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DISCIPLINA DE FUNDAMENTOS FARMÁCIA INDUSTRIAL Prof. Flávia Sales Áreas de Atuação Indústrias (Indústrias químicas e biológicas): soros, vacinas, reagentes, etc.; Soros e vacinas Industria química FARMÁCIAw w w . e s t a c i o . b r • A indústria farmacêutica é caracterizada pelo alto dinamismo e capacidade de globalização, sendo uma organização baseada em conhecimento e de alta tecnologia (Pisano, 1997). • A indústria farmacêutica é um setor de alta tecnologia, muito dinâmico; trataremos de alguns conceitos fundamentais para entendermos algumas das principais estratégias tecnológicas do setor. As práticas, o comportamento e principalmente a trajetória adotada • pelas empresas dependem de algumas variáveis. Introdução à Indústria Farmacêutica FARMÁCIAw w w . e s t a c i o . b r • Avanço tecnológico - A história da farmácia industrial é pontuada pelo desenvolvimento da indústria farmacêutica. • Por ter essa ligação tão íntima com um setor que vive mergulhado na atualidade tecnológica (ou que se utiliza da tecnologia em favor do seu próprio avanço), a profissão tem que acompanhar o ritmo frenético da própria indústria e das ciências. • A especialização Farmácia Industrial surgiu, no Brasil, há mais ou menos 30 anos, na graduação dos cursos de Farmácia. Introdução à Indústria Farmacêutica FARMÁCIAw w w . e s t a c i o . b r • Uma característica particular da indústria farmacêutica compreende sua influência tanto no âmbito econômico quanto na esfera social. Ao mesmo tempo em que uma política industrial pode alterar a dinâmica competitiva do mercado, é capaz de proporcionar qualidade de vida para a população por meio do acesso a medicamentos. Assim, a indústria farmacêutica se mostra apropriada a atrair de forma intensa a atenção do governo através de políticas públicas (PALMEIRA FILHO et al., 2012). Introdução à Indústria Farmacêutica FARMÁCIAw w w . e s t a c i o . b r • Antes de 1990, praticamente não se falava, por exemplo, em logística, serviço de atendimento ao consumidor (SAC), farmacotécnica, pesquisa clínica, biodisponibilidade, bioequivalência, equivalência farmacêutica, assuntos regulatórios (registros de medicamentos etc.), treinamento (para a fábrica e para a comercialização); em marketing, compras, planejamento e controle de produção, desenvolvimento, garantia de qualidade, validação (equipamento, processo, limpeza, métodos analíticos, de áreas limpas), projeto industrial (layout, sistema de ar e seu controle, sistema de água e seu controle, meio ambiente, descarte de resíduos etc.). Introdução à Indústria Farmacêutica FARMÁCIAw w w . e s t a c i o . b r • Ainda na década de 1990, ocorreu a assinatura do Acordo TRIPS (Acordo Relacionado aos Direitos de Propriedade Intelectual), em 1994, a partir do qual implementou-se a padronização do sistema internacional de Propriedade Intelectual (PI), impondo regras iguais para todos os países signatários. Introdução à Indústria Farmacêutica FARMÁCIAw w w . e s t a c i o . b r • No Brasil, para sua adequação aos termos do acordo TRIPS, foi criada a Lei de Propriedade Industrial, também conhecida como Lei de Patentes (Lei 9.279 de 1996), a qual passou a permitir a proteção de produtos farmoquímicos. Introdução à Indústria Farmacêutica INDÚSTRIA FARMACÊUTICA ComercializaçãoInvestimento Desenvolvimento do medicamento Marketing Pesquisa Patente Lei nº 9.279 RDC Nº45 Mercado farmacêutico no mundo Mais de 10 mil empresas EUA -maior produtor e consumidor desse mercado. As maiores multinacionais exportadoras : , Mercado farmacêutico mundial: US$550bilhões (2004) US$830bilhões (2010) FONTE:IMS Health (Intercontinental Medical Statistics) Suíça Alemanha Grã-Bretanha Suécia EUA SUCESSO: “ CAPACIDADE INOVADORA” SUÍÇA ALEMANHA FRANÇA FATORES “Rumo ao crescimento” Rápida evolução da Biotecnologia Disseminação rápida de novas doenças Tendência de substituição de tratamento invasivos, por preventivos contínuos Existência de diversas doenças ainda sem tratamento Aumento da incidência de doenças crônicas Incentivo governamental para consumidores de baixa renda (políticas públicas) Alvos das Inovações Farmacêuticas Oncologia Doenças Cardiovasculares Mentais Osteoarticulares Metabólicas (diabetes) AIDS Silva, J. D. CONCLUSÃO MERCADO COMPETITIVO INOVAÇÃO = FERRAMENTA DOS LÍDERES DE MERCADO INVESTIMENTO ALTÍSSIMOS PANTENTEAMENTO GENÉRICOS FARMÁCIAw w w . e s t a c i o . b r Histórico e evolução da indústria farmacêutica no Brasil • O início das operações das empresas atuantes na indústria farmacêutica