência Mundial Sobre 
Direitos Humanos de 1993. Trata-se de um programa plurianual 
elaborado por amplos setores da Sociedade Civil (movimentos 
sociais e entidades de classe) e setores governamentais que 
propõe diretrizes e metas a serem implementadas por políticas 
públicas voltadas para a consolidação dos direitos humanos. 
2 
 O programa em si não é auto-executável, como a mídia faz 
parecer. Para que cada uma das propostas entre em vigor é 
necessária a aprovação pelo Congresso Nacional. Os dois 
primeiros Programas, o PNDH-1 (1996) e o PNDH-2 (2002) foram 
elaborados no governo FHC e o PNDH-3 (2010), tem como 
diretriz a garantia da igualdade na diversidade, com respeito às 
diferentes crenças, liberdade de culto e garantia da laicidade do 
Estado brasileiro, prevista na Constituição Federal. Não é um 
plano de governo, mas um programa de Estado. 
5 
Banca: CESPE Órgão: DPE-SE 
Prova: Defensor Público 
 
22) Relativamente ao entendimento do STF e do STJ acerca dos 
direitos humanos, assinale a opção correta. 
 
 a) Nos termos da jurisprudência do STF, os tratados 
internacionais sobre direitos humanos aprovados antes da 
reforma constitucional promovida pela Emenda Constitucional n.º 
45/2004 têm força de lei ordinária e os aprovados depois da 
referida emenda têm força, sempre, de norma supralegal. 
5 
 b) A despeito do previsto no Pacto de São José da Costa Rica, a 
prisão civil do depositário infiel é admitida pelo STF, conforme 
Súmula n.º 619/STF, segundo a qual a prisão do depositário 
judicial pode ser decretada no próprio processo em que se 
constitui o encargo, independentemente da propositura de ação 
de depósito. 
 
c) Ao qualificar os tratados internacionais como normas 
supralegais, o STF admite que tais acordos estão além do direito 
positivo, sobrepondo-se e servindo de paradigma a todas as 
normas do ordenamento jurídico brasileiro. 
 
5 
d) De acordo com precedentes do STF, os programas nacionais 
de direitos humanos, dada a sua natureza jurídica, têm a mesma 
força normativa dos tratados internacionais sobre direitos 
humanos, aprovados pelo Congresso Nacional. 
 
 e) Conforme a jurisprudência do STJ, o Poder Judiciário, em 
regra, deve limitar-se à verificação da legalidade do procedimento 
que tenha culminado em decisão do CONARE relativa ao 
indeferimento de refúgio de estrangeiro. 
 
 GABARITO 
1) C 
2) C 
3) C 
4) CERTO 
5) CERTO 
6) ERRADO 
7) CERTO 
8) ERRADO 
9) B 
10) E 
11) ERRADO 
12) C 
13) D 
14) A 
15) ERRADO 
16) CERTO 
17) CERTO 
18) CERTO 
19) CERTO 
20) CERTO 
21) ERRADO 
22) E

Continue navegando