no Brasil seguiu a evolução das empresas internacionais, tendo sua origem ligada ao surgimento das boticas, que basicamente elaboravam medicamentos para contribuir no tratamento de enfermidades das unidades familiares. FARMÁCIAw w w . e s t a c i o . b r Histórico e evolução da indústria farmacêutica no Brasil • 1889, já havia 35 laboratórios farmacêuticos no Brasil. Alguns de relevante valor nacional, como os Institutos Manguinhos, o Butantã e o Pasteur, que produziam medicamentos de origem vegetal, mineral e animal. FARMÁCIAw w w . e s t a c i o . b r Histórico e evolução da indústria farmacêutica no Brasil • Em 1915 é fundado o Laboratório Fontoura, com capital nacional, responsável pela criação do “Biotônico”, que se constituiria, em curto período de tempo, o produto farmacêutico brasileiro mais popular da época, e daria início a uma produção em ampla escala para o período (SINDUSFARMA, 2014). FARMÁCIAw w w . e s t a c i o . b r Histórico e evolução da indústria farmacêutica no Brasil • A década de 1930 é considerada o marco inicial da indústria farmacêutica no Brasil, compreendendo a constituição das primeiras firmas do setor com propriedades industriais e a implantação de instituições de pesquisa e produção de medicamentos para combater os problemas de saúde pública. Até esse momento, as companhias farmacêuticas manipulavam, sobretudo, substâncias derivadas de organismos vivos, mas, com o surgimento dos produtos químicos, seria proporcionada a atividade produtiva em nível industrial (PALMEIRA FILHO; PAN, 2003; BERTERO, 1972 apud LEMOS, 2008; BERMUDEZ, 1994). FARMÁCIAw w w . e s t a c i o . b r Mercado farmacêutico no Brasil • O mercado brasileiro de medicamentos movimentou R$ 54,73 bilhões ou US$ 17,04 bilhões nos últimos 12 meses até agosto de 2017 (Canal farmácia, valor líquido - desconto médio de 41,17%), com um crescimento, em reais, de 12,58% em relação ao mesmo período do ano anterior, o que representa 2,4% do mercado mundial, sendo o país o 8º em faturamento no ranking das vinte principais economias. FARMÁCIAw w w . e s t a c i o . b r Mercado farmacêutico no Brasil • Na América Latina, é o principal mercado, estando à frente do México (US$ 5,4 bilhões) e da Argentina (US$ 5,4 bilhões). FARMÁCIAw w w . e s t a c i o . b r Perfil da indústria A indústria farmacêutica instalada no país é composta por 492 empresas, das quais 123 multinacionais e 369 laboratórios nacionais. Dentro do mercado nacional de medicamentos, 239 empresas possuem preços registrados junto à Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos - CMED, ou seja, autorizadas a comercializarem medicamentos. FARMÁCIAw w w . e s t a c i o . b r Perfil da indústria Destas 239 empresas, 100 delas (42%) possuem capital de origem internacionale 139 (58%), possuem capital de origem nacional. As empresas multinacionais detém aproximadamente 53,6% do mercado em faturamento e 37,5% em unidades vendidas (caixas); Já os laboratórios nacionais concorrem com cerca de 46,34% do mercado em faturamento e 62,5% em unidades vendidas (caixas). A crescente participação dos medicamentos genéricos deu às empresas nacionais a liderança em vendas por unidades. FARMÁCIAw w w . e s t a c i o . b r Balança comercial Nos últimos 12 meses, até setembro de 2017, as exportações da indústria farmacêutica foram de US$ 1,249 bilhão, representando uma aumento de 3,08% em relação ao mesmo período do ano anterior. Esse montante representa o crescimento de cinco vezes em relação ao ano 2000. As importações de acabados, semiacabados, vacinas, hemoderivados e demais produtos farmacêuticos, nos últimos 12 meses até junho de 2017, atingiram US$ 6,468 bilhões – elevação de 2,96% na comparação com o mesmo período de 2016.. FARMÁCIAw w w . e s t a c i o . b r Empregos A indústria farmacêutica brasileira fechou o ano de 2015 com 86,9 mil empregos diretos, dos quais 55,14% estão nas empresas sediadas no Estado de São Paulo. Para o período, o emprego industrial paulista registrou uma pequena variação positiva de 0,32%. Segundo as estimativas do setor, os empregos indiretos atingem 600 mil empregados. FARMÁCIAw w w . e s t a c i o . b r Desenvolvimento do setor O desenvolvimento do setor farmacêutico deve se basear no seguinte tripé: estímulo à produção local, estímulo à inovação, adoção de políticas públicas de acesso aos medicamentos. FARMÁCIAw w w . e s t a c i o . b r Inovação A Lei de Inovação é uma ação fundamental para o fortalecimento da indústria farmacêutica. O país carece de diretrizes que balizem o relacionamento entre e a iniciativa privada e as instituições públicas, como os centros de pesquisa das universidades. Há necessidade de maior financiamento público subsidiado nesse segmento, pois o risco com a pesquisa é grande e o resultado incerto. Com base em políticas de crescimento à produção nacional, o governo através do GECIS (Grupo Executivo do Complexo Industrial da Saúde) da condição para efetiva atuação das empresas locais na arte de Pesquisa e Desenvolvimento. A política das PDP’s também é uma importante alavanca para a inovação. FARMÁCIAw w w . e s t a c i o . b r Pesquisa Brasil reúne condições favoráveis para se tornar um pólo avançado de pesquisas. Sua biodiversidade - a maior do mundo - aumenta o potencial do país para receber investimentos. Para melhor aproveitar esses recursos, é necessária uma política que privilegie a Inovação, incentivando investimentos, um intercâmbio mais intenso entre pesquisadores brasileiros e internacionais e, especialmente, um marco regulatório definido, estável e que proteja adequadamente a propriedade intelectual. FARMÁCIAw w w . e s t a c i o . b r Patentes O mesmo país que define como prioridade de sua política industrial o apoio à pesquisa, ao desenvolvimento de fármacos e medicamentos e à exploração da biodiversidade adota critérios nebulosos para rejeitar patentes reconhecidas internacionalmente. O INPI (Instituo Nacional de Propriedade Industrial) encontra-se sucateado e sem condições técnicas para analisar os pedidos de patente em prazos razoáveis. FARMÁCIAw w w . e s t a c i o . b r Regulação sanitária A regulação sanitária deve ser um instrumento de garantia de qualidade e segurança dos medicamentos, e de proteção ao consumidor, sem criar limitações desnecessárias à indústria. Para alcançar esse objetivo, os órgãos regulatórios precisam se aparelhar com pessoal e infraestrutura suficientes para desempenhar sua função com abrangência e eficácia. Hoje a Anvisa é reconhecida como uma das melhores Agências Sanitárias do mundo. Ainda apresenta problemas em relação aos prazos. Boas Práticas de Fabricação de Medicamentos RDC n° 17 de 16 de Abril de 2010. IMPORTÂNCIA DA CERTIFICAÇÃO Regularização da Empresa; Regularização de Produtos; Comercialização dos Produtos; Melhoria da Organização; Redução de Riscos ( produtos e empresa ). ATUAR CORRETIVAMENTE DEFINIR AS METAS DEFINIR OS MÉTODOS QUE PERMITIRÃO ATINGIR AS METAS PROPOSTAS EDUCAR E TREINAR EXECUTAR A TAREFA (COLETAR DADOS) VERIFICAR OS RESULTADOS DA TAREFA EXECUTADA Ciclo PDCA GERENCIAMENTO DA QUALIDADE NA INDÚSTRIA DE MEDICAMENTOS: FILOSOFIA E ELEMENTOS ESSENCIAIS TÍTULO II RDC n°17, de 16 de Abril de 2010. TÍTULO I Objetivos, abrangência e definições. • Adequação ao uso • Satisfação total do cliente (externo e interno) QUALIDADE QUALIDADE PROJETO PLANEJAMENTO NECESSIDADES DO CLIENTE USO OPERAÇÃO MANUTENÇÃO FABRICAÇÃO DE MATERIAIS E COMPONETES PRODUÇÃO RDC n°17, de 16 de Abril de 2010. Garantia da Qualidade Sistema de Gestão da Qualidade Políticas e procedimentos detalhando como as atividades são executadas Avaliação da Qualidade. Verificar se o que deveria estar acontecendo realmente está acontecendo de maneira eficaz Controle da Qualidade. Verificações feitas ao decorrer da execução das atividades Auditoria! RDC n°17, de 16 de Abril de 2010. GARANTIA DA QUALIDADE BPF CONTROLE DE QUALIDADE RDC - 17 (2010) ANVISA REGISTRO DOS PRODUTOS OMS NBR-ISO 9001-2000 Qualidade na Produção de Medicamentos Boas Práticas de Fabricação e Controle Instalações/Infra-estrutura Documentação (especificações, registros, procedimentos) Equipamentos Responsabilidades gerenciais; farmacêutico responsável Materiais/Qualificação de fornecedores Contrato de fabricação/análise Validação/Revalidação/Controle alterações Reclamações Sanitização e higiene Recolhimento de produtos Prevenção de contaminação cruzada Pessoal (treinamento, saúde, vestuário, conduta) Estudos de estabilidade Auto-inspeção e auditoria RDC n°17, de 16 de Abril de 2010. REQUISITOS DE DOCUMENTAÇÃO DOCUMENTOS INTERNOS Planejamento estratégico: Plano Negócio e Ação Manual de Qualidade – BPF Planos: Calibração, Manutenção, Segurança, Validação Procedimentos: Gerenciais (PG) Operacionais (PO) Instrução de Trabalho (IT) Formulários (FM) Registros – rastreabilidade do processo e produto DOCUMENTOS EXTERNOS BPF, farmacopéias, Normas, etc RDC n°17, de 16 de Abril de 2010. Voltei, Recife Foi a saudade Que me trouxe pelo braço Quero ver novamente "Vassoura“ Na rua abafando Tomar umas e outras E cair no passo..
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